Capítulo 4 - parte 3 (não revisado)

O comandante não estava nada satisfeito. Ele era o almirante de esquadra e acabara de receber uma mensagem exigindo que obtivesse resultados. Recebeu um reforço de trezentas naves de guerra das mais novas que construíram. Aquelas belezinhas tinham oitenta metros de comprimento por vinte de diâmetro. Eram as naves mais poderosas do Império e estavam virando a guerra nos confins dos seus domínios a favor dos tantorianos. Ele tinha os melhores soldados, mas nenhum resultado. Não conseguiu as coordenadas do planeta central por mais que tentasse, perdeu todos os prisioneiros de uma só vez e, para piorar as coisas, vinha sofrendo atentados misteriosos sem agarrar ninguém, como se os guerrilheiros sumissem no ar e os seus "homens" andavam nervosos porque eram um povo supersticioso. Embora os nativos não se rebelassem a não ser uns poucos, também não cooperavam, pois eram orgulhosos. Nisso, ele notou que não estava sozinho e virou-se de imediato para se deparar com um dos humanoides. Tinha dificuldade em reconhecê-los porque lhe pareciam todos iguais, mas poderia jurar que se tratava do diabo do planeta Terra, cheio de truques. Alguns pensavam que era um espírito demoníaco. Acompanhando-o, estava uma fêmea que o observava com calma.

– "Céus, como são feios estes estúpidos humanoides, especialmente as fêmeas com essas enormes bolas de carne na frente, abaixo dos ombros" – pensava ele, sem saber que o casal podia ler todos os seus pensamentos como um livro aberto. – "Pelos Deuses, gostaria muito de saber como não caem no chão ao andar, porque isso devia desequilibrá-las muito." – Após algum tempo observando o par, tentou sacar da arma de surpresa, mas não logrou conseguir.

– Sou eu mesmo, Almirante. Pelo que vejo, o senhor não seguiu o meu conselho.

– O que você pode fazer contra o meu exército ou a minha esquadra? – questionou o alienígena, apertando um botão oculto.

– "Dani, segura a porta, não deixes que se abra. Ele acionou o alarme."

– Para começar, o seu exército e nada, para mim, é a mesma coisa. Posso destruí-lo sozinho e com tanta facilidade que nem chega a dar graça. Agora diga-me uma coisa: acha que os seus homens poderão entrar aqui contra a minha vontade, seu amante de caudas?

Louco de fúria e soltando um chiado, o comandante atirou-se ao pescoço do jovem. Daniel esperou até estar ao alcance dele e desferiu-lhe uma pancada fortíssima, fazendo com que o almirante voasse de volta para o lado oposto da sala. O impacto com a parede provocou um estrondo e o almirante caiu no chão, atordoado e atônito.

– Não me confunda com os nativos deste mundo, lagarto. Você tem dez dias para abandonar o sistema. Depois, destruiremos a sua esquadra. Deixaremos apenas uma nave inteira para que voltem a Tantor e contem ao vosso ridículo império que não se mexe com a Terra nem com os seus protegidos. Estes humanos são nossos amigos, entendeu? – terminando a ameaça, afirmou. – "Voltemos, amor."

Ambos desapareceram no ar, em frente aos olhos esbugalhados do comandante. A porta abriu-se e entraram oito soldados de rompante.

– Por que não vieram mais rápido? – gritou-lhes, exasperado.

– Senhor, a porta não abria!

O casal reapareceu em um hangar. Dentro, havia alguns planadores e vários tantorianos. Um deles chiou aterrorizado quando um aparelho, sem ninguém dentro, começou a passear pelo local. Ergueu-se em silêncio por intermédio de forças fantasmagóricas que desconhecia, logo seguido por outro.

