19.1

Continuando 1,2,3... ação.

CONSCIÊNCIA COMEÇA A ANDAR DE UM LADO PARA O OUTRO / COLOCA AS MÃOS NA CABEÇA, NOTA QUE SEU CABELO ESTÁ PRESO EM UMA TRANÇA DE RAIZ E TEM PEDRAS VERDES DECORANDO O SEU PENTEADO MÁGICO.

CONSCIÊNCIA - Que isso? / Se assusta. / Meu cabelo também? O que está acontecendo? Se for mais uma das suas ideias, eu vou fazer picadinho de você, Inspiração. / olha para sua amiga.

INSPIRAÇÃO - Eu não tenho poderes, criatura! Bem que eu queria uma mágica dessas, só que o vestido eu ia querer vermelho. / arqueia a sobrancelha ao se defender.

DRÁCULA - Não precisa se assustar, Consciência, eu estou aqui e vou cuidar de você. / diz o conde, se aproximando da Consciência com delicadeza e um sorriso belo nos lábios. / Seja o que for, ou quem for, não deixarei que machuque você.

CONSCIÊNCIA - Isso se você não estiver ocupado demais disputando a atenção da Escritora, conde. / sua paciência parece ter deixado a biblioteca, e sua resposta deixou o conde surpreso, outro sorriso desenha os lábios do vampiro, enquanto a Consciência volta a andar de um lado para o outro preocupada.

Quer por favor se acalmar! Vai afundar o piso do salão desse jeito. / A escritora tenta chamar a atenção da sua Consciência, mas não funciona muito bem.

CONSCIÊNCIA - O piso é o menor dos problemas, Escritora. Alguém acha que sou a Barbie e está brincado de moda comigo. / respira pausadamente. / A roupa é linda, mas não saber quem fez isso, me preocupa.

SHERLOCK HOLMES - Vamos descobrir, eu lhe prometo não descansar, até descobrir o que está acontecendo aqui. / demonstra seu cuidado e carinho em cada palavra ao tentar acalmar a amiga.

CONSCIÊNCIA - Obrigada, Sherlock. / diz com um sorriso sincero.

TODOS OBSERVAM A INTERAÇÃO ENTRE O DETETIVE E A CONSCIÊNCIA.

DRÁCULA - O que acham de nos separarmos em dupla? / a ideia vem do conde, seu olhar vai direto para a Escritora.

SHERLOCK HOLMES - É uma boa ideia, Drácula, assim não ficaremos totalmente sozinhos.

DRÁCULA - Obrigado, Holmes.

Sim, é uma excelente ideia. / A resposta da Escritora faz com que o rei fique um pouco chateado. / Eu e Artur. / continua sua fala fazendo o rei feliz. / Vamos olhar o subsolo, Consciência e Drácula ficam com a sala dos portais mágicos, Inspiração e Merlim com a cozinha, Sherlock e Criatividade com os quartos e o museu. No fim nos reunimos aqui no salão novamente.

APÓS A DIVISÃO AS DUPLAS SE DISPERSAM PELA BIBLIOTECA / ANDAR DOS QUARTOS / CONSCIÊNCIA ANDA LADO A LADO COM O DRÁCULA, SEGURANDO A BARRA DO VESTIDO QUE SE ARRASTA PELO CHÃO.

DRÁCULA - Vai ficar tudo bem, Consciência. / sua resposta acompanha o seu sorriso mais sincero. / Se quem fez isso quisesse o seu mal, não teria lhe vestido dessa forma.

CONSCIÊNCIA - De que forma está falando, conde?

DRÁCULA - De uma forma que realce a sua beleza, a Inspiração estava certa, você está deslumbrante.

CONSCIÊNCIA - Obrigada, e desculpe a forma que falei a pouco com você, eu estava, quer dizer estou muito assustada com tudo isso.

DRÁCULA - Não precisa se preocupar com isso, eu percebi o que você estava sentindo, não me ofendeu em nenhum momento.

CONSCIÊNCIA - Que bom. / pensa um pouco. / qual o seu palpite, quem você acha que pode estar fazendo isso?

DRÁCULA - Um bruxo, ou alguém, que saiba fazer magia.

CONSCIÊNCIA - É uma boa teoria, mas são tantos seres mágicos, fica difícil fazer um filtro.

DRÁCULA - O que seria a sala dos portais mágicos, está literalmente na definição do nome?

CONSCIÊNCIA - Sim, literalmente, temos uma sala com várias portas que nos levam a qualquer lugar.

