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Claquete 1,2,3... ação.

PERSONAGENS DESSA CENA:

ESCRITORA (Juliana Paiva) / INSPIRACÃO (Deborah Secco) / CONSCIÊNCIA (Vitória Strada) REI ARTUR (Rômulo Estrela)
MERLIM (Werner Schünemann) CRIATIVIDADE (Mel Maia)

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Personagens convidados:

CONDE DRÁCULA (Marcos Pitombo)

SHERLOCK HOLMES (Mateus Solano)


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Participação especial:

ARTHUR CONAN DOYLE (Lima Duarte)

Estamos na biblioteca, é aqui onde tudo acontece e o impossível é apenas uma palavra.

CENA XVIII

Temos um problema. Não encontro ela!

A BIBLIOTECA ESTÁ IRRECONHECÍVEL/ LIVROS FORA DO LUGAR/ BAÚS ABERTOS/ TAPETES LEVANTADOS E UMA INSPIRAÇÃO NERVOSA, ESTRESSADA E QUASE CHORANDO.

CONSCIÊNCIA — Que bagunça é essa aqui? Perdeu o juízo novamente, Inspiração?

INSPIRAÇÃO — Agora não tenho tempo para os seus ataques gratuitos, Consciência. Não vê que estou quase infartando, onde está, minha nossa senhora, que protege as bibliotecárias, onde ela está. / A coitada parece a beira de um ataque.

CONSCIÊNCIA — O que você perdeu de tão importante para deixar o caos no salão? / questiona visivelmente confusa.

CRIATIVIDADE — Acho que ela não te ouviu, Consciência.

CONSCIÊNCIA — Alguma ideia criativa do que possa ser, criatividade?

CRIATIVIDADE — Não tenho a mínima ideia, estou as escuras, assim, igual a você. / Observa a situação a sua frente sem fazer a mínima ideia do que possa estar acontecendo.

INSPIRAÇÃO — Não acho, não está aqui! Fui roubada na minha própria casa! / Coloca as mãos na cabeça preocupada, seu rosto está nitidamente triste.

FOCAR NOS ROSTOS CHOCADOS DA CRIATIVIDADE E A CONSCIÊNCIA/ A ESCRITORA INTERVÉM.

Roubada? Do que você está falando? / Pergunta ao se aproximar das meninas.

INSPIRAÇÃO — Revirei a biblioteca de cabeça para baixo e não encontro a minha agenda! /seus olhos derramam algumas lagrimas, tomada pela tristeza.

CONSCIÊNCIA — Calma, amiga. / diz indo abraçar a amiga/ vamos revirar a biblioteca novamente, até os azulejos vamos tirar do lugar se for necessário, mas você precisa manter a calma, do jeito que está não vai achar nem os brincos que está usando agora, respira com calma. / passa as mãos nas costas da amiga, fazendo movimentos para a acalmar.

Vamos manter a calma, o primeiro passo é refazer o caminho desde o momento que você viu sua agenda pela última vez, o que você estava fazendo antes de guardar sua agenda? / A Escritora toma a frente da situação.

INSPIRAÇÃO — Não consigo me lembrar! / chora desesperada/ Eu não sou nada sem a minha agenda.

Isso é mentira, você é a minha Inspiração, não se diminua dessa forma, na minha frente. / tenta confortar sua amiga.

INSPIRAÇÃO — Ok, então vira aí de costas pra mim por favor! / fala e começa a chorar novamente.

Até sofrendo você faz comedia, nós vamos encontrar a sua agenda ok. / diz com firmeza, a Escritora parece confiante, diferente da sua Inspiração.

OS CONVIDADOS DESCEM E NOTAM ALGO DE ERRADO COM SUAS AMIGAS E MOSTRAM PREOCUPAÇÃO.

REI ARTUR — O que aconteceu? Por que a biblioteca está assim?

CRIATIVIDADE— A inspiração perdeu a agenda dela e o caos foi na tentativa de encontrar ela. / responde prontamente.

INSPIRAÇÃO — Não perdi, fui roubada! / diz com toda certeza.

CONSCIÊNCIA — Você não sabe se foi roubada, você pode ter esquecido onde a colocou. / fala tentando controlar a situação.

INSPIRAÇÃO — Não, consciência, eu fui roubada, não sinto que a perdi, mas que tiraram ela de mim. /responde antes de começar a chorar novamente.

MERLIM — Espere, posso tentar um feitiço de rastreamento. / Se oferece para tentar ajudar e acalmar a Inspiração.

INSPIRAÇÃO — Será que funciona, Merlim? Estou já sem esperanças. / limpa as lagrimas que insistem em cair de seus olhos.

MERLIM — Podemos tentar! / Merlim tira da manga longa de sua camisa sua varinha mágica, e recita umas palavras, mas nada acontece, ele tenta mais de quatro vezes e novamente nada acontece.

APÓS AS TENTATIVAS FALHAS DE MERLIM A INSPIRAÇÃO VOLTA A CHORAR E LAMENTAR A SUA PERDA / NESSE MOMENTO O TETO DA BIBLIOTECA SE MOVIMENTA SOZINHO, ASSUSTANDO A TODOS / IMAGENS DE UM HOMEM CONDUZINDO O QUE PARECE SER UM INTERROGATÓRIO SURGI POR ALGUNS SEGUNDOS, AS IMAGENS ESTÃO UM POUCO DESFOCADAS IMPOSSIBILITANDO O RECONHECIMENTO DO INTERROGADO E DO INTERROGADOR, TODOS SE ENTRE OLHAM ASSUSTADOS / MAIS CENAS DE INVESTIGAÇÃO APARECEM NO TETO DA BIBLIOTECA, QUANDO FINALMENTE O TETO VOLTA AO NORMAL / A PORTA DO LADO ESQUERDO DO BALCÃO SE ABRE E ENTRA UM CONVIDADO INESPERADO.

