014

CAPÍTULO 14
120 D. C; RHAENYRA TARGARYEN.

QUERIDA MÃE,

Partiremos para Porto Real pela manhã, as crianças estão animadas para a viagem. Acho que elas estão mais entusiasmadas por estar com os avós do que com os pais, embora eu não as culpe.

Estou ansiosa para ver meus irmãos, embora Aegon tenha estado aqui há apenas alguns dias, já sinto falta dele. Cresceu tanto que sinto que foi ontem que o carreguei pela primeira vez.

Vejo você em algumas horas, mãe.

Vou te amar sempre.

Rhaenyra Targaryen.

Todos na fortaleza corriam tentando deixar tudo pronto para a chegada da Herdeira e sua família. A Rainha ordenou que tivessem uma refeição pronta para a chegada da filha e o Rei ordenou que fossem canceladas as reuniões que teve naquela manhã para recebê-los. Os jovens príncipes estavam vestidos com suas melhores roupas, a seu pedido. Aegon, Aemond e Daeron usavam preto e vermelho, e Helaena usava um vermelho quase rosa.

Os quatro jovens estavam na companhia de seus sobrinhos, os filhos de Laena e Harwin, e o filho de Alicent e Laenor. As dez crianças estavam paradas no meio de um corredor, obstruindo o caminho, mas ninguém lhes disse nada, apenas passaram pelo pequeno espaço que deixaram encostado na parede. Aegon, sendo o mais velho, falava e os outros ouviam. Embora Joffrey e Alyn não entendessem muito do que ele dizia.

— A mãe quer que nos comportemos bem. — comentou o mais velho com os braços cruzados. — Como o mais velho é meu dever garantir que não façam travessuras.

— Você é quem faz mais travessuras. — Baela olhou para ele com a testa franzida. — A culpa é sua que sempre somos punidos.

— Baela está certa. — Jacaerys se virou para olhar para Aegon.

— Você deveria apoiar seu tio favorito, Jacaerys. — Aegon repreendeu.

— Não repreenda meu irmão. — Rhaena caminhou até Aegon e pisou nele.

— Ei!

— Rhaena, não faça isso. — Helaena agarrou o braço da prima e puxou-a para longe de Aegon.

— Você nem é nosso tio. — Lucerys olhou confuso para o homem mais velho.

— Podemos ir comer biscoitos? — Daeron puxou o vestido de Helaena.

— Barbatanas! — Alyn gritou.

— Sim! — Joffrey o seguiu.

Aemond franziu a testa e se afastou do grupo que começou a discutir se deveriam comer biscoitos ou continuar ouvindo as bobagens de Aegon. Ele estava quase chegando ao fim do corredor quando um corpo menor colidiu com suas pernas, quando ela olhou para baixo encontrou Joffrey sorrindo para ele. O menino de cinco anos piscou para ele, como se esperasse algo dele.

— Você quer biscoitos? — ele perguntou um tanto hesitante.

— Sim!

Seu grito chamou a atenção dos outros que finalmente pararam de discutir e decidiram que comer biscoitos era melhor do que ouvir Aegon. O mais velho não se ofendeu, pelo contrário, foi o primeiro a chegar na cozinha seguido pelos mais novos.

Quando Rhaenyra e sua família chegaram à fortaleza, tanto Aegon III quanto Viserys II se juntaram ao bando de crianças que, após se cumprimentarem, fugiram para aterrorizar os jardins com seus gritos e travessuras. Por mais que Aemond se agarrasse às pernas de seu pai, ele foi arrastado por seu irmão mais velho, que não aceitava um não como resposta. A única que foi salva foi Visenya, que estava dormindo.

— Essas crianças, um dia vão acabar destruindo a fortaleza. — Rhaenys espiou pela varanda para ver como as crianças corriam de um lado para o outro.

— Eu diria que é mais provável que Daemon a destrua antes dos filhos. — Aemma falou de onde estava sentada com a neta.

Visenya estava sentada no colo da avó, comendo as frutas que seu pai lhe passava de vez em quando.

— Estou feliz que você tenha uma opinião tão boa sobre mim, prima. — Daemon olhou para sua prima.

— Daemon pode ser muitas coisas, mas não acho que ele seja capaz disso. — Viserys defendeu o irmão.

