Capítulo 70

"Eu sempre saberei que, um dia, meu coração foi seu"

- Para todos os garotos que já amei

Por Christian

Peço a Deus todos os dias esperança. Esperança de um dia melhor, paciência e que sejamos capazes de enxergar algo de bom em cada momento ruim que nos acontecer e que ele me encaminhe por um belo caminho, cheios de surpresas, muito amor e fé.

Isso que peço sempre, eu já fiz tanta burrada na minha vida que o que mais quero agora é conserta tudo e ser feliz, tirar esse sentimento ruim que tem dentro de mim, acho que ninguém deveria sentir isso.

Acordo depois de uma noite maravilhosa ao lado do amor da minha vida, olho para o lado e não vejo ela. Ela não pode ter fugido de novo. Levanto rápido visto uma calça moletom e uma camisa, vou até à cozinha e encontro ela mexendo em seu computador escorada no balcão, sorrio vendo que ela não foi embora. Aproximo-me por trás e começo a deposita alguns beijos em seu ombro.

— Você está me desconcentrando — ela diz e beijo seu pescoço.

— Estou desconcentrando o bastante agora? — Ela inclina a cabeça apreciando meu toque.

— Para — ela se afasta — preciso trabalhar e você não deixa — sorrio agarrando ela mais ainda.

— Não vou deixar você ir embora, vou te sequestrar e roubar você só pra mim — brinco, não sei como vai ser agora, daqui a pouco vou deixar ela no aeroporto e não sei quando vou ver-lá novamente e nem como vamos ficar, não conversamos ainda, mas quero muito tentar, ela vale muito a pena.

— Pode ser pelo menos para uma ilha deserta, com uma praia bem linda?

— Amor, você tem medo até da sua sombra, como vai viver uma ilha deserta? — Ela pensar um pouco e dá de ombros.

— Preciso terminar de me arrumar e ver se a Vicki e a Lily estão prontas, me leva para o aeroporto?

— Sim e dessa vez eu prometo está lá — dou um selinho nela, ela volta para o apartamento dela. Me jogo no sofá e fico olhando minhas redes sociais enquanto dá hora de ir deixar elas.

Abro o Instagram e vejo a foto dela e do cara que dançar com ela quase se beijando, começo a ler a entrevista estranhando o local e as roupas deles, eu sei que os dois se beijam em uma das cenas do musical, mas isso não parece uma cena de uma peça.

"Oi galera, aqui é a garota do blog, eu tenho uma notícia bombástica, Emma Salvatore e nosso príncipe encantado Ryan Grant foram vistos aos beijos em uma sorveteria bem no centro de Nova Iorque, será que nossa Cinderella finalmente conseguiu fisgar o príncipe encantado. Garota do blog na área, sua primeira e única fonte sobre a vida escandalosa da nova elite de Manhattan"...

— Não, não pode ser... — O eu ciumento de algum tempo atrás iria correr e arrumar uma briga sem ao menos saber a verdade, mas preciso conversa com ela antes, eu conheço a mídia e eles fazem tudo parecer algo muito pior.

Mando uma mensagem para Sarah pedindo para ela levar a Vicki e a Lily para o aeroporto, preciso ficar um tempo sozinha com a Emma, precisamos conversar. Alguém bate na porta e abro achando que é ela, mas me surpreendo quando vejo Olivia.

— Olivia, o que faz aqui — pergunto, sei que Emma não gosta dela e a última coisa que quero agora é brigar com ela de novo.

— Vim te chamar para fazer alguma coisa — ela colocar a mão em meu peito e só então percebo que estou sem camisa, retiro a mão dela e digo.

— Desculpa, mas não posso, vou levar a minha namorada até o aeroporto — sou bem direto para ver se ela entende.

Olivia é muito gente boa e não quero magoar ela, mas já deixei bem claro para ela que não quero nada e ela não entende, não queria ter que chegar ao ponto de ser rude.

— Tudo bem então, depois a gente conversa — antes que eu possa falar algo sou surpreendo com um beijo. Me afasto dela, na mesma hora.

