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Claquete 1,2,3... ação.

PERSONAGENS DESSA CENA:

ESCRITORA (Juliana Paiva) / INSPIRAÇÃO (Deborah Secco) / CONSCIÊNCIA (Vitória Strada) / REI ARTUR (Rômulo Estrela) / MERLIM (Werner Schünemann) CRIATIVIDADE (Mel Maia) / DRÁCULA (Marcos Pitombo) CININHO (Larissa Manoela) / PETER PAN (Nicolas Prattes) / CAPITÃO GANCHO (Carmo Dalla Vacchia)

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Personagens convidados:

ELEONOR PAGES D'LIVROS (Taís Araújo)

ELLENA CORUJA (Maisa Silva)

Estamos na biblioteca, é aqui onde tudo acontece e o impossível é apenas uma palavra.

CENA XX

A cidade sem nome.

O CHÃO DO SALÃO DA BIBLIOTECA GANHOU UMA DECORAÇÃO NOVA / MUITAS MOCHILAS E ITENS DE EXCURSÃO ESPALHADAS / É POSSÍVEL VER UMA CRIATIVIDADE TENTANDO COLOCAR MAIS UM CASACO DENTRO DE SUA MOCHILA LARANJA QUE NÃO ESTÁ ACEITANDO DEVIDO A FALTA DE ESPAÇO. / REI ATUR ESTÁ POLINDO E AFIANDO A EXCALIBUR/ MERLIM ESTÁ CONCENTRADO NO MAPA / ENQUANTO A INSPIRAÇAO ESTÁ ANALIZANDO UM LIVRO PEQUENO DE BOLSO, A CAPA É VERMELHA COM UMA ARVORE DESENHADA NELA, NÃO TEM TITULO E NEM AUTOR ESTÁ VISIVELMENTE FOCADA NO QUE O PEQUENO LIVRO TEM A FALAR. / OS DEMAIS VÃO SE REVELANDO EM CADA CENA. / A ESCRITORA PARECE UM SER INVÍSIVEL, NINGUÉM PARECE NOTAR A SUA PRESENÇA.

Cof cof... (olha para um e para outro, mas ninguém parece notar sua presença) cof cof... (tosse novamente) Ok! Chega disso, porque não estão falando comigo? (ninguém responde)

REI ARTUR — Tem certeza disso, Inspiração! Se acontecer alguma coisa com a Escritora eu faço picadinho de você.

INSPIRAÇÃO — Calma aí, Majestade, eu também quero trazer a Escritora de volta, ok. Ela é teimosa por isso está sumida! Eu avisei a ela, não era pra abrir o bendito mapa antes de nós.

Você nunca mencionou isso pra mim, Inspiração. Olhem para mim, estou aqui, gente.

DRÁCULA — Se alguém tentar machucar ela, eu vou sugar até as gorduras localizadas! (mostra seus caninos de vampiro)

CRIATIVIDADE — Onde será que ela foi parar, tipo assim, temos o mapa, mas em que lugar e quem está a mantendo em cativeiro.

Cativeiro? / Se assusta. / Eu estou aqui. / balança as mãos sinalizando a sua presença, mas ninguém parece notar.

INSPIRAÇÃO — Cininho e se você e Merlim unirem seus poderes, não funcionaria? Tipo podemos abrir o mapa no chão e vocês jogam seus poderes canalizando a presença da Escritora, quem sabe vocês não conseguem traze-la de volta.

CININHO — É uma boa ideia, mas acho que a magia que levou a Escritora para dentro desse mapa está além das nossas forças unidas. Meu poder de fada é pequeno e mesmo com um bruxo não teria tanta força. Temos realmente que entrar no mapa e resgata-la a moda antiga.

MERLIM — Estou tentando achar uma brecha, uma passagem no mapa, mas está muito difícil.

Eu não acredito que vocês estão tentando me pregar uma peça dentro da minha própria mente, funcionária se eu realmente tivesse enlouquecido, ou se, eu não conhecesse a loucura que é a minha própria cabeça, o que estão fazendo, é hoje a excursão? Nem adianta me dar gelo, ou fingir que fui sugada por uma magia estranha de um mapa, até por que Merlim foi o descobridor do mapa e se tivesse uma magia dessas ele não deixaria passar, a não ser que ele seja o vilão da história. / fala com suas mãos na cintura, seu olhar varre todos os presentes no salão.

