Hi baby gays!  ❤️

Gente nem corrigi, mas é isso.
Boa leitura pra vocês 🤭

Ainda durante aquela semana, Jisung foi para a faculdade com Seungmin. Ele estava um tanto intrigado, pois na noite passada, Chan havia mandado uma mensagem misteriosa dizendo que eles precisavam conversar e nada além disso. Obviamente, o Han passou a noite toda pensando sobre aquilo e chegou a conclusão de que Chan com certeza terminaria com ele naquele dia, eles não haviam brigado nem nada do tipo, mas há muito tempo não era chamado de “Jisung”.  Seungmin ainda tentou o convencer de que não era nada daquilo, mas não adiantou de nada, ele continuava obcecado com aquilo e triste como se estivesse a caminho de um velório.

— Para de chorar, ji ! Você nem sabe o que ele vai falar, meu deus.

— Mas Minnie, por que ele me chamaria desse jeito?

— Porque é seu nome, criatura! Sério, ji, para com isso.

— Miniieee…

— Para! Vamos entrar logo, vamos acabar nos atrasando por causa do seu drama. - Minnie falou pegando sua bolsa e saindo do carro. — E vê se resolve logo as coisas com o Chan, eu preciso da casa vazia.

— Você quer me despejar logo agora que eu vou ficar sem namorado? Você é um péssimo amigo!

— Até parece que você não tem outro namorado - falou revirando os olhos. —, fica na casa do Minho, sei lá, só deixa a casa vazia.

— Nossa, dar pro seu namorado é mais importante do que cuidar do seu amigo?

— Primeiro, quem foi que disse que sou eu quem dou pro meu namorado? E segundo que o meu amigo tá fazendo drama, ele tem dois namorados gostosos pra cuidar dele, então não precisa de mim.

Lógico que jisung só ouviu o que lhe convinha no momento e deu um gritinho todo animado e ansioso para saber. — Não é você quem dá?! Como assim?

— Ji…

— Me conta, me conta tudo, é você quem come o Innie? Ah! Tô chocado.

— Eu não estava falando sério, Jisung - bufou revirando os olhos mais uma vez. Por que ele era assim? — Agora aproveita que o Chan ta bem ali e vai lá falar com ele.

— Não, eu não quero que ele termine comigo. - voltou com a voz manhosa em puro drama e saiu apressado para não ser visto.

Jisung jurava que aquilo daria tempo para Chan pensar melhor e mudar de ideia sobre o término, mas aparentemente não foi o suficiente, já que o Bang acabou marcando para se encontrarem no restaurante no final da aula um pouco antes dele ir para o trabalho, e não teve jeito, o Han teve que ir até lá de qualquer maneira já que não teria coragem de deixá-lo lá sozinho esperando.

Assim que entrou no restaurante, percebeu que a situação era bem pior do que imaginava quando viu Chan e Minho sentados à mesa. Pronto, era hoje que ficaria solteiro.

— Oi jisung - o Bang disse sério. —, senta aí.

O Han fez o maior bico, mas acatou ao pedido do mais velho, sentando na cadeira de frente para os alfa que continuavam com aquela cara séria.

— Ji, eu e o Chris estávamos conversando e nós decidimos que… - Minho começou, mas foi logo interrompido pelo ômega chorão.

— Vocês vão terminar comigo, né?

— O que?

— Vocês perceberam que se amam muito e não tem espaço pra mim nesse relacionamento? - ele soluçou várias vezes, chorando sem parar e cobriu o rosto com as mãos. — Eu amo vocês, amo muito, mas tudo bem, se isso fizer vocês felizes..

— Do que você tá falando, ji? - Lee perguntou verdadeiramente confuso e fez um carinho na mão dele. — Ein esquilinho, o que é isso? Por que tá chorando?

— O Channie, e-ele me chamou de jisung e falou pra gente conversar… - manhou soluçando entre o choro ressentido e os alfas riram deixando beijinhos nas mãos deles. — Parem com isso, não é pra rir, se vocês vão terminar comigo, façam isso logo.