CRIATIVIDADE— Quem é você? / Pergunta ao ver um homem se aproximando deles.

SHERLOCK HOLMES— Olá, vi um anúncio na internet, esse é o De férias na mente de uma Escritora, resort? Estou precisando de um descanso do trabalho e um resort parece ser bem relaxante. / Responde com um largo e simpático sorriso.

INSPIRAÇÃO — Eu tinha esquecido desse anúncio, a única pessoa que veio por ele foi a cascavel da Alanny, todos os outros vieram através de um convite pessoal. Mas você não disse quem é?

SHERLOCK HOLMES — Oh, peço perdão, deixe me apresentar, Sherlock Holmes, ao seu dispor! / Estende sua mão para cumprimentar.

INSPIRAÇÃO — Chegou na melhor hora, Holmes. / diz a inspiração em um pulo como se tivesse visto sua ponte da salvação / preciso urgente de um detetive.

SHERLOCK HOLMES — Parece que minhas férias ficaram para depois. / diz e lança mais um simpático sorriso. / ficarei feliz em ajudar a senhorita.

A CRIATIVIDADE TOMA A FRENTE E SE APRESENTA / LOGO DEPOIS APRESENTA AO NOVO CONVIDADO TODOS OS SEUS AMIGOS E EXPLICA MAIS OU MENOS O QUE ESTÁ ACONTECENDO.

SHERLOCK HOLMES — Ok, entendi, sua agenda sumiu, é um objeto importante que possui meus contatos e os contatos de todos os personagens, pessoas e figuras no mundo, realmente temos que achá-la, essas informações não podem vagar por aí, quem saberá em que mãos caiu. Temos um grande problema e vamos resolvê-lo, levando em conta que nem feitiços a localizaram, isso é bem preocupante. Preciso fazer umas perguntas para todos vocês. / fala assumindo a liderança da investigação.

SHERLOCK ESCOLHE UMAS DAS MESAS DE LEITURA PARA COMECAR A SUA INVESTIGAÇAO / COM UM BLOCO DE ANOTAÇOES E SUA CANETA, COM UM MOVIMENTO DE SUA MÃO CHAMA A VÍTIMA PARA QUE SE SENTE A SUA FRENTE.

SHERLOCK HOLMES — Diga me, Inspiração, o que aconteceu? Cada detalhe é importante, não esconda nada! / puxa uma cadeira e senta-se de frente para a pobre e desolada Inspiração.

INSPIRAÇÃO — (respira profundamente antes de começar) Sempre a guardo na mesa de cabeceira, como todas as noites ontem não foi diferente, antes de dormir olhei a gaveta para conferir se ela estava lá, e estava, hoje ao acordar olhei novamente e ela havia sumido, desci até aqui e procurei por toda o salão, não a encontro. / responde com a respiração lenta, é possível perceber os soluços de choro, ela se encontra verdadeiramente abalada.

SHERLOCK HOLMES — Como ela é? Tem alguma característica que possamos diferenciar das outras agendas? / pergunta, todas as respostas que recebe anota cada uma em seu bloquinho de papel amarelado, cada detalhe é importante.

INSPIRAÇÃO — Ela tem a capa completamente preta, detalhes em dourados e meu nome escrito com letras douradas também, a fita que é marcador de páginas igualmente dourado, ela é fechada com um elástico preto. Ah, que saudades dela! / lamenta ao lembrar da sua agenda.

SHERLOCK HOLMES — Você sabe de alguém que possa querer tirá-la de sua tutela?

INSPIRAÇÃO — Não! Quer dizer a escritora ficou um pouco chateada com a minha ideia de fazer um resort da mente dela, talvez ela tenha guardado para impedir que eu chame mais gente.

Está me acusando! Realmente, fiquei chateada, mas não tenho motivos suficientes para roubar ninguém. / se defende.

INSPIRAÇÃO — Desculpe, está bem! Mas você é a única que teria um bom motivo para me afastar da minha agenda. / responde ao se virar para traz olhando para a Escritora.

Não fui, eu! Eu quero que Sherlock a encontre logo. / responde, parece certa da sua resposta.

INSPIRAÇÃO — Está bem, você tem razão, desculpe. / Se desculpa novamente.

SHERLOCK HOLMES — Mais alguém vem em sua mente?

CONSCIÊNCIA — Nem coloque o meu nome nisso, Inspiração, eu tenho outros meios para conscientizar você, não preciso roubar ou esconder nada. / responde sem deixar espaço para acusações.

INSPIRAÇÃO — Quer saber, Holmes, acho que não foi ninguém que está aqui, alguém com más intenções levou ela, e eu não tenho ideia de quem foi!

SHERLOCK HOLMES — Vamos encontrá-la, não se preocupe! Próximo. / fala fazendo um sinal para que a Consciência se sente a sua frente.

CONSCIÊNCIA — Para começar eu nem pego nessa agenda, quando convidamos o rei Artur e Merlim, ela / aponta para a Inspiração / era quem estava manuseando a desaparecida! / se adianta antes de Sherlock, lhe fazer qualquer pergunta.

SHERLOCK HOLMES — Certo, ouviu algum barulho a noite passada?

CONSCIÊNCIA — Não, eu estava exausta e assim que relaxei em minha cama, adormeci, sendo bem sincera, não é qualquer barulho que atrapalha meu sono.

SHERLOCK HOLMES — Alguém suspeito rondando o resort ou o andar dos quartos?

CONSCIÊNCIA — Não que eu tenha notado! Tivemos uma festa anteontem, mas todos que estavam nela, estão presentes aqui, sendo sincera mais uma vez, a única pessoa diferente que vi nesses dois dias, é você meu caro Holmes.

SHERLOCK HOLMES — Garanto que não fui eu, cheguei não tem nem quarenta minutos! Conhece sua amiga, sabe de algum outro lugar que ela costuma guardar a agenda?

