Capítulo 5 - parte 1 (não revisado)
Feliz, Daniela estava sentada na caverna ao lado do namorado. Deixava a cabeça caída sobre o ombro dele, exibindo um sorriso. Observava-o utilizando um pequeno computador portátil. Era um modelo que nunca vira antes, exceto durante os preparativos do dia anterior, um paralelipípedo que irradiava uma tela holográfica tridimensional e um teclado virtual. Por ter compartilhado com Daniel, sabia que aquele era o computador da Jéssica e que ele lhe dedicava um amor muito especial. Levantou o rosto, fez-lhe um carinho delicado e continuou acompanhando o seu projeto, embora nada entendesse.
– "O que é isso, amor?"
– "Umas ideias que tive para melhorar as nossas naves, princesa."
Ele terminou de fazer o projeto e acoplou o aparelho ao comunicador portátil de super-onda, enviando os dados para algum lugar. Depois, desligou o pequeno computador e virou-se para ela, abraçando-a e deitando-a no chão, enquanto a beijava.
– "As coisas estão perto do fim, deste capítulo, claro. Em breve, expulsaremos os lagartos daqui."
– "Que bom, amor" – respondeu a moça.
– "Vamos fazer mais uma pequena incursão na cidade? Eles não devem pensar que nos esquecemos ou fomos embora. Eu sinto-me mal em matar, mas não me deram escolha."
– "Eu sei, Dan, também já matei vários e não me alegro, mas faria tudo outra vez, se fosse necessário."
O casal sumiu da caverna e apareceu no hospital principal da cidade. De lá, orientaram-se, procurando uma patrulha.
– "Dan, está ficando chato fazer esses camaradas voarem. Que tal uma variante?"
– "Aceito sugestões, meu amor."
– "O teu dom de sugestão hipnótica."
– "Boa ideia. Vamos ver se funciona em alienígenas. Isso vai dar um estrago enorme!"
Com uma grande risada, ambos localizaram uma patrulha grande.
– "Dani, espera aqui que já volto."
Ele desapareceu, enquanto ela mantinha os invasores em baixo dos olhos. Ao fim de poucos minutos, voltou com as roupas de ninja e uma mochila.
– "Tenho de me aproximar deles, então é melhor estar protegido."
Ela sorriu e Daniel pôs a máscara, aparecendo no meio deles, que começaram a disparar sem parar.
Assustados, viram que as balas não faziam nada na aparição negra e trocaram para os lasers, com o mesmo resultado. Um campo energético, que ficava brilhante quando os raios o atingiam, tornava o estranho invencível. Ele não se mexia e observava os atacantes, sorrindo. Quando chegou à conclusão que era demais, concentrou-se e os tantorianos pararam de atirar.
– "Parem, eu vos ordeno" – disse o Daniel, com toda a potência do seu cérebro. – "Eu sou o vosso almirante."
Imediatamente os lagartos ficaram em posição ereta e levaram a mão esquerda fechada ao peito, a continência deles.
– "Vocês vão marchar agora mesmo para o espaçoporto e atacar os soldados que estão na minha nave porque eles se amotinaram..." – O rapaz deu mais algumas ordens.
– Sim, Almirante – gritaram os cem soldados, pondo-se a marchar para o espaçoporto em ritmo bastante acelerado.
― ☼ ―
Na Terra, Daniel pai acompanhava os testes finais da Jessy e a admiração que ele nutria pelo filho cresceu muito, ao ver o resultado do que criara. Ao lado do seu pai, passeavam pelos corredores da gigantesca nave de combate, tão grande que precisava de esteiras rolantes.
– O suprimento de armas está garantido, filho. O cargueiro em que vim trouxe as bombas atômicas que já estão no paiol. A nossa frota, em Vega, está num estágio bastante avançado – disse Daniel avô. – Semana que vem, esta belezinha vai voar para Terra-Nova.
– Estou preocupado com Dan, pai. Afinal, ele tem apenas dezesseis anos!