— Amor, para de chorar, as pessoas vão pensar que fizemos alguma coisa pra você. - Chan disse com carinho e entregou uma caixinha de presente. — A gente só queria fazer uma surpresa pra você

— U-uma surpresa?

— Sim, quokka. Não queremos terminar com você, meu amor. Eu só falei daquele jeito pra você não desconfiar, me desculpa amorzinho.

— Então você ainda me ama, Channie?

— Amo, amo muito. Agora pare de chorar, Hm? Por favor.

— Tá b-bom - ele fungou mais algumas vezes e secou o rosto com as mãos. — Desculpa..

— Tudo bem, jagiya - Minho disse fazendo carinho nos cabelos dele. — Abre o presentinho, vai.

Jisung concordou com a cabeça e abriu a pequena caixa rosa com todo o cuidado, mas ao ver o que estava lá dentro, os encarou confusos. — O que eu vou fazer com essas chaves? São brincos?

— Não, são chaves mesmo… - Minho falou simples e o Han continuou com a mesma cara.

— Dos nossos apartamentos, jijico. Nós conversamos e decidimos que você merece uma cópia também, afinal de contas, você é nosso namorado. - Chan explicou.

— Ah! - exclamou, começando a rir. — Meu deus, vocês são muito fofos! - ele deu a volta na mesa e abraçou os dois. — Eu amo vocês, obrigado por confiarem em mim, tô muito feliz, de verdade.

— Nós também amamos muito você, bebê.

— Então se eu tenho as chaves, eu posso ir lá quando eu quiser?

— Claro. - Bang respondeu simples.

— Posso ir hoje e ficar lá a semana toda?

— Sim, ji. Por que? - Minho perguntou.

— É que o Minnie quer a casa vazia, o Innie vai entrar no cio e eles precisam de um lugar mais reservado, já que a irmã do Innie tá morando com ele…

— Entendi, pode ficar lá em casa se quiser, amor, tem um monte de coisas sua lá, fica à vontade - Chan ofereceu.

— Fica na minha casa, você sempre fica com o Chris.

— Minho, não seja ciumento… Hmmm eu vou ficar com os dois, um dia em cada e pronto, tudo resolvido.

— Certo, achei justo.

— De acordo.

— Por que não fizeram isso em casa?

Chan riu soprado e Minho revirou os olhos negando com a cabeça, pois sabia o que viria agora. Tinha certeza que Chris não perderia a oportunidade de zuar com a sua cara. — Não conseguimos decidir onde fazer e optamos por um terreno neutro. - o Bang falou o surpreendendo. A verdade é que os dois discutiram feio tentando decidir em qual casa fazer a surpresa, Minho tentou ir embora com raiva e no fim, ele terminou gemendo contra a porta de entrada da casa de Chan

— Hm, entendi. Vocês dois tem que parar de discutir por besteira. - o ômega apontou com os olhos semicerrados pra eles. — Podemos comer? Eu tô com muita fome.

— Claro, amor. Escolhe o que quiser. - Minho falou.

— Você vai pagar?

— Vou, pode escolher.

— Nesse caso, eu vou comer duas vezes e vou querer sobremesa. - Chan aproveitou já pegando o cardápio.

— Não, Chris, você paga o seu!

— Mas eu sou seu namorado também, Minho. Você tem que me alimentar.

— É verdade, min, tadinho do Channie, vai deixar o coitadinho passando fome?

— Ele vai comer o prato feito e não quero reclamações. - o Lee acabou cedendo e no fim, pagou o almoço deles. — Vocês vão lá em casa hoje? Eu pego o ji na casa do Hwang, e você vai pra lá quando sair do trabalho, Chris. A gente ainda precisa conversar.

— Conversar sobre o que? - o ômega perguntou.

— Nosso cio, ji.