CONSCIÊNCIA — Eu nem sabia da existência daquela agenda, só fiquei sabendo quando ela disse que podíamos convidar um rei para bater um papo. Não gosto de ver ela triste, ela parece uma flor murcha, por favor, Sherlock, encontre ela logo ou a coitada nunca mais vai ficar inspirada, e a pobre da Escritora vai surtar e vai sobrar pra mim, não quero que sobre pra mim. / Só de imaginar o que pode acontecer a Consciencia parece se desesperar.

CORTA PARA A CENA DE INTERROGATORIO DO REI ARTUR.

SHERLOCK HOLMES — O dono da Excalibur, é um prazer conhecê-lo, só lamento que não seja a melhor hora para conversarmos, ouviu algum barulho, alguém suspeito que tenha interesse na agenda da Inspiração?

REI ARTUR — Já tinha ouvido falar sobre você, é um prazer conhecê-lo, e respondendo a sua pergunta, não conheço ninguém que tenha tamanha crueldade no coração para isso, tem pouco tempo que conheço as pessoas aqui. / Pensa um pouco antes de continuar/ acho suspeito a agenda sumir logo após a chegada do conde, não estou acusando-o, mas foi a pessoa que passei menos tempo no resort.

DRÁCULA — Que jogo sujo, Artur! / diz o conde que conseguiu ouvir com a sua super audição vampírica/ Sou amigo da Inspiração, e jamais faria nada para deixar a pobrezinha triste, ciúmes não trará a agenda de volta, e quem garante que você não escondeu a agenda para me acusar e me expulsar daqui, pelo jeito está valendo tudo para me afastar da belíssima Escritora, só irei partir quando minhas férias chegarem ao fim, concentre-se em ajudar a encontrar a agenda. / Sua resposta tem um pouco de educação, mas é notável a irritação na fala do conde.

REI ARTUR — Não peguei agenda nenhuma, não preciso usar esses meios para me livrar de você!

DRÁCULA — Acha que pode se livrar de mim? Por que não tenta? / A educação parece ter ido embora junto com a paciência de Drácula, sua resposta teve efeito no rei.

O REI SE LEVANTA EM DIREÇÃO AO CONDE, MAS A ESCRITORA O IMPEDE.

Se acalmem por favor! Você prometeu, Artur! / olhando para o conde/ Você também, Drácula, se acalmem, rapazes, sei que é um mistério o que aconteceu aqui, mas vocês não precisam se atacar, entenderam?

DRÁCULA e REI ARTUR — Sim, desculpe. / falam ao mesmo tempo.

SHERLOCK HOLMES — Conde, é a sua vez, sente se aqui. / Assim que o conde se senta/ Você tem super audição, você ouviu algo estranho?

DRÁCULA — Além da tentativa ridícula do Artur em me acusar, não ouvi nada que beneficie sua investigação, mas já adianto, é melhor você o encontrar antes da minha próxima refeição liquida, porque se eu encontrar primeiro, ele não vai gostar do meu sorriso. / O conde parece bem irritado, talvez nem chá de verbena o ajude a manter a calma, Artur parece afetar bastante o conde, que após sua resposta respira profundamente.

SHERLOCK HOLMES — Não vamos nos precipitar, Drácula, faremos a justiça do modo certo. / tenta mudar o pensamento do conde.

DRÁCULA — Quem achar primeiro decide. / responde e logo depois se levanta.

HOLMES, RESPIRA FUNDO, ANTES DE CHAMAR O PRÓXIMO A SER INTERROGADO.

SHERLOCK HOLMES — É de certo modo estranho, sua magia não ter funcionado, o que tem a dizer sobre isso?

MERLIM — Você não está mais surpreso do que eu, isso eu posso afirmar, eu realmente tentei localizar a agenda com um feitiço de rastreamento, não fingi e você está me ofendendo.

SHERLOCK HOLMES — Entendo, mas não posso ser sensível no interrogatório, não estou interrogando uma criança, mas um adulto, ouviu algum barulho ou viu algo estranho?

MERLIM — Infelizmente não, não ouvi e nem vi nada.

SHERLOCK HOLMES — Vou dispensá-lo por hora, daqui a pouco vamos para a segunda fase da investigação, sua vez, Criatividade.

CRIATIVIDADE— Já adianto que não vi e ouvi nada, queria poder ajudar, mas não sei como!

SHERLOCK HOLMES — Você é mesmo a Criatividade ou a Alanny, personagem da Escritora?

CRIATIVIDADE— Olha foi ridículo o que aquela cobra fez, quase sujou meu nome, por um momento pensei que seria expulsa do resort, mas a Escritora sentiu o meu eu criativo, não tem como isso ter falhado, sou sim a verdadeira Criatividade. / Se explica.

SHERLOCK HOLMES — Já viu a agenda da Inspiração, já esteve sozinha com ela?

CRIATIVIDADE— Já vi sim, mas nunca fiquei sozinha com a agenda e muitos menos a segurei. A primeira vez que a vi a Inspiração ia mandar o convide para o Drácula. / Ao ser mencionado o conde revira os olhos. / E como a Consciência já disse, era a Inspiração quem estava com a agenda.

SHERLOCK HOLMES — Obrigado, Criatividade, daqui a pouco conversaremos de novo, Escritora é a sua vez, por favor sente-se.

Pode perguntar o que quiser, não tenho motivos para sabotar a felicidade da minha Inspiração. / Diz com confiança.

SHERLOCK HOLMES — Não considera um motivo a sua mente está cheia de visitas que você não escolheu? / seu olhar fixo na escritora, mostra que o detetive está atento aos mínimos detalhes / Você não teve o direito de opinar na sua própria mente, não decidiu o fim das férias da Inspiração e da Consciência, não seria difícil de imaginar que sem a agenda nas mãos da Inspiração, sua vida estaria mais fácil, sem convidados, sem estresse, certo?