DRÁCULA - Isso vai ser interessante.

CORTA PARA A CENA NO SUBSOLO

REI ARTUR - Será que isso é ideia da inspiração? Será que faz parte do jogo dela?

Não faço a mínima ideia, Artur, mas é bem possível, aquela lá só tem ideias loucas, eu não queria, mas já me acostumei.

REI ARTUR - O que será que estamos procurando? Ficaria mais fácil se soubéssemos do que se trata.

Alguém que sabe fazer magia, o que, ou quem seria, é o grande mistério.

REI ARTUR - Alguém que joga pó brilhante azul, eu não faço a mínima ideia de onde começar. / suspira.

Nem eu, Artur. Fico pensando, mas não vem nenhum nome na minha cabeça.

REI ARTUR - Vamos descobrir, e eu estarei aqui para cuidar de você. / oferece sua mão para a Escritora, que aceita sem excitação.

CORTA PARA A SALA DOS PORTAIS MÁGICOS.

DRÁCULA - Que bela porta! Para onde essa nos leva, Consciência?

CONSCIÊNCIA - Essa porta leva para outra grande biblioteca, a biblioteca dos livros ainda não criados, suas prateleiras tem livros com títulos, mas não há nenhuma linha escrita, nem ao menos tem o nome do autor. / se aproxima do vampiro e da porta para explicar melhor a sua existência. / quando um escritor escreve a história ou simplesmente pensa sobre ela, seu nome surge como mágica na capa simbolizando que aquela história já tem um autor.

DRÁCULA - Isso é bem interessante, quer dizer que quando Abraham Stoker ainda não havia pensando em mim, eu era apenas um nome em um livro esperando o meu autor?

CONSCIÊNCIA - Isso, era apenas um livro de capa preta com o título, no seu caso poderia ser Drácula ou Drácula da Transilvânia, são inúmeros títulos para uma única história e personagem, quando o autor decidi escrever a história, é ele quem escolhe o título oficial.

DRÁCULA - E aquela porta? Vermelha com detalhes dourado. / aponta para porta ao seu lado esquerdo.

CONSCIÊNCIA - Essa vai para universos paralelos ao nosso. Sabe aquela azul com pérolas nas bordas? Elas nos levam para qualquer aventura, a Inspiração vai usar ela para irmos ao Egito ou Nárnia, ela tem cada ideia, eu nem me assusto mais com o que ela anda fazendo.

DRÁCULA - Ela é uma aventureira. / constata com uma risada, que a Consciência acompanha.

ANDAR NO SUBSOLO / CORTA PARA A COZINHA

INSPIRAÇÃO - E a expedição?

MERLIM - Pelas minhas pesquisas, vai dar tudo certo, a Escritora vai ficar meio louca com você. / encara a amiga de forma divertida.

INSPIRAÇÃO - Ela já está, uma aventura a mais ou a menos, não fará diferença. / solta uma risada contida.

MERLIM - Você é sem limites, né? / pergunta, já afirmando.

INSPIRAÇÃO - limites servem para nos podar, e não podemos deixar que ninguém faça isso, até porque eu não sou uma planta.

MERLIM - Para onde vamos? Qual o primeiro destino?

INSPIRAÇÃO - Ainda é segredo Merlim, e eu sou a guardiã dos segredos.

MERLIM - Mas pensei que eu seria o seu cúmplice! / responde com uma chantagem emocional digna de Oscar.

MERLIM - E está certo sobre isso, mas até você, não pode saber para onde vamos, não se preocupe todos irão se divertir. / garante, fazendo o mago aceitar a derrota de não ter saciado a curiosidade do destino da tal expedição.

ANDAR DOS QUARTOS/ QUARTO DA CONSCIÊNCIA

CRIATIVIDADE - A Consciência tem uma vibe de princesa, né?

SHERLOCK HOLMES - Sim, mas uma princesa com uma vibe em tons roxos e cinzas, diferente e igual as que preferem rosa com azul. / seu olhar observador varre o quarto antes de começar a explorar o ambiente atrás das possíveis pistas.

CRIATIVIDADE - Quem diria que essa é a decoração do quarto dela, ela usou uma fantasia de Malévola. / diz incrédula com a aparência do quarto da amiga.

SHERLOCK HOLMES - Talvez ela seja uma mistura de princesa e vilã. / Rir da própria conclusão.

CRIATIVIDADE - Mas o que estamos procurando? Para mim é mais um quarto dos muitos que já olhamos.

