Busca do Slender man - Parte 1
Viver no submundo não é fácil, ainda mais sendo um humano. Pelo menos eu era, agora sou apenas um fantasma. Não que seja algo ruim, para alguém que não acreditava em vida após a morte até que tive uma grande surpresa. Para uma alma humana é dado duas opções, a reencarnação e a permanência no submundo como residente e trabalhando para Hades. Segundo o próprio lorde dos mortes, uma alma não pode perder o seu vínculo senão se torna alma penada (o nome pode parecer ridículo mas não é algo que você queira se tornar). Decidi por permanecer um tempo mais no submundo, aceitei o meu cargo como consultor dos ceifadores... Uma decisão que estou começando reconsiderar.
-Como acende isso? –Uma lanterna foi enfiada de encontro a minha barriga, me fazendo perder ar por alguns instantes. Uma das vantagens de se tornar um habitante do submundo é que meio que estou "vivo". Com o tempo você aprender que existem diversos conceitos de vivo... Aquele que me deu a lâmpada, pequeno (parecia um garoto de 11 a 12 anos), cabelos negros como noite, pele alva tal como porcelana, olhos cujas íris eram tão obscuras e estranhamente expressivas. Ali estava o 13º filho de Hades, Noir.
-Ora, alteza! –Riu um ceifador que tinha cabelos arrepiados, como se tivesse levando um grande choque, usava uma gravata de cor laranja vibrante que contrastava divinamente com o seu terno negro. Aquele era Otto, um ceifador –Muito simples, até eu sei como esse instrumento dos viventes funciona, afinal, você sabe que sei de tudo sobre o mundo dos vivos! Assisto muitas séries! Sou expert!
Ao terminar de falar Otto pegou a lanterna e fez um movimento elaborado que resultou na retirada da tampa e na queda das pilhas que tinham lá dentro.
-Ops...-Riu nervoso.
Senti vergonha por ele. Um grande ceifador, aqueles que todos os "viventes" temem, não sabem nem ligar uma simples lanterna. Não podia culpa-lo totalmente, o seres do submundo tinham pouco contato com o cotidiano dos vivos, na verdade eles parecem não entender nossos gostos, nossos problemas...Enfim, a lógica dos vivos não é a mesma da dos mortos. Desta forma, qualquer coisa mundana para um ser vivo, para um ser do submundo era uma total maravilha.
-Que grande expert...-Resmungou um outro ceifador, esse mais parecia um homem de preto do filme MIB, seu nome era Bill –Podíamos usar os fogos fátuos.
Um ceifador pode pedir invocar almas humanas e transforma-las em uma espécie de esfera de fogo flutuante. Ainda bem que não aceitei esse emprego. Não creio que seria divertido virar um foguinho e perambular por aí.
-Esqueceram que devemos parecer humanos para que o Slender man nos persiga? Se ele souber que somos ceifadores que viemos aqui captura-lo não conseguiremos nunca encontra-lo! –Expliquei, peguei a lanterna que Noir tinha e apertei o botão, foi produzida luz e os três habitantes do submundo soltaram um sonoro "Ohh!".
-Eric tem razão. –Falou Noir, seus olhos vasculhavam a floresta aonde nos encontrávamos – Ele é muito habilidoso em se esconder... Por isso até agora a DCAA não conseguiu captura-lo. Só não entendo por que os humanos o chamam de Slender man, ele tem um nome, sabia?
-E qual seria? –Perguntei esperando algo assustador, afinal Slender man é ser misterioso e pavoroso, personagem principal de diversas histórias de terror e até jogos, lógico que deveria ter um nome que...
-Bob. –Respondeu o príncipe do submundo.
-Er...Como é?
-Bob. –Repetiu enquanto sua atenção passava para a lanterna. Passou a mão pelo o foco da luz e notou a sua sombra sob uma casca de árvore próxima.
-Ohhh! –Otto parecia mesmo impressionado e rapidamente colocou sua mão na frente do foco, fazendo algumas sombras semelhante a animais.
-Estupendo! –Até Bill ficou interessando.
Soltei um suspiro... Ali estavam os ceifadores se divertindo brincando com as sombras...
Aquilo devia ser uma missão para capturar o fugitivo do submundo, o famoso Slend...Digo...Bob.
-Eu sou um consultor...E não babá...-Resmunguei massageando a testa.
E os outros pensam que o pós-morte não é estressante?
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