Explorando a diversidade
Antes que alguém me cancele por tocar num assunto polêmico, eu quero pedir que escutem (no caso, leiam) o que eu tenho a dizer até o fim. E também que, se você discordar de mim, tenha educação ao refutar e debater.
Estamos entendidos? Se sim, segue o baile!
Vai soar óbvio, mas nem todas as pessoas são iguais.
Existem diversos estilos de vida, padrões estéticos, aparências físicas, religiões, tradições, etc. Poderíamos passar a vida toda tentando conhecer minuciosamente a diversidade de apenas um tema e ainda assim não seria o suficiente.
Colocar personagens fora dos padrões que estamos acostumados deixa a história mais interessante e dá representatividade.
Pessoinha: O que é representatividade?
Vamos ver o que o São Google tem a nos dizer:
"substantivo feminino
1.
qualidade de representativo.
2.
qualidade de alguém, de um partido, de um grupo ou de um sindicato, cujo embasamento na população faz que ele possa exprimir-se verdadeiramente em seu nome."
Ou seja: "representatividade" é representar algo ou alguém. No entanto, estou falando de "representatividade" no sentido de colocar personagens de grupos diferentes dos que estamos acostumados a ver.
Que grupos seriam esses?
Eis alguns exemplos: Religiões fora do cristianismo; pessoas "não magras"; pessoas com necessidades especiais; pessoas da comunidade LGBTQ+; pessoas não-brancas; etc.
Pessoinha: E por que pitangas é relevante colocar esta bodega no meu livro?
Eis uma pequena lista:
1- O mundo está cheio de pessoas com estas características. E a escrita é um reflexo do mundo em que vivemos. (Eu pareço um disco riscado de tanto que eu repito essa frase. Cristo.) Em conclusão, o teu livro ficará mais completo.
2- Ver alguém como você em um livro, série ou filme te empodera. Por que não dar esse sentimento a alguém que pode estar precisando? Um personagem simplesmente existir literalmente salva vidas!
3- Enriquece e dá camadas aos personagens, tornando-os ainda mais únicos.
Mas tome cuidado. Pesquise e se mantenha informado(a) sobre o assunto para não ofender a ninguém. E evite seguir os clichês pré-concebidos, como asiáticos ridiculamente geniais vidrados em tecnologia e os homossexuais burros e barulhentos que parecem estar sempre vestidos à caráter de carnaval.
Pessoinha: Ok, ok. Entendi. Mas como eu vou saber escrever personagens assim sem ser preconceituosa, sem cair em esteriótipos idiotas e ainda ser realista?
Já te adianto: não é uma tarefa muito fácil.
O primeiro e mais importante passo é abrir a própria mente e dispor-se a ouvir e a aprender.
O segundo passo é buscar fontes confiáveis para informar-se. Uma das fontes são contas de Instagram, TikTok etc que pertecem a pessoas do grupo que você quer representar. Essas pessoas definitivamente explicam temas e pontos importantes sobre o próprio grupo e compartilham vivências relacionadas a isso, o que são informações valiosíssimas em primeira mão para você.
O terceiro passo é "opcional" e exige certa coragem: se tiver dúvidas específicas e/ou gostaria que alguém com lugar de fala e propriedade fiscalize a forma que está retratando seu(s) personagem(s), sugiro que entre em contato com pessoas pertencentes ao grupo em questão. Tenho certeza de que a maioria das pessoas não terá problemas em te auxiliar, mas você precisará de um pouquinho de coragem para isso. (E respeito, acima de tudo!)
NÃO SE BASEIE SOMENTE EM FILMES, SÉRIES E EM OUTROS LIVROS DE FICÇÃO!
Por mais verídica que a informação seja, ela não é precisa e não pode ser a tua base de forma alguma! Tirar uma ideia ou outra sobre a abordagem feita não é problema, mas usá-los como objeto e/ou fonte de estudo é, no mínimo, burrice e irresponsabilidade.
Espero ter ajudado de alguma forma.
Dúvidas? Experiências pessoais? Críticas? Pontos de vista diferentes dos que apresentei? Por favor, comentem com respeito. Eu quero saber!
Beijos e roteiros,
Aliindaa.
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