– Ora, Daniel – disse o pai, rindo – não te lembras do que fazias nessa idade? Não o meças como se ele fosse um Sapiens. Já é um homem adulto e completo há muito tempo.
– É, pai, mas sofreu um grande revés e temo por ele.
– Estás preocupado com a garota que está lá.
– Sim, estou, e muito – confessou o filho. – E se ela virar a cabeça dele?
– Tanto melhor. – Deu uma das suas famosas gargalhadas. – É isso mesmo que ele precisa, mas tenho a certeza de que não se apaixonaria por qualquer uma. Tem contato com ela desde antes de saber que era gente. O destino deles já estava traçado, filho. Nem o meu pai tinha tanto poder nessa idade, Daniel, e eles são um só. Lembra-te do que aconteceu no templo quando a Jéssica morreu. Essa é a prova irrefutável da reencarnação deles e até a minha mãe sabia que, quando ele renascesse, ia encontrar a Daniela da sua vida anterior. Assim foi planejado. Além disso, a tua mãe tem esse nome em homenagem a ela.
– E se ele sofrer outra perda, pai, estou certo de que não sobreviverá a isso!
– Se tiver de ser, será, mas não creio. Acho que o que aconteceu estava escrito para que ele estivesse livre ao ir encontrá-la. Eu sofri muito com a morte da Jéssica, pois via nela a minha mãe renascida, só que a felicidade dele deve estar em primeiro lugar.
– Bem, pai, vamos voltar para a realidade. Queres mesmo comandar esta nave?
– Mas claro, filho, sem falar que estou preparado para isso. Como vai a construção da frota?
– Temos cinco mil naves em construção na lua. O imperador cagou-se todo com esta invasão e deu-se conta de que estava do lado errado. Agora faz de tudo para nos ajudar. Mas ainda não o perdôo pelo que fez ao Dan.
– Nem eu, filho, nem eu. Daniel, manda duplicar o número de canhões desta nave. Ela é a nave capitânia, deverá ser a mais poderosa.
– Já fiz isso, pai.
Os comunicadores deles chamaram ao mesmo tempo.
– Mensagem de Terra-Nova – disse o computador. – Atenda o chamado.
– Computador, faz a ponte conosco.
– Olá, filho.
– Olá, pai, vô. – Daniel apareceu nas projeções holográficas tridimensionais, muito sorridente. – Como vão as coisas aí?
– Bem, meu neto, pareces muito feliz.
– E estou, vô, muito mesmo. Olhem, eu venho fazendo uns estudos e pensei em pôr um acréscimo nas naves. Não vai dar tempo de implementar na Jessy, mas ponham na frota. Enviei os planos para o computador da minha casa e vocês têm autorização de acesso irrestrito. Outra coisa, preciso da nave aqui antes de dez dias. As coisas estão quentes e já temos trezentos barcos invasores. Acho que a nave auxiliar dá conta, mas não seria má ideia ter a mãe por perto.
– Certo, Dan – disse o pai –, a Jessy voa em cinco dias, mas vai ser testada mais alguns.
– Ótimo, não entrem no sistema, fiquem camuflados. É fácil, façam uma órbita apertada em volta do sol. Os campos de força protegê-la-ão. Não se preocupem com a super-onda que eles não possuem esse meio de comunicação.
– Ok, e como vão os invasores?
– Começando a acreditar em fantasmas. Vocês não imaginam o estrago que dois teleportadores e telecinetas podem fazer.
– Dois!?
– Sim, pai, somos dois. – Ele sorriu, feliz. – Até ao próximo contado. Os cientistas estão a salvo na nave auxiliar. Infelizmente, dois morreram antes de eu chegar, mas já resgatei os corpos que também estão lá, congelados. Adeus.
– Adeus – responderam o pai e avô. – Paz, filho.
– Paz. – A imagem dele esmaeceu e o comunicador voltou a apresentar as horas como um simples relógio de pulso.
– Dois!? – O pai olhou para o avô, atônito.
– Sabes o grau da menina que foi para lá?
– Não!
– Apostas quanto, que é cem?
– Ora, pai, a probabilidade existe, mas é baixa demais!
