Capítulo 51

Encontre outra maneira de FICAR e LUTAR.

- Teen Wolf

Por Emma 

A vida é muito engraçada, crescemos aprendendo a ser alguém bom, que mentir é feio, a não fazer coisas erradas, mas as mesmas pessoas que ensinavam isso para a gente, são as pessoas que mais fazem, mais escondem as coisas de você, mentem e fazem coisas horríveis que você nem imagina como alguém é capaz de fazer.

Eu sou chata, cheia de manias e nem um pouco fácil de lidar, mas sou sincera e gosto de pessoas assim como eu, imperfeitas, mas que prezam pela verdade, porque ela pode demorar, mas chega sempre sem avisar, deixando marcas inesquecíveis.

Depois de uma longa noite sem dormir levanto e vou me arrumar para o trabalho, tomo um banho quente e demorado tentando relaxar um pouco e pensando em como encarar as pessoas hoje.

Vou para o meu closet e procuro algo para vestir, resolvo usar uma blusa rosa com alguns nomes escrito de preto na frente, uma saia de couro curta preta, coloco meu coturno de salto e alguns acessórios, prendo meu cabelo em um coque bagunçado e faço uma maquiagem básica para tentar cobrir as olheiras da noite mal dormida.

Desço para tomar café e encontro meus pais sentados no sofá, quando eles me veem se levantam e ficam olhando para mim, com certeza eles já sabem que descobri tudo e querem conversa. Parece que o dia já começou bem, sento na frente deles e espero eles começarem a falar.

— Precisamos conversar, temos muitas coisas pra contar a você — meu pai diz e começo a rir, agora que descobri tudo sozinha eles acham que está na hora de falar, me sento na frente deles que me olham torto.

— Não acredito, ainda tem mais? — Pergunto em um tom irônico.

— Não vem com essa Emma, sabe que odeio piadinhas, isso é um assunto sério — ele me repreende e começo a rir mais ainda, sentam ao meu lado e acho que não estou preparada para isso.

Eles passam anos mentindo pra mim e agora querem me dá lição de moral.

— Achei que odiasse mentidas também, mas estava enganada, né Thomas Salvatore - fico brava e cruzo os braços fervendo por dentro.

— Não sabíamos que você tinha uma irmã e muito menos que ela trabalhava com você —  como eles não sabiam?

— É... — Minha mãe interrompe a gente — eu tenho uma coisa para contar, para os dois — ela dá uma pausa talvez pensando em como começar a falar — eu sabia da Emily.

— O quê? — Meu pai grita sem acredita.

— Eu descobri a pouco tempo, quando a Aria me procurou para pedir dinheiro.

— Você deu dinheiro para ela? — pergunto sem nem mais tentar segurar a raiva ficando em pé e encarando ela.

— Emma, você não sabe nem da metade da sua história, não foi nada fácil, eu acho que foi um dos principais motivos por termos escondido de você, mas se você quiser saber, vamos te contar tudo agora — ver o semblante assustado dela me deixa com medo, não sei se quero saber, quer dizer, eu quero, mas não sei se vou aguentar.

— Eu quero — finalmente falo, prefiro saber agora por eles, do que descobrir sozinha novamente.

— Quando você nasceu, a Aria, sua mãe biológica me ameaçou, falou que se eu não terminasse com a Bella, ela iria te levar embora — me pai começa a falar e escuto atentamente — apesar de amar sua mãe perdidamente, eu não poderia correr o risco de te perder, eu nem te conhecia ainda e você era a pessoa que eu mais amava na vida — ele sorri fraco — então foi o que fiz, terminei com ela e fiquei com a Aria, mas ela não gostava de mim, ela só estava comigo por interesse.

— Eu sinto muito — digo quando vejo o quanto ele está triste. Parece está sendo muito difícil ter que relembrar desses momentos.

— Então sua mãe foi embora, ela passou um ano fora em turnê e eu fiquei cuidando de você, mas quando ela voltou, a Lídia começou a tentar aproximar a gente, ela nunca gostou da Aria e queria que eu terminasse com ela, mas ela não sabia das ameaças.

— O senhor não falou para ninguém? — Pergunto e ele nega.

— Eu conheço minha família e meus amigos, eles não iriam deixar, então preferi manter tudo em segredo.

— Mas como vocês descobriram que não sou sua filha?

— Isso foi a Bella e a Hannah, até hoje não consigo esquecer aquela cena — ele diz rindo. Engraçado, maior desgraça acontecendo e eles rindo. 

— Quando voltei para Londres e eu e a Lídia abrimos a gravadora, e ela ficava armando para nós dois nos vermos, um dia ela me pediu para entregar uns papéis no estúdio do Thomas para Hannah e eu boba cai direitinho — pelo visto minha tia sempre foi louca — quando eu cheguei lá, encontrei a Hannah chegando no estúdio, mas antes de entrar escutamos a Aria falando no telefone com alguém, no caso seu pai biológico, eles eram amantes e estavam planejando roubar o Thomas e ir embora, mas escutamos tudo e contamos para seu pai.

