AERION


Ele suspirou ao observar seu segundo neto. O olhar aterrorizado e nervoso de sua filha, o conformismo omisso de Laenor e a tensão não declarada da sala de parto.

Ele não pode fazer nada. Embora quisesse gritar de frustração e gritar com sua filha, simplesmente não poderia.

Viserys poderia ver a luta de sua filha, ela claramente estava tentando, tendo engravidado rapidamente após o seu quarta lua após a perda de Aenys. Porém, não estava tentando o certo.

Desejava soltar sua frustração. Ele estava tentando os salvar, sera que ninguém poderia ver? Ninguém poderia ajudar?

Pelos Sete Infernos, todos pareciam determinados a fazer exatamente o contrário. Até mesmo sua própria filha!

Se seu cabelo fosse um ou dois tons mais escuros, poderia se passar pela herança Baratheon. Se sua pele talvez não fosse um tom tão claramente... Normal, poderia se passar pela mistura entre o tom escuro de Laenor e o tom único e alabastro de sua filha. Mas não.

Aerion era... Comum.

Cabelos castanhos cacheados e pele clara, mas não o suficiente. Seus olhos eram de um castanho claro e era grande e _forte_ de mais para um bebê recém-nascido.

Ele era saudável, todos declararam isso, e era perceptível por sua constituição robusta. E por isso ele deveria ter cuidado.

Embora quisesse, nunca poderia negar a sua filha o direito de bar um ovo ao seu neto. Por mais que sua ilegitimidade fosse clara.

E ele precisou agir.

Não era incomum um ovo virar pedra, e Viserys implorou aos Deuses para que este virasse.

Mas não. E Viserys não poderia saber se tia de alegria pelos Deuses claramente favorecerem sua filha e seu filho a mais do que seus próprios filhos mais novos, ou gritava por um bastardo conseguir chocar um dragão.

Ainda assim lhe serviu.

O rei havia passado a observar e andar pelas passagens ocultas durante a noite. Embora a perda de sono pudessem lhe afetar, a garantia da permanecia viva de sua casa era muito mais importante.

E ele se sentiu imensurável satisfeito por estar próximo do berçário para ser o primeiro a perceber a situação.

Com cuidado para não alertar sua presença, saiu da passagem, olhando entre seu filho mais novo, seu quarto filho, Daeron, e o bebê de sua filha, Aerion, e quando o dragão emergiu, em uma mistura de cores vermelha e dourado, ele não pensou muito.

A história que se ouviu foi que o dragão do Príncipe Daeron nasceu, mas diferente do costume, o nascimento do dragão não foi comemorado, pois o mesmo parecia raivoso e incontrolável, e acabou por atacar o seu companheiro e o único outro bebê do berçário, o herdeiro da herdeira.

Ambos não resistiram aos ferimentos e mutilações grotescas e horríveis feitas pelo dragão.

Por ordem da rainha o dragão foi sacrificado. E embora Viserys gostasse de preservar o símbolo de sua casa, um filhote sem vínculo perto de seu segundo filho não parecia certo, e ele aceitou a sugestão de sua esposa.

Também não era como se sua filha estivesse contra naquele momento, enlutada demais para ao mesmo sair da cama.

Daeron Targaryen e Aerion Velaryon receberam velórios gloriosos, pela vida que nunca poderiam ter tido, e embora tivesse quase que obrigado aos Velaryon a assumir o enterro do seu neto, ele não estava compelido a sentir-se mal por isso, não depois do que descobriu. Na verdade, ele sentiu um prazer mesquinho ao obriga-los a honrar e enterrar, em suas tradições, um bastardo Targaryen.

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