Você é muito complicado


Hi baby gays!!

Atrasei, mas em compensação, trouxe um capítulo enorme 🗣️

Já deixem drive pronto pra tocar aí pq hj tem ein



...



Quando Jisung chegou em casa, a primeira coisa que fez, foi procurar por Chan, mas assim como temia, ele não estava em lugar nenhum, também não quis saber de atender o telefone e não foi por falta de tentar, o ômega já estava na décima ligação e contando, até que começou a cair direto na caixa postal. Minho também ficou preocupado, mas não queria demonstrar e deixar o Han ainda mais ansioso. Por sorte ele tinha o número de Hannah e conseguiu com ela que confirmou suas suspeitas. - Ji, ele tá na casa dos pais dele. Fica tranquilo.

- Nos pais dele? Por que ele não levou a gente? Ou pelo menos avisou?

- Não sei, mas é melhor a gente ir descansar, amanhã tentamos falar com ele de novo. Tá bom? - Disse tranquilo em meio a um abraço apertado. Jisung já havia chorado tanto que tinha certeza que assim que caísse na cama dormiria até o dia seguinte. Não gostava de vê-lo assim, Christopher era um idiota, pra que tanto drama por algo tão besta? Tudo aquilo por causa de um cheesecake, nem fazia sentido, como se a cara de cu que ficou a semana toda não fosse o suficiente. Minho ainda não entendia a profundidade do problema.

- Tá... você pode fazer mingau igual do Channie?

- Eu não sei fazer igual o dele, mas posso tentar fazer do meu jeito. Pode ser?

- ah, não... - o Han resmungou com um biquinho. - Você sempre queima e não fica tão bom. Tem que fazer igual o dele.

- Então não vou fazer, vamos dormir

- Min, então vamos comer bolinho da festa da Moon. Eu trouxe docinhos também - sorriu travesso ainda com o nariz vermelho de choro.

- Tá, mas depois vai escovar os dentes e dormir. Promete?

- Uhum.


...

O dia começou bem cedo na casa do Hwang, eram sete e meia da manhã e já estavam na cozinha, preparando as coisas para o café da manhã. - Tem certeza que quer comer isso? É meio nojento, deve ter minhoca aí, sei lá.. - Hyunjin perguntou mais uma vez depois de colocar um punhado de terra em um prato. Ele até conseguiu controlar Félix durante a madrugada, mas logo pela manhã, ele estava praticamente implorando para comer terra. -Eu acho bom você nem pensar em me beijar depois disso.

- Achei que você me amava -- fez um biquinho. - É só um pouquinho, Jinnie. A minha boca tá cheia de água, se eu não comer, a Moon pode nascer com cara de escultura de areia ou o do gaara do Naruto, é isso que você quer?

- Tá, então come. Eu vou pegar um balde pra você vomitar.

Felix acabou comendo quase cinco colheres de terra e por incrível que pareça, não passou mal. Sua vontade era tão grande que mal se deu conta do que estava comendo. Hyunjin ficou assistindo, horrorizado enquanto segurava o balde por precaução. - Meu deus, eu não acredito que você comeu isso. - O ômega sorriu com a boca toda suja e o mais velho fez um esforço enorme para controlar sua expressão de nojo. - Vai lá escovar os dentes

- Obrigado, Hyunnie. Tava muito bom.

- Meu amor, você comeu terra, não fui eu que fiz - falou rindo e começou a limpar a mesa para o café de verdade. - Isso deve fazer mal

- Mas eu precisava muito e foi só um pouquinho.

- Tá, vai lá escovar os dentes, tá todo sujo. Eu vou fazer café pra gente. Vai querer comer o que ?

- Nada, eu tô satisfeito já - o ômega se levantou e abraçou o mais velho, deixando um beijinho na bochecha dele.

- Ew! Não faz isso, vai lavar essa boca, vai logo !

Hyunjin foi empurrando o outro para o banheiro, mas Felix o abraçou pelo pescoço e fez um biquinho na direção dele. - Me dá um beijinho

- Não, amor. Vai tá escovar os dentes

- Só um beijinho, Jinnie. Não é justo só eu sofrer por causa da nossa filha - ficou nas pontas dos pés tentando avançar para cima do alfa que só faltava gorfar com aquela cara contorcida, claro que começou a rir dele. - Amooor, só um beijinhooooo

- Eeww saaaii saii! Liix naaoo, tá sujando a minha cara, que horrooor!! - As bochechas dele já estavam todas cheias de terra e o ômega continuava fazendo gracinha até que parou com um biquinho na direção dele.