– Computador: verifica nos arquivos centrais quantos graus cem existem.
– Há dois graus cem, senhor.
– Enumera-os.
– Daniel Moreira, nascido em onze de Março de dois mil oitocentos e três em Porto Alegre e Daniela Chang, nascida em onze de Março de dois mil oitocentos e três em Hong Kong.
– Obrigado. – Virando-se para o filho, sorridente, acrescentou com ar trocista. – É necessário falar algo, ou aquele olhar de pura alegria do meu neto que eu não via há mais de ano é prova suficiente?
– Tens razão, pai. Isso deixa-me aliviado por demais, mas ainda estou preocupado. Ele é um só, lutando contra um exército enorme.
– Mas que droga, Daniel, ele é o maior do Brancos. Eu posso, acabar facilmente com alguns milhares de homens, o que dirá o meu neto. Para com isso.
– Queria muito ter atua confiança, pai, sem falar que não és tu que dormes com a Alexa, que chora nos meus ombros todos os dias.
– Acho que vocês deviam repensar na confiança que têm em relação ao vosso filho.
– Confiamos, pai, mas o nosso amor nos dá uma grande preocupação.
– Chega. – O governador falou com a voz retumbante e um pouco mais alta porque estava ficando irritado. – Eu vou a Vega e volto em breve. Até mais.
– Adeus, pai.
― ☼ ―
No espaçoporto, um grupo bem grande de soldados cercava as naves que observavam ao longe um batalhão de cem companheiros marchando para a nave capitânia, coisa muito normal. Logo depois, espantadíssimos, viram esse grupo parar, erguer as armas e começar a atirar neles. Assustados, abrigaram-se às pressas, mas dez dos verdes nunca mais se levantariam. Sem saberem o que fazer, os soldados que protegiam a nave revidaram e uma verdadeira guerra fratricida teve início.
Em cima do telhado de um prédio, Daniel e a namorada assistiam tudo, sempre de mãos dadas e sorrindo.
– "Agora, vão mesmo acreditar em fantasmas" – disse a garota com uma risada.
– "Se vão, até porque em dez minutos a ordem perderá validade e vão-se esquecer de tudo, tal como eu lhes ordenei."
O tiroteio ficava cada vez mais acirrado e havia vários mortos dos dois lados. Sem explicação, os amotinados pararam de atirar e ficaram olhando uns para os outros, pasmos. Foram cercados pelos soldados da nave e presos, sem entenderem nada.
– Por que estão fazendo isso conosco? – perguntou o oficial, muito irritado. – O que vem a ser isto e quem nos trouxe da cidade para cá?
– O senhor vai dar explicações ao comandante, seu traidor.
– Eu traidor? Está maluco?
– "Vamos sacanear mais um pouco" – afirmou Daniel, que projetou uma ordem mental sobre o lagarto que falava com o oficial.
– Traidor sim... – Ele olhou em volta e gritou. – Vocês são todos traidores e cruéis. Os pobres humanos não têm culpa de nada. Viva os humanos e abaixo os tantorianos. – Berrou a plenos pulmões, atirando sobre os colegas.
O amotinado foi morto na mesma hora. Mal terminou de cair no chão, o corpo ergueu-se e começou a seguir os soldados. Ao verem o cadáver de pé, seguindo-os, perderam a compostura. Apavorados, descarregaram as armas no defunto, que agia como se estivesse bem vivo. A sua mão sacou da arma e atirou neles, errando propositalmente os alvos. Os valentes soldados, não aguentaram ver um cadáver de pé, atirando, e as coisas pioraram ainda mais quando todos os corpos caídos fizeram o mesmo. Dispararam sobre os mortos, sem sucesso, porque estes continuavam avançando.
Apavorados, fugiram em carreira desabalada, inclusive os pretensos traidores.
– "Agora, quero ver o comandante engolir essa" – disse o Daniel, rindo muito. A garota olhou para ele, sorrindo, e puxou o rosto dele para si, beijando-o carinhosamente. Ambos desapareceram dali para surgir em uma caverna à beira mar, no hemisfério norte.
