Capítulo 14
Sentindo o meu caminho em meio à escuridão,
guiado pela batida de um coração,
não sei dizer onde a jornada vai acabar,
mas sei por onde começar.
Wake Me Up
Por Bella
— Amor, eu estava pensando numa coisa... — Thomas fala tirando minha atenção do meu celular — você está tão linda deitada aí — ele deita ao meu lado na cama.
— O que você quer, vampiro? — pergunto e ele sorrir com o apelido, faz tempo que não chamo ele assim, mas as meninas estavam assistindo hoje e lembrei disso.
— Queria chamar você pra jantar, igual os velhos tempos — ele me da um selinho e sorrio boba.
— Comida, eu amo! Não recuso, você sabe — digo empolgada, faz tempo que não saímos juntos, normalmente tem alguém trabalhando, numa turnê, alguma reunião, ou algo com nossos filhos e acabamos esquecendo de se divertir.
— Nossa ficou mais empolgada com a comida do que comigo? — ele faz drama.
— Óbvio, é comida queria o quê? — ele me olha indignado — eu te amo bobão — beijo ele que logo retribui e sorrir pra mim.
— É pra você ficar feliz por minha causa, não por causa da comida!
— Eu fico pelos dois, tá bom assim? — levanto pra me arrumar, mas ele me puxa de volta me fazendo cair na cama.
— Tá ótimo, então! — ele segura minha nuca me beijando de novo — vá se arrumar pra ficar mais gata do que você já é.
— Tá e vá você também e tome um banho que estou sentindo seu cheirinho daqui! — ele faz careta e começo a rir.
— BELLA! — começo a rir e vamos tomar banho.
Avisamos as meninas que íamos sair e elas continuaram mesmo onde estavam, ignoraram a gente totalmente. Esses vampiros gostosos mechem mesmo com a nossa cabeça, entendo elas... Sinto que tem algo de estranho com a Mia, mas pode ser apenas cansaço, quando eu chegar se ela continuar assim chamo ela pra conversar.
O jantar foi simplesmente ótimo, ele me levou ao nosso restaurante preferido que no caso é o da Melzinha, se ela me ver falando assim ela me mata.
Chegamos em casa e aquele clima bom acabou quando escuto a Mia dizendo que a Emma não é irmã dela.
— Se toca Emma, você nem é minha irmã de verdade! — quando ela diz isso, sinto meu coração disparar, nunca vi meus filhos brigando, não assim e isso não é coisa que se fale.
— Mia — falo autoritária e ela me olha assustada.
Olho pra Emma e ela está sem reação apenas olhando pra Mia sem dizer nada.
— Pro seu quarto, agora — digo quase gritando e ela obedece.
— Emma - grito quando vejo ela sair correndo pela porta, vou atrás dela.
Por Christian
Hoje em Londres está chovendo muito e o frio que está fazendo nem se fala, eu sempre gostei mais do calor, deve ser pelo fato de sempre ter morado em um lugar que a maior parte do tempo é frio.
Estou voltando pra casa após ter passado horas na empresa resolvendo uns assuntos super chatos com o Pedro.
— Emma — digo quando vejo ela andando sozinha na chuva — o que essa louca está fazendo sozinha, na rua chovendo desse jeito?
Passo por ela e percebo que ela me viu, paro um pouco mais na frente e abro a porta do carro pra ela entrar, percebo que ela me viu, paro um pouco mais na frente e abro a porta do carro pra ela entrar.
Não sei porque, mas sinto a necessidade de ver ela bem, de cuidar dela, e sinto que ela está precisando de alguém agora.
Vejo ela correndo em direção ao meu carro ela entra e senta no banco do passageiro.
O caminho foi um completo silêncio, levo ela pra meu apartamento, estaciono o carro e subimos.
— Fazia muito tempo que eu não vinha aqui — ela fala pela primeira vez desde que encontrei ela.
Eu moro no antigo apartamento da minha mãe, ela morava aqui com Bella e Alli. Vou até o quarto de hóspedes e pego uma roupa da Sarah que ele deixou aqui e entrego a ela.
— Tem toalhas no banheiro, você tem que tirar essa roupa molhada — digo e entrego a ela a roupa.
— Obrigada — ela sorri fraco e vai para o banheiro.
Pego meu celular e mando uma mensagem pra Bella.
Mensagem Bella
Oii, a Emma está comigo.
Ela está bem?
Sim! Ela vai dormir aqui hoje, amanhã deixo ela ai.
😏😏
Não pensa besteira, eu e ela somos apenas colegas de trabalho. Que pera, você é mãe dela, para com isso!
Não falei nada😶😶
Mas pensou, te conheço Isabella Montgomery.
Cuida bem da minha filha.
Pode deixar.
Beijos... Te amo.
.....
Minha família é muito pequena e, ao mesmo tempo muito grande. Meus pais e os amigos deles eram tão próximos que acabamos se tornando uma grande família, todos os amigos deles são nossos tios, os filhos deles se tornaram meus primos já que crescemos juntos e isso é muito bom, você nunca se sente sozinho a não ser que queira.
