37 - New flame

37
Any Gabrielly
New York, NY

Tiro meus sapatos de salto dos meus pés, Chris pega da minha mão para carregá-los e sua mão livre entrelaça na minha para voltar a me puxar. Nossas risadas ecoam pela rua enquanto corremos em direção ao carro.

Chris solta meus saltos no chão e me empurra para o carro, me imprensando ali antes de me beijar. Céus, o beijo dele é tão bom que eu acho meio impossível eu me cansar. O som do carro sendo destravado me assusta e eu acabo mordendo a sua língua sem querer, me afastando logo em seguida. Chris solta um gemido baixo e dá risada da situação, fazendo minhas bochechas aquecerem.

- Espero que você não faça isso durante o boquete. - Ele murmura contra os meus lábios, fazendo o nervosismo crescer dentro de mim.

Boquete? Eu perdi a minha virgindade com o Noah mas nunca fiz um boquete em toda minha vida. Do jeito que as coisas acontecem comigo, é bem capaz de eu machucá-lo.

- Relaxa, Any. - Chris nota a minha tensão.

Ele abre a porta de trás do carro e eu entro primeiro, com ele entrando logo depois. Chris me puxa pelas minhas coxas para me sentar em seu colo, o meu vestido sobe e fica embolado na minha cintura, deixando toda minha calcinha exposta. Passo minha mão em sua ereção sobre a calça e logo depois entro com ela embaixo da sua camisa, sentindo o seu abdômen definido.

Puxo a sua camisa para fora do seu corpo, podendo apreciar suas tatuagens e o seu bom físico. As mãos de Chris ficam em minha bunda e ele crava seus dedos na minha pele, me fazendo arfar. Suas mãos encontram o caminho até os meus seios, os apertando com força sobre o vestido.

- Chris - Minha voz não passa de murmúrios arrastados. - E se alguém ver? - Olho através da janela um pouco embaçada.

O carro está estacionado na rua de trás da boate, o movimento aqui não é tão grande mas sempre é bom deixar o lado racional em alerta.

- Ninguém vai ver. - Ele garante. - Só relaxa.

Ele puxa o meu vestido para cima, tirando do meu corpo e me deixando apenas de calcinha por não ter colocado um sutiã. Chris se inclina para abocanhar meu seio direito, um gemido sôfrego escapa de mim ao sentir a sua língua entrando em contato com a minha pele. Não posso evitar começar a rebolar em seu colo, e mesmo com a sua calça nos atrapalhando ainda eu posso sentir a sua ereção.

O pouco espaço dentro do carro não é um empecilho para nós dois. Me deito no banco com a cabeça apoiada na porta quando Chris finalmente se livra da sua calça jeans, ele se ajeita no espaço e se posiciona no meio das minhas pernas. Ele pega uma camisinha dentro da sua carteira e coloca-a em seu membro. Arfo ao sentir sua mão me acariciar, não me sinto envergonhada observando a forma como ele olha para a minha intimidade com um sorriso brincando em seus lábios antes de empurrar um dedo para dentro de mim. Mexo meus quadris querendo mais contato.

- Chris. - Gemo arrastado, sem condições de formar um pedido coerente mas ele entende o que eu quero.

Seu dedo me abandona, eu não tenho tempo de sentir o vazio pois em questão de segundos o seu membro está sendo empurrado para dentro de mim. Nós soltamos um gemido ao mesmo tempo quando ele está dentro de mim por completo. Minhas unhas fazem um estrago no estofado do carro a medida que suas estocadas ficam mais precisas, a temperatura dentro do carro aumentou drasticamente. Chris deita seu corpo sobre o meu sem deixar de movimentar o quadril, seus lábios procuram pelo meu pescoço, passando a sua língua quente e chupando o local logo em seguida.

Substituo o estofado pelas suas costas para passar minhas unhas, ouvindo o gemido abafado de Chris. É como se nada existisse do lado de fora do carro, o mundo está silenciado para nós dois e os únicos sons que podemos ouvir são os nossos gemidos, a respiração pesada e o som produzido pelos nossos corpos se chocando.

Meus gemidos se tornam mais altos quando ele aumenta a velocidade em que entra e sai de dentro de mim, Chris inicia um beijo para abafar os nossos gemidos. Seguro seu cabelo com força ao sentir meu corpo estremecer, ele separa nossos lábios mas mantém nossas testas encostadas. Eu relaxo completamente, liberando meu líquido com um último gemido arrastado e Chris se desfaz na camisinha.

Nós ficamos algum tempo parados tentando normalizar nossas respirações pesadas, os vidros do carro estão completamente embaçados agora. Chris sai de dentro de mim e eu resmungo, o que o faz rir. Ele se livra da camisinha antes de colocar a sua cueca e eu me ajeito no banco, ficando sentada.

- Merda. - Chris pragueja ao conseguir ver alguma coisa através da janela.

Olho na mesma direção e vejo uma fraca luz azul e vermelha, meus olhos se arregalam e eu volto a olhar para Chris esperando uma solução. O som de batidas na janela me faz paralisar.

