ZAYN - [DISTROCA]
《CAPÍTULO 19: O duque ardiloso e sua incrível capacidade de ferrar vidas》
Esses dias eu estou começando a cogitar se a vida não organizou um complô para eu decidir entre cometer homicídio ou suicídio.
— Vossa alteza, poderia-
— Seja um pouco mais paciente — Uriel me interrompeu, enquanto me arrastava entre os corredores.
Mais paciente do que já sou, só me tornando uma divindade.
Já não bastava essa roupa oficial da realeza cheia de beregueço que tinha que usar, Uriel ainda me fez o favor de simplesmente me raptar logo após eu pisar o pé no palácio principal.
Precisa de tanto trabalho só para me mandar embora?
— Aqui — ele finalmente parou de andar e me soltou, estávamos em um dos corredores interiores que davam para o jardim — Será mais próximo para ambos.
— Próximo? — estranhei a afirmação.
— Sim, para eu ir ao jardim e você voltar para seu palácio — Uriel sorriu.
Ah não, ele não vai começar a sua meia-hora de discurso motivacional logo hoje não, né?
— Zayn, você sabe como hoje é importante, por isso que eu vim falar com você em particular, estou realmente preocupado... — Ah não, não, não, não, não.
Eu me recuso a ouvir toda essa ladainha de sempre de novo! Meu filho, eu não sou uma ameaça para o seu trono não, a última coisa que eu quero é me envolver com esse bando de gente doida como você, assim que assumir sua coroa eu pego um título qualquer e meto o pé daqui.
Abaixei a cabeça e desviei meu olhar para a janela de uma forma que ele não percebesse, e vi de longe que o marquês Roger e Theodor já haviam chegado.
O marquês estava sem sua espada!? Pelo visto meus conselhos serviram de alguma coisa, consegui salvar a vida de alguém nessa reunião de recepção, e vendo a essa distância, o vermelho escuro parecia realmente combinar com aquela palidez de morte do Theodor.
— ... consegue me entender? — Hm? Ah, é. Esse cara tava mandando eu embora.
Mas sério, hoje eu vou ter que passar, eu preciso saber onde o duque imperial vai ficar para que eu não entre em desespero, sei que eles vão tentar a todo custo fazer com que ele fique no palácio, e só o duque Pemberton tentando fazer o contrário não vai funcionar. Se algo der errado eu preciso interferir.
— Sim, mas vossa alteza, foi nosso pai que‐
— Zayn, ele fez isso apenas por normas, você sabe disso, o que ele queria de verdade...
AAAA PELA DEUSA, que cara insistente! Sinceramente, aí se eu pudesse... aí se eu pudesse!
Desviei o olhar para a janela de novo e pude ver o marquês Roger segurando o marquês Sivan pelo colarinho, e os outros desesperados ao seu redor. Onde Theodor foi parar para deixar essa criança descontrolada sozinha?
— ...entendeu? — Uriel me olhou com um sorriso, e uma expressão que você usa quando vai tentar explicar para uma criança de três anos o porquê de seus pais ficarem chamando o nome um do outro de noite.
— Mas vossa alteza-
— Você não costuma ir contra ao que falo, por que está sendo tão resistente hoje, Zayn? Não estou lhe entendendo, ou será que de repente você decidiu querer causar uma boa imagem ao império?
Caraca esse cara é burro? Por que ele distorce tudo o que eu falo?
— Perdão, não foi isso que eu quis-
— Mas é o que está parecendo, apenas... — ele iniciou de novo seu monólogo.
Minha deusa eu não aguento mais ter o Uriel como irmão, isso só pode ser um castigo.
— Você... está certo, mas-
— Zayn, não tem mas — sua fala ficou firme de repente apesar de seu sorriso de cobra, e então ele agarrou o meu punho com uma força desproporcional.
Minha nossa, que dor! De onde ele tirou tanta força!? Eu tenho certeza que se ele entortasse meu pulso ao invés de só segurar, haveria quebrado.
Estou ferrado, esse imbecil não vai desistir.
— Vossa alteza não acha acha seu irmão já tem idade o suficiente para decidir o que deve ou não fazer?
Estremeci ao ouvir a voz familiar. Era aqui que esse garoto veio parar!? Que alma de fofoqueiro.
— Jovem marquês... não é muito ético interferir em assuntos familiares dessa forma.