MERLIM — Bom dia, Escritora! (Merlim fecha o mapa e lhe lança um sorriso)

CONSCIÊNCIA — Eu avisei a todos, que isso não iria funcionar, é uma brincadeira legal, mas também uma brincadeira perigosa, você poderia ter acreditado e literalmente surtado, seria o fim das nossas vidas.

REI ARTUR — Desculpe, eu achei interessante participar. / O rei tenta se desculpar.

Não fiquei triste, nem assustada, vocês estavam bem diferentes e estranhos, mais que o de costume. E então, a excursão é hoje mesmo?

INSPIRAÇÃO — Claro, minha cara Escritora, cadê a sua mochila? É melhor fazer um rabo de cavalo, para não bagunçar muito os fios.

DRÁCULA — Você está como todos os dias, uma belíssima dama, Escritora. Bom dia. / O sorriso do conde vai de orelha a orelha.

Obrigada, Dracula. Você tem uma estaca dentro da sua mochila? / pergunta com muita curiosidade.

DRÁCULA — Não fique tão surpresa, querida, não sou tão fraco quanto dizem, uma estaca não me mata, machuca pra caramba, mas também quem não se machucaria com uma ponta afiada dessas, né. / Ri ao passar o indicador na ponta da estaca, enquanto olha para o rei que responde.

REI ARTUR —Mas segundo os Winchesters, decapitar vampiros é o modo mais eficiente, e a Excalibur está bem afiada.

DRÁCULA — Suas ameaças não me assustam, você fala demais, só isso. / provoca.

SHERLOCK HOLMES — Vocês dois já podem parar com isso, eu não aguento mais, coitada da Escritora.

CONSCIÊNCIA — Sherlock tem razão, que tal focarmos na viagem? Usaremos o portal dos desejos, mas é preciso tomar muito cuidado para não nos separamos ao entrarmos pelo portal, para isso tenho isso aqui. / Retira uma corda vermelha de dentro da sua bolsa.

INSPIRAÇÃO — Uau, isso está muito bom Consciência, você realmente está concordando com toda a nossa aventura. / comenta super empolgada.

CONSCIÊNCIA — Não adianta remar contra, você tem ventos próprios, ainda estou aprendendo a lidar com isso, mas quando me disse que usaríamos um dos portais, me lembrei que durante a travessia de dimensões, é muito comum nos separamos por conta da força mágica que eles possuem, então, lembrei que para chegarmos todos juntos no mesmo lugar é preciso está bem amarrado ou segurar firme um nos outros, porém, como já disse a força pode nos forçar a nos soltar, a corda vai manter todos unidos, e a cor é boa pra localização.

Quando você quer, você sabe usar o seu dom, não é mesmo? / seu olhar diz tudo o que pensa.

CONSCIÊNCIA — Não tente chamar minha atenção agora, tenho que analisar toda a situação e não deixar nada passar, em outras palavras, tenho que focar na segurança de todos nós.

Devia ter tido toda essa crise de consciência antes das férias, mas tudo bem, você costuma se atrasar mesmo. / responde incrédula com as palavras da sua consciência.

CONSCIÊNCIA — Eu gosto do suspense, Escritora, você vai amar, eu sei que gosta muito de aventuras.

INSPIRAÇÃO — Todos já pegaram seu kit aventura? Pedi para o Merlim produzir magicamente, é claro, uma pequena mochila com itens necessários para esse tipo de trilha e, eu pedi também que ele lance um feitiço em todas as nossas mochilas extras para que elas fiquem leves, eu não gosto de carregar peso. / Sorri satisfeita.

CININHO JOGA PÓ NOS CONVIDADOS, E MAGICAMENTE TODOS ESTÃO DE TRAGES DE AVENTUREIROS, VISEIRAS E ÓCULOS TAMBEM SÃO INCLUÍDOS.