O período de cio dos alfas acontecia duas vezes por ano, durava coisa de dois meses e durante esse período, os alfas entravam no cio, não todos de uma vez, mas só durante esses dois meses, respeitando o ciclo de cada um e durava cerca de quatro dias podendo variar de pessoa para pessoa. Diferente do ciclo dos ômegas, que acontecia a cada três meses, sem um período específico, cada um no seu próprio ciclo.

Curiosidades:Betas não possuem cio e só podem engravidar betas fêmeas ou ômegas que estão no cio.

Minho e Chan não sabiam o dia exato, mas sabiam que estava próximo e estavam com medo dos ciclos acabarem sincronizando pela convivência e caso acontecesse, talvez o ômega não desse conta dos dois sozinho.

— Eu já disse que dou conta, vocês não precisam se preocupar comigo. - o Han garantiu.

— Beleza cu de ferro, mas isso não é uma decisão pra você tomar sozinho. Nós vamos conversar, ok? - apesar da brincadeira, Minho estava sério. Não queria que jisung se machucasse, sabia o quanto era fácil para um alfa perder o controle durante esse período.

— Concordo com o min. Mais tarde falamos sobre isso, não é o local e eu preciso trabalhar. Beijinho? - Chan pediu e selou os lábios do mais novo. — Não fica emburrado, nós vamos conversar.

— eu não vou deixar vocês ficarem com outras pessoas, pode esquecer!

— Ué, não era um relacionamento aberto? - Minho provocou só pra ver ele nervoso.

— Aberto o caralho, vocês são meus e eu não vou dividir.

— Ok, quokka, depois a gente conversa. - mais uma vez o Bang pediu. — Vai me dar um beijo, min?

— Aqui não…

— Tá bom. - Chan aceitou e deixou um beijinho na testa de cada um antes de seguir para o trabalho. — Até mais tarde, amo vocês!

— Amo você, Channie!  - jisung acenou com um sorriso e quando virou novamente para Minho, franziu o cenho e deu as costas caminhando em direção ao carro dele.

— O que foi,ji ?

— Você fica de gracinha falando do relacionamento aberto, ele não é mais aberto.

— Amor, eu tava brincando. Você sabe que não queremos mais ninguém além de você.

— Mentiroso! - jisung falou sério e depois sorriu de forma maldosa. — Você quer o Channie também. - falou rápido correndo em direção ao carro e Minho correu atrás dele com falsa raiva. Ele estava cheio de gracinhas ultimamente. — EU NÃO MENTI, MIN! - o Han gritou rindo quando foi preso contra o carro e atacado com cócegas.

— Você tá muito abusadinho, Han Jisung!

— Min, já chega - pediu ofegante de tanto rir e assim que Minho parou, o abraçou pelo pescoço fazendo biquinho. — Me dá um beijo?

— Você não está merecendo. Vamos logo, eu vou te deixar no Hyunjin e tenho que ir trabalhar.

— Por favor, min ! Um beijinhoo?

— Só um. - indicou com um dedo e deu um selinho no omega, que não aceitou só aquilo e só sossegou quando recebeu um beijo digno de Oscar. — Podemos ir, Han Jisung?

— Uhum, tô pronto.

Na casa de Hyunjin, Félix notou que ele estava um pouco diferente naquele dia. Os alfas ficavam mesmo diferente durante os dois meses, como se suas emoções ficassem a flor da pele, muito mais sensíveis e estourados, o cheiro também mudava, não tão forte quanto no cio de fato, mas um pouco mais forte que o normal do dia a dia.  Era possível ver mais do lado animal de cada um, fora que os olhos começavam a oscilar com mais frequência. Normalmente só acontecia quando estavam com emoções em ponto de ebulição, seja ela positiva ou negativa.  Hyunjin não estava fora de si, mas parecia mais ansioso que o normal, suas pernas balançavam o tempo todo e ele não parava quieto.