Errado! Eu realmente não consegui parar as ideias delas de tirar férias e nem de tornar a minha cabeça num resort, mas pense comigo, qual escritor iria deixar propositalmente a sua Inspiração triste, isso é ruim para mim, para ela e meus livros inacabados, ela triste não vai conseguir pensar nas histórias, seu maior desejo será de achar a agenda, não terá tempo para mim, e uma escritora sem inspiração, é o mesmo que o dia sem o sol, eu sou a última que iria querer destruir a minha própria existência. / respondeu sem gaguejar uma palavra.

SHERLOCK HOLMES — Boa resposta, mas esse fato não prova muito, você pode ter imaginado um cenário diferente, uma paz na sua mente, mas quando pôs o seu plano em prática viu que não era como o esperado, perdeu o controle e não soube como reverter a situação.

Ótima teoria, mas não fui eu! Rebate.

SHERLOCK HOLMES — Você é a dona dessa biblioteca, não a nada aqui que você não veja, ouça ou deixe ser criado sem passar por você, como não viu nada?

Dentro da biblioteca a Inspiração, a Consciência e todos os outros tem vida própria e liberdade, eles estão como eu aqui ou lá fora, são donos de suas próprias decisões, não foi um plano meu que deu errado.

SHERLOCK HOLMES — (levanta o olhar para os outros convidados) Quero todos os suspeitos e a vítima sentados nos sofás. / todos devidamente sentados/ vamos refazer os passos de cada um, quem foi o primeiro e o último a ir para seus quartos? / enquanto isso continuava a anotar tudo em seu bloquinho amarelo.

Ontem estávamos escrevendo / aponta para a Inspiração / após o capítulo ser finalizado, fechei o notebook e fui para casa.

CRIATIVIDADE — Jogamos três partidas de damas ao terminar, subimos para os quartos juntos! Não podemos deixar o Conde e o rei sozinhos / deixa bem explicado esse detalhe / então seguimos todos juntos e o rei entrou no quarto a direita, no quarto da frente entrou o Merlim, seguimos mais para a frente e o conde entrou no seu quarto, eu entrei no quarto de frente ao dele e a Inspiração e a Consciência seguiram mais a frente para seus quartos, não sei qual das duas entrou primeiro.

CONSCIÊNCIA — Eu entrei primeiro, e depois de fechar o quarto não sai mais.

INSPIRAÇÃO — Como eu já disse, coloquei o meu diamante preto dentro da gaveta, conferi e logo depois adormeci, quando acordei abri a gaveta e ela não estava mais lá.

SHERLOCK HOLMES — Preciso ir até a cena do crime. / fala indo em direção aos quartos, seguido dos suspeitos.

CORTA PARA A CENA / ANDAR DOS QUARTOS/ QUARTO DA INSPIRAÇÃO/ SHERLOCK HOLMES VASCULHA O QUARTO EM BUSCA DE PISTAS / SUA LUPA ENCONTRA ALGUNS VESTÍGIOS NA PEQUENA GAVETA / PÓ BRILHANTE.

INSPIRAÇÃO — Que pó seria esse e para o que serve? / Se pergunta.

SHERLOCK HOLMES — Não sabemos exatamente para o que, isso é apenas uma peça do quebra cabeça. Preciso olhar todos os quartos, alguma objeção? / depois de todos concordarem, ele se dirige aos outros quartos.

CORTA PARA A CENA / ANDAR DOS QUARTOS / QUARTO DA CONSCIÊNCIA/ O DETETIVE ENCONTRA MAIS DO PÓ BRILHANTE.

CONSCIÊNCIA — Mas como isso é possível? Eu juro que não peguei.

INSPIRAÇÃO — Não acredito nisso, Consciência.

CONSCIÊNCIA — Não peguei, você entrou no seu quarto depois de mim e estava com a sua agenda.

INSPIRAÇÃO — Você pode ter entrado depois, enquanto eu dormia.

CONSCIÊNCIA — Sendo assim, todos nós somos suspeitos, por que a culpa seria minha?

INSPIRAÇÃO — O mesmo pó brilhante da minha gaveta está sobre o tapete do seu quarto.

CONSCIÊNCIA — Isso me coloca como suspeita, mas não significa que eu realmente fiz, alguém está claramente tentando me incriminar. / se defende.

SHERLOCK HOLMES — Vamos manter a calma e o foco em encontrar a agenda! Esse pó só prova que a agenda esteve nesse quarto, vamos procurar ela aqui e ver se a achamos. / fala para chamar a atenção das meninas.

DEPOIS DE PROCURAREM A AGENDA POR TODO O QUARTO DA CONSCIÊNCIA E NÃO ENCONTRAREM NADA / SHERLOCK HOLMES DECIDE SEGUIR COM SEU PLANO DE OLHAR TODOS OS QUARTOS / O PÓ ESTAVA EM TODOS OS QUARTOS, MAS A AGENDA AINDA ESTAVA SUMIDA.

CRIATIVIDADE — Se fosse um sequestro podiam entrar em contato, mas quem sequestraria uma agenda?

INSPIRAÇÃO — Não é qualquer agenda, quem estiver em posse dela pode facilmente se aliar até com vilões!

CONSCIÊNCIA — Como assim, vilões? Você anotou endereços de vilões, você enlouqueceu foi?

INSPIRAÇÃO — Estou sofrendo e você me ataca? Não é hora para isso, quero a minha agenda e logo. Antes que algo ruim aconteça.

CORTA PARA A CENA / TODOS DESCEM PARA O SALÃO/ SOBRE O BALCÃO UM OBJETO CHAMA A ATENÇAO DE TODOS/ UM PERGAMINHO ENROLADO PRESO POR UMA FITA VERMELHA / SHERLOCK SE APROXIMA E PEGA O PERGAMINHO/ É UM MAPA.

