Capítulo 3 - parte 6 (não revisado)
Aterrizaram na Cybercomp, em uma área isolada e guardada, um pequeno ginásio. A alienígena olhou maravilhada para aquele complexo que mais parecia um parque enorme e seguiu o casal em direção ao ginásio. Ao verem quem era, os guardas relaxaram, mas não tiram os olhos das duas garotas, embora disfarçassem com a imperatriz.
Quando entraram, Srina ficou muito assustada ao se deparar com algumas centenas de tantorianos, inimigos milenares do seu povo, senhores esclavagistas.
– Eles são inofensivos, querida, vem. – Uma fêmea aproximou-se deles. – Olá. Mirtid, esta é Srina.
– Olá, Srina. Olá, Daniel, Daniela.
– Está tudo bem? – perguntou-lhe Daniela falando com delicadeza. – Como estão as novas "moças"?
– Já estão integradas e sentem-se muito felizes por estarem livres. Os "homens" estão tão dóceis e delicados! Agradecemos muito a vocês. – Virou-se para o amigo e disse. – Soubemos que o senhor é o imperador, agora. Parabéns.
– Obrigado. Em breve, o vosso novo mundo estará pronto para a colonização. Eu gostaria de tratar todos os tantorianos do vosso planeta, mas é impossível. Terão de recomeçar de novo, mas não se esqueçam nunca de que o modo como vocês educarem os vossos filhos é que determinará o futuro do seu povo.
– Já sabemos disso, Daniel, e o doutor Chang, tem-nos ajudado muito.
– Mirtid. Quantos escravos humanos há no vosso mundo?
– Em Tantor não há humanos, são proibidos.
– Srina, disseste que ias ser levada para Tantor.
– Eu presumi, Daniel.
– Mirtid, o que fazem com os escravos humanos?
– Levam-nos para trabalharem em alguma colônia.
– Em breve tudo estará acabado e vocês estarão livres, mas passarão a pertencer ao Império.
– Nada nos fará mais felizes, Daniel – respondeu. Após olhar para a moça que os acompanhava, perguntou. – De que mundo é a Srina?
– Ubrur.
– É um dos mundos mais antigos. Espero que sejam libertos. Não nos julguem pelo que os "homens" fazem. Nós amamos a paz e não temos nada contra os humanos.
– Obrigada, Mirtid, foi bom te conhecer. Agora eu vejo um lado diferente em vocês e fico feliz. Nós também amamos a paz. Por isso, não tínhamos como nos defendermos quando atacaram o nosso mundo.
– Tenho a certeza que Daniel irá ajudar.
– Eu irei, Mirtid, mas isso significará o fim do vosso planeta, pois os tantorianos nunca se rendem. Espero que vocês possam entender isso.
– Entendo, Daniel, e não fico triste com isso. O meu mundo está errado desde o início.
– Que bom, Mirtid. Nós vamos agora.
– Até mais, amigos – disse ela, estendendo as mãos. – Obrigada por tudo. Todas aqui estamos felizes.
Quando saíram, Srina disse:
– Ela nem parece tantoriana!
– Mas é. As fêmeas da raça deles são mais inteligentes, mas são subjugadas pela natureza. Os machos que viste ali foram tratados com uma droga. Serão inofensivos para o resto da vida deles. Agora, vou levar-te ao hospital onde te colocaremos em uma máquina que te vai ensinar umas coisas.
O trio caminhou pelos jardins até um prédio a cerca de trezentos metros do local onde estavam. Na entrada, estava escrito: "Administração". Daniel levou as moças para um elevador antigravitacional, que os deixou no subsolo. Impressionada, Srina notou uma sala de onde partiam vários corredores muito bem iluminados. Nas laterais deles havia esteiras rolantes e o centro servia para quem queria ir caminhando. O grupo foi para um corredor oblíquo onde estava indicado o caminho para o hospital de pesquisas. Passam por dezenas de pessoas que seguiam em todas as direções. Respeitosamente, cumprimentavam o imperador.
– Que fantástico – comentou a ubrurana. – Assim a superfície ficou livre para os parques e jardins!