Claro que Felix não falou nada, mas já conhecia muito bem o alfa para saber que havia algo errado desde a noite passada, também não queria falar, pois estava com medo de Hyunjin falar que passaria o cio com outra pessoa. Veja bem, estava grávido e mesmo se tentasse, o Hwang não iria querer fazer nada com ele por conta de todo o problema com o aborto. Ele não iria se controlar e poderia acabar o machucando, então já sabia que passar o cio com o alfa estava fora de cogitação, mesmo que quisesse muito isso. Outro ponto era sua insegurança com seu corpo, seria mesmo difícil fazer isso se sentindo tão mal.

— Hyunnie?

— Hum?

— Senta um pouco, almoça comigo. - pediu pois o Hwang continuava andando de um lado para o outro como um maluco. — Tá me deixando tonto já.

— Desculpa, Lix. Eu não tô com muita fome, mas come aí tá bom?

— Hyun, você não comeu ontem de noite, já faz mais de doze horas que não se alimenta. Precisa se cuidar.

— Eu tô bem, Lix. Relaxa que eu sei me cuidar

— Mas… - Ia argumentar, mas foi interrompido pela campainha. Era jisung, não teve nenhuma dúvida quando ouviu a voz do amigo se aproximando.

— Cheguei amores! Pode ir Hwang, você tá atrasado.

— Obrigado Jisung. Vou indo então, tchau, Lix, até mais tarde. - disse ao deixar um selinho nele e acariciou a barriguinha. — Tchau princesa, o papai já volta. Tchau ji.

— Vê se almoça, Hyunjin! -  Felix gritou antes dele sair e esperava mesmo que ele levasse seu pedido em consideração. — Que cara é essa, ji? Já almoçou?

— Já sim. O que aconteceu entre vocês? Brigaram?

— Não, eu acho que é o cio dele que tá perto. Ele tá muito ansioso desde ontem, nem comeu nada. Os meninos estão assim também?

— Eles pareciam bem, mas o Minnie disse que o cio do Jeongin deve começar hoje ou amanhã. Ele até pediu pra deixar a casa vazia, vou ficar com os meninos.

— Pelo menos tem pra onde ir, né? A irmã do Jeongin ainda tá com ele? Eu achei que ela ia ficar só um mês.

— Parece que ela teve um probleminha na reforma do apartamento, daí vai ficar mais um pouquinho com o jungwon.

— entendi.

— Enfim, olha só ! - jisung disse todo empolgado, mostrando o chaveiro com duas chaves. — Eles me deram a chave dos apartamentos. Fofo né? - fez um biquinho.

— Muito fofo, jijico. Isso é ótimo, né? Parece que vocês estão sério mesmo.

— Pois é, que loucura… e por um momento, eu achei que ia dar tudo errado, ainda bem que eu sou insistente, amo tanto eles.

— Que bom, amigo, fico feliz. Pelo menos assim vai ter dois pra cuidar de você e sobra menos drama pra mim.

— Você é tóxico, Félix. Tá ouvindo isso, afilhada? Seu pai é um sem coração.

— Não fala isso pra ela, vai acabar pensando que eu sou uma mãe ruim. - ele resmungou fechando a blusa de frio na esperança que tapasse o ouvido da bebê.

— Desculpa, eu esqueci. Falando nisso, já escolheu o nome dela?

— Ainda tá muito cedo, ji. Eu nem pensei sobre isso.

— Cedo? Amigo, você tá de cinco meses, o tempo passa voando.

— Credo, você tá falando igual o Hyunjin - revirou os olhos. Já estava cansado daquele papo de que o tempo passa rápido.

— Mas ele tem razão, você deveria pelo menos pensar sobre isso. Que tal pensarmos nisso hoje?

— Não tô afim, ji… vamos jogar mortal Kombat, Hm?