O casal simulou uma batalha aérea, fazendo os aparelhos colidirem entre si e dando rasantes sobre os técnicos do hangar, petrificados de susto. As navetas já estavam inutilizadas com o tratamento dispensado, mas continuam a sua dança macabra. Quando os dois cansaram da brincadeira, fizeram com que os planadores entrassem em uma rotação de alta velocidade e libertaram-nos, fazendo com que estes se despedaçassem nas paredes e destruindo mais alguns equipamentos. Saltaram para a cozinha onde vários tripulantes preparavam a refeição noturna. Muito assustado, um dos cozinheiros viu um panelão enorme e cheio de água fervendo elevar-se pelo ar e voar na sua direção. Tentou fugir da panela, mas ela, implacável, perseguiu-o sem dó nem piedade. Os seus chiados e o tom roxo da pele, atraíram a atenção dos outros, que olharam abismados o cozinheiro chefe fugindo de uma panela voadora. Incapaz de escapar e desesperado, ele agachou-se no chão a um canto, encolhendo-se todo. Já ia encomendando a alma ao criador quando a panela bateu com um estrondo enorme na parede e derramou toda a água fervente no chão, perto dele. Os outros, ainda abobados com a cena, desandaram a correr assustados quando as demais panelas começam a enlouquecer, saltando do fogão como se ele fosse uma catapulta e derramando tudo o que continham, o que fez alguns deles caírem uns tombos feios bem como se queimando porque o chão estava muito escorregadio e quente.

– "Vão ficar sem jantar e muito zangados, nossos queridos amiguinhos" – pensou Daniel, emitindo uma risada. – "Vamos, linda, vamos para 'casa' que tenho uma missão para o mestre Lee, mas antes vamos brincar com as sentinelas em volta da nave porque eles devem sentir que não existe local algum que seja seguro neste mundo. Segue-me."

Daniel saltou para o telhado de um prédio, o mesmo local onde matou o oficial e surrupiou a arma. Uma fileira enorme de soldados, perfilava-se em volta da nave.

Um deles, na ponta, começou a sentir algo estranho, como se estivesse leve. Olhou para baixo e descobriu que estava no ar, a cerca de trinta centímetros de altura e subindo mais, como um balão cheio de hélio. Sacudindo as curtas pernas, soltou um chiado alto e agudo, que chamou a atenção dos outros. Estes, ao verem o colega no ar, tentaram correr, mas notaram que estavam presos ao chão, sem conseguirem mexer um músculo sequer. Perplexos, viram o colega, que estava apavorado, voando bem à frente dos seus olhos, já esbugalhados por natureza. Daniel fez o coitado dar voltas esquisitas, deslizando entre os outros lagartos, ora de frente a um, ora de costas ao seguinte, como um carro entre uma fila de cones para, logo a seguir, subir muito alto num ângulo agudo. Quando está quase fora do alcance visual, mergulhou para o solo fazendo um parafuso assustador até chegar muito perto do chão, onde endireitou como um avião a jato do século XXI que recuperou o controle no último instante e passou a voar na horizontal, muito veloz.

Todos ouviram, inclusive o casal telecineta, um estrondo enorme e, do peito do soldado voador, um jorro de sangue verde começou a esguichar. Ele parou de se debater, morrendo no mesmo ato.

Um oficial tinha pegado na pistola e disparado sobre o pobre subordinado voador, julgando que, matando-o, expulsaria o demônio de dentro de si, embora sem sucesso algum. Zangado com essa barbárie, Daniel fez uma curva apertada e obrigou o corpo do lagarto a acelerar de gora absurda. Quando estava suficientemente longe, fez o morto dar mais uma curva e mirou sobre o assassino, que viu o cadáver se aproximando com uma velocidade alucinante, embora nada pudesse fazer porque estava preso pela Daniela. Os dois chocaram-se e, com o som de ossos quebrando, o oficial morreu, mas, ao contrário do pobre soldado, isso aconteceu devagar e em grande agonia.

Daniela soltou os soldados e o par ergueu dois deles, que começaram a dançar uma valsa a três metros do chão. Isso foi demais para os outros inimigos que, ao se verem soltos, saíram em debandada em meio a silvos agudos, mortos de medo e com o couro muito roxo.

Os dois saltaram para a caverna.