— Droga Olivia, o que você fez, entenda que eu amo a Emma, eu estou com ela e somente com ela — entro batendo a porta com força, droga, só o que me faltava.

Por Emma

Eu simplesmente cansei de tentar negar meus sentimentos, esses dias foram os melhores que tive em muito tempo. Eu o amo e sei que sente o mesmo por mim, vai ser difícil manter isso a distância, mas podemos tentar, se for para ser, vamos dá um jeito.

Um dia falei que não sabia o que era o amor, agora eu sei, infelizmente tem a parte ruim quando não é correspondido, ou no meu caso, complicado, mas quando é reciproco, faz um bem danado e é o melhor sentimento do mundo e estou feliz de estar sentindo isso por ele.

Sarah vai levar as meninas para o aeroporto, ela disse que o Christian quer falar comigo antes de viajar, então quando termino de me arrumar vou chamar ele, mas assim que saio na porta encontro ele beijando a Olivia. Eu não acredito, até agora pouco ele estava comigo, como ele teve coragem de fazer isso?

Sinto uma lágrima caí em meu rosto e volto para meu apartamento antes que eles me vejam, eu não vou falar nada, não vou me humilhar e muito menos brigar por um homem que não me merece.

— Emma, tudo bem? — Sarah pergunta, olho e vejo às três olhando pra mim.

— É.... sim, eu esqueci uma coisa, tento disfarça — entro no meu quarto e tento me recompor — Emma você tem que ser forte, não pode chorar, você não precisa disso — limpo minhas lágrimas e volto para sala — vamos — digo pegando minhas malas.

Entro no carro dele e não digo nada, eu não vou falar o que vi, acho que não quero explicações, ou brigar por causa dela, melhor esquecer isso, esquecer ele, ou tentar né.

Ele para o carro em uma praça em frente ao aeroporto, descemos e sentamos em um dos bancos um pouco mais afastado de todos.

— Dessa vez não vou conseguir sair antes da nossa conversa né? — Brinco com a cabeça baixa, a parte que não posso chorar já falhai porque minha voz já está falha.

— Precisamos disso. — Ele segura em meu queixo levantando minha cabeça fazendo eu olhar para ele. — Como estamos, como vai ser de agora em diante, não queria ficar brigado com você de novo — tiro sua franja do seu rosto e sorrio olhando pra ele.

— Não precisamos, eu acredito que o que aconteceu esses dias entre nós, foi algo que nenhum dos dois esperava, mas foi ótimo e não me arrependo de nada — ele me escuta atentamente — Christian eu... eu te amo e, porque eu te amo que não vou te prender a mim, eu não vou conseguir manter um relacionamento a distância, eu tenho muito de ciúmes de você — sorrio lembrando do dia que derramei suco na Anny porque ela estava dando encima dele, na minha frente — eu preciso de você ao meu lado, mas eu sei que nunca vai acontecer, então precisamos acabar com isso e seguir nossas vidas em frente.

— Eu respeito sua decisão, apesar de não concordar, mas é sua vida, sua decisão e vou respeitar — ele baixar a cabeça.

— Isso não deveria ser tão difícil — digo com lágrimas em seus olhos.

— Eu vou te esquecer Emma e deveria fazer o mesmo, mas estou feliz que dessa vez vamos terminar bem e não brigando.

— Isso é um avanço — sorri fraco — eu te amo e obrigada por me ajudar, eu nunca vou te esquecer, mesmo se passando anos, você sempre estará em meu coração — ela sorri limpando minhas lágrimas — olhe o que você faz comigo, eu não sou fofa, nem sei porque estou falando isso.

Ele segura meu rosto e me puxa para um beijo. Nosso beijo é diferente, calmo e intenso, ao mesmo tempo, sua língua acariciou meu lábio inferior pedindo passagem, suas mãos passeiam pelas minhas costas fazendo um leve carinho, seu perfume amadeirado me invade e aprecio aquele cada segundo daquele momento, pois será o último. Eu não queria soltá-lo, e queria que ele sentisse o mesmo, mas o que vi de manhã diz o contrário. Então parei o beijo, soltei-o lentamente, me virei e fui em direção ao aeroporto, sem olhar para trás.