INSPIRAÇÃO — O x marca o local, esse mapa parece que nos levará para a agenda.

SHERLOCK HOLMES — Não minha cara, Inspiração, o x marca a primeira parada! Devemos seguir e encontrar a próxima pista.

Quem colocou isso aqui? Não gosto de ter a minha mente invadida, essa sensação de a biblioteca da mãe joana não está me fazendo bem. / senta-se um pouco, respirando nervosa/ todos estávamos juntos, tem outra pessoa aqui e eu não consigo saber quem é, como entrou? A coragem da pessoa em invadir o quarto da Inspiração, que perigo!

CONSCIÊNCIA — Você é a última que pode pirar aqui, Escritora! Respira um pouco, você precisa estar com o juízo no lugar, imagine o caos que vai acontecer se a biblioteca desmoronar.

SHERLOCK HOLMES — Segundo o mapa, a primeira pista está no andar inferior, dentro do armário da cozinha, não é necessário nos separar ainda, então vamos ficar juntos. Me sigam. / diz Sherlock tomando a frente. / um momentinho! / freia, fazendo todos parar e olhar para ele/ onde fica a entrada da cozinha? Não tive tempo de visitar a biblioteca.

CRIATIVIDADE — No meio dos sofás da área de lazer, tem uma escada que leva para o andar inferior. / responde rapidamente.

SHERLOCK HOLMES — Obrigado, Criatividade. / diz retomando a caminhada e sendo seguido pelo grupo.

CORTA PARA A CENA/ ANDAR INFERIOR/ COZINHA.

SHERLOCK HOLMES — Segundo mostra o mapa, é o armário da direita, porta superior esquerda! / diz enquanto rei Artur já se posiciona na frente do armário para abri-la.

REI ARTUR —Aqui tem um bilhete! / Diz ao abrir a porta do armário. / "quando não sei o significado, é ele quem eu procuro."

INSPIRAÇÃO — Um enigma! Só pode ser brincadeira, não é possível. Quando eu pegar quem pegou a minha agenda, vou fazer papel picado dele. / bufa com raiva, não está gostando dessa brincadeira.

Vamos manter a calma e tentar decifrar o enigma. / intervém.

SHERLOCK HOLMES — Parece simples, não sei se é porque é o primeiro que achamos! Disse o detetive. / estralou os dedos para avisar que tinha uma ideia do significado do enigma. / Um dicionário, a próxima pista está num dicionário, só pode ser isso.

CORTA PARA A CENA/ O GRUPO ESTÁ NO SALÃO DA BIBLIOTECA.

CONSCIÊNCIA — De simples, esse enigma não tem nada, isso aqui é uma biblioteca, não tem como contar quantos dicionários tem aqui. / reclama ao olhar para todas as prateleiras a sua frente.

INSPIRAÇÃO — Temos alguns autores, no mínimo uns cem exemplares com umas, duzentas copias de cada.

CRIATIVIDADE — Pra que tanto dicionários, são todos iguais.

Não são iguais, são de autores e idiomas diferentes, uma biblioteca que se preze tem todas os livros importantes, e é mais importante ainda ter muitas copias, não dá pra ler um livro com o outro pendurado do lado querendo ler também, e já passamos da fase de explicações, estamos na biblioteca, e essa biblioteca não é comum, e muito menos igual as outras.

SHERLOCK HOLMES — vamos ao trabalho, comecem a procurar dentro dos dicionários.

INSPIRAÇÃO — Eu virei essa biblioteca de cabeça para baixo, sacudi todos os livros e não achei nada, como é que agora vamos achar alguma coisa!

SHERLOCK HOLMES — Porque, certamente a pessoa que pegou sua agenda esperou nos distrairmos nos quartos para deixar o mapa, e nos distraiu na cozinha para colocar a segunda pista dentro do dicionário.

INSPIRAÇÃO — Você tem razão, Sherlock, Merlim desculpe, mas vamos ter que desarrumar o que você arrumou, de novo.

MERLIM — Sem problemas, posso fazer isso sempre, não é como se eu fosse me cansar fazendo isso, o importante é encontrar sua agenda.

CORTA PARA A CENA EM QUE TODOS ESTÃO PROCURANDO OS DICIONÁRIOS NAS PRATELEIRAS / SACUDINDO NO AR OS DICIONÁRIOS/ FOLHEANDO COM RAPIDEZ/ OS DICIONÁRIOS QUE JA FORAM REVISTADOS SÃO COLOCADOS NO CHÃO/ PARECE QUE NÃO VÃO ENCONTRAR A PROXIMA PISTA.

CRIATIVIDADE — Encontrei! Encontrei. / Fala balançando o pequeno bilhete no ar com o dicionário aberto na outra mão.

Ok, leia para nós, Criatividade. / Pede a Escritora.

CRIATIVIDADE"muitos tentaram, porém, apenas um jovem de coração puro teve o direito e a força de tirá-la da pedra, mas não se engane o seu tamanho passa despercebido pelos olhos que passeiam no grande salão" / Uma ruga de confusão pode ser notada na face da Criatividade.

CONSCIÊNCIA — Isso parece uma profecia! Que raios de pista é essa que... / iria continuar, quando seus olhos posaram sobre a cintura de Artur. / A Excalibur.

CRIATIVIDADE — Sim, a Excalibur, Artur foi o único que realmente conseguiu tirar ela da pedra, perai, teremos que ir até Camelot?

MERLIM — Acho que não, Criatividade, a Excalibur está aqui com o rei, majestade por favor pode olhar a bainha da Excalibur.

REI ARTUR — Claro, deixe comigo. / Diz empunhando a espada, mas parece normal. / Não tem como alguém colocar um bilhete aqui, a Excalibur está sempre comigo.

MERLIM — Não sempre, majestade, quando você vai dormir ela fica ao lado, é fácil para alguém com muita coragem colocar algo na bainha dela!

