Capítulo 19
Um mês depois...
Por Christian
Os últimos dias estão sendo uma correria, estou ajudando com o baile da minha mãe, estamos com um projeto novo na revista e está uma loucura por lá.
Hoje é o dia que vamos falar para alguns dos estagiários se eles vão ser efetivados ou não e odeio essa parte, não gosto de demitir ninguém, mas infelizmente tem horas que é necessário.
- Bom dia - digo quando chego na empresa.
- Bom dia senhor - as meninas da recepção responde.
Subo até minha sala, vejo a Emma e a Bekah em suas mesas, apenas olho pra Emma sem falar nada, desde nosso último quase beijo não conversamos muito a não, ser algo importante da empresa, se ela queria se afastar, então estou respeitando sua decisão.
Pego os documentos dos estagiários e desço para sala do Pedro onde vamos decidir quem vai ser efetivado ou não.
- Bom dia Pedro - digo entrando na sua sala.
- Bom dia Christian, sente-se por favor - ele aponta para cadeira.
- A lista dos estagiários - entrego a ele.
- Você fez um ótimo trabalho com eles - Pedro diz e apenas sorrio em agradecimento - nos últimos dias andei avaliando eles e já tenho alguns nomes, mas prefiro que você me fale primeiro, você está mais presente e vai tomar essa decisão melhor que eu.
- Esses são os que mais se destacaram, sem dúvidas - mostro alguns nomes marcados.
- O senhor Carter ele é ótimo na programação e o senhor Green ele está indo muito bem com o Adams nosso fotografo, ele tira ótimas fotos - digo.
- E a senhorita Mikaelson e Salvatore? - Pedro pergunta.
Como vou contrata uma pessoa pra trabalhar diretamente comigo se nem estamos se falando? Mas também não posso negar que ela é ótima redatora e não posso deixar isso interferir em seu futuro.
- Elas são ótimas e vão evoluir muito aqui - digo.
- Então está resolvido, vamos contrata-los.
- Ok, vou chamar os meninos e depois falamos com as meninas - digo e ele concorda.
Falamos com os meninos e eles adoraram, já mandamos para o RH para fazer o contrato, chamo as meninas para conversa com elas.
- Bom, o contrato de vocês estão se acabando e queria saber de vocês, como foi a experiência aqui dentro na empresa? - Pedro pergunta.
- Foi perfeita, nunca esperei que iria gostar tanto de trabalhar - Bekah responde.
- E você Emma, o que tem a dizer.
- Foi uma experiência que vou levar pro resto da vida - ela responde, mas não sentir muita firmeza.
- Eu e o Christian conversamos e decidimos que vocês têm muito o que fazer aqui ainda com a gente, queríamos saber se vocês aceitam ser as mais novas redatoras da CatCo.
- Sim - Bekah comemora, mas Emma não diz nada.
- Ótimo senhorita Mikaelson, pode ir para o RH assina seu contrato - Pedro diz - não escutei sua resposta - ele diz se referindo a Emma.
- É... - ela hesita em falar
- Posso falar com ela - pergunto ao Pedro.
- Claro - ele diz e sai da sala e ela olha pra mim pela primeira vez desde que entrou nessa sala.
- Eu sei que não estamos numa fase muito boa, na verdade, eu acho que estamos numa fase horrível é muito mais torturante não falar com você do que viver discutindo por qualquer besteira como fazíamos antes - dou uma pausa e ela fica esperando eu continuar - mas isso é o que você gosta de fazer e você é muito boa, já li varias matérias suas, matérias que você faz e deixar outras pessoas levarem o crédito. Eu quero você aqui, por mais difícil que seja, eu quero te ver crescendo aqui dentro se tornando uma jornalista de sucesso.
- Nem olhamos um na cara do outro, como vamos trabalhar juntos? - ela finalmente diz alguma coisa desde que chegou.
- Sendo profissional e com o tempo talvez voltamos ter uma relação normal, de amigos - digo.
- Você acha que isso vai da certo? - ela pergunta.
- Sim e o que sentíamos um pelo outro acabou, vamos sair com outras pessoas e ser colegas de trabalho respeitando um ao outro, isso é o que importa.
- Você tem razão - ela diz e sorrio pra ela - não tem porque ficamos assim, você deve até está saindo com outra pessoa já - não obvio que não, era o que eu queria dizer, mas...
- Sim, estou e você? - minto.
- Sim, estou - como assim ela está saindo com outra pessoa?
- ótimo - digo e saio da sala, não acredito que ela já está com outro.
Passo o resto do dia na minha sala, não estava a fim de falar com ninguém.
Quando termino tudo que tinha pra fazer volto para meu apartamento, mas a voz dela dizendo que está saindo com outra pessoa não sai da minha cabeça.