— Receio que seja mais ético do que está fazendo nesse momento, ainda mais em um dia como este.
— Como disse, isso é um assunto familiar, estou apenas aconselhando meu irmão, o jovem marquês não deveria estar no palácio.
— Não creio que isso seja um problema, desde que seja eu. Ou vossa alteza irá se queixar disso para o rei?
Eu poderia jurar estar vendo faíscas saírem a cada frase deles, que enfrentamento digno de se ver, poderia ser ainda mais divertido se eu não fosse A CAUSA DISSO.
— Vejo que meu irmão realmente se aproximou do jovem marquês, para se preocupar ao ponto de vir aqui...
— Não preciso ser próximo dele para repudiar sua atitude e decidi intervir.
Eu já disse o quão assustador é ver esse garoto sorrindo? Se não, deixe-me falar agora, ele fica a própria encarnação de um demônio! Acho que por que ele não faz isso com frequência, aí quando faz fica ainda pior.
— Repudiar a preocupação de um irmão? Jovem marquês, você se excede, vamos Zayn, diga a ele que eu só dizia essas coisas por você está doente — Uriel me olhou com sangue nos olhos.
Aí tá vendo? Sempre sobra para mim, não é possível que eu tenha tanto karma para pagar na vida desse jeito.
E PARA DE APERTAR MEU PULSO, VAI QUEBRAR.
— O que há de errado? Diga a verdade, seu irmão está apenas te ajudando — ele fez de novo aquela expressão de quem me ver como um idiota.
Aí Theodor, bem que você poderia dar aquele soco do Peter agora, em?
Encarei ele para ver se encontrava algum sinal divino do que fazer, e me deparei com seus olhos azuis fixados em mim, sequer piscavam, era como se a qualquer instante eu pudesse ser absorvido até o seu lado, em nenhum momento seu rosto cogitou em desviar o contato que havíamos feito, pelo o contrário, a cada segundo que isso se estendia ele parecia focar em algo diferente em mim.
Minha nossa, até esqueci como respira.
Desde quando Theodor me olha como se eu fosse gente!?
Não, isso é um olhar que você dar normalmente a uma pessoa...?
Ele inclinou sua cabeça, ainda olhando para meus olhos, de alguma forma, essa ação dele me lembrou um gato.
— Deixe-me ir com o jovem marquês, vossa alteza — eu sinceramente, preferia o gato demoníaco do que o Uriel.
— O que disse? Não pude lhe ouvir direito.
FILHA DA...! Assim que comecei a falar ele apertou ainda mais o meu pulso, eu com certeza ia sentir dor por alguns dias.
— Que... me deixasse ir... — minha voz falhou pela dor.
Já havia me ferrado por dar supostamente um soco no Peter, infelizmente eu não ia tá podendo agir como bem entendesse com Uriel, ou as consequências seriam ainda piores do que alguns tapas.
— Zayn disse para que vossa alteza o deixasse vir comigo, será possível que sua falta de noção tenha começado a afetar sua mente e audição? — olhei com esperança para Theodor.
Meu herói, meu herói não usa capa, ele humilha as pessoas!
— E você, o que está fazendo? Não sabe ter decisões próprias? Se solte dessa coisa e venha logo ou o deixarei aí — Ele virou as costas e saiu casualmente.
Não posso elogiar esse filha da mãe por um instante que no momento seguinte ele vai lá e me faz uma dessa.
Aproveitando o atordoamento de Uriel, eu dei um puxão em minha mão, que céus, doeu, doeu muito.
E sem dar tempo para que ele iniciasse outro monólogo dei uma corridinha até Theodor.
Em pensar que seria salvo por esse Morisete, a vida é doida mesmo.
— Seu pulso — ele parou de repente, me encarando.
— Hm? — fiquei sem entender o comentário que veio do nada.
— É estúpido? Por que continuou lá? — meu braço foi puxado em sua direção me deixando atônito, então ele começou a olhar cuidadosamente para o hematoma que havia ficado.
Ooh, amigão. Eu não sou que nem você que pode sair por aí xingando e batendo nos outros sem motivo não, sabe?— Se eu só saísse poderia ter uma confusão maior depois...
Ele deu um suspiro um pouco irritado, e tirou suas luvas entregando-as para mim em seguida.
... o que era essa loucura que estava vendo?