– "Por que o chamaste de amante de caudas?" – Ela ainda se ria do tremendo susto que meteram no invasor, mas Daniel estava sério e chateado por ter morto o oficial.

– "O sistema reprodutor deles, é peculiar. São ovíparos e as fêmeas entram em ovulação uma vez por ano, quando põem, em média, uma dezena de ovos por vez. A fêmea tem uma vagina dupla. Um orifício pequeno, recebe o pênis do macho e o grande, expele os ovos fertilizados. Elas têm uma cauda de cerca de cinquenta centímetros, que se dobra para a frente cobrindo o sexo. Quando a fêmea está pronta, deita-se e tira a cauda da frente. O macho, tem um pênis pequeno, semelhante ao humano, embora menor e ovalar, quase como um estilete que introduz na vagina da fêmea. Ela, dobra a cauda, que também insere em uma espécie de vagina que o macho possui logo abaixo do ânus. Ela vai estimular esse órgão do macho até ele ter um espasmo e ejacular uma pequena quantidade de sêmen. Esse espasmo provoca um orgasmo na fêmea, que acelera a estimulação, provocando novo espasmo no macho e assim sucessivamente, até que ela tenha recebido todo o sêmen que necessita. Nessa hora, para de estimular e começa a expelir os ovos no ninho."

– "Caramba, como sabes disso?"

– "Li na mente dele e andei fazendo pequenas observações. Cada um deles traz uma ou duas mulheres nestas incursões, os oficiais, claro. Bem, alguns exigem que as fêmeas continuem a estimulá-los. Elas não podem porque ao fim de algum tempo os ovos rebentam, mas eles não querem nem saber, são viciados em cauda. Essa é a maior ofensa que se pode dizer a um macho da espécie deles. Eles, obrigam as fêmeas a copularem até quando não precisam mais. Com a pressão sobre o ventre, os ovos estouram. Para forçá-las, pressionam uma região do pescoço delas que faz com que não consigam parar de os estimular a não ser quando perdem as forças. Existem fêmeas especializadas nisso, o equivalente a prostitutas. O nosso amiguinho batráquio chefe é fã de carteirinha e eu filmei uma sacanagem dele. Quero ver quando isso for visto num telão. Ainda não sei como, mas ele vai pagar. Matou o ordenança por acidente quando atirou em mim. Depois, tomou a fêmea dele que, segundo as suas leis, é legal. Ela estava no período de ovulação e ele obrigou-a a passar do ponto, perdendo todos os ovos."

– "Que cruel e estranho. Mas, caramba, sexo só uma vez por ano não tá com nada."

– "Concordo." – Ele riu. – "Eu andei estudando discretamente os sistemas da nave deles. Com a Jessy A I, posso invadir os sistemas de vídeo. Quero ver o que vai acontecer."

Na caverna, todos os rebeldes estavam sentados no chão, discutindo a situação. Daniel apareceu e pediu para o mestre Lee reunir os vinte melhores atiradores, munindo-os com armas térmicas e mochilas energéticas.

– Senhores, vamos promover um verdadeiro bang-bang à moda do século XVIII. – Lee sorriu porque entendeu o objetivo do seu pupilo. Daniel ligou o seu computador portátil e, na tela, desenhou o espaçoporto com uma precisão razoável. Mostrou a imagem para eles. – Aqui, temos uma reprodução aproximada do espaçoporto. Como podem ver neste retângulo de três mil por mil e quinhentos metros, as naves estão próximas aos edifícios da administração. Distam uma da outra cerca de duzentos metros e, guardando-as, há uns dois mil verdes. No extremo oposto, estão os silos de armazenagem de alimentos, centenas deles ao longo dos três mil e quinhentos metros de pista. Nós vamo-nos separar em quatro grupos de cinco elementos cada. O mestre Lee escolherá os líderes de cada um. Eu e Daniela seremos uma força à parte para o segundo estrago. Cada grupo, denominado de um a quatro, irá posicionar-se em lugares-chave, aqui, aqui, aqui e aqui. – Ele apontou construções e silos para se esconderem. – Ao meu comando, vocês começarão a atirar e provocar pânico. Devem assustá-los e forçá-los a entrar em combate, mas não mantenham uma posição fixa. Apenas o movimento constante poderá nos proteger de uma superioridade numérica tão elevada. Lembrem-se que os campos de força das mochilas energéticas têm um limite de capacidade. Não sei se vinte ou mais tiros simultâneos não os sobrecarregariam e os desligariam porque não pude testar a potência, embora acredite que seja muito maior. Entretanto, não custa ser precavido. Vejam que há dois grupos de planadores ao lado da segunda nave, cerca de cem unidades e, junto à primeira, uns dez ou doze. Se algum grupo chegar aos planadores, deve ser abatido, mas quero que os planadores do lado da primeira nave não cheguem a receber tripulantes. Esses, eu vou usar para os meus propósitos. A ideia não é matar e sim espalhar o terror, mas tenham em mente que, se for necessário, eles devem ser mortos. Por mais que eu deteste isso, eles são o invasor e são por demais cruéis, entenderam? Perguntas?