SHERLOCK HOLMES - Esse é o último quarto que temos para olhar, próxima parada é o museu que para mim é o lugar mais perfeito nessa biblioteca. / os olhos do detetive parecem brilhar de felicidade.

CRIATIVIDADE - Ainda não fui lá!

SHERLOCK HOLMES - Você vai gostar, Criatividade. Bom não tem nada aqui para nos ajudar na investigação.

CRIATIVIDADE - Espera um pouco, Holmes. / Se deita para olhar embaixo da cama. / Tem um pouco do pó azul aqui. / Mostra o indicador com a ponta pintada pelo pó brilhante em tom azul.

SHERLOCK HOLMES - Será que a Consciência está envolvida nessa história? / Se olham enquanto questionam.

SALÃO DA BIBLIOTECA/ NO ALTO DE UMA PRATELEIRA, ESPECIFICAMENTE ENTRE OS LIVROS DE JANE AUSTEN/ UM SER PEQUENO COM ASAS TRANSPARENTES E ADORNADAS COM DETALHES DOURADOS ESTÁ SENTADA OLHANDO PARA O GRANDE VAZIO QUE FICOU NO SALÃO.

CININHO - Onde será que foram? Eles nem vão me encontrar. Espero que essa investigação não demore muito, Peter está para chegar e ele nem sabe que vim antes dele. / seus olhos percorrem o salão vazio. / Essa biblioteca é enorme, vou precisar de um mapa para não me perder novamente. / se lembra do dia que chegou e se perdeu ficando trancada no quarto da Consciência. / Vou precisar pegar mais pó de fada, só o pirlimpimpim não vai dar. / lembra quando sem querer deixou embaixo da cama da Consciência metade do pó de fada. Resultado da sua bolsa que rasgou quando enganchou no pé da cama ao se esconder da dona do quarto.

VOZES REVELAM QUE ALGUEM SE APROXIMA DO SALÃO/ A FADINHA SE ESCONDE ENTRE OS LIVROS.

Não temos nada e nem ninguém, procurar o que não sabemos é uma missão impossível, Artur!

REI ARTUR - Precisamos de todos aqui, algumas teorias, e sugestões podem nos ajudar a chegar a algum lugar.

Um ser com magia, mas o que é? Que espécie de bruxo estamos procurando?

REI ARTUR - Pelo jeito, pode até não ser uma bruxa!

Você tem razão!

CORTA PARA A CENA NO MUSEU/ SHERLOCK E CRIATIVIDADE ANALISAM COM CUIDADO TUDO QUE POSSA SERVIR COMO PISTA.

CRIATIVIDADE - Não sabia que um museu poderia ser tão lindo, claro que eu acho museus lindos, só que esse aqui é muito mais bonito e rico de artes e inspiração.

SHERLOCK HOLMES - Eu lhe disse o quanto você iria gostar, meu lugar favorito em toda a biblioteca. / sorri empolgado.

CRIATIVIDADE - Eu amei, com certeza vou passar bastante tempo aqui, esse lugar tem tantas histórias, o que é obvio, já que estamos em uma biblioteca.

HOLMES E CRIATIVIDADE SE SEPARAM DENTRO DO MUSEU/ OLHANDO COM CUIDADO TUDO A SUA VOLTA/ TUDO PARECE NORMAL.

SHERLOCK HOLMES - Não achamos nada aqui! É melhor irmos encontrar os outros e tentar achar outro caminho para seguir. O pó azul não está nos levando a lugar nenhum, nunca acharemos nada além, é claro, do pó azul.

CRIATIVIDADE - Nunca! / grita fazendo o detetive se assustar/ Holmes você é um gênio até quando não tenta ser.

SHERLOCK HOLMES - Do que você está falando?

CRIATIVIDADE - Terra do Nunca! Fadas e pó de Pirlimpimpim.

SHERLOCK HOLMES - Cininho está aqui?!

CRIATIVIDADE - Não tenho certeza, mas é provável que sim, vem temos que avisar aos outros. / pega o braço do seu parceiro e sai o puxando em direção ao salão.

SHERLOCK HOLMES - Você é uma ótima detetive, e tem ótimas deduções, mas estamos entre inumeráveis histórias, existem muitas fadas e bruxas, não tem a fada do rei Artur? / responde enquanto é arrastado pela amiga.