– É exatamente essa a intenção. O meu bisavô, aquele do esquife, criou isto há mais de setecentos anos. E olha que ele tinha apenas treze anos. Depois, a cidade acabou adotando moldes similares. Apenas não há corredores subterrâneos nela.
– É, vocês sabem viver bem. Tenho inveja do vosso mundo. Talvez, se não tivéssemos abolido a tecnologia, hoje fôssemos assim.
– Ou ter-se-iam destruído uns aos outros, transformando o vosso planeta em um triste deserto radioativo – complementou a Daniela. – Provavelmente a vossa civilização não estava preparada. Poderiam, também, ter acabado com os vossos recursos naturais. Jamais saberão, mas, tirando os tantorianos, vocês tiveram um grande sucesso. Apenas quando a vossa conscientização se tornou uma realidade, vocês seguiram por outro caminho, nem por isso menos belo e altruísta.
– De qualquer forma, ajudaremos o teu povo a reconquistar a alta tecnologia sem agredir a natureza, não te preocupes com isso porque jamais abandonaremos um mundo irmão enquanto eu for vivo, Srina. – Daniel olhou para ela e a moça notou que ele falava com sinceridade.
– Obrigada, Daniel, estou muito feliz de vos ter conhecido.
– Chegamos. Amor, põe no programa de aprendizado da MIC os dados sobre o gene e, também a escrita da nossa língua. Senta-te aqui, Srina, relaxa e acabarás perdendo a consciência por algum tempo. Quando acordares, terás mais conhecimentos.
Ela sentou-se e Daniel ajeitou o capacete. Enquanto isso, a esposa manipulava os controles do computador.
– Está pronto, Dan, vou ligar. – Sem esperar resposta, a moça ligou o equipamento. Inicialmente, Srina sentiu um pequeno formigamento que se foi tornando cada vez mais intenso. Depois, perdeu a consciência.
Quando se recuperou, descobriu que sabia tudo sobre o gene. Sorriu e perguntou.
– Fiquei muito tempo dormindo?
– Duas horas – respondeu Daniel, sorrindo. – Agora sabes com exatidão como funciona o gene e podes ler a nossa escrita. Isso poderá ser útil no teu mundo.
– O que pode ser aprendido com essa máquina?
– Toda a nossa ciência, Srina. Bem, o dia está acabando. Vou deixar o planador aqui e vamos para casa. Que tal um jantar no meu restaurante favorito?
– Eu gosto dele, amor – disse Daniela. – Podemos ir já?
Ele pegou nas mãos delas e saltou direto para casa.
– Dani, arruma uma roupa bacana para ela. Vocês têm um corpo muito parecido, tanto que me enganaste e as tuas roupas devem servir com perfeição.
– "Ela é mais gordinha" – disse a Daniela, rindo. – "Tu mesmo disseste, mas devem servir."
– "Pode até ser, mas que é uma delícia, lá isso é. E não vejo uma única grama de gordura nela" – respondeu, rindo da careta dela.
– Vocês estão murmurando de novo.
– Coisas de marido e mulher – disse ele, sorrindo. – "Ela é telepata, Dani, só não sabe."
– "Será que conseguiríamos despertá-la?"
– "Não sei, mas vale a pena experimentar" – respondeu a Daniela, pensativa.
A imperatriz arrumou um vestido para a moça, que lhe caiu como uma luva. Quando ambas saíram de banho tomado, Daniel assobiou perante tanta beleza. A esposa estava com um vestido folgado, do tipo "tomara que caia", vermelho. A nova amiga, um vestido preto, justo e de alça nos ombros nus, com um decote de chamar a atenção a um defunto. Os seus cabelos dourados e ondulados, faziam um contraste bonito. Já Daniel vestia um conjunto oriental todo branco, leve e confortável como ele apreciava. Nas costas do quimono havia um desenho de um dragão negro.
– Vocês estão lindas demais – disse Daniel. Brincando, acrescentou. – Vão deixar o restaurante em êxtase. Ainda acabo arrumando confusão com alguém por causa disso.