- Se você me ama, me dá um beijinho

- Ah, não meu amor - fez manha com uma carretinha. - Não faz isso comigo, eu te amo, já falei

- Então prova, vai

Hyunjin olhou bem para aquele biquinho que tentava esconder um sorriso, todo sujo com terra preta e o olharzinho fofo, apertadinhos e risonhos. Não tinha como escapar daquela situação, então fez um bico exagerado que foi contorcendo conforme se aproximava com os olhos fortemente fechados até encostarem no outro com um selinho muito rápido. - Pronto, te amo,viu! Agora vai lavar a boca.

- Só isso?!!

- Tá ótimo já. Vamos lavar essa boca, vai - falou rindo e pegou o outro no colo, o carregando até o banheiro.


...

Mais tarde, a família Hwang chegou para o almoço. Hyunjin e Felix ainda estavam terminando de fazer a comida e Yeji apareceu com uma torta de morango e algumas outras coisas do nada e já estava tão à vontade, que foi abrindo a geladeira para guardar tudo.

- O Lix quis comer terra hoje, vocês acreditam? - o alfa contou rindo chamando atenção dos pais.

- Sua mãe comeu um sabonete quando estava grávida de você - Hwang Seon-ho, o patriarca da família contou fazendo os outros rirem. - Nem pense em fazer isso, Felix, a Hyejin ficou vomitando por horas - achou melhor avisar, pois o ômega já estava com um olharzinho de quem queria experimentar.

- Aí, nem me lembre disso, às vezes ainda sinto minha boca espumando. Credo! - A senhora Hwang disse com uma expressão de desgosto. - Tá vendo o que você fez comigo, Hwang Hyunjin?!

- E ele nem pra comer terra comigo. Os pais deveriam ter desejos estranhos também - Felix disse indignado e recebeu um beijinho na ponta do nariz.

Hyunjin deu uma risadinha e o abraçou com carinho. - Acho que ter que sair pra buscar essas coisas já é o suficiente, não é?

- Não..

Depois que a comida ficou pronta e todos sentaram à mesa, o interfone tocou anunciando a chegada de jisung, que surpreendentemente, chegou sozinho e com uma carinha não muito boa. Felix achou melhor não perguntar na frente de todo mundo, mas conhecia o amigo muito bem para saber que tinha algo errado.

- Então Felix tá morando aqui com você? Desde quando tão namorando? - jeff perguntou para o irmão. Ele estava muito questionador, querendo saber todos os detalhes daquele relacionamento.

Era um pouco difícil para Hyunjin e Felix responder tudo, já que não haviam criado uma história e nem combinado se mentiram sobre isso, então o Hwang se limitou a dizer. - Desde o começo do ano, né amor?

O ômega só concordou com a cabeça, se dedicando a manter a boca cheia de comida para não ter que responder mais nada. Não era muito bom em mentir sobre pressão.

- Mas começaram a namorar antes ou depois da gravidez?

- Antes, a gente se conheceu no final do ano passado. - Sem um motivo aparente, Hyunjin se sentiu obrigado a mentir. Por algum motivo achou que pegaria mal seus pais saberem que engravidou um desconhecido logo na primeira vez em que ficaram, fora que Felix poderia se sentir incomodado pensando que poderia ser mal visto pelos sogros.

- E como foi o pedido, ein hyun? - Dessa vez foi Yeji quem perguntou. Ela daria tudo para ver o irmão fazendo algo vergonhoso por estar apaixonado, com certeza uma cena imperdível.

- An... - Merda, ainda não havia pensado nisso. Quer dizer, tinha um plano para quando fosse pedir Félix em namoro de verdade. Nada muito grandioso, mas se contasse estragaria sua surpresa.

- Foi aqui em casa - Felix falou tranquilo. Aquilo não era mentira, Hyunjin já havia lhe pedido em namoro algumas vezes.

- É... foi

Yeji revirou os olhos em puro tédio. - Que sem graça, eu tava esperando algo com humilhação em público. Você não é muito romântico mesmo ..

- Eu achei romântico. O jinnie sempre me fala coisas bonitas e eu até prefiro que seja simples - o Lee falou com um sorriso bonito e olhou para o alfa ao seu lado, tocando seu rosto com carinho. - Tudo que ele faz é lindo e romântico

- Ah, Liiix, era pra gente se unir e zoar o Hyunjin, mas não vai dar certo se você ficar olhando pra ele com essa carinha de bobo apaixonado. - a Hwang cruzou os braços indignada, só queria rir um pouquinho as custas do irmão.

Quando terminaram de comer, o Lee deu uma desculpa qualquer para conseguir um tempinho e arrastar jisung para o quarto, deixando Hyunjin com a família na sala. A televisão estava ligada e Yeji colocou um programa qualquer de final de semana para ver com os pais e o cunhado e enquanto isso, os irmãos mais velhos, aproveitaram para tomar uma cerveja na varanda.