ENQUANTO OS AMIGOS TROCAVAM TEORIAS/ SHERLOCK VARRIA O SALÃO COM SEUS OLHOS RÁPIDOS E CERTEIROS/ VOZES DO GRUPO AO FUNDO/ ENQUANTO SHERLOCK SE APROXIMA DO ARMÁRIO AMARELO QUE ESCONDE A ESCADA DOS QUARTOS/ SEUS OLHOS ATENTOS EXAMINAM TODAS AS PRATELEIRAS DOS ARMARIOS/ COM UM SORRISO DE LADO/ PEGOU UM OBJETO QUE ESCONDIA EMBAIXO DE SUA SUPERFICIE UM PEQUENO PAPEL.

SHERLOCK HOLMES — Não será necessário ir até Camelot, a Excalibur da profecia não é a verdadeira, mas sim um item de colecionador da Escritora, olhem aqui. / Diz levantando uma pedra com uma espada fincada nela, tamanho médio, bem desenhado, um lindo enfeite que lembrava a história do rei Artur.

REI ARTUR — Olha só, parece muito com pedra de Camelot, não é Merlim?

MERLIM — É sim, majestade, uma belíssima escultura para enfeitar as prateleiras de livros.

INSPIRAÇÃO — O que diz o bilhete. / pergunta ansiosa.

SHERLOCK HOLMES"Arthur, guarda a próxima pista" / após a leitura fixa seu olhar no rei.

FOCAR NOS OLHARES CHOCADOS PARA O REI ARTUR.

DRÁCULA — Eu sabia. / O conde é o primeiro a se manifestar. / você armou tudo isso para colocar a culpa em mim, cadê o seu caráter de bom rei, majestade? / Pergunta com deboche.

REI ARTUR — Não está comigo, esse bilhete está errado. Não peguei nada, por que eu faria isso ou participaria disso? Não faz o menor sentindo.

SHERLOCK HOLMES — Então eu vou revistá-lo. Você vê algum problema, majestade?

REI ARTUR — Nenhum problema! / uma revista rápida é feita, mas o detetive não encontra nada. / Escritora eu juro, não fiz nada, isso deve ter sido você, Drácula, fica se vitimizando, gritando a plenos pulmões que eu sumi com a agenda da Inspiração, para incriminar você, mas quem é que garante que não é você por traz das cortinas?

DRÁCULA — Eu garanto, não tenho por que fazer tamanha maldade com a minha amiga. Não peguei nada, mas você por outro lado, está com a outra pista.

REI ARTUR — Porque eu iria me colocar numa pista, não faz sentido eu plantar provas contra mim mesmo.

CONSCIÊNCIA — Chega! / grita a Consciência/ vocês estão me enlouquecendo, como eu posso pensar, agir, refletir, e aconselhar com vocês gritando, brigando o tempo todo, já sabemos que vocês estão apaixonados pela Escritora e parece que vale tudo para chamar a atenção dela, mas não precisam me deixar louca! / respira/ Como vocês querem que eu seja a consciência, sem um pingo de paz?

REI ARTUR — Desculpe, não foi por mal, só estou tentado me defender.

DRÁCULA — Perdão, belíssima dama, prometo me controlar um pouco mais.

Consciência você está bem? Se você surtar, eu também vou surtar, respira fundo, mantenha a calma. / pede ao se aproximar da sua consciência para se certificar que ela esteja bem.

CONSCIÊNCIA — Eu estou calma, Escritora, acontece que gritaria não vai ajudar, e esses dois. / aponta em direção aos homens/ estão a cada segundo disputando sua atenção e não estão ajudando com a investigação. / enquanto isso os homens se olham / Desculpem, eu surtei, não tem por que eu brigar com vocês, é que estava tão barulhento que eu não me controlei, eu não sou assim, e vocês são convidados, desculpem.

DRÁCULA — (O conde se aproxima da consciência) Tudo bem, eu não fiquei bravo ou chateado, saímos do foco, eu é que peço desculpas a você, pode me perdoar, senhorita?

CONSCIÊNCIA — (Envergonhada) Não, Drácula, eu que errei, essa situação me deixou nervosa demais, não tenho nada que perdoar. Estamos bem?

DRÁCULA — Nunca estivemos mal. / diz com o seu sorriso mais belo. / Estou bem com todos, até mesmo com o coroa ali. / aponta para o rei que responde.

REI ARTUR — Quem você está chamando de coroa? / claramente irritado.

DRÁCULA — Você não usa uma coroa, o que é isso aí na sua cabeça? / rir um pouco / Ah, pensou que eu estava falando da sua idade, meu amigo, aparentemente temos a mesma idade, mas na realidade eu tenho alguns séculos a mais que você.

REI ARTUR — E tantos séculos a mais, não o fez amadurecer ainda. / Questiona com um toque de deboche/ parece uma criança birrenta.

DRÁCULA — Para você ver que a idade é só um número, já que você tendo menos idade que eu, parece um idoso ranzinza e ciumento, enquanto eu vivo na juventude.

MERLIM — Vocês querem parar com isso! Desculpem, rei Artur e conde Drácula, mas vocês perderam o foco do que está acontecendo aqui, de novo.

REI ARTUR — Você tem razão, meu amigo. Peço desculpas a todos, principalmente a Escritora. Mas é que esse bilhete está completamente equivocado, errado e sem noção nenhuma, eu não estou em posse da próxima pista. / fala ao mesmo tempo que começa a se apalpar, procura o tal bilhete nos bolsos da calça e camisa, e nada. / Estão vendo, não tenho bilhete nenhum, não tem sentido eu me colocar em duas pistas seguidas.

CRIATIVIDADE — O Rei tem razão, tem algo errado.

INSPIRAÇÃO — É claro que tem algo errado, mas o que está errado? Cadê a minha agenda, droga! / Reclama, com tristeza e preocupação.