CININHO — Gostaram? Sei que vamos enfrentar muita lama e água, mas não significa que não podemos estar bem vestidos e as roupas são térmicas, mudam de acordo com o clima.

INSPIRAÇÃO — Eu amei demais, muito obrigada Cininho, eu não tinha pensado nisso. / Diz analisando sua roupa.

CAPITÃO GANCHO — Teremos um navio nessa aventura, inspiração?

INSPIRAÇÃO — Saudades de navegar, Gancho? Acredito que vamos precisar de um capitão sim.

CAPITÃO GANCHO — Agora estou bem empolgado. / Pega sua mochila/ Marujos Vamos, vocês estão esperando o que gente? Preciso conhecer meu novo brinquedinho.

INSPIRAÇÃO — Esse é o espírito da animação que eu estava procurando na biblioteca.

E lá vamos nós! Que seja um passeio tranquilo. / A escritora solta uma respiração que não sabia que estava segurando.

INSPIRAÇÃO — Tranquilo é tudo que eu não posso afirmar! Essa aventura tem tudo pra ser bem agitada.

Que os anjos protetores dos escritores me ajudem!

ANDAR DOS QUARTOS/ PORTA PRATEADA/ SALA DOS PORTAIS MÁGICOS.

INSPIRAÇÃO — Espero que todos estejam preparados, porque é chegado o momento de termos a nossa primeira aventura do resort.

CONSCIÊNCIA — Mas antes, devo lembrá-los novamente, que precisamos estar bem seguros, ou seja, bem amarrados uns nos outros, façam como eu, vou me envolver com a corda e dar um nó de escoteiro, viram, prontinho, agora o próximo se amarra com a ponta da corda, e é só repetir o processo até que todos estejam presos em uma fila indiana. / Explica.

Aparentemente minha consciência recuperou a noção e juízo, mas é melhor não elogiar muito...

CONSCIÊNCIA — Pode elogiar sim, Escritora, estou tentando melhorar as coisas pra você. Eu tenho alguns deslizes, mas ficará tudo bem.

INSPIRAÇÃO RETIRA DO BOLSO UM MOLHO DE CHAVES, PEGA UMA CHAVE PEQUENINA, SEU FORMATO É DE UM ROSA DOURADA COM ALGUMAS RAÍZES DECORANDO O SEU CUMPRIMENTO. CADA CHAVE NO MOLHO TEM UM FORMATO DIFERENTE.

INSPIRAÇÃO — O Portal dos desejos vai nos levar pra entrada da cidade perdida, não sabemos que perigos vamos encontrar, por isso vamos tomar cuidado onde pisamos, os barulhos que fizermos, e estejam preparados para qualquer situação. / Instrui seus amigos que prestam bastante atenção ao que ela está falando.

CRIATIVIDADE — Você tem certeza que essa cidade existe? Cidades perdidas, São cidades que já existiram em algum momento, e existem histórias sobre a sociedade que viviam nela, como pode ter certeza que a cidade está realmente perdida, e se ela foi apenas escondida, talvez os moradores nem querem visitantes.

INSPIRAÇÃO — Pelos relatos que li, a cidade existe, porém, não está mais habitada, a população se espalhou e a cidade ficou para trás, são relatos, não tenho certeza se são verdadeiros, podemos descobrir a sociedade e ainda fazer um estudo sobre ela, mas fiquem atentos que talvez alguns moradores tenham ficado na cidade.

CORTA PRA CENA/ INSPIRAÇÃO ABRE O PORTAL/ UM VENTO GELADO SAI DO PORTAL, TODOS ENTRAM, UM A UM VÃO SUMINDO DENTRO DO PORTAL/ NOSSOS PERSONAGENS VÃO PARAR DENTRO DE UMA CAVERNA ATRÁS DE UMA CACHOEIRA.

Tem certeza que estamos onde você gostaria de estar, Inspiração?

INSPIRAÇÃO — O meu desejo quando rodei a chave no portal foi para a cidade perdida que tem como elemento representativo a árvore de sonhos, essa árvore aqui. / Diz mostrando o livrinho com uma árvore.

O livro que você estava lendo quando cheguei. Que cidade é essa?