- Eu fico mais tranquilo em saber que está realmente feliz - Jeff começou. - Acho que nunca te vi desse jeitinho apaixonado, é bem fofo.

- Hm, você também tá, nem adianta tentar me zuar. - os dois riram e Hyunjin percebeu o momento exato em que o mais velho desviou o olhar de lá e mordeu o interior da bochecha e um claro sinal de nervosismo. Sabia que ele só fazia aquilo quando estava preocupado. - O que foi? Nem adianta falar que não é nada, eu conheço essa cara aí

O mais velho deu um riso soprado e tomou mais um gole de um sua bebida antes de começar a falar. - Não dá pra esconder nada de você não é? - estalou a língua no céu da boca. - Tô um pouco preocupado com você..

- Ah, mas isso nem é novidade. Com o que exatamente?

- Hyun, onde você conheceu o Felix? - Jeff sabia muito bem quando o irmão estava mentindo, só não entendia o motivo daquilo, pois a família aceitou a gravidez sem nenhum problema, então não tinha porque mentir.

- Na faculdade, já te falei... eu já contei toda a história na verdade

- Eu acho que tá mentindo e isso me deixa preocupado, porque não consigo entender o motivo disso.

Hyunjin suspirou derrotado. Não dava para esconder nada dele. - Tá... nos conhecemos em uma festa da faculdade no começo do ano, o Lix acabou engravidando e eu assumi a bebê e não, eu não tenho certeza se é meu, também não me importo com isso, eu amo a minha filha e agradeceria se não contasse nada disso pra mamãe.

- Acabou engravidando?

- Você entendeu. A camisinha ragou a primeira vez que ficamos. Só menti pro Lix não se sentir desconfortável, você sabe como é

- Sei...

- Olha, eu amo o Felix e a gente tá se entendendo bem. Não tem como o que se preocupar, fica tranquilo - Garantiu e o mais velho apertou os lábios em uma carretinha. - O que foi agora?

- Nada. Eu fico feliz que você tá feliz, é normal me preocupar, sou seu irmão. - suspirou. - O Felix parece legal, mas você não conhece ele e já trouxe pra morar aqui em casa, não acha que tá se precipitando?

- Nós vamos ter uma filha e eu prefiro ter eles por perto, me sinto mais seguro. O Lix é desconfiado, estressado e resmungão, mas é inofensivo

- Tudo bem, mas... olha, eu quero que entenda o que eu vou dizer tá bom? Só pensa um pouquinho comigo. Você não conhecia ele, aí vocês ficam, a camisinha raga e você assume o bebê. A nossa família tem dinheiro, Hyun..

- Pode parar por aí, não ofende o lix desse jeito tá bom? Ele é uma boa pessoa e passamos por muitas coisas até ele começar a morar aqui. Ele quase abortou no começo da gravidez e precisava de cuidados especiais, eu sou o pai, eu tenho que cuidar do meu bebê e o meu omega. É sério Jeff, nós estamos bem, você não precisa se preocupar e nem ficar fazendo teorias.

- Ok. Se você diz que está tudo bem, então tá bom. Você é adulto, Jinnie, já sabe fazer suas escolhas e eu não vou ficar me intrometendo na sua vida, mas se precisar de qualquer coisa, quero que saiba que pode contar comigo. Sabe disso, né?

- Sei sim

- Ótimo. Então pega outra cerveja pra mim.

- Folgado

Lógico que Jeff ainda não estava cem por cento tranquilo e com certeza ainda ficaria preocupado, até porque tinha impressão de que já conhecia Felix, mas não conseguia se lembrar de onde e não queria que o irmão caísse em nenhum golpe ou algo do tipo. Mas como disse, Hyunjin era adulto e parecia feliz, então não tinha motivo para alardes.

Enquanto isso, no quarto do casal, Félix tentava acalmar Jisung que já estava chorando há alguns minutos e até agora não tinha entendido o motivo daquilo. - Ji, tenta respirar fundo e fala devagar por favor.

O Han fez o foi pedido e repetiu algumas vezes até enfim conseguir falar algo entendível. - O Channie foi embora de casa

- Como assim? Vocês não estão morando na casa dele?

- Sim. Ontem depois do chá de bebê ele foi embora e depois o min descobriu que ele tá na casa dos pais dele. - contou abraçando o amigo um pouco mais forte. - Eu tô com saudades dele e os bebês também

- Mas foi do nada? Vocês brigaram?

- Ele e o min tem brigado mais que o normal desde que nós mudamos... dessa vez o Channie tem razão sabe, mas o min não quer pedir desculpas e ele tem dado um gelo na gente desde então. Eu só não sabia que ele ia embora assim do nada, achei que eles iam fazer as pazes.