– Deixa de tolices, Dan. – Daniela deu uma risada, feliz pelo elogio.
– Tu também és muito lindo, Daniel – comentou Srina, sorrindo bastante. – Estou muito contente de conhecer vocês.
– Bem, o meu carro só tem dois lugares e não gostaria de me teleportar porque não quero que todos saibam dos nossos dons. O que sugerem?
– Simples – disse a esposa. – A distância é curta, menos de dez minutos. Ela vai no meu colo.
– Combinado. Dirigirei devagar.
Daniel estacionou em um lugar não muito próximo e pouco frequentado para não chamar a atenção de ninguém. Quando entraram no restaurante o dono atendeu com a mesma cortesia de sempre, chamando-o, porém, pelo novo título:
– Alteza, é uma honra imensa tê-lo aqui.
– O senhor sabe que é o meu restaurante preferido, amigo. Não precisa de me chamar pelo meu título. Continuo sendo a mesma pessoa de sempre.
– Quem é esta bela moça? – perguntou. – Sua parente?
– Não – Daniel sorriu, decidido contar a verdade. – Ela é de outro planeta que não pertence ao Império. Foi salva, junto com o irmão, quando capturamos alguns tantorianos na última batalha. Fala português e, se quiser dizer algo, o nome dela é Srina.
Mudando do cantonês para o português, o homem continuou:
– Bem-vinda à minha casa, Srina. Espero que goste da nossa comida e do nosso planeta. Ouso dizer que é uma das mais belas mulheres que já estiveram aqui.
– Obrigada, senhor. Você também tem os olhos diferentes, como a Daniela, são parentes?
– Não – o proprietário sorriu, entendendo a ignorância da moça e explicou. – É que ambos somos chineses. Um povo que é originário de outro continente, só isso. Venham, eu vos levo para a vossa mesa.
Ao entrarem no salão do restaurante, que estava com menos gente do que o habitual, o povo levantou-se ao reconhecer Daniel, fazendo uma vênia e batendo palmas.
Sem jeito, Daniel agradeceu:
– Por favor, fiquem à vontade.
Pouco a pouco, os clientes voltaram à sua vida. O garçom veio, e Daniel pediu o rodízio chinês, um pedido caro onde os garçons serviam lentamente um pouco de cada iguaria do restaurante. Também serviram um vinho excelente. Embora o jovem não fosse dado a bebidas, aceitou. Srina adorou o vinho e a comida.
– O que são chineses, Daniel? – perguntou ela.
– O nosso planeta tem cinco continentes, ao contrário do teu mundo que só possui dois, e a nossa espécie tem pequenas diferenças. Hoje, predominam os caucasianos, que são como eu e tu, e os asiáticos, cuja pele é levemente amarelada e têm os olhos um pouco puxados, como a Dani e o dono do restaurante, mas há mais tipos. Antigamente, o mundo era separado em países e a China, era o maior país dos asiáticos depois da Rússia. A Daniela nasceu na China, que hoje é um estado da Terra.
– E todos vivem em harmonia?
– Nem sempre foi assim, mas agora vivemos. Eu estou casado com uma mulher asiática e temos bastante harmonia.
– As diferenças raciais dos nossos povos acabaram há muitos séculos, Srina – disse a Daniela, com um sorriso. – Vivemos em grande paz e harmonia, o que é uma benção.
– Que bom. No nosso mundo, somos todos iguais. A única diferença é a cor dos cabelos que mudam entre preto, castanho, dourado e, em casos muito raros, vermelho. Temos muito a aprender convosco.
– Acho que é exatamente o contrário, Srina. O teu mundo deve ser memso fascinante. Em breve iremos para lá e me mostrarás como é.
