O terrível Kelnor solta o Mago do Tempo Ancião inerte, seu corpo drenado de toda força vital desabando sobre o piso. O templo da Ordem está em chamas, ampulhetas e clepsidras quebradas liberando seus fluídos mágicos pelo chão.

Mas, pela porta da câmara, um último oponente surge.

– Não vê não haver mais chances, mago Kliken? – o invasor do santuário questiona jocoso. – Seu mestre está morto! Vocês não são mais que uma memória!

– Saiba, perverso, que em breve demonstrará vital interesse em aprender os segredos da magia do tempo... – Kliken rebate astuto.

– O que insinua?

A resposta de Kliken é, empregando toda sua mana acumulada, conjurar um feitiço que, ao atingir Kelnor, envolve-o numa aura azulada e o faz desaparecer.

Esgotado, Kliken cai sentado, refletindo sobre todo aquele grande plano...

Lendo os Pergaminhos Secretos da Ordem, bem sabia que Kelnor, agora aprisionado milênios no passado, procuraria desesperado os meios de aprender a magia do tempo e voltar àquele século, fundando no processo a própria Ordem à qual seu "eu" jovem, no futuro, juraria destruir.

Com a existência dos Magos do Tempo assegurada e a ameaça, tornada origem, contida no passado, cabia a Kliken reconstruir a Ordem no presente.

Os mistérios cronológicos não deveriam ser questionados, apenas aceitos.