Capítulo 24
Só existe ódio porque existe amor, esse é o yin-yang da vida
Por Christian
Como é possível depois de tantos anos você amar tanto alguém assim? Mesmo essa pessoa tem que ser tão complicada.
Seria tão mais fácil se apaixonar por qualquer uma dessas meninas que vivem dando em cima de mim.
Saio do palco após fazer meu show e vou direto para o camarim na esperança de encontra a Emma, mas como era de se esperar não tinha ninguém, claro que ela não iria esperar.
Sento em uma poltrona decepcionado, eu realmente não estou conseguindo entender o jogo dela, uma hora diz que me ama, na outra que me odeia, só queria que ela se decidisse, porque eu estou cansando.
- Deveria ir atrás dela - alguém diz me tirando dos meus pensamentos, olho para porta pra ver quem é e é a Bella - não desiste ainda - ela senta ao meu lado e apenas fico olhando pra ela sem saber o que dizer, eu só queria entender porque dela fazer isso.
- Não sei se vale a pena - dou de ombros.
- Se você acha isso é melhor que não vá mesmo, não quero minha filha com alguém que não tem certeza do que quer.
- Mas ela que não sabe o que quer - digo.
- E você, quer o quê? - ela pergunta.
- Quero ela - sou sincero.
- Então não perca mais tempo, ela está fugindo, mas você sabe onde encontra ela.
- Fugindo de mim?
- Fugindo dos sentimentos dela - ela sorri pra mim - mas saiba que nada pode separar duas pessoas que estão destinadas a ficar juntas, então não deixe algo muito ruim acontecer pra vocês entenderem isso.
Beijo sua testa, pego minhas coisas e vou correndo para meu carro, não consigo conter minha ansiedade, o caminho até a casa dela parece uma eternidade.
Quando eu chego lá, paro o carro no portão de entrada e aperto no interfone, me identifico e logo em seguida o portão é aberto.
- Boa noite, Taylor, Emma está? - pergunto para ele que estava sentado perto da entrada da casa.
- Boa noite senhor, está sim, pode entrar - agradeço ele e entro sem bater.
Vejo ela deitada no sofá com o fone de ouvido, ela não me viu ainda, então fico observando ela por um tempo até que resolvo falar.
- Eu achei que tinha mandado você me esperar - digo e ela se assusta quando me ver.
- Se você mandasse em mim, talvez eu tivesse esperado - ela me provoca, mulherzinha marrenta.
Me aproximo dela, sinto seu perfume doce e naquele momento o que eu mais queria era agarrar ela e ter ela apenas pra mim. Emma está me deixando louco, seu jeito provocativo e durona me faz querer ela cada vez mais! Passo minha mão em seu rosto, sua pele é tão macia, tão delicada.
- Você está me deixando louco, Emma, por que me provoca assim - falo em seu ouvido e sinto ela se arrepia.
- Problema seu, Christian - ela fala com uma calma impressionante, o jeito que ela é arrogante e, ao mesmo tempo elegante me impressiona.
- Por que é tão dura? Você assumiu que gosta de mim e sei que me deseja tanto quanto eu te desejo - digo dessa vez quase encostando em seus lábios.
- O que tem de lindo tem de surdo - ela responde com ironia - precisa limpa os ouvidos, está escutando muito mal - ela diz em meu ouvido.
Emma...Emma, não me provoca garota.
- O que você quer Emma? O que você quer comigo? - pergunto.
- Nada - ela diz olhando para minha boca.
- Você tem certeza disso? - digo.
Eu sei que ela me quer, desde que cheguei aqui, ela olha para minha boca e passa sua língua em seus lábios me provocando.
- Tá com medo de se apaixonar por mim? Eu duvido que não queira me beijar... - a provoco encostando minha testa na sua, sua respiração está ofegante, porque ela tem tanto medo de assumir que gosta de mim? - diz Emma, diz que você me quer, tanto quanto eu te quero - falo quase em sussurro.
- Isso nunca vai acontecer - ela fala bem perto de meus lábios.
- Nunca é muito tempo - sussurro.
- E o que você quer? - ela pergunta olhando para minha boca.
- Jogar você na minha cama e nunca mais soltar - digo.
- Faz isso - quando ela fala, não perco tempo, seu beijo era calmo e a cada movimento ela passa a mão em minha nuca fazendo eu me arrepiar, me puxando cada vez mais pra perto dela.
Ela distribuir algumas mordidas em meus lábios, paramos o beijo com selinhos, olho pra sua boca e não deixo ela respira porque a beijo novamente, mas dessa vez é um beijo feroz, jogo ela contra parede, segurando uma de suas pernas deixando ela cada vez mais perto de mim.
Ela começa distribuir beijos pelo meu corpo. Seus beijos eram calmos, há muito tempo não, beijava alguém assim, já fiquei com muitas mulheres, mas nenhuma fez eu esquecer ela, nenhuma fez eu esquecer nosso primeiro beijo.
Por Bella
Quando eu tinha dezenove anos minha vida mudou de uma hora para outro, eu tinha tudo, uma família feliz, pais maravilhosos, estava começando minha carreira como cantora e em um trágico acidente eu perdi tudo, meus pais, passei três meses em coma e anos me culpando pela morte deles.