– Ficarei feliz em mostrar – respondeu, muito alegre por saber que iria rever a sua pátria, coisa que já julgava perdida até ser resgatada. A moça comeu bem e, sem estar acostumada com o vinho, ficou levemente tonta. Já Daniel e a esposa eram imunes ao álcool, cujo único efeito que fazia neles era relaxar ou aumentar um pouco a libido. Após o jantar, Daniel pagou a conta e despediram-se do dono, indo passear à beira da praia, coisa que ele adorava fazer. Abraçou a mulher e a Srina não se fez rogada, abraçando-se a ele do outro lado, que também a abraçou. Talvez tenha sido o vinho ou simplesmente outro motivo qualquer, mas nenhum deles rejeitou o contato físico. Continuaram caminhando tranquilos pela praia. Era um daqueles dias de fim de inverno cujo calor manifestava-se mais cedo e, às dez horas da noite, a temperatura era de maravilhosos vinte e três graus. O céu, muito estrelado e sem vento, era um convite a permanecerem na rua.
– Onde fica o meu mundo, Daniel – perguntou a garota, olhando para as estrelas.
– A tua constelação não está visível neste momento, mas Canopus, onde foste resgatada, fica ali naquele pontinho muito brilhante. – Ele apontou. Estamos a trezentos e dez anos-luz de lá.
– O céu é tão bonito! – disse a ubrurana. – Sempre gostei de olhar para ele, procurando imaginar como seriam outros mundos e agora estou aqui, em outro planeta tão belo e aconchegante.
– É sim. O meu sonho sempre foi explorá-lo, mas agora terei de esperar até entregar o meu cargo de imperador.
– Irás, meu amor, quando tudo acabar – afirmou a esposa. – E eu estarei lá contigo, para sempre.
– Eu espero. – Ele deu um suspiro e Daniela aconchegou-se a ele. Carinhoso, ele desceu a mão da cintura dela até à coxa, e a garota apertou-se mais a si.
– "Não suspires, anjo. Sabes que isso é temporário e temos pelo menos dois mil anos pela frente."
– "Eu sei. Este vinho me deu uma tentação danada, contigo tão apertada a mim!"
– "Não vais querer fazer isto aqui em público, não é?" – Ela mandou uma risada mental, apertando-o mais ainda. – "Já pensaste como ficaria a tua imagem, o imperador atracado a duas gurias na beira da praia, que rico escândalo!"
– "Eta tentação do capeta."
– Vocês estão murmurando de novo e eu quase consigo entender!
– Coisa de marido e mulher. – Ambos deram uma risada. Tentado, ele acariciou Srina, deslizando a mão pela cintura dela que achou o convite ótimo e também se apertou a ele ao ver que a Daniela não fez objeção.
– Eu queria ser capaz de fazer isso!
– Acho que és perfeitamente capaz. Vamos-te ensinar no momento adequado. Precisas de estar receptiva para isso.
Por mais meia hora eles passearam numa paz enorme. Havia muito poucas pessoas na rua a essa hora e, na penumbra da noite, ninguém via quem eram os três passeantes. A praia não tinha iluminação pública, sendo um lugar muito procurado por jovens casais para passear e namorar. As águas cristalinas e límpidas do Guaíba convidavam a um passeio à sua margem, molhando os pés descalços.
Há muitos séculos que não existia mais poluição na Terra, mas a capital era o maior exemplo do Império em limpeza e preocupação com o meio ambiente desde muito antes de se tornar a Cidade Jardim. Por duas ou três vezes, cruzaram-se com casais que caminhavam pela praia. Ninguém deu atenção ao trio, embora um ou outro olhassem para os três, por não serem apenas um simples casal, mas nem se preocuparam com isso. Só achavam que o sujeito era um felizardo. Na verdade, estavam bem ocupados consigo mesmos.
– Vamos para casa – disse Daniela. – Eu estou com um belo desejo irreprimível.
– Vamos sim. Saltamos direto para o carro. A rua onde o deixei é escura e não deve haver ninguém.