Jisung se lembrou que aquela era mesmo sua missão, então aproveitou que já havia entrado no assunto para tentar questionar o amigo mais a fundo. Quem sabe ele não desabafava um pouco. — Lix, por que sempre foge dos assuntos sobre a bebê? Às vezes parece que você até esquece que tá grávido.  - foi direto em sua pergunta e esperava que aquilo desse certo, pois geralmente, quando era confrontado sobre certos assuntos, a tendência de Félix era fugir de qualquer jeito.

— Eu não fujo, só não tô com pressa igual vocês.

— Amigo, você sabe que pode falar comigo sobre qualquer coisa, né? Tipo, pode desabafar.

— Eu sei, ji e tá tudo bem, é só isso mesmo. Quando chegar a hora certa, eu vou falar sobre isso.

— Não vou insistir, mas exijo que fale comigo se tiver alguma coisa acontecendo. Eu sou madrinha!

— Prometo, tá ok? Agora relaxa.

Jisung se deu por vencido, mas ainda ia insistir um pouco no assunto bebê. — Eu tava pensando sobre o chá de bebê, acho que podemos fazer no mês que vem, né? Pra não ficar muito em cima.

— Precisa mesmo disso? Você não viu o tanto de coisas que ela ganhou? Acho que nem vamos precisar de mais nada, a mãe do Hyunjin manda coisas o tempo todo, praticamente toda semana chega uma encomenda dela

— Lógico que vai, lix. Fralda acaba rápido e quando você menos esperar, a bebê vai crescer e nenhuma roupa vai caber. Vai por mim, é melhor fazer, melhor sobrar do que faltar e você prometeu que eu podia fazer - disse com um biquinho. — por favor, Lix, eu tô tão animado com isso.

— Tá bom, pode fazer.

— Isso!! Melhor amigo do mundo. Vai ser incrível, você vai ver só. Aqui tem salão de festas?

— Acho que sim… a gente não pode fazer algo mais íntimo, só a gente?

— Vai ser, só amigos e família, mas é bom que seja em um espaço bom e confortável. Aqui vai ficar todo mundo amontoado. Vou fazer uma lista de convidados e te passo. Não! Melhor, vamos fazer isso hoje, eu e você!

— Mas é só mês que vem, jii

— Menino, nos já estamos atrasados, o certo é começar a planejar meses antes. Vamos pensar em uma data boa.

— Por que não faz mais pra frente então?

— Tá, vamos fazer no sétimo mês, vai que ela é ansioso igual você e decide nascer antes, né? Acho que no oitavo é muito arriscado já.

— É…

— Então vamos fazer lista! Vai ser incrível.

Eles passaram muito tempo pensando sobre aquilo e já haviam até montado uma pequena lista antes de Felix começar a sentir muita dor e ir se deitar um pouco.

— Tá melhorando, Lix? Quer que eu ligue pro Hyunjin? -  jisung perguntou preocupado.

— Não precisa, ji, tá passando.

— Tem certeza? Não precisa ir ao médico?

— É normal, ji. Fica tranquilo, eu só tenho que descansar um pouco. Deita aqui comigo, a gente fica conversando.

— Eu não vou deitar na cama que você transa com o Hyunjin, que nojo.

— Para de drama, você já deitou no sofá, comeu na mesa e no balcão da cozinha, tomou banho no banheiro, e outra, faz tempo que a gente não faz nada, tá limpinho, deita logo.

— Quanto fogo, ein - jisung falou rindo e acabou deitando ao lado dele na cama. — Por que não tá dando? Deve ser por isso que tá com dor, é falta de pica.

— Para de graça menino! - ele riu e deu um tapa no amigo. — A médica ainda não me liberou, daí o hyun nem encosta em mim, e eu tô com tanta vontade, Ji.

— Tadinho, nem uma chupadinha, amigo?

— Não…- falou com um biquinho. — Acho que ele não me querer mais.

— Aí lix, não começa com loucura. Ele deve estar preocupado e com medo de vocês perderem o bebê. Todo mundo sabe que quando você começa, parece que acende um fogo no cu que não apaga nunca mais.

