Capítulo 4 - parte 3 (não revisado)

– E assim sendo, meus caros confrades – disse o governador Moreira, com a voz retumbante –, afirmo que a tripulação da Dani não só está muito bem viva, como podem precisar de socorro.

Na sala do congresso, o silêncio era opressor. A revelação que o governador de Vega XII fez, trouxe esperança para todo o Império. Desde que o Daniel se tornou imperador as reuniões do congresso, que sempre foram públicas e televisionadas, tinham os maiores índices de audiência jamais medidos na história. Daquela vez, não era exceção, ainda mais depois que os boatos haviam circulado livres. O Império do Sol praticamente estava parado, acompanhando o desenrolar dos acontecimentos e, quando o governador expôs as evidências, o povo rejubilava onde que que estivesse. Onde antes se chorava, agora havia festas.

– Qual a sua intenção, governador? - perguntou o primeiro-ministro, cauteloso. Ainda estava com a ameaça na lembrança e viu no festival o que o homem era capaz de fazer.

– Pretendo ir para lá – disse ele. – Primeiro eu pensei em levar apenas a Vega a Terra e a Jessy. Entretanto, após pensar, concluí que, se nó os detetamos, qualquer outro poderia fazer isso. Então, acredito que uma frota completa para apoio seria da maior importância.

Como o governador expusera, o argumento era até muito simples. O abalo foi tão intenso que deve ter sido sentido em toda aquela galáxia e nas vizinhas.

– Dada a situação atual, eu sei que a decisão pode ser tomada pelo imperador em exercício, mas gostaria que a maioria do congresso desse o seu aval. Afinal, estamos falando da nave capitânia e do nosso imperador.

― ☼ ―

Antes mesmo que o Daniel pudesse fazer ou dizer algo, os onze destroyers e as vinte naves auxiliares saíram da Dani. Dois destroyers posicionaram-se perto da nave onde o Daniel estava, enquanto a supernave reduzia a velocidade com o máximo de potência para se igualar aos novos amigos.

– O que o seu povo está fazendo? – perguntou Bnstok, sem entender.

– Querem me proteger, meu amigo – respondeu o imperador, tranquilizador.

– Mas essas naves são demasiado pequenas para combater os batiks! – exclamou ele, assustado. – Serão destruidos. O melhor é tentar fugir.

– Não da mais tempo de fugir – disse o imediato, calmo. – Eles saltaram perto demais para dar tempo de alterar a rota.

– Não se preocupe quanto às minhas naves – tranquilizou-o Daiel. – A nossa nave é dura na queda e eles precisam de muito mais do que isso para nos destruir, segundo a assinatura energética que possuem.

– Alcance em dez segundos – disse o navegador, sem dar ouvidos ao estrangeiro.

– Atirar assim que estiverem ao alcance e sem aviso – ordenou o comandante.

– Coronel – disse o Daniel ao comunicador. – Fogo à vontade que são inimigos perigosos.

– "Confirmado, senhor" – respondeu o gigante negro. – "Eles não oferecem grandes riscos para nós."

– Mas são mais do que esta gente pode engolir, então dêm apoio aos nossos novos amigos.

– "Compreendido, senhor"

Antes das naves inimigas chegarem ao alcance das armas do povo das estrelas, dez delas incharam de repente e explodem xom muita violência, sem explicação alguma. O couraçado solariano e os destroyers avançaram sobre eles com todas as armas de prontidão, exceto as unidades que ficaram a proteger o imperador.

Dezenas de aparelhos inimigos explodiam ao mesmo tempo que os raios térmicos de cinco metros de diâmetro e um milhão e meio de quilômetros de alcance faziam um estrago e tanto.

O Povo das Estrelas, sentindo-se acuado e vendo que os novos amigos eram poderosos, entraram na refrega e provaram que, apesar de pacíficos, eram donos de muita audácia e coragem. Um batik conseguiu atravessar as fileiras e atingiu uma das naves disco danificando-a de forma grave, mas as vinte naves auxiliares que ficavam a proteger o imperador e estavam perto, reagiram a tempo e destriram o invasor, impedindo que ele conseguisse completar o serviço.

Na ponte de comando do líder do Povo das Estrelas Daniel observava com atenção o combate. Quando viu o estado da nave avariada, ficou preocupado, em especial quanto um dos tripulantes na ponte disse:

– A nave de Berat está seriamente avariada e tem demasiados feridos no setor central. Solicitam auxílio imediato, Benstok.

– Dez naves auxiliares, Dani A I à Dani A X devem prestar ajuda imediata à nave avariada – Ordenou Daniel no seu comunicador, antecipando-se.

– "O senhor ficará desprotegido, Almirante – disse Nobuntu, preocupado".

– Não importa – disse o imperador, autoriatŕio. – E posso teleportar com uma bomba para dentro da primeira nave que se aproximar daqui. Ajudem-nos o quanto antes que há excesso de feridos. Lembrem-se de usar campos de contenção portáteis.

– "Confirmado, Almirante. A I até à A X, executar a ordem do almirante imediatamente."

– Não se preocupe com os seus amigos, Benstok – disse Daniel, virando-se para o comandante. – Mandei dez naves auiliares em socorre deles. Avisem-nos que vamos ajudar.

A luta não demorou muito mais tempo e, alguns minutos depois dez naves inimigas fugiram em uma carreira desabalada.

– Essas suas pequenas naves são a coisa mais mortífera que eu já vi – disse o comandante alienígena, impresionado. – Teríamos sido destruídos se não fossem vocês.

– A culpa é nossa – disse Daniel, gentil. – Se não tivéssemos aparecido aqui, nada teria acontecido. Sinto muito.

– De jeito nenhum – disse Benstok abanando a cabeça com força. – A minha preocupação é que eles voltarão com muitos reforços. Se seguirmos os parâmetros normais, virão com mil naves, mas. como eles viram a sua nave e o poder de fogo de vocês, deverão aparecer com um contingente gigantesco.

– Então sugiro que saiam daqui – comentou o jovem, preocupado com os novos amigos. – Nós precisaremos de ficar até consertarmos a nave.

– Sair de perto e deixar amigos desprotegidos é uma coisa que o Povo das Estrelas jamais faria ou fará. Vou mandar uma nave pedir ajuda. Afinal, nós temos as naves mais rápidas da galáxia.

– Obrigado, Benstok. Quanto tempo pensa que será necessário para eles voltarem?

– Cerca de um a dois dias. Estamos muito longe dos planetas centrais, mas as nossas naves chegam em menos de seis horas.

– Importa-se de me acompanhar à minha nave? – pediu Daniel, apontando o colosso espacial. – Vamos ver como vai a ajuda ao seu povo.

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