Tomo banho e vou procurar algo pra comer quando alguém bate na porta, abro e é a Olivia minha vizinha.
- Olivia, oi - digo quando a vejo.
- Oi Christian, tudo bem? Trouxe um pedaço de lasanha que acabei de fazer - ela diz me entregando um potinho.
Eu conheço a Olivia há muito tempo, estudamos juntos no colegial e quando me mudei pra cá descobrir que ela é minha vizinha. Ela é muito gente boa e eu acho que vale a pena tenta algo com ela, talvez ela me ajude a esquecer da Emma.
- Quer entrar e comer comigo? - a convido.
Eu sei que é errado ficar com alguém pensando em outra, mas vale a pena tentar.
- Claro - ela diz entrando.
Por Emma
- Por que você foi dizer isso sua louca? - Sarah pergunta pela milésima vez.
- Eu não sei, foi sem querer, ele perguntou se eu estava saindo com alguém e disse que sim, mas era só porque eu queria saber se ele estava saindo com alguém também e ele disse que sim - falo triste.
- Meu irmão saindo com alguém, acho bem difícil, ele deve estar mentindo igual você - ela diz.
- Será?
- Eu vou descobrir isso pra você, mas se ele não tiver você vai falar a verdade pra ele, não tem porque vocês estarem separados se vocês se gostam.
- Eu não gosto dele - digo.
- Aaah não! E, porque está aí se roendo de ciúmes?
- Eu não estou.
- Ta sim, agora vamos comer que estou com fome - ela pega na minha mão e descemos para sala de jantar.
- Emma você não vai acreditar quem está em Londres - Jason diz empolgado, ele parece muito feliz, então deve ser alguém importante.
- Quem? - pergunto.
- Minha banda, eles vieram e fizemos uma audição na gravadora da mamãe e se a gente for, aceito, vamos gravar um CD.
- Que legal maninho, espero que vocês consigam - digo feliz por ele - vovó, a mamãe e o papai não vão jantar com a gente? - pergunto a minha Vó Marta.
- Eles estão no escritório resolvendo umas coisas, então vocês podem ir jantando, depois ajeito algo pra eles - ela responde.
Estranho, meus pais nunca perdem o jantar a não, ser algo muito serio.
Terminamos o jantar, a Sarah foi pra casa dela e vou para o escritório dos meus pais, estou preocupada, o jantar é um dos pouco momentos que conseguimos reunir a família então sempre foi uma regra na minha casa, sempre está em casa no jantar a não ser algo muito importante.
Bato na porta e quem abre é meu pai, a cara dele não é nada boa, ele nem fala nada apenas sai deixando minha mãe sozinha.
- Oi, está tudo bem? - agora tenho a certeza que tem algo errado.
- Oi filha, pode entrar - ela diz tentando disfarçar seu semblante triste.
- Porque não desceram para jantar? - pergunto.
- Desculpa não ter jantado com vocês hoje, mas tenho umas coisas pra fazer e não pode esperar.
- Você e o papai estavam brigando?
- Ei relaxe, está tudo bem - ela acaricia minha mão que está em cima da mesa.
- Tenho uma novidade - tenho que contar a ela que meu contrato foi renovado e agora sou oficialmente uma funcionaria da CatCo.
- Sente - se e me conte - ela aponta para o sofá ao seu lado.
- Adivinha quem teve o contrato renovado e não é mais uma estagiaria? - digo feliz, confesso que demorei um pouco a aceitar por motivos pessoais, mas estou tão feliz por isso, eu amo meu trabalho, amo trabalhar ao lado da minha melhor amiga, amo a CatCo.
- Mentira... aaah não acredito que minha bebê foi efetivada em seu primeiro emprego - quando ela diz isso fico um pouco triste, a CatCo não foi meu primeiro emprego, já trabalhei em bares e lanchonetes antes de voltar para Londres, não que eu precisa-se, mas fingir ser pobre e não trabalhar para se manter em Los Angeles não da né e minha família não sabe disso e é horrível mentir pra minha mãe - estou tão feliz por você, filha.
- Eu senti tanta falta das nossas conversas quando eu estava em Los Angeles - digo e ela me puxar para perto dela, deito minha cabeça em seu ombro e ela fica acariciando meu cabelo.
- Eu sentia sua falta cada segundo dos meus dias - ela da, uma pausa - eu te amo tanto - ela diz me olhando - promete pra mim que aconteça o que acontecer, você nunca vai deixar de ser minha filha?
- Claro que não, você cuidou de mim, me amou enquanto a mulher que me teve, me abandonou, você é e sempre será minha mãe - digo e vejo ela chorando.