– Qual a ideia disto? – perguntou Chien. – Eu, por mim, matava-os logo.

– A ideia é eles pensarem que estão sendo assediados por uma potência superior de modo a não deitarem a sua ira nos nativos. Se matarmos de forma indiscriminada, corremos um sério risco. Não se esqueçam que são mais de noventa mil. Além disso, as armas que vamos usar não são deste mundo e eles já sabem disso.

– Entendo, mestre Daniel. – Desde que soube que ele era um Dragão Branco, tratava-o pelo título.

– Mestre Lee, separe os grupos e vamos ao trabalho. Dani, põe esta mochila.

– E tu, amor?

– Não há mais mochilas e eu posso me teleportar muito rápido porque tenho mais de dez anos de treino. Estarei protegido, mas tu corres riscos.

Os grupos saíram voando, exceto Daniel e a namorada, que se transportaram para o alto de um silo e aguardam a equipe de rebeldes. Estes chegaram e posicionaram-se.

– "Agora. Grupo um, ataquem os lagartos, mirando nos pés deles." – Daniel dava as ordens usando telepatia, por ser bem mais rápido. – "Grupo dois, protejam os planadores que eu não quero que usem. Isolem-nos a qualquer preço; grupo três, atentos aos que vão para os outros planadores. Grupo quatro, apoio na confusão, especialmente ao grupo dois e, em segundo lugar, o três."

Com as suas capacidades extrassensoriais, Daniel recebeu a confirmação dos grupos e preparou-se para a ação.

― ☼ ―

Os soldados estavam demasiado nervosos, parados em fila à frente das duas naves. Sentiam-se mais tranquilos porque receberam um grande reforço, mas aquele mundo era assustador, cheio de coisas estranhas acontecendo. Ainda se lembravam muito bem dos horrores que presenciaram durante a tarde e estavam apavorados. Os tantorianos não eram covardes, antes pelo contrário, e seriam capazes de lutar com as mãos nuas até contra um monstro, mas fantasmas não estavam incluídos nessa categoria. A maior parte queria retirar-se dali porque em nenhum outro mundo humano depararam-se com algo tão aterrador. A questão era que ninguém era louco de dizer isso ao almirante porque seria fuzilado como desertor.

Um deles deu um passo para o lado e um raio energético apareceu aos seus pés. Como que fosse um sinal, vários raios atacaram-nos, mas sem os atingirem. Os soldados lançaram-se ao chão e começam a atirar em todas as direções de onde provinham as luzes. Entretanto, os tiros chegavam sempre tarde porque os alvos moviam-se sem parar, de acordo com a orientação recebida. Por outro lado, os campos de força protegiam os rebeldes de tal forma que nem precisariam de se preocupar muito.

– "Grupo um, reposicionar. Atenção grupo dois, alvo indo aos planadores, se for necessário matar, façam-no."