— Por que... está me dando isso? — ele tinha acabado de tirar de si mesmo, então não tinha condições de ter uma arma mortífera lá dentro, né?
— Olhe para sua mão, quer ter que se explicar para o duque caso pergunte sobre esse machucado? — era um bom ponto.
— Não disse que ficar sem elas lhe desagrada...? — olhei para ele com rabo de olho ao notar que ele não tirava os olhos de mim.
— Me desagrada ainda mais ver um cabeça oca sem noção como você agindo como o inútil que é sem o mínimo de atitude própria frente aquela coisa.
Sinceramente, eu espero que ele seja brutalmente humilhado uma vez na vida, para que esse ataque gratuito!? Não tinha necessidade alguma seu grosso do caramba, o coice de um cavalo doeria menos.
— Se acha tudo isso por que veio meu ajudar? — dane-se também, se ele podia agir assim comigo ia responder na mesma altura.
— Não precisaria fazer isso se soubesse cuidar de si mesmo, deveria agradecer a Dariel depois, ele que me indicou onde estava — ele virou com o nariz empinado e voltou a andar rapidamente.
— Desde quando você e Dariel ficaram tão próximos?? — fui obrigado a dar uma carrerinha para alcança-lo novamente, por que ele andava tão rápido??
E Dariel seu traíra, eu achei que você estava do meu lado, me abandonou e se aliou ao meu inimigo na cara dura!
— É mais fácil me aproximar de alguém como ele do que uma mula como você — em que momento eu pisei no teu calo seu infeliz?
— Céus, você não cansa de me ofender! — sinceramente, tô começando a achar que ofender as pessoas é um passa tempo dele, porque não é possível um negócio desse.
Comecei a sentir o calor em que não estava acostumado nas mãos, a luva preta dele com certeza não combinava em nada com a minha roupa completamente verde clara.
Mesmo sendo um cavalo, grosso, idiota, sem noção, estúpido e rude, ele ainda se deu o trabalho de vir me buscar e me ajudar, até mesmo me entregou as luvas que não tira em nenhum momento. Não havia motivo nenhum para que fizesse isso, ainda mais depois de tanta dor de cabeça que tenho lhe causado no dia-a-dia.
Hm, talvez ele não fosse tão idiota.
— mesmo assim... muito obrigada por vir — sussurrei um pouco frustrado.
— Fale em uma altura em que um ser humano possa compreender.
Já me arrependi.
— No dia em que me tratar como um, farei isso — bufei irritado, sério, não tem como manter um diálogo normal com esse cara.
— Se depender de você, isso acontecerá no pós vida — pude vê-lo soltando um pequeno arzinho pelo nariz. Era tão divertido me ofender assim!?
✄-------------------✥-------------------✥
— O-o que demônios eu estou vendo!? Meu olhos devem estar com problemas — o marquês Roger soltou o colarinho do marquês Sivan e começou a coçar seus próprios olhos.
Ah, caramba, esqueci desse detalhe.
— Oh? Isso sim que é uma imagem rara de registrar, um Morisete ao lado de um príncipe? — Raismand riu como uma chaleira velha.
— Não foi esse faisão excêntrico que derrubou meu neto!? — o marquês deu um passo para frente ameaçando se aproximar, e automaticamente os outros ao seu redor recuaram.
Seu rei covarde, vai deixar outra pessoa bater em seu filho!?
Theodor, controla tua cria! Recuei um passo me escondendo atrás dele.
— Vovô, o senhor está agindo como um demente descontrolado, tenha modos — Theodor suspirou cansado, e a fala dele atingiu seu avô como se fosse uma faca.
— Pfft, o marquês está sendo chamado atenção por um garoto duas gerações mais novo que ele, e ainda consegue estar sem a razão — Raismand riu ainda mais.
— Oh seu velho cego e fumante, está querendo adiantar sua passagem para a morte? — Roger se virou pronto para agarrar Raismand, mas o som alto o impediu de prosseguir.
— ANÚNCIO A CHEGADA DE VOSSA ALTEZA REAL, DUQUE DO TERRITÓRIO WILTON DO IMPÉRIO DE VALLEY.
Sem mais uma palavra, todos os que não estavam de pé se levantaram e tomaram suas posições, eu incluso.