Então parei de cantar, e comecei a frequentar bares e festas, pra mim a vida não fazia mais sentido. Foi quando minha melhor amiga, Mel me chamou pra vim para Londres trabalhar com ela no restaurante, eu aceitei e quando cheguei aqui, conheci pessoas maravilhosas e o Thomas.
Não sei se existe amor a primeira vista, mas eu sei que desde a primeira vez que eu vi ele sentir algo diferente, ele estava cantando e sua voz era encantadora, nós foi se conhecendo melhor e ele se declarou pra mim, mas eu era igualzinha a Emma, eu fugia dele, fugia dos meus sentimentos e por causa disso eu sofri bastante, eu tinha medo de me aproxima de alguém e perder ele igual perdi meus pais.
E por causa disso eu acabei perdendo muito mais, ele se envolveu com outra pessoa, ela engravidou, ele casou com ela e mil coisas aconteceram e não vou deixar isso acontecer com minha filha, não se eu puder evitar, por que a única parte boa dessa história foi ter ganhado uma filha maravilhosa, mas tenho medo todos os dias, de perde-la.
Todos esses anos mentimos para Emma sobre o destino da mãe biológica dela e que ela não é filha biológica do Thomas, as únicas pessoas que sabem a verdade, sou eu, Pedro, Thomas e Lídia, mas eu ainda fiz algo pior. Quando o Thomas foi adotar Emma, a mãe biológica dela disse que só daria a guarda dela se ele pagasse um bom dinheiro a ela, como ele não tinha o dinheiro todo eu fui lá e paguei a ela, mas até hoje ele não sabe disso, ele acha que ela só quis fazer algo bom pela filha, se ele souber que passei esse tempo todo mentindo pra ele eu não vou perder apenas minha filha, ele também.
- Oi, cadê as crianças? - Thomas pergunta guardando umas coisas no carro.
- Jason e Mia estão na casa da Lídia e a Emma está em casa - respondo.
- Espero que a Lídia não faça nenhum dos meus filhos serem presos hoje - sorrio lembrando do dia que ela, a Emma e a Sarah foram presas por pichar um carro, mas o cara mereceu.
Entramos no carro e seguimos para nossa casa, coloco a música "Why" da Sabrina Carpenter para tocar.
Depois de um tempo chegamos em casa, Thomas estaciona o carro, descemos e vamos até à porta de entrada.
- Boa noite Taylor, ainda acordado? - comprimento ele.
- Apreciando a noite senhora - ele diz e apenas sorrio pra ele.
Abro a porta e a primeira coisa que vejo é a Emma e o Christian dormindo abraçados no sofá, finalmente...
- Amor... - Thomas me chama, mas interrompo ele pedindo pra fazer silencio - vamos acordar eles né? - ele pergunta com ciúmes.
- Obvio que não, deixa eles e vamos subir, temos coisa melhor pra fazer - olho pra ele com um sorriso malicioso.
- Mas amor...
- Thomas, para de ciúmes, suas filhas não são mais bebezinhas não - digo baixinho para não acorda-los.
- São sim
- Você não me achava uma bebezinha quando eu tinha a idade delas e você vivia me pegando por ai, então vamos logo e deixe eles dormirem - puxo em seu braço.
Por Emma
- Bom dia, dorminhoca - Christian diz quando acordo.
Sorrio pra ele e fico olhando em seus olhos, nem acredito que isso ta acontecendo. Eu estou feliz, sinto minha barriga gelada, é uma sensação tão boa.
- Como viemos parar aqui? - pergunto lembrando que a gente dormiu na sala e agora estamos no meu quarto.
- Te trouxe logo depois de você dormir o filme todo - ele diz e sorrio, não sou boa em assistir filmes que durmo nos primeiros minutos - tenho que ir agora - ele diz levantando.
- Eu te levo até a porta - acompanho ele.
- Se arrume, eu vou na casa da minha mãe trocar de roupa e volto pra te buscar - ele diz.
- Aonde vamos? - pergunto curiosa.
- Surpresa - ele me puxa para um beijo rápido e sai em direção a casa da frente que é da tia Mel.
Entro e vou até à cozinha, me assusto quando vejo minha mãe escorada na bancada me encarando.
- Que susto - coloco a mão no coração, eu nem sabia que eles estavam aqui - você chegou que horas? Achei que ia pra casa da vovó - pergunto enquanto coloco um pouco de suco na boca.
- Ontem a noite - ela diz e me engasgo com o suco, como assim ontem a noite, droga eles me viram com o Christian - se queria que a gente ficasse fora era só ter avisado - ela diz sorrindo.
- Exatamente de que horas? - pergunto, será se ainda estávamos na sala, espero que não.
- Cedo suficiente para te ver com o Christian - não... - precisamos conversa.
- Precisamos? - não estou afim de conversa sobre minha vida amorosa com minha mãe, nem sei se tenho uma ainda.
Ela apenas me olha e seu olhar diz que sim, como as mães conseguem dizer algo só com o olhar?