— Obrigado, irmão.

— Por favor, Viserys, você só está dizendo isso porque ele é seu irmão. — Rhaenys olhou para eles.

— Uva! — Visenya exclamou, estendendo a mão para o pai.

— Digo a verdade.

— Querido, todo mundo sabe que você defenderia Daemon mesmo se ele incendiasse os sete reinos. — Aemma revirou os olhos.

— Isso não é verdade.

— Oh, Viserys. — Rhaenys deu um tapinha no ombro do primo. — Não tente nos enganar.

— Elas só estão com inveja porque alguém iria me defender de qualquer jeito. — Daemon se levantou beijando a testa da filha.

— Ciúmes de você? — Aemma olhou para Rhaenys e as duas riram. — Em seus sonhos, querido.

Querida Helena,

Papai me deixou escrever uma carta para você, ele disse que já era hora.

Como vai? Espero que você esteja bem, eu estou bem. Apesar de sentir sua falta, estou ansioso pela próxima visita, meu pai diz que talvez eu possa visitá-la em Porto Real, ele pedirá ao meu tio para vir comigo.

Pensei no que você disse sobre voar com seu dragão, acho que conseguiria. Papai diz que sou um jovem muito corajoso, então é melhor tentar! Por você.

Encontrei uma lagarta na floresta há alguns dias, ela me lembrou de você, então a salvei. Não se preocupe, estou alimentando ela e vou mantê-la segura até poder ver você.

Com carinho,

Cregan Stark, herdeiro de Winterfell.

Helaena leu a carta e sorriu com as bochechas coradas, ao lado dela Baela a olhava com um sorriso enorme no rosto, pronta para irritar sua prima preferida.

— O que diz? — ela perguntou tentando ler a carta.

— Nada! — Helaena empurrou a carta para longe.

— Aegon vai ficar assim quando você se casar? — Rhaena olhou para a irmã.

— Eu não vou me casar com Aegon! — Baela fez uma cara de nojo.

— Ovo! — Visenya ergueu os olhos.

— Aegon não está aqui. — explicou Helaena.

A menina de três anos franziu a testa, mas assentiu e continuou com o jogo.

— Cregan e eu ainda não somos casados, Rhaena.

— Mamãe disse que vai casar Jacaerys com uma Blackwood. — Rhaena comentou casualmente. — Ou talvez uma Baratheon.

— Por que estamos falando sobre isso? — Helaena olhou para suas primas.

Baela e Rhaena encolheram os ombros. As meninas decidiram fazer uma festa do pijama no quarto da mais velha, então espalharam lençóis e travesseiros pelo chão. Da mesma forma, os meninos estavam fazendo uma festa do pijama no quarto de Aegon, embora já tivessem adormecido, totalmente exaustos de tanto correr o dia todo.

— Devíamos dormir. — Helaena levantou-se para colocar a carta em sua mesa. — Visenya, é hora de dormir.

A menina deixou os brinquedos de lado e rastejou até a pilha de lençóis no chão. Baela e Rhaena a cumprimentaram com beijos de boa noite, a mais velha se juntou a elas segundos depois e não demorou muito para que todas caíssem em um sono profundo. Pelo menos três delas porque Helaena acordou no meio da noite, a menina estava suando e sua respiração estava acelerada, mas ainda assim conseguiu se levantar sem acordar as outras.

Não havia ninguém fora de seu quarto, com certeza era hora da troca da guarda, e ela aproveitou para ir embora. Assim que fechou a porta, correu para o quarto do irmão mais velho, quando chegou abriu a porta com cuidado e espiou para dentro. Ela não conseguia ver os cabelos brancos de seus irmãos em lugar nenhum, nem mesmo Daeron estava lá. Novamente ela fechou a porta e começou a caminhar pelo corredor escuro. Ela estava prestes a virar a esquina quando quase bateu de frente com os irmãos, os três estavam ali, olhando para ela como se fosse a mãe deles e não ela.

— Oh, é você. — Aegon sorriu. — O que você está fazendo fora do seu quarto a esta hora?

— O que vocês estão fazendo aqui? — ela franziu a testa.