– "Mas agora" – disse ela, acariciando-o. – "Teremos uma pausa só para nós."
– "E por que não?" – respondeu, rindo e agarrando a moça.
― ☼ ―
O comandante tantoriano estava transtornado. Não conseguia entender por que os seus soldados se amotinaram. À sua frente estava o oficial da tropa rebelde.
– Explique por que motivo atacou os seus companheiros.
– Eu!? – espantou-se ele. – Não ataquei ninguém, comandante.
– À não? – O comandante mostrou o vídeo da segurança ao espantado oficial. – Então, como explica isto?
– Comandante, eu nada sei. Juro que não me lembro de ter feito isso. E veja o que aquele sargento fez, logo depois. Isso só pode ser coisa dos demônios do homem de preto!
O comandante acreditou que o seu oficial de fato nada sabia e mandou-o embora, cada vez mais ressabiado. Mandou o ordenança lhe trazer um humano para interrogar.
Ele começou a acreditar que não deveria ter fuzilado o antecessor tão rápido. Enquanto pensava, olhou para o humano à sua frente. Eles eram diferentes das tribos humanas que conheciam, a maior parte delas bastante primitivas. Só havia duas civilizações humanas no setor estelar deles com tecnologia similar à tantoriana. Uma estava em guerra com eles e a outra, a Centúria, ficava quieta, mas ai da nave de Tantor que se aproximasse do sistema centuriano, pois era a destruição sumária. Eles tinham uma tecnologia infinitamente superior.
Já este planeta era algo de incompreensível. Tinham uma simplicidade tão grande quanto os planetas dos humanos primitivos que escravizaram. Eram pacíficos, não possuíam armas, mas detinham uma tecnologia muitíssimo avançada.
Fabricavam reatores nucleares que eram a maravilha das maravilhas, embora ele não visse indústrias desse tipo ali. E agora, esses outros humanos que apareciam matando com facilidade e de mãos nuas oitenta e quatro soldados de elite e, ainda por cima, sendo imunes às armas de fogo. E que lasers que eles usavam! Uma potência inigualável. O que será que eles eram? E por que se escondiam. A única explicação era que, apesar da tecnologia superior semelhante à centuriana, eles eram fracos... ou esperavam algo. Ou será que eram duas tribos diferentes? Interrogou o humano sem sucesso. Mais uma vez, ele disse que não conhecia aquelas armas. Dispensou o homem sem o tratar mal.
– Senhor, disse um ordenança. A patrulha retornou do hemisfério norte. O comandante está aguardando para lhe falar.
– Mande-o entrar.
Um tantoriano muito alto, quase dois metros e trinta, entrou na sala de comando. Bateu com a mão fechada no peito e informou:
– Almirante, vasculhamos tudo num raio de mil quilômetros e nem um sinal de vida. Os rebeldes evaporaram no ar. Tudo o que encontramos foi uma fogueira que deve ter sido abandonada há não muito tempo, destruída pela grande explosão que dizimou muitos dos nossos.
– Obrigado, Capitão, mande os seus homens descansarem.
Agora, ele tinha dois novos mistérios à sua frente. Primeiro, uma patrulha foi atacada de forma misteriosa, sem que conseguissem pegar os rebeldes. Depois, um guarda foi encontrado morto com o corpo esmagado. Isso até teria explicação, se não fosse o fato de que o prédio atrás de onde encontraram o corpo, estava com uma parede bastante danificada na forma exata do soldado, mas a nada menos de cinco metros de altura e nenhum humano teria força para fazer isso. Sem falar em tudo o resto. Tropas amotinadas, mortos que se levantavam e saíam atirando. Aquele mundo era maluco demais!
– Você preocupa-se em excesso, tantoriano. – Rápido como um raio, o assustado comandante sacou da arma e apontou para o humano que estava ali, mas ele disse. – Guarde essa arma, ela é inútil contra mim, já devia saber isso.
