Capítulo 5 - parte 3 (não revisado)

Baalai observava com atenção aquela atividade toda perto da sua zona de caça. Eram seres estranhos como ele nunca encontrou antes, muito grandes e que andavam em bolas gigantes que desciam do céu. Isso só podia significar que eles eram os deuses que conversavam de noite, piscado as suas luzes, ou então eram emissários.

Ele gostou do estranho que se aproximou primeiro, mas os outros eram muito assustadores e ele fugiu. Escondido, observava-os, mas o primeiro deles voltou a aparecer, daquela vez sozinho. Ele carregava uma coisa pequene e olhava para ela, indo sempre na sua direção e Baalai concluiu que aquilo podia mostrar onde ele estava escondido. Logo o enviado dos deuses aproximou-se e viu-o. Ele era calmo o Baalai não fugiu. Em vez disso, ergueu-se e ficou a olhar para ele. O estranho estendeu a mão e tinha alfguma coisa da cor da terra, parecendo que lhe oferecia. Baalai aproximou-se bem devagar e dilatou as narinas para sentir o cheiro daquilo, concluindo que era muito bom. O estranha leventou mais a mão e Baalai começou a chegar perto, bem devagar. Ele estava com fome porque não arranjava caça há alguns dias e algo lhe dizia que aquilo que o emisário lhe oferecia era de comer. O cheiro agora penetrava as suas narinas e ele sentia-se inebriado. Devagar, muito devagar, estendeu a mão e tocou a coisa, puxando-a. Aproximou mais do nariz e o cheiro era demasiado gostoso. O emissári pegou outro pedao igual e colocou na boca. Imediatamente Baalai entendeu que era de comer e pôs na boca. O gosto era forte e indescritível. Ao fim de algum tempo, parecia derreter na sua boca e, extasiado, Baalai engoliu.

A comida dos Deuses era muito, muito gostosa, mas agora Baalai precisava de dar algo em troca. Agradeceu e saiu correndo, pulando para a árvore mais próxima.

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Ernesto ficou fascinado com a criatura. Logo após comer o pedaço de chocolate, o pequeno ser soltou uma série de sons que lembravam chilreios silábicos e saiu correndo. Com um salto elegante, a criaturinha desapareceu entre as árvores.

– O senhor arrisca-se de forma leviana, doutor – disse o comandante Johnas. – Se ele o atacasse, estaria indefeo.

– Pelo amor de Deus, comandante. Primeiro, essa criatura é inofensiva e pequena demais para ser uma ameaça à minha pessoa. Depois, o fato de eu não ter uma arma, não significa que dou indefeso. Não pense que só porque sou um cientista não sei me defender. Eu sou metre em artes marciais, para sua informação.

– Isso deixa-me mais aliviado, senhor, mas lembe-se que, apesar de tudo eu sou responsavel por todos e isso inclui o senhor. Bem, eu vim falar consigo porque o almirante autorizou-nos a ficar aqui aguardando. Em compensação, pediu que fizessemos o que fosse possível para acelerar o começos dos reparos. Alguma sugestão?

– Sim. Primeiro, criem uma area demarcada para o pouso das naves. A seguir, se a nave auxiliar tiver equipamento para manutenção, como andaimes gravitacionais, vá retirando e deixando a postos em torno do ponto de pouso da Dani.

– Obrigado. Importa-se de nos supervisionar de vez em quando?

– Claro que ajudo vocês de bom grado – disse o cientista bonachão. – Vamos lá.

– Lado a lado os dois homens tão desiguais nas suas profissões foram preparar o pouso da nave.

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– Atenção à tripulação – disse Nobuntu. – Estamos em voo de aproximação para pousar no planeta mais próximo para os reparos. Como todos sabem, continuamos em uma verdadeira corrida contra o tempo por causa da ameaça dos Batiks. Por isso, eu quero que se considerem sempre em grau de pré-alarme e procurem ajudar, sempre que possível, as equipes da engenharia. Os cientistas também podem avaliar o mundo onde vamos pousar. Entraremos em órbita nos próximos vinte minutos e o pouso iniciará após a terceira volta. Obrigado.

Com essa última palavra, o computador soube que a comunicação estava encerrada e desconectou o intercomunicador. Nobuntu olhou para o almirante.

– O que acha, senhor? – perguntou, preocupado. – As equipes têm andado em uma grande tensão e até ocorreram focos de duas brigas que, felizmente, não aconteceram.

– O seu comunicado já mudou os ânimos, coronel – respondeu o imperador, aorridente. – Sinto um grande alívio em todas as direções.

– Senhor – disse o piloto. – Já temos o ponto de encontro nas telas. É perfeito para as nossas necessidades.