- Nossa amigo. Que situação ruim

- É .. agora o min foi atrás dele pra tentar conversar com ele - fez um biquinho fungando mais uma vez. - Posso dormir aqui hoje?

- Claro jiji -- beijou a bochecha dele. - Vai ficar tudo bem, não se preocupe, tá bom? Depois eu peço pro Jinnie tentar falar com o Chan.

- Obrigado amigo.

...


Minho saiu de casa logo depois do café da manhã, estava decidido a trazer Chan de volta, pois jisung não parava de chorar e não gostava de vê-lo daquele jeito. A viagem até a casa da família bang levava certa de uma hora e não era nenhum mistério para si já que morou ao lado deles grande parte de sua vida até seus pais se mudarem e ir para seul junto com Chan. Assim que chegou, ele estacionou a moto ao lado do carro de Chan e mandou uma mensagem avisando jisung antes de bater na porta.

- MINHOO!! - Hannah gritou assim que abriu a porta e abraçou o Lee. Desde de pequena, ela o amava e os dois eram um grude, sempre unidos contra Christopher. - Não sabia que você vinha também. Entra aqui.

- Tá bem, princesa ? Senti saudades de você.

- Dúvido, você nunca vem me visitar - ela fez bico. - Não precisa esperar o Chan pra vir

- Tem razão, eu fui um babaca. Prometo que vou aparecer mais vezes. Cadê seus pais?

- A mãe está na cozinha e o pai foi com o Chan na padaria. Você chegou na hora certa de comer

Minho aproveitou para conversar um pouco com a senhora Bang e com Hannah enquanto arrumavam o café da tarde. Tinham muito assunto para por em dia e aparentemente, assim como os seus pais e os de jisung, os Bangs ainda não sabiam do relacionamento e muito menos dos bebês. Um probleminha que deveria ser resolvido logo, mas a relação deles andava tão conturbada que não tiveram tempo de pensar em como fazer aquilo.

Quando Chan chegou e viu a moto, precisou respirar fundo antes de entrar em casa. Não estava muito afim de discutir com Minho e torcia para que ele não tivesse levado jisung na garupa, era perigoso demais. Assim que entrou na cozinha e recebeu o olhar do Lee, soube que ele nao estava ali para pedir desculpas. Provavelmente seria uma conversa longa e cansativa.

Depois que terminaram de comer, Chan o chamou para dar uma volta e precisou de muita paciência para se livrar de Hannah que insistiu muito para ir com eles. Era melhor não conversarem em casa, eles acabaram discutindo alto e aí teriam que dar explicação para todos. Ele foram caminhando e falando até uma praça que ficava razoavelmente perto e se dessem sorte teriam um banquinho para sentar. - Não sei se tô muito afim de conversar, Minho. Eu já falei tudo que tinha pra falar.

- Tá, mas você ainda não me ouviu - Minho retrucou prontamente.

- Por que eu tenho que te ouvir se você não me ouve? - arqueou uma sobrancelha na direção do Lee. O tanto que já tinha tentando conversart tanto com ele quanto com jisung não estava escrito e sinceramente, não estava com a menor paciência para aquilo.

- Christopher volta pra casa, o jisung tá preocupado, isso vai fazer mal pros bebês. - esse foi o argumento de Minho. Além de não pedir desculpas, estava jogando a culpa para si. Típico do Lee.

- Sério min? Eu achei que estivesse aqui porque já tinha entendido. O que vai fazer pros bebês é a teimosia de vocês dois, que são uns irresponsáveis

- Desculpas? Eu não fiz nada de errado, vim aqui pra te levar de volta porque o ji não para de chorar.

Chan negou com a cabeça. Estava decepcionado, mas não esperava menos. De certa forma era sua culpa, por mimar tanto o Lee. - Não vou voltar, eu vou passar as férias aqui

- Sério? Você acha que tá certo abandonar seus namorados e seus filhos sem nem se despedir? O que aconteceu com aquele papo de responsabilidade, vai fugir dela?

- Não tô fugindo, eu vou dar tudo prós meus filhos, mas viver com vocês esses dias tá inviável pra mim. Nenhum dos dois me escuta

- Foi só um cheesecake, para de fazer tanto drama.

- Não foi só o cheesecake, Minho! Porra, você não entende mesmo ou só tá se fazendo de sonso pra me irritar? Porque não é possível. Você é inteligente, sabe do que eu tô falando. Nenhum de vocês me escuta, não é drama. Eu tô chateado com você, com o ji, mas principalmente com você, já que fica jogando ele contra mim. Qual é o seu problema?

Minho o encarou ingnado. - Meu? Problema nenhum, eu só quero deixar o ji feliz, mas você é um chato do caralho. Qual o problema dele comer um docinho de vez enquanto?