CRIATIVIDADE - É uma boa opção! Mas algo me diz que pode ser a Cininho, ela é pequena, quase do tamanho do Polegarzinho, minha aposta é ela. Mas não podemos descartar a fada do rei Artur. / diz sem olhar para trás, continuando a arrastar o detetive.

SALÃO DA BIBLIOTECA/ TODOS REUNIDOS

MERLIM - Será que Morgana está aqui?

CRIATIVIDADE - É apenas um palpite, eu aposto na Cininho! / nada parece mudar a intuição da nova detetive da biblioteca que segue firme em sua dedução.

REI ARTUR - Concordo com a Criatividade, Morgana não usa pó azul, pelo menos não que eu saiba, tem cara de Cininho.

DE REPENTE IMAGENS APARECEM NO TETO DA BIBLIOTECA/ MAS NÃO É POSSÍVEL DISTINGUIR NADA/ UMA ESCURIDÃO TOMA CONTA DE ONDE DEVERIAM SER IMAGENS DE ALGUM LIVRO LIDO PELA ESCRITORA/ A PORTA ESQUERDA SE ABRE E ENTRA UM RAPAZ PROCURANDO ALGO / APLAUSOS AO FUNDO.

PETER PAN - Onde ela se escondeu? (encarando o grupo a sua frente) / Vocês virão uma sombra parecida comigo, passando por aqui? Ela sempre dá um jeito de escapar, desculpe a falta de educação, sou o Peter e estava querendo umas férias. / estende a mão ao cumprimentar o rei que o olha confuso. / foi quando vi o anúncio e decidi vir, mas acabei demorando porque a minha sombra resolveu sair sem mim. Onde será que ela se escondeu?

CONSCIÊNCIA - espera aí! Você é Peter, o Pan? / sua reação é igual a todos ali, surpresa e confusão.

PETER PAN - Sim, bela dama, eu sou Peter Pan ao seu dispor. / seu olhar percorre o look de festa da Consciência / Desculpe a pergunta, mas você irá para alguma festa?

CONSCIÊNCIA - Olá, Peter! Eu sou a Consciência, e não, eu não vou a uma festa, magicamente fiquei assim.

PETER PAN - Magicamente?! / Sem dúvidas seu olhar percorreu os pontos mais altos da biblioteca, estava procurando algo/ Então você veio antes de mim, apareça Cininho, você adora brincar de vestir pessoas não é! Agradeço, pois, deixou a senhorita aqui muito mais bonita. / O comentário faz o conde Drácula revirar os olhos, aparentemente alguém mais perigoso que o rei chegou na biblioteca. / Chega de esconde-esconde, venha aqui, e se apresente a todos!

UMA LUZ INTENSA E BRILHANTE, BEM PEQUENA VEM DESCENDO DO ALTO DE UMA PRATELEIRA/ TODOS SURPRESOS/ A LUZ MAGICAMENTE SE TRANSFORMA EM UMA FADA, MAS ELA NÃO ESTÁ PEQUENININHA, ELA TEM O TAMANHO DE UMA PESSOA NORMAL.

CININHO - Olá, a todos, menos pra você que estragou a minha brincadeira, você deveria ter vindo algumas horas mais tarde, Peter! / Reclama.

PETER PAN - Não estava com saudades de mim? / Mostra indignação/ Eu estava de você.

CININHO - Você nem estava lembrando de mim, estava procurando a fujona novamente!

PETER PAN - Estava sim, mas me distraí procurando por ela!

CININHO - Ah! Claro que ele estava. / ignora o coitado do Peter, e volta sua atenção para a Consciência/ - Gostou do meu presente, Consciência?

CONSCIÊNCIA - Então é você! / respira aliviada com a revelação/ Obrigada pelo presente, eu gostei sim, só fiquei assustada com tudo isso, não saber quem, ou o que estava acontecendo me deixou bastante preocupada.

INSPIRAÇÃO- Ual! Peter Pan e Cininho no resort, que férias incríveis! / Os olhos da Inspiração brilham de tanto entusiasmo.

DRÁCULA - Ele tem cheiro de vinho! / responde assustando a todos, menos o Peter.

PETER PAN- Vinho? Você é estranho. / comenta e arranca gargalhadas do rei.

DRÁCULA - Eu sou um vampiro, ser estranho é a minha natureza. / com o seu olhar de poucos amigos pergunta. / diga-me criança, onde estão os seus pais? Anda por aí sem ninguém para tomar de conta?