— …

— Você sabe que eu tô certo, nem adianta fazer essa cara. Tem que parar com isso, Lix, ele já disse que gosta de você, por que não aceita?

— Eu tenho medo de acreditar e ele acabar me decepcionando também …

— Lix, o hyun não é seus ex -namorados, tratar ele assim é injusto, ele tá pagando por algo que nem fez.

— Eu sei, mas nao tô fazendo se propósito, ji, eu só não consigo.

— Por que voce não faz uma terapia? Vai ser bom pra você entender e resignificar algumas coisas. Eu posso procurar uma indicação pra você.

— Eu já te falei que eu não sou maluco, jisung. Não preciso de terapia nenhuma. - Felix disse irritado e deu as costas para o amigo abraçando os travesseiros para sentir o cheiro do alfa.

— Amigo, mas terapia não é pra quem tá maluco, é pra te ajudar, Hm? Pelo menos tenta, você já tá criticando sem nem saber o que é.

— Não quero, ji. Eu tô bem, prometo que vou me acertar com o Hyunjin, tá?

— Lix, não é sobre o Hyunjin, é sobre você, meu amor, pra você ficar bem.

— Mas eu tô bem, para de se preocupar. Eu vou dormir um pouquinho tá bom? Tô cansado.

Jisung sabia que Felix só estava tentando fugir de novo, mas era melhor parar de insistir, aquele era um trabalho para fazer aos poucos. Os dois acabaram dormindo pelo resto da tarde e quando Hyunjin chegou, viu os dois e acabou chamando Minho para subir.

— Você tá bem, hyun? - foi a primeira coisa que Minho perguntou assim que entrou no apartamento. — Tá meio pálido.

— Tô bem sim. Entra, quer jantar?

— Não, vou só pegar o ji e vamos pra casa, o Chan vai nos encontrar la.

— Beleza. Ele tá lá no meu quarto, fica à vontade.

Minho caminhou até lá e tocou de leve o ombro do namorado. — Amor, vem comigo - chamou com carinho antes de pegá-lo no colo.

— Min, deixa eu dormir um pouquinho mais?

— Deixo, amor. Mas vamos pra casa tá bom? Deita aí no meu ombro. - jisung deu um sorrisinho sonolento e se aconchegou melhor no colo do namorado para continuar dormir tranquilamente, enquanto era carregado como uma princesa. — Tô indo, Hwang. Valeu, boa noite.

— Boa noite pra vocês e obrigado.

Assim que os dois saíram, Hyunjin trancou a porta e também foi para o quarto, onde ele agachou ao lado da cama para tocar a barriguinha de Felix por cima do edredom.
— Oi filha, o papai chegou. Sentiu saudades? - perguntou com um sorriso cansado e deixou um beijinho ali, já aproveitando para deitar a cabeça para tentar sentir o cheirinho suave da filhote, misturado com o de Felix, que emanava daquela região. Hyunjin Realmente não estava se sentindo muito bem, fora que estava morrendo de sono. — O que andou aprontando pra deixar sua mamãe tão cansada?

— Eu senti muita dor, papaizinho. - Felix sussurrou ainda de olhos fechados.

— Dor? Mas tá tudo bem?

— Uhum, acho que é  só dá bebê crescendo mesmo, era diferente daquela outra.

— Entendi, meu bem. Qual coisa me avisa tá bom?

— Uhum... Deita comigo, Hyunnie?

— Ainda não tomei banho, mas já vou lá,tá bom? Quer jantar comigo?

— Uhum, tô com fome. 

Durante o curto caminho entre o quarto e a cozinha, Félix ficou observando o alfa, pois notou que ele não parecia muito bem, seu rosto parecia bem cansado e estava até um pouco pálido. — Hyunnie, tá tudo bem?

— Claro, por que?

— Você parece muito cansado.

— Ah, eu tô um pouquinho. Não dormi muito bem essa noite, mas não precisa se preocupar, eu só preciso descansar.

— Então vai descansar, senta lá no sofá, eu levo a sua comida.