- Se fosse de vez enquanto eu não iria reclamar, mas todos os dias você da besteira pra ele comer e passa por cima do que eu falo. - contou magoado. - As coisas não funcionam assim, precisam de regras, limites para dar tudo certo, mas você não entende isso e quando os bebês nascerem vai ser pior.

- E você acha que sair de casa vai resolver alguma coisa?

- Não, mas eu achei melhor me afastar um pouco, porque quem sabe como alfa da casa, você começa a ter mais responsabilidade. - seu tom era sério até demais e Minho ficou quieto só ouvindo. - Vocês dois precisam crescer e isso não vai acontecer se eu ficar lá fazendo tudo por vocês. Nós vamos ter dois filhos e criança não é brincadeira, Minho. Nós vamos ter que ser responsáveis, porque são duas pessoas que vao depender totalmente de nós. Você disse que ter filho era seu sonho e tudo mais, mas até agora eu não te vi agindo como um pai.

- Ata! Você foge de casa e eu sou imaturo.

- Eu não fugi de casa. Tá vendo? Você não me escuta cara, tudo que eu falo você ignora. Na moral, cansei. Não vou mais tentar falar com você.

O pior de tudo naquela conversa, era que Minho tinha acabado de entender tudo, mas sei ego era tão grande que não conseguia simplesmente dar o braço a torcer e pedir desculpas. Por esse motivo passou a ignorar o outro assim que voltaram para a casa da família Bang. Estava sendo infantil e mimado, sabia muito bem disso, só não conseguia fazer diferente.


...


No apartamento de Hyunjin, eles haviam acabado de se despedirem da família Hwang que acharam melhor pegar a estrada antes de escurecer de vez, prometendo que voltariam em breve. Felix aproveitou para arrumar o quarto de visitas para jisung dormir enquanto ele tomava banho e hyunjin foi até lá oferecer ajuda quando voltou do estacionamento.

- Amor, eu pedi pizza pra gente. O ji come qualquer sabor? - perguntou o abraçando por trás e deixou um beijinho em seu pescoço e pegou o lençol de sua mão para colocar na cama. - Deixa que eu faço isso.

- Come sim. Obrigado Jinnie. Desculpa por não pedir permissão e só ter deixado ele ficar, o ji tá muito sensível, não queria que ele ficasse sozinho a noite toda.

- Tá tudo bem, a casa é sua também. Pode fazer o que quiser e você tá certo, não é bom deixar ele sozinho. Fora que eles já nos ajudaram bastante, né? - o alfa terminou de colocar o lençol na cama e aproveitou para já pegar alguns cobertores e deixar por ali também. - Será que o Minho conseguiu conversar com o Chan?

- Não sei, amor. Você pode ligar pra ele?

- Uhum. Vou pegar o celular, já volto.

Minutinhos depois, jisung saiu do banheiro com uma roupa que Felix havia emprestado e uma toalha na cabeça e foi até o quarto de visitas onde o amigo esperava por ele. - Lix, tem secador?

- Uhum, tá aqui oh. - entregou a ele. - O jinnie pediu pizza pra gente jantar, vai chegar Jajá. Tá com fome?

- Bastante. Desculpa por estar aqui incomodando vocês - fez um biquinho pronto para chorar e Felix o abraçou.

- Pode parar de falar besteira. Você é minha família, ji, nunca vou te deixar sozinho. Tá doido? - riu. - Deixa que eu seco seu cabelo. Senta aí.

Hyunjin conseguiu falar com Chan, para sua surpresa ele atendeu na primeira chamada e começou a desabafar sobre o quando estava chateado com jisung e principalmente com Minho, depois ficou perguntando sobre jisung e os bebês e no fim, conseguiu convencê-lo a falar com o ômega, que ficou todo felizinho e começou a chorar de novo, só de ouvir a voz do namorado.

"- Channie, volta pra mim por favor! Eu tô com muita saudade. Prometo que não vou mais comer um monte de doce, eu já aprendi..


- Hannie, eu te amo, tá? Se comporta aí na casa do Hwang e cuida dos nossos bebês.


- Eu te amo, channie. Você vai voltar? Você e o min conversaram?


- Mais ou menos... é complicado. Ele falou que vai ficar aqui hoje, mas vai embora amanhã cedo, tá bom?


- Mas você vai voltar também? Por favor, volta.


- Não sei, Hannie. Acho que não, vou passar as férias aqui com meus pais


- Mas Channie, são muitos dias. Como eu vou ficar sem você?


- Eu vou até aí pra te ver. Não se preocupe. Agora vai comer e dormir tá bom? Amanhã cedo o Minho tá aí.


- Tá bom... te amo muito e os bebês também te amam e tão com saudades.


- Eu também amo muito vocês."