PETER PAN - Não sou uma criança, eu pareço uma criança pra você?/ sua pergunta não precisava de resposta e continuou. / Há muito tempo, não envelheci porque fugi para a terra do nunca para ser criança para sempre. Mas um dia resolvi sair de lá, claro, só por alguns anos e voltei quando fiquei assim, nem criança e nem velho, sabe tem muitas coisas que só posso fazer se eu não for uma criança. / lança um olhar nada discreto para a Consciência. / Você tem namorado?

CONSCIÊNCIA - É o que? / Foi a única coisa que conseguiu pensar em falar antes de ficar vermelha como um tomate.

PETER PAN - Estou brincando com você, mas você é muito linda de verdade, eu só queria fazer ciúmes em um certo vampiro. / seu sorriso vira uma gargalhada enquanto olha para o vampiro que não parece ter gostado do novo convidado.

DRÁCULA - Que moleque sem graça! / O conde não esconde o mal humor. / Já não me bastava o rei. / lamenta enquanto recebe olhares desafiadores de Artur.

CONSCIÊNCIA - Entendi. / Suspira aliviada. / você teria mais sucesso no seu plano se tivesse se jogado em cima da Escritora, porém, aí você teria um rei e um conde querendo matar você e a sua sombra. / Tenta esconder o riso com a mão.

PETER PAN - Se eu soubesse antes! Brincadeira, e os dois não precisam querer me matar, eu já tenho uma namorada e não, não é a Wendy. Ela era apenas uma amiga e protagonista na minha história, sabe um namoro fictício profissional. / Revela.

INSPIRAÇÃO - Você tem uma namorada, até o Peter Pan está com alguém e eu não. / diz sem acreditar nos próprios ouvidos.

CININHO - Alguém vai aparecer pra você, tenho certeza. / Sua voz é doce e calma.

PETER PAN - Ouça ela, ela nunca erra. Não é minha fadinha linda?

CININHO - Sinto vergonha quando você me chama assim na frente de outras pessoas. / seu rosto ganha um tom rosado.

Esperem aí! O Peter e a Cininho estão namorando? Nunca que, eu iria pensar nisso. / O olhar da Escritora pousa sobre os dois, em choque.

PETER PAN - A terra do nunca, faz jus ao nome, o nunca é sempre possível. / Diz indo abraçar a Cininho.

CRIATIVIDADE - Estou chocada!

INSPIRAÇÃO - Pensei que o primeiro casal do resort seriam a Escritora e o rei, mas me enganei, como eu pude me enganar.

CONSCIÊNCIA - Você está chateada com isso? Chegaram mais dois convidados e você está preocupada que o casal primogênito não é o rei e a Escritora? Honestamente, não sei mais como ajudar a Escritora.

INSPIRAÇÃO - Sim, qual é o problema? É um assunto sério e urgente! Vocês não concordam comigo? / olha para todos procurando apoio.

DRÁCULA - Estou triste, você é do time do coroa! Pensei que fosse minha amiga, não é você que sempre diz "Meu amigo Drácula" que decepção. / diz indignado.

INSPIRAÇÃO - Não é hora pra vitimismo, Drácula! E a Escritora não oficializou nada, você ainda tem um resquício de chance.

REI ARTUR - Não há resquício nenhum, Inspiração!

INSPIRAÇÃO - Já te falaram que você é ciumento demais para um rei?

REI ARTUR - Poxa, Inspiração, pensei que fossemos amigos.

INSPIRAÇÃO - Você também quer ser uma vítima? Estou chocada com esses homens que deveriam mostrar liderança e poder. / Sua lamentação faz o rei e o conde rirem, pois era em tom de brincadeira.

NOVAMENTE O TETO DA BIBLIOTECA MUDA, CONTINUA ENVOLVIDA POR UMA DENSA ESCURIDÃO/ A PORTA ESQUERDA ABRE E DE LA SAI UM PIRATA SEGURANDO UMA SOMBRA PELA MÃO COMO SE FOSSE UMA CRIANÇA.

CAPITÃO GANCHO - Aqui a fujona, filho!

PETER PAN - Obrigado, pai!

CAPITÃO GANCHO - De nada, mas tome cuidado para ela não fugir mais, é perigoso, você sabe que se acontecer algo com ela, acontece o mesmo com você.

Estou em choque, de novo! O capitão Gancho, acho que é o capitão Gancho, é o PAI do Peter Pan? O que eu perdi? / A Escritora se encontra em um mar de surpresas.