ENQUANTO ISSO TUDO/ SHERLOCK ESTÁ ALHEIO AS DISCUSSÕES E AS DISPUTAS DO REI E DO CONDE/ OLHANDO A SUA VOLTA/ SUA MENTE COMEÇA A FORMAR TEORIAS/ OLHA PARA A SUA MÃO ESQUERDA QUE AINDA SEGURA O BILHETE.

SHERLOCK HOLMES — Majestade! / diz tirando uma caneta de seu bolso, e entregando ao rei Artur. / Por gentileza, escreva no verso da pista, o seu nome.

REI ARTUR — (O rei aceita a caneta e o bilhete, com dúvidas, mas segue em frente e escreve seu nome.) Prontinho. / Entrega de volta ao Sherlock, que analisa a caligrafia do rei.

SHERLOCK HOLMES — Esse não é o Artur, que está com a nossa próxima pista. / Conclui ao analisar o bilhete.

INSPIRAÇÃO — Outro intruso? Mas como? Não esse é o rei Artur, o verdadeiro. / afirma.

REI ARTUR — Eu não sou um impostor de mim mesmo. Gente, eu sou inocente. / tenta convencer seus amigos.

SHERLOCK HOLMES — Claro que não é um impostor, majestade, o que estou afirmando, é que você não é o Artur do bilhete.

CRIATIVIDADE — Mas esse é o único Artur, que está aqui com a gente.

Não, Criatividade, temos outros aqui, só não temos como saber qual deles estamos procurando e... / Explica, mas é interrompida pelo conde.

DRÁCULA — Outros? Eu já tenho problemas com um, não me digam que tem mais de um nesse resort! / fala fazendo drama.

REI ARTUR — Para de piadinhas, oh morcegão, como assim outros, Escritora?

DRÁCULA — Sem ciúmes, majestade. / O conde rir, enquanto dessa vez é o rei que revira os olhos.

SHERLOCK HOLMES — O rei Artur, não tem ligação direta com o Arthur, que estamos procurando.

Claro! Entendi o seu raciocínio, Sherlock, não estamos procurando o rei, mas, sim, o Escritor. / A escritora parece ter o pensamento alinhado ao do detetive.

INSPIRAÇÃO — Complicou ainda mais, existem muitos escritores com esse nome.

Mas só existe um Arthur Conan Doyle. / explica/ Ele guarda a próxima pista.

CONSCIÊNCIA — Não teria sentido ser outro Arthur. / concorda com a Escritora.

CRIATIVIDADE — Exatamente, a Excalibur nos levou ao Arthur, mas dessa vez não o rei, e sim o Escritor

SHERLOCK HOLMES — Onde encontramos, esse Arthur?

INSPIRAÇÃO — Você deve saber, né? Afinal ele é o seu criador, onde encontramos ele, Sherlock? / antes que o detetive respondesse, alguém foi mais rápido.

ARTHUR CONAN — Estou aqui. / Entra, Arthur, descendo as escadas, com as mãos no bolso, o público lhe recebe com aplausos/ Estava passando aqui em frente a biblioteca e uma senhorita me abordou, e gentilmente me pediu para que eu entregasse ao Sherlock, esse bilhete. / Tirando uma das mãos do bolso, entrega um bilhete ao Sherlock.

SHERLOCK HOLMES — Meu caro, Arthur, que bom revê-lo. / diz Sherlock ao cumprimentar seu criador/ Não me diga que veio aqui, somente para me entregar esse bilhete?

ARTHUR CONAN — Foi uma oportunidade de ver como você está, e me parece que está se saindo muito bem. / Dá uma olhada a sua volta.

SHERLOCK HOLMES — Estou no meio de um caso, uma agenda importantíssima sumiu, e precisamos encontrá-la antes que alguém de má índole a use para, sabe-se lá o que.

ARTHUR CONAN — Não se atrapalhem comigo, continuem a investigação.

SHERLOCK HOLMES — Se não se importa, Arthur, poderia me descrever a senhorita que lhe entregou o bilhete?

ARTHUR CONAN — Não me importo em ajudá-los, ela era uma jovem de dezesseis ou dezessete anos, cabelos escuros um pouco abaixo do ombro, ela parecia ter na cintura um coldre, mas não vi uma arma, mas parecia um livro pendurado, o que é importante, tão jovem e carregando armas, não concordo com crianças portando algo tão perigoso, mas que bom que era um livro.

SHERLOCK HOLMES — Ela disse alguma coisa, qualquer coisa? / o detetive anotava tudo em sua caderneta.

ARTHUR CONAN — Ah, ela disse que seria bom eu ver novamente o meu primeiro personagem, que seria interessante o escritor conversar com a sua criação. Ela parece que gosta de mistérios, assim como nos dois. / comenta com uma risada sincera e descontraída.

SHERLOCK HOLMES — Obrigado por essas informações. Não suma, ficarei aqui uma temporada de férias, vou gostar de conversar com você, se resolver aparecer novamente.

CORTA PARA A CENA EM QUE UMA PORTA SURGI NO SALÃO COMO MÁGICA, MAS DESTA VEZ NÃO É A CONSCIÊNCIA QUE PASSARÁ POR ELA/ ARTHUR SE DESPEDE DE TODOS COM UM ABRAÇO E PASSA PELA PORTA/ ANTES DA PORTA FECHAR DIZ:

ARTHUR CONAN — Até outro dia, meus caros amigos! / diz e a porta se fecha sumindo como mágica.

SHERLOCK HOLMES — Quem será a senhorita que abordou o senhor Doyle? Pela descrição que ele falou, você pensou em alguém, Inspiração?

INSPIRAÇÃO — Sim, mas acho impossível ser ela, não teria sentido, não faz sentido.

CONSCIÊNCIA — Em quem você está pensando? / tenta ler as expressões de sua amiga.