A carruagem parou frente ao palácio, havia um brasão gravado em ambos os lados dela, metade sendo composto pelo brasão imperial, um dragão contornando um leão, e a outra metade parecia ser a da família do duque, uma serpente feita de folhas verdes de esmeralda.
O rei deu um passo frente a todos para cumprimenta-lo, e todos os outros, com excessão do reie da rainha, se curvaram.
Minha deusa que clima nervoso, parecia que um guerreiro de cinco metros de altura ia descer dessa carruagem pronto para matar todo mundo.
— Presto meus cumprimentos desde o império de Valley, as vossas altezas, luzes de Yigrem, que as benção e a glória da deusa esteja sobre essa nação e seus governantes. O duque Scott Wilton e o jovem conde Norlan Payne estão a sua disposição — dei uma espiadinha ainda curvado, e minha nossa-
O duque era um homem mais jovem do que eu esperava, tinha cabelos loiros mais dourados que o de Peter, parecia até ouro, e os olhos verdes eram tão claros que lembravam cristais. Ao seu lado estava o Jovem conde que veio como seu acompanhante, eles pareciam ter a mesma idade, olhos azuis claros e um cabelo que ia contra toda lógica humana.
Rosa claro? Não, castanho claro? Que raios de cor era aquela?
— É uma honra tê-los aqui em nosso território, por favor, juntem-se conosco a mesa, vamos deixar as formalidades para outro momento — o rei usou toda a sua simpatia para atendê-los.
Se ele usasse metade disso nos assuntos do estado, nossos problemas estariam resolvidos.
Os próximos momentos que se seguiram foram usados para apresentar a todos e seguir todas as formalidades e blá blá blá.
Se não fosse por essa maldição eu facilmente teria seguido o conselho de Uriel e voltado para meu quarto, não nasci para essas coisas, olha só, o duque consegue ouvir toda essa ladainha com um sorriso no rosto, nem o jovem conde que veio com ele conseguiu se manter e já tá com uma cara de: "socorro, eu não aguento mais".
Como se tivesse escutado o que disse, o duque olhou para mim sorrindo, o que me fez arrepiar.
Que olhar assustador!! Parece que estou encarando realmente uma serpente.
Sorri de volta em resposta, a última coisa que eu quero é ser rude com esse cara.
— Ficamos tão felizes quando soubemos da notícia que vossa alteza real viria para cá, sempre me interessei muito pela devoção que o povo valeiriano tem pela deusa — Elise começou com a puxação de saco.
— Mesmo? — o duque a olhou aumentando o sorriso.
Por que de repente, a forma que seu sorriso mudou me lembrou o de Theodor...?
— Claro! Digo com toda a verdade do mundo, sempre sigo os dizeres da deusa, apesar de não ser algo muito comum em nosso reino — Elise parecia feliz ao ser notada.
— Perdoe minha ignorância, mas qual era mesmo o título de vossa alteza?
— Sou a primeira concubina, Elise — ela sorriu.
— Que estranho sua colocação, primeira concubina, por que uma das coisas que mais repudiamos como seguidores da deusa, é o ato extraconjugal, e não é isso que seu título de refere? — o sorriso que mantinha, foi o suficiente para destruir o clima em alguns instantes.
Eu falei, não tava doido, as palavras ácidas são as mesmas, ele estava apenas se preparando! Era isso que seu brasão indicava? Manterei em mente para ter distância.
— Elise, tenha cuidado com suas palavras... — o rei pressionou os dedos entre seus olhos ao perceber que já tinham iniciado mal.
— Soube que vossa alteza real maneja o negócio de medicamentos do império, é um grande feito para alguém tão jovem — o duque Pemberton começou a atacar, o que deixou a rainha e o rei atentos.
— Quando se trata de um título de tanta responsabilidade quando o nosso, vossa graça, isso não deve ser visto como um grande feito, é nosso dever — o duque imperial alfinetou novamente com um sorriso.
Minha deusa, esse cara claramente não está feliz de tá aqui, isso vai ser difícil.
— Hahaha... Realmente, vossa alteza real, quando se trata de nossos deveres nenhum idade é um impensilho — Sivan riu tentando aliviar a situação.
— De fato, vossa excelência, como responsável pela fronteira que está sendo ameaçada atualmente o senhor deve saber mais do que ninguém, certo? — ele não paraaaa, graças a deusa que não preciso falar nada hoje. Duque Pemberton, eu confio em você, irá conseguir quebrar essa muralha! Ainda bem que Elise já começou passando uma má impressão.