— O que vocês estão fazendo no meio do corredor? — os quatro se assustaram ao ouvir a voz.

No final do corredor, onde as crianças apareceram estava Rhaenyra, carrancuda para elas.

— Apenas...

— Não, temos que ir. — Helaena agarrou o braço de Aegon. — O homem mau está vindo!

Antes que alguém pudesse perguntar o que ela queria dizer, houve um som de queda e Daeron gritou. Rhaenyra tentou se aproximar dos irmãos, mas mãos a agarraram, puxando-a para trás. A mais velha dos cinco tentou se libertar, tentou gritar, mas não conseguiu fazer nada, só conseguiu observar seus cinco irmãos sendo carregados. O pequeno Daeron estava chutando ao ser levantado no ar, totalmente assustado e procurando ajuda de seus irmãos, mas nenhum deles conseguia ajudá-lo. Quem mais lutou foi Aegon, mas ele teve que desistir ao ver como Helaena caiu inconsciente no chão.

— Shh, acalmem-se, meus príncipes, tudo vai ficar bem. — sussurrou um dos homens.

O segundo a cair inconsciente foi Aemond.

Rhaenyra se sentiu impotente, ela sabia que eles ainda estavam na Fortaleza, mas não conseguia entender exatamente onde. Os homens a amordaçaram e amarraram como seus irmãos, já trancados naquele quarto ela percebeu que Helaena estava sangrando na cabeça, provavelmente pelo golpe que deram nela para deixá-la inconsciente e ela não parava de tentar se arrastar para ela.

— Pobre Princesinha, olha como ela rasteja. — um dos homens se aproximou dela. — Quer alguma coisa?

Ela fechou os olhos abaixando a cabeça, ela só queria chegar até a irmã e ter certeza de que ela estava bem.

— Você está com sorte, Princesa Rhaenyra. — o homem perto de Aegon falou. — Esta noite eliminaremos a disputa pelo trono.

Aegon deu um chute tentando acertar o homem que o agarrou, mas ele não conseguia se mover muito, seus olhos encontrando os da irmã e Rhaenyra sentindo o medo do irmão. Seu pobre irmão, seu Aegon. Um suspiro surgiu e Rhaenyra balançou a cabeça.

— Ele não? — o homem soltou Aegon, deixando-o cair com força no chão. — Então ele? — ele apontou para Aemond que ainda estava inconsciente.

Rhaenyra negou imediatamente, ela não deixaria seus irmãos serem mortos. O homem então apontou para Daeron que estava chorando um pouco mais longe deles, ela negou novamente.

— Você quer morrer, princesa? — ela assentiu. — É fofo que você queira morrer por seus irmãos, mas isso não vai nos impedir.

O homem perto dela tirou uma adaga e colocou em seu pescoço, ela fechou os olhos. Em sua mente, rezando para que Aegon e Daeron fizessem isso também, ela não queria que seus irmãos vissem isso. À sua direita, ela ouviu Aegon se debatendo, provavelmente tentando chegar até ela, mas ambos sabiam que era impossível.

— Mas primeiro um deles deve morrer. — ela abriu os olhos novamente. — Qual você escolhe, Princesa?

Aemond se mexeu no chão, recuperando a consciência e Aegon parou de lutar olhando para o irmão mais novo. Como doía para Aegon ver seus irmãos mais novos daquele jeito. Os olhos do menino se arregalaram e ele tentou se desvencilhar do homem que tentava agarrá-lo, mas não foi muito longe. Com os olhos cheios de pânico, Aemond examinou a sala até encontrar Rhaenyra. Demorou um segundo para que as coisas saíssem do controle.

O segundo filho do Rei tomou impulso e bateu a cabeça no rosto do homem que o segurava, quando Aemond foi solto, ele correu para ir atrás de sua irmã mais velha. Aegon aproveitou a distração para chutar o homem que tentava impedir seu irmão, mas um segundo depois mudou de ideia. A adaga no pescoço de Rhaenyra se afastou, mas foi levantada contra Aemond, e o som de metal cortando a carne encheu a sala. Rhaenyra soltou um suspiro ao ver seu irmão mais novo cair no chão e o sangue começar a fluir.