– Nesse caso, inicie o procedirmento.

– Comandante Nobuntu para a tripulação – disse o coronel, erguendo a voz. – A nave vai descer para pouso. As equipes que precisarem desembarcar devem dirigir-se imediatamente ao convés inferior. Obrigado.

– Vamos a isso – disse Daniel, curioso. – Este planeta é muito lindo, coronel.

– Se é – respondeu o colega.

O sistema de comunicação deu sinal e o operador de rádio de plantão disse:

– Senhor, chamado do Povo das Estrelas.

– Na tela – ordenou Daniel. O rosto de Benstok surgiu. Ao ver o novo amigo, sorriu. – Salve, Benstok, pensava mesmo em chamá-lo. O nosso pessoal fez preparativos para o pouso das duas naves avariadas, a minha e a vossa. No entanto, recomendo que os demais permaneçam em órbita, patrulhando.

– Concordo, Daniel. Ia justamente perguntar isso – disse o alienígena. – Eu queria saber como é a sua capacidade de manobra.

– Tirando o motor estelar, estamos cem por cento operacionais, meu caro, por quê?

– A nave avariada vai precisar de ajuda para pousar e os nossos raios de tração são fracos face ao tamanho da nave. Para a manobra, precisaríamos de mais naves do que as que temos aqui.

– Não se preocupe – respondeu Daniel, solícito. – Mande a sua nave emparelhar e ficar cem metros abaixo da Dani. O coronel Nobuntu ajudará o senhor com a manobra porque eu vou me juntar à equipe de desembarque.

– Combinado.

– Nobuntu, assuma com Benstok, por favor – pediu. – Lembre-se que os raios de tração devem ser bem distribuidos ao longo da nave deles.

Daniel sorriu para ambos e saiu para o elevador de forma a encontrar as equipes de desembarque

– Senhor – disse o piloto, preocupado. – O almirante falou em rebocar uma nave de quase um quilômetro para pousar usando raios gravitacionais direcionais e saiu daqui como se isso fosse muito normal!

– Qual é o problema? – perguntou Nobuntu, divertido.

– O problema é que eu acho que isso é demais para a nossa nave!

– Acha que o almirante não conhece a nave que ele mesmo projetou, tenente? – perguntou o comandante, debochado. – Se ele estava tranquilo assim, é porque sabe que a nave aguenta.

– Tem razão, senhor – disse o piloto, a contragosto. – Desculpe-me.

Daniel caminhava pela nave avaliando o estado de espírito da tripulação. Agora que iam descer, parecia mais aliviadnos, mas a preocupação imperava. No caminho, a Daniela apareceu ao seu lado.

– "Vou contigo, amor" – disse, pegando a sua mão. – "Não necessitam de mim e espero que continue assim."

– Ótimo – respondeu em cantonês, alegre. Quando chegaram ao convés inferior, o movimento de pessoas e máquinas era intenso. Para não atrapalhar, o casal manteve-se afastado, enquanto um batalhão de engenheiros e ajudantes colocavam tudo o que era necessario em diversas plataformas antigravitacionais. Na parede circular a imeem do exterior em três dimensões dava ideia de que estavam a flutuar no ar. O almirante viu como a nave do Povo descia devagar e segura. Assim que ela tocou o solo, os raios foram deslidados e a Dani deslocou-se para o lado, descendo a cinquenta metros dos novos amigos, a meio caminho da floresta. Os suportes telescópicos foram acionados e a velocidade de pouso reduziu para alguns centimetros por segundo.

Mal a nave pousou, um alerta tocou e a gigantesca entrada em forma de íris abriu-se. Como se fossem um bando de formigas bem treinadas, os tecnicos e auxiliares começaram a correr para fora, já encontrando algumas estruturas prontas. Assim que todos saíram, o casal desceu e afastou-se um pouco da nave. Enquanto Daniel observava com atenção, e preocupação, os consertos, a esposa aproximou-se da mata, curiosa.

– "Doutor Ernesto para doutora Chang" – disse o comunicador, cahamando-a. – "Doutora Chang?"

Daniela ergueu o pulso e o cientista apareceu. A imperatriz sorriu e notou que ele olhou em volta, notando que esla estava em terra .

– Oi, doutor Ernesto – respondeu. – Em que posso ajudá-lo.

– "Doutora, que bom que a senhora está em terra" – disse ele, sorridente. – "Doutora, eu gostaria da sua opinião em relação a uns seres nativos. Importa-se de me encontrar na floresta? Basta usar o localizador."

– Irei com prazer, doutor – disse ela. – Qualquer mudança no cenário é bem-vinda.

– "Estou no aguardo."

Desligaram e ela informou o marido que ia para a loresta encontrar o cientista.

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