— A-aaah, com toda certeza, mas não precisamos falar de assuntos tão sérios, não é? Haha, haha — Sivan tentou desesperamente fugir do assunto. Bem, ele não tava lidando com a fronteira, pelo contrário, tava enchendo o saco do Marquês Morisete e do rei para ajudá-lo.
As tentativas falhas de investidas contra o duque imperial continuou por algum tempo.
— Aqui — ouvi a voz baixa de Theodor em meio aquele caos e o olhei.
Theodor estava entregando uma taça de água para o jovem conde, que parecia ter se engasgado e estava completamente vermelho por segurar a tosse.
Hoje não estava sendo o dia de bom samaritano de Theodor? Era até estranho.
— Muito obrigado, estava em apuros — o jovem conde agradeceu com um sorriso realmente agradável.
— Desculpe a pergunta, mas seu cabelo é rosa? — Theodor inclinou a cabeça curioso, depois de comparar esse gesto dele com o de um gato, eu não consigo mais desver.
— O jovem marquês é o primeiro que me pergunta isso de forma tão leviana, haha. Não, ele é castanho, mas de alguma forma se parece muito com rosa, é uma herança de minha família — ele mexeu em uma mexa de rabo de cavalo baixo.
— Interessante, é a primeira vez que vejo, de fato, tem uma aparência única — Theodor confirmou para si mesmo, tirando um pequeno riso do jovem conde.
Essa foi a única interação agradável que eu presenciei, ironicamente, as próximas horas foram apenas o puro suco da adulação para o duque, de todas as partes, com excessão do marquês Roger, que estava quase dormindo, e Theodor, que o máximo que fez foi trocar uma ou outra palavra com o jovem conde.
O sol estava começando a se por, e pelo amor da deusa, eu não aguentava mais, só queria fazer igual ao avô de Theodor e dormir. O único lado bom é que Pemberton parecia ter mantido uma relação amigável com o duque imperial, então não estava mais tão preocupado.
— Veja só, o tempo passou rápido — o rei iniciou.
Não, não passou, na verdade esse foi um dos dias mais demorados de minha vida.
— Seria adequado vossa alteza real descansar agora após uma viagem tão longa, gostaria de se acomodar no palácio? — ele infatizou, já tentando encurtar suas possibilidades.
— Oh, claro, devo escolher onde ficaremos, nesse caso... — o duque cogitou por alguns instantes, o que fez todos os olharem apreensivo — Norlan, onde vamos ficar? — ele se virou para o jovem conde com um sorriso.
Em? Quem ia escolher era ele!? Os outros pareceram tão surpresos quanto eu, já que ninguém quem tinha dado atenção ao simples acompanhante do duque.
Com excessão....
Não.
Não, não, não.
— Ficaria mais do que contente em ficarmos com a família Morisete durante nossa estadia em Yigrem — o jovem conde sorriu.
NÃOO...
Theodor arregalou os olhos espantados, e a decisão repentina fez até mesmo o marquês Roger despertar.
— Como!? Eu? Espere, por que? — o velho parecia a ponto de um infarto.
— O-os Morisete, vossa alteza real, tem certeza? Deveria pensar com mais cuidado — o rei estava soando frio.
Pelo amor, entre esses dois escolhe o palácio, não, não, não.
— Vossa majestade está questionando a decisão de meu acompanhante? — o duque pressionou o rei.
— Claro que não, como poderia, é só que... — o rei parecia cada vez mais angustiado.
Theodor olhou para mim, e eu devolvi o olhar desesperado.
Nenhum de nós dois pensamos nessa possibilidade, isso não seria pior do que se eles ficassem no palácio!?
— O jovem marquês foi o único que falou adequadamente comigo, e em nenhum momento fez questão de adular você — o jovem conde infatizou ainda mais.
— De fato, e seus cabelos me lembram muito uma pessoa... Bem, vamos então? — o duque se levantou, fazendo com que o jovem conde fizesse o mesmo — Agradeço a recepção de vossa majestade, mas a opinião de meu conselheiro é o que vem em primeiro lugar para mim— sorriu.
O duque... Havia conseguido enganar a todos.
Estávamos ferrados.
*Calendário Ominiano: [09/07]
Bạn đang đọc truyện trên: AzTruyen.Top