— Não esqueça da parte que você quase matou ela — papai diz e minha mãe o repreende.

— Amor não vamos incentivar ela a brigar, foi só uma surra que a levou para o hospital, não foi nada demais e não faça isso.

- Pode deixar - respondo rindo e tentando imaginar minhas duas mães brigando.

— Então ela assumiu tudo e disse que você não era minha filha, mas nada mudou para mim, você foi a melhor coisa que me aconteceu, você e sua mãe me transformaram, eu era um babaca metidinho de merda, palavras dela — ele aponta para a mamãe — agora eu sou perfeito — ele se acha muito e olhe que nem está perdido.

— Então ela ameaçou seu pai novamente, mas dessa vez pedindo dinheiro, ou ela levaria você embora - essa ultima parte ela diz pausadamente - mas o valor que ela estava pedindo era muito alto e não tínhamos o dinheiro e para piorar o Thomas não iria conseguir te adotar, devido ele ainda ser muito novo e não ser casado. — Eles já passaram por tanta coisa e estão juntos e felizes até hoje — então eu resolvi me casar com ele e te adotar, mas ainda não acabou, eu paguei ela para assinar os papeis de adoção — sua voz embarga no final, junto com algumas lágrimas que se formam em seu rosto.

— Vocês me compraram — falo com um nó na garganta, minhas pernas chegam a tremer, parece que tudo embaça e fica estranho.

— Onde você vai? — Minha mãe pergunta quando me ver levantando.

— Ensaiar, amanhã tenho um concurso para ganhar — falo, pego minha bolsa e saio.

Estou tentando assimilar tudo que me falaram, eu estraguei a vida dos meus pais, se eu não tivesse nascido eles nunca teriam se separado, nem precisariam pagar para ficar comigo. A lembrança do dia anterior vem em minha cabeça, minha própria mãe estava me usando para roubar e depois me vendeu.

— Emma, você não pode sair assim — minha mãe vem atrás de mim.

— Eu preciso — digo com a voz embargada tentando segurar o choro. Ela vem até mim e me abraça por trás — mãe, me solta — não aguento e começo a chorar — ela me vendeu, minha própria mãe me vendeu — digo soluçando. Perco todas as minhas forças e quando percebo já estou no chão, minha mãe vem até mim e encosta nossas testas, me olhando como se dissesse que tudo isso iria passar e as coisas iriam ficar bem de novo.

— Vem cá — ela me leva até o sofá e senta na minha frente e enxuga algumas lágrimas minha — eu queria dizer que sinto muito, mas eu não sinto, eu faria tudo de novo para ter você ao meu lado, faria até mais rápido se possível, você não sabe a diferença que fez na nossa vida, eu te amo e não importa e nunca importou se você tem o meu sangue ou não, o que importa é que você é minha filha.

— Eu estraguei a vida de vocês — falo e ela começa a rir.

— Você está louca, você não estragou nada, pelo contrário, está vendo essa aliança aqui — ela aponta para sua mão — ela só está aqui, por sua causa, eu estava indo embora de Londres para o mais longe possível do seu pai, e graças a você a gente se casou, graças a você eu casei com o amor da minha vida — ela sorri para meu pai.

Meu pai vem até a gente se se ajoelha ao meu lado e diz:

— Por favor, nunca mais diz isso, você nunca deixou de ser nossa filha, e lembre-se que pais são quem cuida e quem fez isso para você, foi dois loucos que não sabiam nem trocar uma frauda, mas que nunca deixou falta nada para você, principalmente amor.

— Eu sei, obrigada — abraço os dois — desculpa ser tão ingrata, mas eu amo vocês, só sou difícil.

— Isso você puxou dela — ele diz apontando para a mamãe que revira os olhos.

— A gente também te ama, nunca esqueça disso, tá? E desculpa esconder isso de você por tantos anos, só não era uma coisa fácil de falar — ele diz acariciando meu rosto e sorrio fraco para ele.

— Eu tenho que ir, não vou parar minha vida por causa dela — levanto, pego minhas coisas e vou para a agencia, preciso dançar, ou eu vou explodir.

Agradeço por não encontrar ninguém, vou direto para salão de dança e coloco a música "Amnesia" da Anahí para tocar e começo a dançar ritmicamente à medida que a música toca, tentando colocar para fora tudo que estou sentindo.





Hello! Oi amores, tudo bem? Espero que tenham gostado do capítulo, como eu amei escrever, cometem o que acharam e deixe sua estrelinha, vou ficar muito feliz. Beijos da Barbie Malibu e até logo....













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