Chan desligou a chamada fazendo muito esforço para segurar o choro. Também não queria estar fazendo isso, mas era melhor que acertassem esses pontos agora do que ir deixando e dar um problema maior no futuro. A senhora Bang arrumou um colchão no quarto para Minho dormir, assim como faziam quando eram pequenos. O Lee nunca dormiu no seu colchão, sempre acabava migrando para a cama do outro, pois alegava estar morrendo de frio e Chris era quentinho. Provavelmente aquela seria a primeira vez em que dormiria no lugar certo, já que mal estavam olhando na cara um do outro.

- Posso apagar a luz? - foi a única coisa que chan perguntou e Minho concordou com a cabeça. Os dois se ajeitaram em suas camas e ficou um silêncio terrível por um bom tempo.

Minho não conseguia dormir, ele sabia que estava errado e a culpa começou a corroê-lo por dentro. Foi então que decidiu falar de uma vez, mas só porque chegou a conclusão de que não chegaria a lugar nenhum daquele jeito e também não aguentava mais o clima merda entre eles. - Chris? Tá acordado? - perguntou e então se levantou para acender o abajur e sentou na ponta da cama dele. - olha pra mim

- Não quero. Deixa eu dormir...

A voz do Bang era embargada, só então percebeu que ele estava chorando e seu coração se partiu na hora. Chan era emotivo, mas nunca fez algo que o magoasse a ponto de chorar e se sentiu ainda mais culpado. O chamou novamente. - Chris, fala comigo..

- Eu não quero mais conversar, Minho. Dorme aí vai.

- Então só me escuta... eu entendi o que você tava querendo dizer e tomei uma decisão importante...

O Bang acabou sentando na cama para ouvir o que ele tinha a dizer. Minho parecia sério. - O que?

- Quero que... você seja o meu alfa... tipo, você já é, mas eu quero ser seu de verdade. Não quero ficar disputando território.

- Do que tá falando, min?

- Eu quero que você me marque, Chris, quero que seja nosso líder - disse de uma vez e rapidamente desviou do olhar dele, acometido por uma vergonha repentina pelo que estava pedindo. Jamais se imaginou em uma situação como aquela.

- Não fala besteira..

- É sério, Chris. Você tem que fazer isso. Sabe que vamos continuar brigando o tempo todo desse jeito e de nós dois, você é o mais responsável, sempre foi, tenho que admitir isso.

- Não vou te marcar, min. Pode esquecer. - falou rapidamente. - Eu não quero que me obedeça porque mando em você, quero que amadureça para o seu próprio bem, para ser um exemplo pros nossos filhos, entende? Quero que me respeite porque eu mereço e não por imposição

- Eu entendi... mas eu não sei como me controlar... Você me conhece melhor que eu mesmo.. - murmurou. - eu até percebo quando tô de implicância, mas não consigo controlar.

- Então encontra um jeito de fazer isso. Eu não vou te marcar.

A marca entre alfas funcionava de um jeito complicado e muitas coisas poderiam dar errado no meio do processo, inclusive saírem no soco para decidir quem iria marcar quem, pois nenhum alfa gostava de se submeter totalmente a outro. Tinham até alguns casos que resultaram em morte e Chan achava melhor evitar aquele tipo de estresse, tudo ficaria bem se Minho começasse a agir como um adulto responsável.

- Você é muito complicado... - o Lee falou baixinho em um resmungo.

Chan até pensou em responder, porém, já estava muito cansado de discutir, só queria dormir logo. Ele empurrou o Lee com o pé, se ajeitando para voltar a deitar, mas Minho resolveu sentar em cima de si. - Eu te amo, Chris -- declarou beijando o rosto dele. - Me desculpa, eu fui babaca. Volta pra casa por favor?

- Sai, min. Vai dormir.

- Chris, eu disse que te amo...

- Eu te amo também... amo muito, por isso tô chateado, então sai de cima de mim e vai dormir. - o empurrou de levinho, mas o Lee o abraçou com força. - Minhoooo

- Não fala assim comigo, eu tô pedindo desculpas -- fez um bico. - Chriiiis, me perdoa, eu sou babaquinha. Vai eu tô me humilhando aquiiii

- Eu não acho que esteja se humilhando -- riu soprado e acabou cedendo ao abraço, pois também estava morrendo de saudades e afundou o nariz no pescoço dele. - Acho que você pode fazer melhor que isso...

Minho olhou para ele com um biquinho e se ajeitou melhor em seu colo. - Channiieee.. desculpa vazio - manhou igual jisung fazia e o mais velho começou a rir alto. - Para

- Argh! - fez um som engraçado para conter um grito e apertou as bochechas dele com força. - Você tá sendo fofo. Agora sai e vai dormir

- Me dê um beijo pelo menos, eu tô com saudades de você - abraçou o pescoço dele se aproximando para beijá-lo e o Bang colocou a mão na boca para barrar. - Chriiiisss!!