Daeron gritou do outro lado da sala, mas Aegon não conseguia se mover, todo o seu corpo congelando ao ver a poça de sangue que se formou ao redor de seu irmão. Rhaenyra se soltou do homem, tentando chegar até Aemond, tentar vê-lo, mas não conseguiu. Aegon finalmente reagiu ao ouvir vozes do lado de fora da sala e deu um pulo, atirando-se em um dos homens, ambos caindo no chão com estrondo.

— Aqui! — alguém gritou do lado de fora.

— Vamos. — um dos homens agarrou Daeron que gritou. — Vamos levar o pequeno príncipe como segurança.

Rhaenyra e Aegon gritaram, ambos desesperados para ouvir o que estavam dizendo. Daeron continuou a gritar, chamando por seus irmãos mais velhos, mas nenhum deles pôde fazer nada por ele, eles só puderam observar enquanto uma passagem secreta se abria na parede e os homens desapareciam com Daeron. Segundos depois, a porta foi aberta à força e Daemon apareceu com a espada na mão e uma expressão preocupada no rosto, Laenor e Harwin atrás dele.

— Rhaenyra. — Daemon foi até sua esposa e removeu a mordaça.

— Eles levaram Daeron! — foi a primeira coisa que a Herdeira gritou. — Encontre-os!

Daemon levantou-se e olhou para a passagem que ainda estava aberta.

— Harwin, Laenor, comigo, o resto tire os príncipes daqui. — ordenou Daemon.

Sir Harrold entrou na sala e olhou horrorizado para a cena, o homem correu para desamarrar Rhaenyra que se lançou sobre Aemond imediatamente.

— Aemond, Aemond, fale comigo. — ela chamou desesperado, removendo a mordaça de seu irmão.

— Nyra, isso dói. — soluçou Aemond.

— Shh, você vai ficar bem. — a mais velha olhou para Helaena que ainda estava inconsciente e depois olhou para Aegon que parecia prestes a desmaiar.

Ao lado de Aegon havia uma pequena poça de sangue e Rhaenyra sentiu seu estômago revirar.

— Chame um meistre! — ela gritou.

Sir Harrold agarrou Aemond, o menino não parava de chorar e quando finalmente puderam ver seu rosto, todos engasgaram de surpresa.

— Rápido! — gritou o comandante do manto branco, indo em direção à saída com o príncipe.

Rhaenyra se levantou e não hesitou em correr atrás dos mantos brancos que carregavam seus irmãos. O chão dos corredores estava manchado de sangue e os servos que cruzavam seu caminho ofegavam horrorizados antes de se moverem para tentar ajudar. Foi só quando chegaram ao quarto do Rei que Rhaenyra reagiu. Laena e Alicent a interceptaram no corredor, ambas olhando para ela com preocupação.

Um grito surgiu e Rhaenyra soltou um soluço. Ela não podia deixar sua mãe passar pela perda de outro filho. Com a ajuda das amigas, ela conseguiu entrar na sala e ver seus pais. Aemma estava ajoelhada em uma cadeira segurando a mão de Aemond enquanto o curandeiro-chefe tentava fazê-la beber algo para a dor. Viserys estava na cama com Aegon e Helaena, ambos inconscientes, com Rhaenys tentando apoiá-lo.

— Rhaenyra... — Aemma chamou sua filha mais velha. — Minha garota.

Rhaenyra foi e se abaixou ao lado da mãe para abraçá-la, ambas chorando.

— Eu não consegui impedi-loa. — Rhaenyra soluçou — Mãe.

— Shh, está tudo bem, eles vão ficar bem. — Aemma beijou a cabeça da filha. — Tudo estará bem.

Nada estava bem. O curandeiro afirmou que Aemond havia perdido completamente o olho, eles não tinham certeza se Helaena iria acordar e Daeron ainda não havia sido encontrado. O sol estava nascendo sobre Porto Real quando Aegon acordou, a primeira coisa que ouviu foram sussurros e uma discussão. Ele reconheceu a voz irritada da mãe e do pai, mas também ouviu a da irmã mais velha.

— Nyra... — ele chamou, sentando-se na cama de uma só vez.

— Aegon.

