Capítulo 5 - parte 2 (não revisado)
O imperador apareceu no campo de pouso perto de onde capturou o axturr e olhou em volta. Notou logo um prédio lotado de robôs e achou que era um lugar perfeito para gerar a confusão e evitar mortes desnecessárias. Materializou-se lá dentro e viu que estava vazio. Escondeu a bomba, vendo que faltavam poucos minutos para detonar e pulou de volta para a nave. Todos já estavam acomodados em poltronas. Apesar de salvos, os prisioneiras não perdiam nada do que ocorria, até porque estavam impressionados com a nave solariana.
– Como está o espaço aqui em volta? – perguntou Daniel.
– Infernal, senhor, quero só ver a gente sair daqui.
– Vamos sair sim. – Daniel sorriu. Viu os companheiros chegando e entrando na nave. Falando em centuriano, por cortesia, continuou. – Põe o planador na tela principal.
– Sim, Almirante. – O piloto obedeceu e todos viram a imagem externa da montanha.
– É agora que vai...
Não terminou de falar e logo viram a montanha parecendo inchar, como se fosse explodir para todos os lados, mas, logo a seguir, encolheu e implodiu, formando uma cratera.
– Faz o planador apontar o porto. Temos trinta segundos.
O piloto obedeceu e eles notaram um movimento anormal de naves pousando e tropas correndo. A seguir, o armazém implodiu, mas, ao contrário da montanha, ocorreu logo a seguir uma explosão ensurdecedora porque era um paiol de armas e Daniel não se preocupara em ver o que havia dentro.
– Recolher o planador e decolagem de emergência – ordenou.
– Não concebo a ideia de como conseguiram chegar a este mundo – disse um dos lafitas salvos. – Mas a verdade é que nem faço ideia de como pretende passar pelo cordão de axturrs.
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Axturr era um planeta sitiado com naves para todos os lados e agora elas concentravam-se bem na região das explosões. O piloto estava preocupado porque a pequena nave auxiliar não teria chance contra um bombardeio maciço de axturrs. Ele só não estava apavorado porque confiava cegamente no seu imperador e sabia que a capacidade de manobra da navezinha extrapolava tudo o que os axturrs possuíam, imaginando que seria por aí que fugiriam. Em último caso, a Dani precisaria de intervir, mas mesmo a esfera gigantesca poderia ser abatida pela superioridade de forças.
Após a ordem do superior, as suas mãos começaram a se mover de forma automática. Ele seria capaz de manobrar aquela nave até dormindo, de tanto que treinou nos simuladores por mais de ano quando a Jessy ainda nem havia sido concluída.
O fraco zumbido dos reatores acompanhado de uma pequena trepidação foi tudo que que aconteceu quando ele deu potência máxima. A compensação aconteceu logo depois, voltando tudo ao normal. Em compensação, mal piscaram os olhos já estavam a uma altura considerável.
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O cientista axturr e um dos lafitas que estava em melhor estado que os companheiros, observavam a espaçonave e os preparativos. Ela era demasiado diferente dos padrões deles e quase nem tinha controles, mas, quando o piloto recebeu a ordem do almirante, a situação mudou e apareceram diversos dispositivos, todos virtuais e que respondiam ao menor movimento das mãos.
– Empuxo máximo – ordenou Daniel e os estrangeiros procuraram logo cintos de segurança, mas nada encontraram. Como não sentiram coisa alguma, voltaram a olhar para a tela e notaram que a nave disparava pelo túnel de pedra que era aquele vulcão. Em menos de dois segundos já se encontravam no ar, atravessando um enxame de naves que ia naquela direção.
Antes que os axturrs descobrissem algo, a nave já os tinha passado deixando um rastro de fogo com os jatopropulsores a plena potência. Eles bem que tentaram seguir a pequena esfera, mas já estava muito longe. Um alarme tocou e o piloto silenciou-o.
– O que foi? – perguntou Daniel que não acompanhava o que acontecia no controle correspondente.
– Nada demais, senhor – respondeu ele. – É que nesta aceleração estamos incendiando a atmosfera e gastando energia desnecessária. Há um tornado de fogo de proporções titânicas la fora.
Daniel deu uma risada e disse:
– É verdade. Agora imagina o que aconteceria se fosse a nave mão a fazer isso.
Os passageiros chegaram a engolir em seco.
– Senhor, detetei impulsos de rádio e acho que eles alertaram as naves do espaço.
– Ótimo; quantos mais melhor – disse o imperador. – Computador, abrir uma comunicação de superonda com a Dani. Piloto acione todos os campos de força. prepare o canhão de impulso com uma bomba de antimatéria de alta potência.
– Sim, Almirante.
A nave mãe respondeu na hora e todos ouviram a voz grave do comandante:
– Aqui fala a Dani, coronel Nobuntu. Precisam de ajuda?
– Ainda não Coronel – disse Daniel, sorrindo. – Por acaso a frota já chegou?
– Acabou de chegar e Vega mandou mais um couraçado, O Terra.
– Ótimo. O que tem ocorrido com a frota axturr?
– Senhor, cerca de metade dela saiu escoltando uma nave esféria – respondeu Nobuntu. – Achei muito estranho, mas não quis me afastar para investigar, então mandei os destroyers seguirem-nos e...
– Atacar e destruir imediatamente – disse Daniel, pela primeira vez mostrando algum nervosismo. – Destruam a nave esféria a qualquer custo. Usem a frota toda.
– Tarde demais, senhor – disse Nobuntu, olhando para o lado, como se lesse algo. – Eles entraram no hiperespaço. A a reentrada foi fora do alcance dos sensores.
– Recolher os destroyers – ordenou o almirante, tomando logo outra decisão. – A Dani aguarda por mim e o resto da frota mergulhar para Lafi no máximo empuxo possível. Piloto, dispare o canhão de impulsos.
A nave auxiliar estava a um milhão de quilômetros da frota, fora do alcance das armas do inimigo, mas o canhão de impulso tinha dez vezes esse alcance. Quando disparou, uma das naves começou a brilhar muito e a inchar, explodindo com uma violência absurda. Alguns milhares de naves próximas volatizaram junto.
– Pelos deuses da escuridão – exclamou o cientista axturr junto com um dos lafitas. – Quer raio de arma é essa?
Enquanto os passageiros olhavam aparvalhados para o poder destrutivo da pequena esfera, Daniel ordenou, sem responder:
– Mergulhar e emergir na Dani.
Mal a nave entrou no espaço intermediário, o axturr exclamou mais do que perguntou:
– Vocês não têm hiper saltos!
– Não, é muito lento – respondeu o piloto e Daniel sorriu de leve ao notar a expressão do convidado.
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