Vou para cozinha e vejo o que tem na geladeira para preparar alguma coisa pra gente comer. Quando eu era mais novo eu vivia no restaurante dos meus pais, então acabei aprendendo algumas coisas com minha tia Marta, ela era cozinheira do restaurante, agora ela mora na casa da Emma.
A Bella considera ela como mãe e quando ela se casou ela chamou a Marta para morar com ela e ajudar com as crianças, até hoje ela mora lá, agora ela é da família, minha família adora acolher as pessoas e fazer elas se tornarem da família.
Resolvo fazer um macarrão com filé é fácil e rápido, aposto que ela está morrendo de fome e quero saber o que aconteceu pra ela está daquele jeito.
Estou distraído terminando os últimos detalhes quando olho pra trás e vejo Emma me olhando, me assusto e acabo derramando molho na minha camisa toda.
— Nossa não faz isso garota, assim você me mata do coração — digo e a única coisa que ela faz é rir de mim.
Seu sorriso é lindo, mas tem alguma coisa estranha, mesmo ela sorrindo da pra ver que ela não está bem.
— Você fez eu manchar minha camisa toda e ainda fica rindo da minha cara! Vou descontar do seu salário — digo fazendo drama e só faz rir mais ainda.
— Você é muito desastrado — ela diz ainda rindo.
— Não sou desastrado, você que me assustou — me defendo.
— Tem razão, você não é desastrado é um medroso.
— Eiii, eu estou aqui fazendo comida pra você e você me trata assim?
— Pra não perder o costume — ela diz e rimos.
Quando éramos mais novos, antes dela se mudar para Califórnia, vivíamos brigando, ou melhor, se matando.
Implicávamos um com outro por qualquer besteira, mas, na verdade eu amava está perto dela e irritar ela era divertido.
— Se você não colocar para lavar agora vai manchar — ela diz se referindo a minha camisa.
— Tem razão — digo.
— Me da que eu lavo enquanto você termina — ela pede se aproximando de mim.
Tiro a camisa e fico apenas de calça moletom, vejo ela olhando pra mim e não posso perder a oportunidade de envergonhar ela.
— Quer uma foto? — pisco o olho pra ela e vejo ela vermelha — dura mais.
— Só se for para quebrar a câmera com sua feiura — ela responde e começo a rir.
A esquentadinha voltou.
Termino nosso jantar e comemos enquanto eu irritava ela igual quando éramos crianças, mas uma coisa mudou, agora levamos na brincadeira e antes a gente corria chorando pras nossas mães.
— A comida estava ótima, obrigada — ela agradece e apenas sorrio para ela.
Pego duas taças e coloco vinho nelas, levo uma pra ela e fico com a outra, sentamos no sofá e ficamos conversando, estou tentando perguntar a ela o que aconteceu, mas tenho medo de ser invasivo e ela ir embora.
— Você está bem? — pergunto.
— Agora sim — ela diz com o semblante triste.
— O que aconteceu? — pergunto.
— A Mia me odeia, minha mãe não é minha mãe de verdade.
— Como assim a Mia te odeia? — a interrompo.
— Ela não precisa mais de mim e talvez eu tenha voltado em um momento ruim — vejo uma lágrima caí em seu rosto.
— A Mia não te odeia e posso te garantir isso, ela sente muito sua falta — eu me aproximei bastante da Mia nesse tempo que a Emma não estava aqui, ela era muito amiga da Melinda então eu levava elas para sair, e cuidava delas principalmente quando via algum marmanjo se aproximando delas, ninguém vai chegar perto das minhas bebês.
— Ela disse que nem sou irmã de verdade dela — quando ela diz isso consigo sentir a dor que ela está sentindo.
Também sou adotado e tem horas que você se sente deslocado apesar da minha família ser maravilhosa, e escutar algo assim de alguém que você ama, não deve ser fácil.
— Tenho certeza que ela só falou isso no momento da raiva — digo.
— Não vai magoar menos só por causa disso.
— Vem cá — seguro na mão dela.
— Pra onde?
— Tá afim? — digo mostrando uma garrafa de bourbon é um tipo de whisky, ele é lançamento e se chamar "Hello Brother" vamos fazer o marketing dele e é melhor conferir pra ver de é bom de verdade.
— Espera — ela diz pegando a garrafa da minha mão — é o bourbon do Ian e do Paul de The Vampire Diaries.
— É acho que é isso mesmo.
— Aaaah — ela começa a pular comemorando — não acredito que vou beber isso.
— Não vai se animando, só um pouquinho — pego a garrafa de novo.
Preparo alguns drinks e levo pra sala, coloco na pasta aleatório de músicas e deixo baixinho.
— Tá afim de jogar? — pergunto.
— O quê?
— De perguntas, alguém faz uma pergunta quem já tiver feito bebe — digo.
— Adoro — ela pega um copo pra beber, mas tomo da mão dela antes que ela consiga.
— Ainda não, não quero você bêbada antes de começar o jogo.