- Eu tenho que me arrumar agora, vou sair, pode ser quando eu voltar? - tento fugir desse papo.
- Depende do que você vai fazer com ele antes dessa conversa, ou se já não tiver feito.
- Não rolou nada entre a gente ok? - digo e saio para meu quarto.
Vou para o banheiro tomo banho e me arrumo, visto um short preto, com uma blusa com desenhos de caveiras e uma jaqueta de couro, deixo meu cabelo solto e calço um All Star, coloco alguns acessórios e estou pronta.
Por Christian
Ontem eu tive sem dúvidas uma das melhores noites de minha vida! Eu passei ao lado da mulher que eu amo e mesmo não tendo acontecido nada de mais, só pelo fato de está ali com ela assistindo um filme bobo foi perfeito.
Não quero apressa nada com ela, apesar de achar que já perdemos muito tempo, eu só quero curtir o momento e qualquer coisa.
Estou agora na casa dos meus pais me arrumando e pegando algumas coisas pra fazer um piquenique com ela.
Vou levar ela no St James's Park, o parque real mais antigo de Londres, lá tem um lago enorme e é ótimo para fazer piquenique.
- Bom dia, mãe - digo quando vejo minha mãe, vou até ela e beijo seu rosto.
- Bom dia filho, o que está fazendo aqui nessa hora? - ela pergunta.
- Dormir na casa da Emma e vim aqui me trocar e pegar algumas coisas para um piquenique - digo.
- Você e a Emma estão juntos? - ela pergunta com um sorrio no rosto.
- Ainda não, mas se depender de mim, vamos está logo - digo sorrindo.
- Estou tão feliz por vocês - ela me abraça - vai lá se arrumar que eu ajeito uma cesta com algumas coisas pra você.
- Obrigado - beijo sua testa e subo para meu antigo quarto para me arrumar.
Depois de pronto desço e minha mãe está com uma cesta cheia de coisas para um piquenique.
- O que seria de mim sem você - abraço ela em agradecimento.
- Divirta-se e cuidado, é a Emma e se você magoa ela, eu te garanto que você não vai apanhar só da Bella, por mim também - ela diz, por muito tempo eu não trouxe meninas pra casa, nem queria nada serio com nenhuma e isso acabou me deixando com uma fama bem ruim, mas eu jamais faria nada para mágoa ela ou qualquer outra garota, eu sempre deixei bem claro com todas que não queria nada serio, diferente da Emma, ela sim, ela eu quero só pra mim.
- Jamais magoaria ela - digo com um sorriso bobo no rosto.
Pego a cesta e vou para o estacionamento pego meu carro e paro na frente da casa da Emma.
Depois de um tempo vejo ela vindo toda linda em minha direção, ela entra no banco do passageiro, olho pra ela e vejo que ela está envergonhada, puxo ela pra perto de mim e depósito um beijo em seus lábios.
Ligo o carro e sigo para o parque, o caminho foi super divertido, colocamos para tocar umas músicas bem animadas e fomos cantando e conversando o caminho todo.
- Nossa eu amava esse lugar - ela diz quando paramos em frente ao lago.
- Que tal um piquenique? - digo mostrando a cesta.
- Eu amei a ideia - ela sorri.
Procuramos um lugar mais afastado de todos e encontramos um bem perto do lago, colocamos uma toalha e arrumamos as comidas encima dela, sento na grama e pego meu violão.
Começo a tocar algumas músicas e ele apenas fica olhando e acompanhando em algumas partes, a voz dela é linda, é bem parecida com a da Bella.
- Sua voz é linda, porque parou de cantar? - ela pergunta.
- Eu simplesmente me apaixonei pelo meu trabalho e não estava conseguindo conciliar os dois, eu achava que não ia fazer sucesso e acabei parando.
- Claro que ia, você canta perfeitamente bem - sorrio pra ela - porque não aceitou o convite da mamãe pra fazer parte da gravadora dela?
- Como você sabe que ela me chamou?
- Porque conheço minha mãe e ela é boa em reconhecer talentos e você com certeza é um.
- Eu estava no começo do estágio e tinha medo de não consegui conciliar e perde os dois.
- Entendo - ela diz e deito colocando a cabeça em seu colo.
É tão bom está aqui com ela assim, sem ninguém, apenas eu, ela e os patos.
Mas o melhor é não está brigando, eu acho que é a primeira vez em toda nossa vida que a gente não está brigando.
Nosso dia foi ótimo, comemos, alimentamos os patos, se alguém me falasse que eu iria alimentar patos algum dia eu iria rir da cara da pessoa, mas confesso que foi divertido, pulamos corda com algumas crianças, dançamos e agora estamos indo embora, um dos melhores dias que já tive há muito tempo.
Vamos até meu carro, coloco nossas coisas na mala quando termino vejo ela escorada no capuz do carro, vou até ela e sento ela encima do capuz e beijo ela, quero aproveitar cada momento.
Hello! Oi gente, tudo bem com vocês? O que acharam do capitulo? Eu estou amando a aproximação desses dois, será que bem casal novo por ai??
Até logo, beijão da Barbie Malibu 💕
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