- Você não tá merecendo - falou em meio a uma risada e o tirou do seu colo, para que ele voltasse ao colchão. - Dorme.

- O que eu preciso fazer pra merecer? - perguntou com os olhinhos piscando de forma inocente em sua direção e as mãos apoiadas nas coxas do mais velho.

- Pode parar, Lee Minho.

- Por favor, Chris? - pediu esfregando as coxas dele e ficou de joelhos entre as pernas, se esticando para selar um beijo no queixo no mais velho.

- Não tô no clima, min.

Minho nem deu atenção, apenas sorriu, arrastando as mãos até a bunda dele, onde apertou com vontade ao mesmo tempo em passou a beijar seu pescoço, arrastando a pontinha fria do nariz entre um beijinho e uma mordida. O cheiro de Chan o deixava maluco, completamente perdido com cada vez mais vontade dele. Os beijos contornaram a curva da mandíbula e capturou o lóbulo da orelha mordendo e chupando de levinho, arrancando a primeira arfada de ar do mais velho. - Min... ho

- Hm? - o murmurar veio em meio a um riso soprado quando sentiu os braços do Bang contornar sua cintura. A boca dele se partiu em um suspiro quando tocou seu membro por cima das roupas e deu um "pulinho" de susto pelo toque repentino.

- Não faz isso, min. Estamos na casa dos meus pais, seja um bom menino e vai dormir.

- Shiiiiu, tô realizando a minha primeira fantasia -- riu soprado e logo montou um biquinho. - Eu não sou um bom menino, Channie.

- Para com isso... Hmmm! - Minho o apertou com um pouquinho mais de força e engoliu o gemido do mais velho atacando seus lábios de uma vez, dando início ao ósculo impaciente, totalmente afoito, necessitado e cheio de saudades que tanto queria. Ele praticamente invadiu a boca do outro, procurando desesperadamente por sua língua e quando a encontrou, os olhos reviraram mesmo fechados de tamanha satisfação. O tesão que sentia pelo Bang era avassalador e perdia totalmente a compostura, não se importava com nada.

A mão esperta tratou de escorregar para dentro da cueca do mais velho e livrar seu membro daquele aperto, iniciando a masturbação lenta. O punho se moveu com habilidade e o penis que babava, pulsou em sua palma, terminando de endurecer imediatamente. - Ah! Puta merda - ele xingou no meio do beijo e segurou o rosto de Minho, voltando a atacar seus lábios com vontade.

Sem perder tempo, o Lee já estava ajoelhado diante de si, com seu pau deslizando pelos lábios bonitos, vermelhos e inchados por causa do beijo. Chan não queria fazer aquilo na casa dos pais, mas era impossível resistir a Minho dizendo que sempre quis fazer aquilo com ele, ali mesmo no seu quarto e o quanto já havia sonhado com aquele momento. Os sons molhados e a língua deslizando por sua glande o deixava ainda mais excitado, isso sem falar nos olhos felinos e brilhantes de Minho, atentos a cada pequena reação. Ele queria o enlouquecer, com certeza. Minho não costumava o chupar com tanta frequência e quando acontecia era insano, tantos estímulos ao mesmo tempo que era difícil conter os gemidos.

Chan segurou os cabelos castanhos ainda mais forte, tando que Minho sentiu o couro cabeludo arder e seus lacrimejaram quando ele o forçou para baixo, fazendo a cabeça do pau bater no fundo de sua garganta diversas vezes. O gosto salgado aumentava assim como as veias pareciam a ponto de explodir, ele gozaria em breve e puxou seu cabelo novamente para afastá-lo. O Lee não perdeu tempo e continuou masturbando, movendo o punho com habilidade. Quando ele estava quase, parou de repente e se afastou.

- Que?! O que tá fazendo?

- Me come - Minho pediu ansioso. Estava com tanta vontade, mas tanta, nem se importaria em implorar se fosse necessário.

- Aqui não. Você não sabe ficar quietinho e vai acordar todo mundo.

- Por favor, Chris, faz alguma coisa - Pediu mais uma vez e o Bang se levantou, vestiu uma camisa e o short molinho do pijama que nem serviu para cobrir sua ereção e puxou Minho pelo braço, descendo as escadas com pressa. - Pra onde a gente tá indo?

- Dirigir -- falou sucinto rodando a chave do carro entre os dedos e destrancou a porta da frente.

Minho não entendeu nada, mas o seguiu para dentro do carro. - Chris...