— Não precisa, Lix.

— Eu não perguntei, mandei você ir sentar.

— Nossa que agressividade. - o alfa falou rindo e acabou obedecendo. Sentou no sofá da sala e ficou esperando até o ômega aparecer com o prato da comida. — Cadê o seu prato?

— Eu vou comer depois.

— Não, não. Você precisa comer, Lix. Eu vou buscar.

Felix franziu o cenho, sentou no colo dele e lhe estendeu a colher em direção a ele. — Come. - disse sério com aquela carinha de bravo, mas o alfa virou o rosto. — Hyunjin! Come agora, você não jantou ontem e nem comeu nada de manhã.

— Eu não tô com fome, é você quem tem que comer, você tá grávido e precisa ficar bem alimentado se não vai passar mal.

— Hwang Hyunjin, eu vou ligar pra sua mãe se você não comer

O alfa riu alto e o abraçou deitando a cabeça no ombro dele. — Então vamos comer juntos, eu tenho que cuidar de vocês.

— E quem é que vai cuidar de você, ein? Só fica aí se preocupando comigo e com a bebê e não se cuida direito, vai acabar ficando doente, meu bem.  - Hyunjin deu um sorrisinho com o apelido, ainda escondendo o rosto agora no pescoço no ômega, onde deixou um beijinho e felix continou: — Se você vai cuidar de mim, eu vou cuidar de você, tá bom? E você vai me obedecer e vai comer tudinho.

— Você é muito fofo, Lix. - o alfa disse rindo e voltou a olhar para ele, abriu a boca e aceitou comer de uma vez. Ele não parecia disposto a mudar de ideia. — Hm, então você vai cuidar de mim?

— Vou sim, papaizinho. - confirmou deixando um beijinho na testa dele.

— Então come junto comigo,vamos. 

O Hwang pegou o prato da mão dele e os dois seguiram dividindo o jantar, intercalando o responsável por levar as colheradas na boca um do outro e enquanto Hyunjin lavava a louça, Felix colocou a banheira para encher e ficou esperando até que ele fosse para o banheiro.

— Pronto, tudo lavado. Vou tomar banho pra gente dormir - o alfa avisou e percebeu que o Lee não estava no quarto. — Felix?

— Oi? Eu preparei seu banho - ele falou da porta do banheiro. — Vem cá

— Preparou meu banho? Isso é novidade.

Quando Hyunjin entrou no banheiro, Felix passou os braços pelo pescoço dele e lhe deu um beijo sorrindo em seguida. — Coloquei até às coisas cheirosas que você comprou pra relaxar.

— Mas eu comprei pra você, Lix, não precisa gastar comigo.

— Fica quietinho. Você tá precisando disso , vai ver como é bom quando entrar lá. - As mãozinhas entraram por baixo da camisa dele, entre um beijo e outro as peças de roupas foram deslizando para fora do corpo do Hwang, o guiando até a banheira.

Hyunjin deu um murmúrio de satisfação assim que afundou na água quentinha e fechou os olhos para aproveitar. — Você vai ficar aí me olhando?

— Claro, você é gostoso.

Com um riso soprado, o alfa negou com a cabeça. Gostava muito dessa versão sem vergonha de felix, achava extremamente atraente. — Por que não entra aqui comigo?

— Ah..eu.. é… já tomei banho.

— E qual o problema?

— Hm.. outro dia eu entro, esse é o seu banho especial então fica aí aproveitando enquanto eu faço massagem nas suas costas.

— Uau, massagem nas costas, que chique.

— Uhum, eu disse que vou cuidar muito bem de você, igual você cuida de mim, meu alfa. - o sorriso veio acompanhado de um beijinho na bochecha do mais velho e então sentou na borda da banheira para massagear os ombros dele da mesma forma em que ele já havia feito várias vezes. Era bom poder retribuir pelo menos um pouquinho de todo o carinho que recebia de Hyunjin.