— Chatooooo — ela diz cantando.
— Eu vou começar, eu nunca fiquei com meu melhor amigo ou amiga — digo e bebo.
Ela bebe também.
— Eu nunca fui o maior galinha da escola — ela fica esperando eu beber.
— Eu nunca fui galinha, só gostava de aproveitar os momentos, mas vou beber — ela rir.
Jogamos mais algumas partidas até que ela começou a pegar pesado, talvez jogar com bebida não seja uma boa ideia.
— Eu nunca prometi me despedir de alguém e não fui — ela diz me provocando.
— É melhor parar de beber, antes que a sua mãe apareça aqui e me mate — tento mudar de assunto.
Nunca falei pra ela a verdade do que aconteceu e que eu tentei ir, mas aconteceu um acidente e ficamos presos no trânsito, não cheguei a tempo e fui um covarde e nunca falei com ela sobre isso.
— Não, me devolve isso — ela tenta pegar a garrafa de novo, mas não deixo — cara você é muito chato.
— E você é muito marrenta — digo rindo dela.
— Não sou não, você que é um chato, parece um velho pode nem se divertir.
— Não é você que vai apanhar se sua mãe descobrir que dei bebida pra você.
— Eu vou dizer a ela que você me obrigou a beber e ela vai te bater — a imaginação dela vai longe.
— Diz aí quando eu morrer você vai se sentir culpada e vai chorar com saudades de mim — digo e ela me olha triste novamente.
— Senti falta de você por cinco anos, eu te esperei por cinco anos, eu só precisava de uma ligação dizendo o porquê de você não ter ido — ela diz séria, penso um pouco e resolvo falar a verdade.
— Eu fui Emma, eu apenas não consegui chegar a tempo, teve um acidente e ficamos presos no trânsito, eu tive tanto medo de você não me perdoar que eu nunca te liguei — me aproximo dela e tiro uma mecha de seu cabelo do seu rosto — não teve um dia nesses cinco anos que eu não pensei em você — ela não diz nada, apenas fica me olhando séria.
— Posso beber mais? — ela apenas diz isso.
— Você não vai falar nada? — digo com raiva.
Ela passa horas tentando saber o que aconteceu quando eu falo ela não diz nada.
— Falar o quê? Que você me acha mesquinha o bastante pra não entender que você não conseguiu porque teve um imprevisto?
— Eu era um adolescente e passamos anos da vida brigando, sim eu pensei.
— Pensou errado porque eu só queria entender, eu teria voltado só pra poder te ver.
— Desculpa, desculpa ter sido um covarde, mas saiba que só queria seu bem, nunca iriamos da certo.
— Você tem razão, nunca iria da certo nada entre a gente — ela diz e suas palavras machucam, apesar de ser o certo a fazer — o melhor pra gente agora é esquecer isso, somos colegas de trabalho e temos que ter uma convivência boa.
— Você tem razão — digo e ficamos um tempo calados apenas apreciando a música e a bebida.
— Eu sei que o tempo pode afastar a gente, mas se o tempo afastar a gente é porque o nosso amor é fraco demais e eu não vou mais perder tempo.
— Eu tinha muito medo de um "eu te amo" sair da minha boca, até que um dia ele saiu, foi difícil eu gelei, mas quando eu te olhei você disse "eu também" e isso foi a melhor coisa que me aconteceu, eu nunca vou te esquecer você foi meu primeiro amor e isso é uma coisa que guardamos pra vida, mas acabou e agora somos adultos e superamos isso e vamos conseguir viver nossas vidas com outras pessoas e sendo colegas de trabalho e amigos — digo.
— O primeiro amor não importa já que vamos ficar com o último... — digo e mudo de assunto depois — Está afim de comer bolo? — digo pra quebrar o clima chato.
— É de chocolate? — sorrio com sua pergunta.
— Sim é de chocolate — digo ainda rindo.
Nunca vi uma pessoa gostar tanto de chocolate como a Emma.
— Eba! - ela comemora parecendo criança.
Vou até à cozinha e pego um bolo de chocolate com cobertura que minha vizinha me deu hoje de manhã, ela é doidinha por mim e todo dia faz uma comida diferente e vem deixar aqui pra mim.
— Esse bolo ta muito bom — ela diz colocando mais um pouco de recheio na boca.
— Minha vizinha cozinha muito bem — digo e ela me olha.
— Sua vizinha?
— Sim, ela é doidinha por mim — digo e começa a rir.
— Se aproveitando da vizinha, que feio.
Coloco um pedaço de bolo na boca dela, quando ela morde sua boca fica toda suja com o recheio.
— Você ainda não aprendeu a comer bolo — digo lembrando que ela sempre que ia comer bolo recheado ela se sujava toda.
— Ninguém sabe comer bolo — ela diz e apenas fico calado olhando pra sua boca.
Será que podemos deixar pra ser amigos só amanhã, porque quero muito beijar ela agora.
— O que você está fazendo? — ela pergunta com vergonha pelo fato deu está encarando ela.
— Desculpa — digo e beijo ela.
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