É estranho ver minha mãe assim, ela ultimamente está tão sentimental, diferente, não sei o que está acontecendo, mas sei que tem algo acontecendo entre ela e meu pai.
- Sabe que pode conversar comigo quando você precisar né? - digo sabendo que ela está precisando.
- Sei sim, mas estou bem, só preciso de um banho quente agora - ela sorri fraco e sai do escritório indo para seu quarto.
Vou pra casa da Sarah, não estou afim de ficar no meu quarto pensando no Christian.
Estou saindo e me surpreendo com a cena da Mia beijado o Ben.
Eu acho que essa família tem algum problema, só se apaixonamos por pessoas que odiamos.
- É Taylor, eu acho que o amor e ódio andam juntinhos - digo apoiando meu braço no ombro do Taylor, nosso motorista, e ele cruza os braços concordando.
- Nunca foi ódio, vocês que são difíceis de mais e não querem aceitar o óbvio - ele diz e olho pra ele.
- Você está chamando a gente de difíceis, Taylor? - pergunto, Taylor trabalha aqui em casa a muitos anos, desde que eu nasci eu acho.
- Estou sim, senhorita e teimosas também - ele confirma e apenas sorrio pra ele, realmente minha família só tem gente difícil.
- Minha irmã desencalhou hehe - digo saltitando em direção a casa da tia Mel.
A Casa da minha tia é enorme e para você entrar você tem que passar por um grande jardim e o estacionamento.
Espera... o que é aquilo, olho direito para dentro do carro do meu tio Scott e ai meu Deus, que nojo.
Ele e tia Mel estão se pegando dentro do carro, corro pra dentro tentando apagar aquela cena da minha mente.
Que nojo....
Essas pessoas são muito pervertidas.
Entro rápido dentro de casa e está o maior silêncio, será que não tem ninguém em casa além dos pervertidos lá fora?
Procuro melhor e quando olho para o sofá vejo a Sarah e o Isaac deitados se beijando.
Esse povo não sabe o que é um quarto não é?
- Seus pervertidos, não tem quartos nessa casa não? - digo e eles se assustam, a cara do Isaac foi a melhor - qual é garoto, está devendo? - sorrio.
- Qual é Emma, quer me matar do coração? - ele pergunta com a mão no peito.
- Relaxe, eu não vou te matar, mas o tiozão lá fora vai, assim que terminar o que está fazendo - digo se referindo aos meus tios e ele me olhar assustado - relaxe, estou zoando, ou não.
- Não ligue pra essa palhaça - Sarah corta meu clima, quer dizer eu cortei o clima deles né, mas não ligo mesmo.
- Já te falei que você é muito chata? - ele pergunta.
- Já sim e eu já te falei que amo ser insuportável?
- Já sim.
- Vocês vão começar com as implicâncias? Se for diga que vou pegar a pipoca - Sarah diz e rimos.
- Não, só porque já estou indo, mas se não fosse isso, iria sim - Issac diz - amanhã vamos para o Grill? - ele pergunta pra mim.
- Claro - respondo.
- Tchau amor - ele diz e da um selinho na Sarah.
- Hummm amor né - tiro de onda e vejo Sarah vermelha.
- Tchau chata - ele bagunça meu cabelo.
- Tchau chato - respondo - adivinha quem foi efetivada no emprego e agora já pode morar sozinha? - pergunto me achando.
- Aaah parabéns - ela me abraça - eu jurava que você iria fica pra titia e ser sustentada pelos sobrinhos pro resto da vida.
- Eiii - digo, mas se bem que não é uma ideia ruim, posso ser a tiazona legal - vou dormir aqui, não quero voltar pra casa hoje - digo.
- Você dormindo aqui? Você está doente, saindo do seu quarto.
- Nossa você ta chata hoje, eu acho que mudamos de personalidade - digo pensativa.
- Será?
Colocamos o filme "Diário de uma paixão" para assistirmos.
- Amiga, você não vai chorar? - Sarah me olha perguntando.
- Eu não choro - digo e volto a assistir.
- Sei... Mas se chorar eu vou filmar e colocar na internet.
A noite foi ótima, triste mais ótima, não lembrava o quanto esse filme é triste.
- Pra quem disse que não chorava.
- Eu não estou chorando, foi só um cisco que caiu em meu olho.
- Ahan, acho que foi o deserto do Saara que caiu no seu olho, pra ter passado o filme todo chorando.
Mostro a língua pra ela e pulo na cama para dormir, amanhã tenho que acordar cedo pra ir trabalhar, já que meus sobrinhos não nasceram ainda pra me sustentar.
- Boa noite, feia - ela diz.
- Boa noite, feiona - respondo.
Hello! Oi gente... Tudo bem com vocês?
Quero desejar a todos um Feliz Natal...
Beijinhos e até logo...
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