Srina estava meio tontinha, mas sentia-se muito bem, embora estivesse ardendo de desejos o que, nesse aspecto, não diferia da Daniela nem tão-pouco do Daniel. No carro, daquela vez foi a ubrurana que sentou no banco e Daniela no seu colo, ajeitando-se um pouco de lado. Daniel fechou a porta delas e sentou-se na direção. Maliciosa, Daniela pôs a perna esquerda sobre o colo dele, ficando mais confortável e sedutora. Ele sorriu para as moças e iniciou o trajeto para casa, que era curto. Daniel preferia ir devagar porque havia risco, já que as passageiras estavam em uma posição sem segurança. Embalada pelo movimento a esposa encostou-se no seu ombro e fechou os olhos, acariciando delicadamente a sua nuca. Poucos segundos depois, ela sentiu uma mão subindo pela sua perna, acariciando-a, e sentiu prazer no toque delicado do seu amor.
Srina, elétrica e estimulada pelo vinho e o passeio, sentiu a amiga relaxando e encostando-se. Ela era de outro mundo, com outros padrões. Quando um grupo se formava, eles davam-se carinho e atenção entre si. Ela jamais pensaria em fazer nada com uma mulher se estivessem apenas as duas porque isso não era a sua natureza e seria algo inaceitável na vida dela, mas ali estavam com o homem. O seu instinto dizia que a chinesa estava com uma vontade terrível, da mesma forma que ela e o amigo, mais uma prova da sua capacidade telepática embotada. Sem pensar duas vezes, com a mão direita, começou a acariciar a amiga. A outra mão acariciava Daniel na perna e ela voltou a sentir o desejo de ambos. Daniela deu-se conta da realidade e disse:
– "Dan, ela está-me alisando e eu estou louca para dormir contigo. E, pelo jeito, ela também."
– "Começaste isso, agora aguenta." – Mandou uma risada mental – "A decisão é tua, mas confesso que desejo uma reprise. De qualquer forma, ela morre no início."
Sentindo a vontade da esposa, Daniel beijou-a e, malicioso, baixou o seu vestido, perfeito para a ocasião. Srina não se fez de rogada e ajudou-o, entrando na brincadeira.
– Não acredito que estou pelada em um carro com o meu marido e uma alienígena tarada. Vocês vão-me deixar doida!
Daniel deu uma risada e acariciou ambas.
– "Baixa a barreira mental, Dani."
Quando parou, ele continuou a acariciá-las, bem sapeca e divertido.
– "Daniel, falta muito para chegarmos?" – perguntou Daniela, ofegante. – "Vocês estão acabando comigo..."
– "Acho que já chegamos" – respondeu a Srina, antes do Daniel. – "Estou queimando por dentro."
– "Estamos na garagem há uns dez minutos." – Ele sorriu em meio aos beijos. – "Vamos."
Transportou-as diretamente para o quarto.
– Dani – disse Daniel em cantonês. – Ela está pronta.
Mais tarde, a Srina disse:
– Não aguento mais.
– "Sem palavras, Srina, apenas pensa" – disse a Daniela.
– "Pensar?" – perguntou ela. – "Caramba, eu consegui! Nem me dei conta. Não são mais murmúrios! Agora eu entendo tudo o que vocês pensam!"
– "Bem, Srina, nós liberamos os nossos cérebros. Quando estiveres descansada, ensinamos-te a bloquear a tua mente e a transmitir mesmo bloqueada. Isso, só eu e a Dani sabemos fazer. Vai, dorme, pois não tens mais energia."
– "Agora vejo vocês de outra forma, entendo o vosso amor. Ele é lindo demais. Também entendo que isto termina aqui. Tenho pena por mim e alegria pela vossa felicidade. O que eu mais queria era ficar com vocês. Pena que os vossos costumes sejam tão diferentes."
– "Quando o teu mundo deixar de ter dez mulheres para cada homem, os vossos hábitos também mudarão. O vosso mundo vai mudar em breve, se quiserem. E serão livres."
– "Assim vejo, Daniela. Estou cansada. A vossa energia é demasiada para mim..." – Não terminou a frase porque adormeceu.
– "Finalmente a sós." – Daniel transmitiu, sorrindo para a esposa. – "Ela vai dormir muito."
– "Dizes como se não te tivesse agradado."
– "Antes pelo contrário, amei de paixão, mas tu és a razão do meu viver. Só que também estou no limiar da minha resistência, amor, mas ainda sobra mais um pouco só para nós os dois."
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