Vinte lagartos correram contra os planadores quando uma barreira de fogo os impediu. Eles atiraram-se para o lado e ainda assim tentaram seguir rastejando para as navetas. Os rebeldes passaram a atirar para matar. O grupo quatro iniciou a sua ação sob a liderança do Chien. Ele tinha ali os melhores atiradores dos rebeldes, especialmente porque estava mais longe do que os outros, a quase mil metros. Lado a lado, o casal em cima de um silo enorme observava o atentado.

– "Dani, salta para junto do Chien e dá apoio para eles que são os melhores."

– "Eu sei, amor, ele foi o meu mestre em muitas coisas. É uma pessoa sensacional." – Ela mandou um beijo e desapareceu do lado dele para reaparecer ao junto aos rebeldes.

Chien, nesse momento, viu um soldado mirando para um companheiro de outro grupo. Ele esquecera que estavam com campos de força e assustou-se. Para manter as ordens de não matar sempre que possível, atirou na arma do tantoriano. Tinha uma mira tão perfeita, que o raio acertou a pistola, que se queimou, começando a disparar sem parar. Assustado o lagarto largou a arma que caiu no chão atirando para todos os lados e movendo-se por força do recuo. Os que estavam perto começaram a pular feito uns loucos para fugirem dos tiros. Gostando da tática, Chien repetiu em outro ¨homem".

O tiroteio estava bem intenso, mas apenas por parte dos soldados invasores, que preferiam usar as pistolas tradicionais que davam um senhor estrondo ao atirar. As armas dos rebeldes eram quase silenciosas. No meio da refrega, Daniel começou a ouvir um pequeno chiado. Os outros, com os campos de força, nada escutavam porque reduziam um pouco as ondas sonoras. Ele olhou e viu uma arma laser ser ativada na nave.

– "Atenção grupo quatro" – emitiu, assustado já que a sua Daniela estava lá, no meio deles, – "A nave está-se preparando para atir..."

Um laser forte, de uns dez centímetros de diâmetro, atingiu o prédio ao lado de onde se escondiam e a equipe do grupo quatro correu para salvar a vida, enquanto parte do prédio desmoronava. Mal a nave começou a corrigir a mira, Chien parou no meio da corrida, apontou e atingiu o canhão energético inimigo com um raio certeiro que o derreteu no ato. Espantado, Daniel acompanhou a ação daquele homem destemido e passou a ter um grande respeito por ele.

– "Chien, belo tiro, o senhor deve ser um dos melhores atiradores do Império. Dani, agora somos nós. Vamos pegar os escombros do prédio e bombardear a nave, deixando um pouco para os lagartos. Chien, proteja a Daniela enquanto ela se concentra."

Daniel não esperava uma reposta porque ouvia a mente deles. Sem aviso, os escombros do prédio começaram a flutuar, em fila indiana, e foram-se dirigindo para as naves, subindo a uma altura superior a duzentos metros. O tiroteio era cada vez mais intenso e os rebeldes estavam com clara vantagem, enquanto os lagartos mantinham-se abaixados, atirando a esmo e sem parar. Até ao momento, não aconteceu nenhuma baixa entre os humanos, enquanto o inimigo teve vários dos seus tombados, mais de cem, apesar de todas as tentativas do Daniel em minimizar as baixas. Trinta planadores conseguiram levantar voo e foram derrubados sem dó nem piedade, explodindo perto dos colegas, o que rendeu mais pânico e gerou mortes adicionais. Quando olharam para cima, viram algo que para eles passava da conta: uma fila de escombros deslizava sobre o grupo. Desesperados, saíram correndo e atirando no entulho, que continuava o seu caminho, despencando em meio a ao batalhão e à nave, provocando danos para todos os lados. Os tiros foram reduzindo porque os rebeldes retiravam-se aos poucos, desaparecendo na noite e aguardando no ponto de encontro, no extremo mais afastado do espaçoporto.

Quando não eram mais atacados, os soldados respiraram aliviados e observaram dez planadores alçarem voo, saindo em formação cerrada para atacarem os rebeldes que se retiravam. Um deles, porém, descobriu que não havia um único piloto nas naves, dando o alerta.

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