A primeira a chegar ao seu lado foi sua mãe. Aemma pegou o rosto do filho entre as mãos e o cobriu de beijos, o alívio que sentiu ao ver o filho acordado foi demais para ela. As lágrimas brotaram novamente e seu coração doeu ao ver o quão pálido seu filho estava.

Meu pequeno dragão, eu estava tão preocupada. — Aemma o abraçou e ele enterrou o rosto no ombro da mãe.

Eu estava com medo, mãe.

— Eu sei, querido, eu sei. — Aemma esfregou as costas.

Querida Rainha,

Ouvi falar do ataque aos príncipes, já avisei os meus vassalos e assegurei-lhe que todo o Norte está à procura do Príncipe Daeron.

Meu filho está preocupado com a saúde da Princesa Helaena, espero que ela se recupere logo, o Príncipe Daemon me avisou sobre o estado dela. Também sobre a condição do Príncipe Aemond. Estarei rezando aos deuses por eles, Vossa Majestade. Garanto que isso não vai ficar assim.

Assinado,

Rickon Stark, Senhor de Winterfell e Protetor do Norte.

Querida prima,

O Vale está à sua disposição. Já tenho meus homens procurando por qualquer sinal de Daeron, assim que souber de alguma coisa avisarei vocês. A Princesa Rhaenys se estabeleceu no Ninho da Águia, é ela quem lidera as buscas com seu dragão.

Tive notícias dela sobre o estado de Helaena, espero que ela possa acordar logo e ficar bem. Você não sabe como me dói ouvir tudo o que aconteceu. Também ouvi de Aemond, não deixe ele desanimar, ele é um bom menino, tem um grande futuro pela frente.

Assinado,

Sua prima, Jeyne Arryn.

Querida mãe,

Daemon ficou em Winterfell, estou em Lannisporto. Os Lannister se ofereceram para ajudar a encontrar Daeron, eles estão dispostos a contribuir com algum ouro como recompensa. Aceitei o acordo e pedi a Laena que viesse para garantir que eles cumprissem a palavra.

Estou viajando para Vilavelha amanhã, acho que meu pai ainda está em Ponta Tempestade e quer que eu vá com ele para Dorne, mas quero passar por Hightower antes de ir para Lançassolar.

Dê beijos aos meus irmãos por mim.

Eu amo você,

Rhaenyra.

Querida Aemma,

Tenho uma pista sobre o paradeiro do nosso filho. A pista veio dos Martells para mim, foi uma surpresa, mas é a melhor que temos no momento. Encontrarei Rhaenyra em Vilavelha antes de ir para Lançassolar, também mandarei chamar Laenor, ele irá para Tessarion para Porto Real.

Por favor, fique com as crianças, deixe-me encontrar nosso filho.

Eu amo você,

Seu marido, Viserys Targaryen.

— Mãe. — Aegon chamou, inclinando-se na porta. — É hora de comer.

Aemma colocou a carta do marido sobre a mesa e suspirou profundamente. Uma semana se passou desde o ataque aos seus filhos e eles ainda não conseguiram encontrar Daeron em lugar nenhum, Helaena havia dado sinais de querer acordar, mas não conseguiu. Aemond estava um pouco melhor, mas ainda sofria de febres espontâneas e passava a maior parte do dia sedado com analgésicos.

— Venha, seu irmão acabou de adormecer. — a mulher sorriu para o filho.

Com passos suaves, Aegon entrou seguido por duas donzelas. O adolescente foi até a mãe e sentou-se na cadeira ao lado dela, com os olhos voltados para a cama onde dormiam os irmãos.

— Aemond está bem?

— Sim, querido, ele só estava com dor de novo. — Aemma acariciou o cabelo do filho. — Ele está bem, só precisa descansar.

Aegon assentiu e desviou o olhar, sem perguntar por Helaena. Ele nunca o fez, desde que ouviu os curandeiros dizerem à mãe que ela talvez nunca mais acordasse. Ele tinha medo de perguntar e ouvir que nunca mais teria a irmã.

No dia seguinte, o mesmo cenário se repetiu.

E bem, isso aconteceu...

O próximo capítulo será a continuação deste.

A partir de agora, as crianças estão se tornando adolescentes e voltaremos o foco para Aemma para saber como ela se sente em relação à transição de seus filhos de crianças para adolescentes.

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