CAPITÃO GANCHO - Olá pessoas, sou o Capitão Gancho, e sim eu sou o pai do ex menino Peter.

INSPIRAÇÃO - Quem é a sua mãe, Peter? / A Inspiração tem um olhar de curiosidade, imaginando quem poderia ser a mãe.

PETER PAN - A princesa! / responde como se soubesse o que estava passando na cabeça da Inspiração.

INSPIRAÇÃO - Que princesa? Aquela que o Gancho raptou?

CAPITÃO GANCHO - Deixe-me explicar o que aconteceu. Primeiramente não foi um rapto de verdade, queríamos fugir porque o pai dela não me aceitava e pensei em forjar um sequestro, eu e a princesa fugimos, claro que o cacique mandou indígenas guerreiros para tentar tirar ela de perto de mim, mas conseguimos ficar juntos e escondidos, porém o cacique resolveu me punir anos depois sequestrando a nossa filha, eu como um bom pai, fui resgata-la e ele espalhou a história pela terra do nunca de que eu havia sequestrado a filha dele, mas na verdade era a minha filha, era neta dele, a irmã do Peter... E inventaram que eu tinha sequestrado uma criança... Resumindo, o cacique me odeia porque sou o pai dos netos dele, um pirata.

A ESCRITORA, CONSCIÊNCIA, INSPIRAÇÃO E CRIATIVIDADE ESTÃO COM EXPRESSÕES CHOCADAS EM SEUS ROSTOS.

CRIATIVIDADE - Então não era um sequestro e muito menos a princesa, mas a filha da princesa, quer dizer, foi um sequestro, mas o cacique foi o autor e inventaram que uma criança havia sido sequestrada por um pirata cruel, isso ninguém contou, eram duas princesas. Que virada de cena meus amigos!

INSPIRAÇÃO - As Inspirações gostam e costumam fazer isso vez ou outra! Mas se me lembro bem, Gancho, aconteceu sim, um rapto.

CAPITÃO GANCHO - Sim, mas porque, eu precisava pegar a minha filha de volta, e convencer a todos o quanto eu sou mal. / sorri.

PETER PAN - Mal! Meu pai não consegue nem matar uma mosca e ele seria malvado logo com a minha mãe e a minha irmã? Não mesmo! Elas é quem mandam em casa. / Diz dando risadas.

CONSCIÊNCIA - E onde estão elas? Elas não vêm?

CAPITÃO GANCHO - Elas virão, mas minha esposa precisa resolver uns assuntos antes.

INSPIRAÇÃO - Já que elas vão demorar um pouco para chegar, vamos resumir o que está acontecendo por aqui, nossos convidados precisam estar por dentro das últimas notícias do DFME.

CRIATIVIDADE - Então é melhor sentarem, vai ser uma longa história. / diz se acomodando confortavelmente em um banquinho que alcançou no salão.

CORTA PARA A SEGUINTE CENA / TODOS ESTÃO SABENDO O QUE JÁ ACONTECEU E O QUE AINDA IRÁ ACONTECER.

INSPIRAÇÃO - Tenho uma coisinha para contar a vocês! / Sua fala faz com que a Escritora fique ansiosa, mas mantêm o silencio. / Estava lendo uma história, que aparentemente é real, descobri que existe uma cidade perdida no tempo, mas que se tivermos o mapa certo, conseguiremos encontrar a bendita cidade, e essa será a nossa primeira viagem das férias, não é empolgante?

Vamos procurar por uma cidade perdida que você jura existir? / pisca várias vezes, para checar se está acordada, a Escritora está visivelmente incrédula.

INSPIRAÇÃO - Vai ser uma aventura incrível, Escritora, tenho certeza que você vai amar cada momento dessa viagem. Merlim me ajudou a encontrar o mapa, fiz cópias para todo mundo, e também cópias de segurança caso alguém perca a sua.

CONSCIÊNCIA - Quando vamos começar essa viagem? / está surpresa e assustada com a revelação de sua amiga.

INSPIRAÇÃO - Amanhã! Preparem suas mochilas de Indiana Jones porque vocês vão precisar. / Seu sorriso é largo e isso deixa a Escritora nervosa, mais que o normal é claro.

A ESCRITORA RESPIRA FUNDO/ ENQUANTO A INSPIRAÇÃO ENTREGA UM MAPA PARA CADA CONVIDADO / A AVENTURA VAI COMEÇAR PARA O DESESPERO VETERANO DA ESCRITORA/ E AQUI TERMINAMOS ESSA CENA.

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