INSPIRAÇÃO — O bilhete, o que diz? / A inspiração interrompe a pergunta da consciência.

SHERLOCK HOLMES"O fim, pode, e talvez, seja mais louco que o começo". / Sherlock ler não achando sentido algum no bilhete. / Faz algum sentido pra você Inspiração?

INSPIRAÇÃO — Sim, mas o que? / Se mostra confusa. / Não é possível!

Como não? Lembra da Alanny? Não parecia impossível quando ela veio se passar pela Criatividade, porque não pode ser mais uma personagem inspirada por você, agora o que não entendo é quem e o que ela quer aqui! / reflete, sem conseguir entender o que está acontecendo.

CONSCIÊNCIA — Se a alanny pode vir aqui, como outro personagem da nossa Escritora não poderia vir, o que se torna normal, já que a mente da Escritora é a casa original dos personagens dela, não é impossível, você mesma já disse isso, Inspiração.

SHERLOCK HOLMES — Mas que personagem é essa? Ela é boa "pessoa", porque ela roubaria a sua agenda, Inspiração?

INSPIRAÇÃO — É Cecilia Martin, ela é agente do FBI, não é uma personagem ruim, é a principal, seu codinome é Senhorita Jackson. Por que ela pegaria a minha agenda?

CECÍLIA MARTIN— Porque você demorou muito pra terminar a minha história, só queria te assustar e me sentir vingada. / diz saindo de traz de uma "porta" prateleira atras do largo balcão, com um sorriso no rosto, parece satisfeita. / É brincadeira, Inspiração, gosto de você, até porque foi você que me criou junto com a Escritora, e eu só queria dar uma passadinha aqui, antes de voltar para minha história.

Senhorita Jackson! Agora entendi por que eu não senti um intruso na biblioteca, como eu sentiria, se você já mora aqui. / respira aliviada/ pelo menos não é uma intrusa ou uma vilã. Como você está?

CECÍLIA MARTIN— Estou bem, Escritora, mas você vai ficar um pouco tonta com a informação que eu tenho!

Que informação? Diga logo, não fique enrolando.

CECÍLIA MARTIN — Ok, a Inspiração decidiu que vai escrever os meus casos, você não deveria ter deixado ela ler as aventuras do Sherlock Holmes, ela já estava com essa ideia, mas agora a ideia é oficial.

FOCAR NO ROSTO DE CHOQUE DA ESCRITORA E DA CONSCIÊNCIA/ A INSPIRAÇÃO NÃO PARECE ABALADA.

CECÍLIA MARTIN — Eu gosto da ideia, afinal é a minha vida, mas acho que você, Escritora possa se sentir sobrecarregada, afinal o DFME também vai virar uma série.

INSPIRAÇÃO — Você veio só pra contar as minhas ideias e pegar a minha agenda?

CECÍLIA MARTIN — Não, eu vim pra ver vocês pessoalmente e conversar um pouco, não posso demorar, aqui. / tira o coldre que está na sua cintura com uma agenda dentro e estende para a Inspiração.

INSPIRAÇÃO — Minha agenda! / pega agenda e abraça o objeto respirando aliviada. / nunca mais faça isso de novo, Senhorita Jackson.

CECÍLIA MARTIN — Está bem, só tive uma ideia divertida para me encontrar com a minha Escritora, assim, como Arthur se encontrou com Sherlock Holmes, que mal tem em se divertir.

INSPIRAÇÃO — Divertir? Acho que te dei uma personalidade muito parecida comigo, eu quase morri sem a minha agenda.

CECÍLIA MARTIN — Relaxa, não foi outro quem a pegou, fui eu e está tudo bem, está vendo o coldre é uma espécie de pochete que você poderá usar sempre e assim a sua agenda vai estar sempre com você, é um presente. Toma mais cuidado, pode não ser eu da próxima vez.

INSPIRAÇÃO — Não vai ter próxima vez. / Afirma a inspiração, seu semblante é sério.

SHERLOCK HOLMES — Tudo foi resolvido, posso enfim começar as minhas férias.

CECÍLIA MARTIN — E eu posso ficar mais um pouco com vocês. Vamos conversar?

Nós vamos mesmo, quero saber direitinho o que a minha inspiração está aprontando. / Diz encarando a sua Inspiração.

CORTA PARA A CENA/ UMA GRANDE REUNIÃO ESTÁ ACONTECENDO NA ÁREA DE LAZER/ A ESCRITORA PARECE CHOCADA AO OUVIR O QUE A SUA PRIMEIRA PERSONAGEM TEM A DIZER SOBRE AS IDEIAS FUTURAS DA SUA INSPIRAÇÃO/ ENQUANTO A INSPIRAÇÃO NÃO DEMONSTRA NEM UMA GOTA DE ARREPENDIMENTO/ O CONDE E O REI SE OLHAM COMO SE FOSSEM SE AUTODESTRUIR APENAS FITANDO UM AO OUTRO COM OLHARES/ MERLIM, CRIATIVIDADE E CONSCIÊNCIA TENTAM MANTER A CALMA ENTRE UM REI E UM CONDE/ SHERLOCK ENFIM PÔDE SE SENTAR E RELAXAR PRESTIGIANDO SEUS AMIGOS ENQUANTO PROVA UM DRINK DE MARACUJÁ COM UM GUARDA-CHUVA PENDURADO NA BEIRA DA TAÇA, UM SORRISO DE DIVERSÃO SE FORMA EM SEUS LÁBIOS/ ELE PARECE ESTAR FELIZ E RELAXADO COMO DEVE SER NAS FÉRIAS/ MAL SABE ELE QUE NADA É IMPOSSIVEL NA BIBLIOTECA/ PRINCIPALMENTE AS CONFUSÕES QUE AINDA ESTÃO POR VIR/ FIM DESTA CENA. 

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