O comandante olhou para aquele ser surgido do nada na sua sala de comando. Notava que ele não era como os outros humanos, e parecia ser o mesmo sujeito do vídeo, embora tivesse extrema dificuldade em diferenciar um do outro. Vestia uma roupa muito semelhante à dos nativos daquele mundo, mas aparentava ser de qualidade bem superior. Pôs a arma no coldre e olhou para o intruso.
– É um fato que você não deveria ter fuzilado o comandante. Isso é muito feio, executar alguém sem um julgamento.
– Engana-se, humano, ele cometeu o mais hediondo crime que a nossa raça já viu. Há milhares de anos a nossa espécie quase foi extinta por causa disso. É óbvio que todos os machos querem mais. Mas, para isso, eles têm mais de uma fêmea. Depois de fertilizada, ele deve ir para outra, se ainda não está satisfeito. Pela nossa lei, temos a obrigação de matar quem fizer o que ele fez. É a lei.
– E agora vocês multiplicam-se de maneira indiscriminada e querem invadir outros planetas. Há milhares de mundos desabitados e eu conheço muitos deles. Por que vocês invadem sistemas habitados?
– Nós somos tantorianos. O trabalho de colonizar e gerar alimento não é digno de nós. Apenas os escravos humanos fazem isso.
– O povo deste mundo era livre, altivo, orgulhoso e feliz, até que vocês chegaram. O fato deles trabalharem na provisão de alimentos, não lhes reduz a dignidade.
– Este povo primitivo nada entende. Os humanos foram criados para serem nossos servos.
– Então, vocês acabaram de assinar a vossa sentença de morte. Eu vou dar uma última chance. Prestem atenção ao espaço em volta deste mundo. Em cinco horas, uma pequena nave auxiliar aparecerá. Se não se retirarem, destruirei dez das suas unidades. Preste bem atenção: eu farei isso com uma pequena nave auxiliar. Quando eu solicitar um cruzador de guerra, será demasiado tarde, entendeu?
Dizendo isso, para espanto do invasor, o humano desapareceu no ar como se nunca tivesse estado ali. Apavorado, o comandante deu-se conta que aquele ser não poderia ser do mesmo tipo do planeta invadido, senão já tinham sido dizimados há muito. Nem os centurianos tinham esse dom. Não que ele soubesse! Começou a ficar preocupado, mas nem pensava em se retirar, pois, se o fizesse, seria desgraçado para o resto da vida. A morte era preferível a isso.
Pôs-se a pensar em que lugar os rebeldes poderiam estar escondidos, já que o seu antecessor vasculhou a cidade toda e nunca encontrou.
Pegou em um mapa da região e observou atentamente. Após alguns minutos chamou um ordenança.
– Mostre-me neste mapa todos os alvos dos humanos e os movimentos das patrulhas.
– Senhor. Os alvos são aleatórios, mas sempre visando locais onde as patrulhas costumam ir. Quando o almirante descobriu as armas químicas no hospital e fuzilou as pessoas que lá estavam, os ataques reduziram muito. – Ele ia mostrando no mapa as respectivas regiões. – Isso até que apareceram esses outros humanos com armas diferentes.
– Mas o almirante não encontrou nenhum rebelde?
– Matamos alguns, mas nunca encontramos o esconderijo do grupo. As mortes aconteceram quase sempre durante atentados.
– E depois que esse outro grupo entrou no jogo?
– Nunca mais conseguimos encontrar rebeldes nem matar ninguém. Isso aconteceu quando os cientistas desapareceram do calabouço.
– E aqui? – apontou para a planície, perto da cidade.
– Trata-se de uma planície desabitada. Costumávamos patrulhar, no início, mas não há ninguém nela.
– Depois desta planície há uma cordilheira e, atrás, uma densa floresta. Há humanos lá?
– Sim, caçadores vivem na floresta. Uma patrulha encontrou dois, certa vez. Eles foram submissos e, apesar de terem entrado armados na cidade, pediram desculpas por não saberem que não era mais permitido. Juraram que não iam voltar armados para a cidade e deixamo-los em paz.
O comandante pensou bastante e dispensou o oficial. Depois, chamou outro e deu instruções.
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