— Seja forte Emma, porque como diz Pablo Neruda, "O amor é tão curto e o esquecimento é tão longo", então vamos começar logo isso, porque temos uma longa jornada pela frente.

Depois de longas horas em um avião finalmente chegamos em casa, odeio isso. Poderíamos ter vindo de carro e sei que levaríamos semanas, mas é melhor que avião.

— Tudo bem? Você não falou nada o caminho todo — Vicki pergunta colocando a Lily na cama, deixo minhas malas no chão e saio — onde você vai? — Ela pergunta mais não falo nada — Emma, onde você vai?

— Sair.

— Espera, eu vou com você, só vou ligar para Bety vim ficar com a Lily.

— Não, eu vou sozinha — ela tenta dizer alguma coisa mais a interrompo — não... — digo e saio.

Eu falei que estava tudo bem com o Christian, mas não está, eu o amo, passei todos esses meses tentando esquecer ele e quando acho que conseguir, eu vejo ele e voltamos para a mesma coisa. Mas agora eu acho que acabou de vez, eu tentei ser forte, mas por dentro eu estou simplesmente destruída e se eu não colocar para fora vou explodir.

Vou até o restaurante mais próximo e sento em um banquinho perto do barman.

— Gostaria de um Martíni, por favor — peço e ele me entrega. Fico bebendo alguns drinks enquanto aprecio à música.

O barman vem até mim e me entrega outra bebida.

— Desculpa, mas eu não pedir isso — digo.

— Aquele senhor que mandou — ele diz apontando para um cara, ele aparenta ter aproximadamente minha idade e está sozinho sentando um pouco mais a frente. Sorrio para ele em agradecimento, ele levanta e senta ao meu lado.

— Oi, eu sou o Matt — ele se apresenta.

— Emma — respondo, bebendo mais um pouco da minha bebida.

Começamos a conversa, eu descobrir que ele é de Seattle e está aqui a trabalho, ele é engenheiro com algumas obras na cidade, achei super chique, sempre admirei essas pessoas inteligentes. Resolvi não contar quem eu sou de verdade, é bom não ser "Emma Salvatore" por um tempo, ser apenas uma pessoa que está sofrendo por um babaca que estava me enganando.

— O que fez hoje? — Ele pergunta.

— Enterrei um corpo — falo enquanto como a azeitona da minha bebida, nossa isso é muito ruim.

— Interessante, e o que vai fazer agora? — Ele me olha maliciosamente e até agora, ainda não tenho certeza de como aconteceu. Em um instante estávamos conversando e no seguinte já estávamos se beijando no seu carro. Por um segundo, me perguntei se beijá-lo era certo, eu confesso estar apenas usando ele pra acabar um pouco com essa raiva.

Suas mãos percorrem todo meu corpo retirando minha roupa. Emma, o que você está fazendo, você não é assim...

— Para... para por favor, eu não posso — digo tentando me afastar, eu não posso fazer isso com minha vida, eu não posso fazer isso com ele. Visto minha blusa e ele faz o mesmo com a camisa dele que estava no chão.

Vou para fora e só então percebo que bebi demais, pego meu celular e ligo para Vicki pedindo para vim me buscar.

— Eita Salvatore, se a sua diretora ver você assim antes de uma coletiva de imprensa, ela te esgana e ainda manda os restos pelos correios para senhorita Bella acabar de te matar — Vicki diz rindo, mas para quando me ver chorando, ela senta ao meu lado e me abraça — não fica assim, nenhum homem merece suas lágrimas, você é uma das melhores pessoas que conheço, não deveria passar por isso. — Sorrio fraco e deito minha cabeça em seu ombro, não sei o que seria de mim sem ela aqui em Nova Iorque.




Hello, oi gente tudo bem com vocês? O que acharam do capítulo, comente aqui e deixe sua estrelinha, vou ficar muito feliz.

Só queria deixar algumas referencias que costumo usar nos meus capitulos, como as entrevistas que é a "Garota do blog" Gossip Girl. A "CatCo" da seria Super Girl. 

Beijos e atpe logo... Barbie Malibu!

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