- Shiiiiu - apoiou uma das mãos na coxa dele com um apertão e manobrou o carro para estacionar na rua de trás, onde era escuro e afastado o suficiente para não incomodar ninguém. - Vem cá -- bateu nas próprias coxas e Minho prendeu o lábio inferior entre os dentes em ansiedade, se livrou do próprio short e deu um jeito de sentar no colo dele, de costas para o volante. Nunca tinha feito aquilo no carro naquela posição, mas parecia interessante. Ouviu o som do pacote de camisinha ser aberto e as mãos dele apertaram sua cintura com força. - Senta, min.

Ele obedeceu prontamente mesmo sem nenhuma preparação, quase se arrependendo. Uma dor necessária, porém boa se apossou de si e levou como castigo por ter sido mau. Quando olhou para Chan, ele tinha os lábios entreabertos, os olhos fechados com força e as sobrancelhas franzidas em uma expressão fodamente sexy.- Ah! caralho! - Gemeu quando ele já estava totalmente dentro e abraçou o corpo mais forte esperando se acostumar.

- Quero ouvir você gemendo bem manhosinho como o bom gatinho que você é. Entendeu?

- Hmm! Uhum - murmurou começando a mexer o quadril. - Channie, Hmmnf eu tava com saudades

- Rebola em mim então, me mostra o quanto você tá com saudade - sussurrou no ouvido dele e apertou a bunda com força.

Minho se apoiou no volante atrás de si, inclinando o corpo um pouco para trás e começou a se mover aos poucos ganhando velocidade e ondulando o corpo. O clima dentro do carro começou a ficar bem mais quente e os vidros até embasaram, mas pelo menos abafaram os gemidos altos dos dois. Os cabelos do Lee colaram na testa de tanto que ficou suado e usou as mãos para pentea-los para trás, sem deixar de rebolar no outro com um sorriso ladino. Uma cena e tanto para Bang, diga-se de passagem. O tapa forte e ardido foi espalmado na bunda seguido de mais um apertão e o mais velho ergueu o quadril se afundando ainda mais em si.

- A-ah! Chris mmmmnah! Porra! - gritou assim que gozou generosamente entre os dois e foi tão forte que respingou até no rosto dele.

Chan mordeu o ombro próximo quando também atingiu seu orgasmo e os dois respiravam com dificuldade tentando se recuperar.

- Volta pra casa -- Minho pediu mais uma vez e deixava beijinhos preguiçosos no pescoço do namorado. - Eu te amo tanto, Chris -- deitou a cabeça contra o peito dele. - Volta? Hm? Por favor.

- Vou pensar sobre isso, tudo bem? - o Lee resmungou o abraçando mais forte. - Acho que a gente ainda precisa de um tempo

- Mais? Chris, por favor. Já tem duas semanas que você não fala direito com a gente e o ji tá tão tristonho.

Chan tocou o rosto dele fazendo um carinho e sorriu quando o outro se esfregou contra sua palma. - Olha, amanhã você vai para a casa e conversa com o ji. Quero que reflitam sobre o que eu falei, daí na semana que vem eu volto pra gente conversar. Pode ser?

- Você promete? - perguntou e o Bang concordou com a cabeça. - Tá bom, pode ser.

...


No dia seguinte, o Lee pegou a estrada logo de manhã para chegar a casa de Hyunjin antes de jisung acordar. Ele foi pontual, assim que passou pela porta, viu o Han saindo do quarto com as bochechas amassadas. - Min, cadê o Channie? - perguntou se aconchegando nos braços do mais velho.

- Bom dia, han-ah! Dá bom dia pro Hyunjin.

- Bom dia, Hyun. Desculpa. O lix tá bem?

- Ele não acordou ainda, mas parece bem - o Hwang disse sorrindo. - Vou voltar pra cama, fiquem a vontade.

- A gente já tá indo, mas obrigado por deixar o ji ficar aqui essa noite. Vamos esquilinho? Vai lá se trocar.

- Mas e o Channie?

- Já vamos conversar. Pega suas coisas

Minho o levou para a casa e explicou tudo que Chan disse. Lógico que jisung fez manha e ligou para o Bang pedindo para ele voltar imediatamente, mas no final sabia que tinha razão como sempre. Aquela semana foi importante para que Minho e Jisung se entendessem, tentando agir de forma mais responsável como o Bang pediu.

Assim como prometido, Chan voltou para a casa no final da semana e os três conversaram seriamente, determinando limites e novas regras. Não seria uma mudança que aconteceria de uma hora para outra, mas pelo menos os mais novos pareciam mais dispostos a ouvir e rever seus próprios comportamentos. Construir uma família não era fácil, Christopher já sabia disso quando decidiu chamá-los para morar com ele. Seria até loucura pensar que colocar três pessoas completamente diferentes em criação juntas em uma casa daria certo de primeira, mas aos poucos iriam se adaptando e pegando o jeito.




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