INSPIRAÇÃO — A cidade perdida dos sonhos, estava lendo nesse livrinho que encontrei na biblioteca dos livros e artes não criados...

CONSCIÊNCIA — Como é? Você entrou na biblioteca dos livros e artes não criados? Sozinha? Você é uma inspiração, não pode entrar lá, sabe o que pode acontecer com você...

INSPIRAÇÃO — (interrompendo a amiga) Calma aí, eu só dei uma espiadinha, não fui roubar um livro ou a ideia dele...

CONSCIÊNCIA — Você sabe que se tirar um livro de lá por meios não naturais, você é obrigada a escrever a história e não no seu tempo, mas em tempo recorde e finalizar, ou... / É interrompida novamente.

INSPIRAÇÃO — Fique calma, Consciência, está tudo sob controle, e existe uma cláusula no contrato de inspirações, que dizem que temos o direito a pelo menos cinco entradas na biblioteca de livros e artes não criados e... / a Consciência a corta.

CONSCIÊNCIA — Isso não permite roubar um livro que não é seu. Contra isso você não tem defesa.

INSPIRAÇÃO — Eu não roubei, não exatamente, entrei na biblioteca. / tenta se explicar. / sai de lá sem livro nenhum, quando acordei na manhã seguinte, esse livro estava ao lado da minha agenda, sonhei com a história e acho que o livro veio magicamente para as minhas mãos, o sonho falava de uma excursão e que nos encontrávamos a árvore, essa que tem na capa do livro.

E você achou ótimo não nos contar, mas nos enfiar numa aventura sem pé nem cabeça, o que está acontecendo de verdade aqui, Inspiração?

INSPIRAÇÃO — Estou contando a história verdadeira, Escritora. Seguiremos essa aventura, e você e eu vamos escrever a história da cidade perdida.

A cidade roubada, gosto mais desse título.

INSPIRAÇÃO — Chame como quiser, a história é nossa mesmo.

Algo me diz que você não está nos contando tudo, não saiu daqui se você não contar o que está acontecendo.

INSPIRAÇÃO — Houve um problema que não posso falar, ordens superiores. E antes de colocarem a culpa em mim, eu não fiz nada, na verdade não invadi a biblioteca dos livros e artes não criados. Confiem em mim. / sua fala tinha muita preocupação. / Tive uma reunião com Eleonor.

CRIATIVIDADE — Eleonor chamou você para uma reunião? E as criatividades, não participam?

INSPIRAÇÃO — No primeiro momento ela fez essa reunião com todas as inspirações, conheci a inspiração de vários autores... algumas delas estão trabalhando com o seu terceiro ou quinto escritor. Vocês sabem que escritores tem validades, quer dizer a validade humana, eles descansam pela eternidade e somos designados para outros escritores e artistas quando eles nascem.

CONSCIÊNCIA — Sim, eu já sabia disso, por isso que tem alguns com escritas, dons ou artes parecidas ou que lembram ao um saudoso escritor, cantor, escultor, pintor e...

INSPIRAÇÃO — Isso mesma consciência, conheci a inspiração do senhor Disney, ela é maluquinha. / diz girando o indicador direito perto da cabeça.

CONSCIÊNCIA — Não muito diferente de você. Mas diz ai, quantos escritores você já trabalhou?

INSPIRAÇÃO — Ah, eu sou novinha em folha, a nossa Escritora é a minha primeira parceira ou seria cliente...

Pelo menos o seu próximo cliente não poderá me culpar por você ser assim, sem um pingo de juízo, pois, estarei descansando.

INSPIRAÇÃO — Vocês são muito difíceis, acho que vou pegar um trabalho administrativo. / Rir.

Para de enrolar, o que a Eleonor disse na reunião?

INSPIRAÇÃO — Sinto muito, minha cara escritora, eu realmente não posso falar, a única coisa que posso dizer é que tentei fazer vocês acreditarem que o livro apareceu magicamente, mas foi Eleonor que me entregou e me deu autorização para tira-lo da biblioteca.

Você está me irritando, como deseja que eu siga você em suas loucuras de olhos vendados?

INSPIRAÇÃO — Você já faz isso a vida toda, só continue. Que a aventure comece.

Continua... 

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