- Se veste. - Ele me dá o meu vestido e eu me apresso em colocá-lo.

Chris abre a janela mesmo que contrariado, vendo um policial de braços cruzados ali.

- Sim? - O seu jeito debochado de se dirigir ao policial me lembrou do rapaz de olhos verdes.

- Vocês estão cientes de que relações sexuais dentro de um veículo no meio da rua é atentado ao pudor? - O policial permanece sério.

- Cara, nós só... - Ele é interrompido.

- Guarde suas explicações para quando chegarmos até a delegacia. Desçam do carro devidamente vestidos e me acompanhem. - O cara se afasta.

- Oh meu Deus - Murmuro. - Eu não posso ir para uma delegacia ganhar um boletim de ocorrência por estar transando em um carro. Eu sou menor de idade, eles vão chamar a minha mãe e eu estarei oficialmente morta.

- Não posso deixar você morrer antes de repetirmos a dose. - Chris não deixa seu sorriso sacana de lado enquanto sobe sua calça jeans. - Não vamos precisar ir para lugar nenhum. Eu cuido disso.

Ele se inclina e sela nossos lábios antes de sair do carro colocando a sua camisa.

Por um segundo imagens de como seria minha mãe chegando em uma delegacia para me buscar porque acabei sendo detida por atentado ao pudor invadem a minha mente. Poderia rir disso mais tarde com Josh mas agora não porque os riscos ainda estão aí. Pra minha mãe eu ainda sou virgem e me manterei assim até depois do casamento.

Ajeito o vestido em meu corpo antes de passar para o banco da frente, no lugar do carona. Observo Chris pelo vidro do carro, ele dialoga com o policial e tem uma expressão de tédio. Eu não sei como ele consegue aparentar tanta indiferença, se eu tivesse a bagagem de crimes que ele carrega nas costas eu já estaria ajoelhada diante do policial pedindo perdão e entrando em desespero.

Vejo Chris tirar da sua carteira algumas notas de dinheiro, o policial parece ofendido no início mas isso logo passa quando Chris acrescenta mais algumas notas. Rolo os olhos para a cena. O policial aperta a mão de Chris em um cumprimento antes de entrar na sua viatura, acelerando para longe dali e me trazendo um certo alívio.

Chris entra no carro ocupando o lugar do motorista com um sorriso convencido no rosto e uma sobrancelha arqueada como se estivesse esperando elogios e venerações. Céus, isso soa tão Noah.

- Isso é uma coisa que eu aprendi quando era só um pivete: todo mundo tem o seu preço.

- Por um momento eu pensei que além de estarmos na delegacia por atentado ao pudor, estaríamos também por tentativa de suborno.

- Me senti ofendido por você não ter confiado no meu dom de persuasão. - Ele faz uma falsa expressão ofendida. Empurro o seu ombro em brincadeira e ele ri nasalado. - Tudo bem, agora nós vamos para a minha casa. - Chris diz, se apoiando no console do carro e eu nego com a cabeça rapidamente.

- Você está louco? Eu não posso ir para a sua casa. - Recuso. - Você está morando na mansão de Noah e ele me mataria se me visse com você.

- Não me diga que vocês tem mesmo alguma coisa e eu acabei de colaborar para enfeitar a cabeça dele com um par de chifres?

- Nós não temos nada! - Garanto, me arrependendo segundos depois por minha voz ter saído um pouco ríspida.

- Então qual é o problema de irmos para a mansão? - Chris segura o meu queixo para me fazer olhar para ele. - Não me diga que você sente medo do Noah.

- Não é isso, é só que... Argh. Tenho medo de ele me machucar de novo se me ver com outra pessoa. - Gaguejo.

Chris franze as sobrancelhas, parecendo um pouco confuso.

Não sei o quanto ele sabe sobre Noah e eu. Ele chegou na cidade há pouco tempo para se juntar ao Noah e eu não sei as informações que ele tem.

- Você não precisa se preocupar quanto a isso, Noah não irá machucar você. Eu garanto.

- Mas...

- Vamos lá, Any. - Ele me interrompe. - Não seria justo você ir embora agora e me deixar pensando em você sem te ter por perto.

Demoro um pouco em meus pensamentos mas acabo assentindo. Chris me dá um último beijo - satisfeito pela minha resposta - antes de se ajeitar no banco para ligar o carro.

O caminho todo é feito com conversas aleatórias. Não pensei que tudo iria parecer tão natural com ele depois do momento íntimo que tivemos, é bom saber o quão divertido ele é, apesar de me deixar envergonhada com alguns comentários que ele solta. Chris é divertido e não posso deixar de notar a sua beleza também. A forma como ele ri de algumas coisas sem sentido que saem da minha boca me agrada de um certo jeito.

Fico apreensiva quando nós entramos na mansão. Está silenciosa mas mesmo assim eu fico atenta olhando para os lados para ver se encontro algum sinal de um Noah furioso vindo na minha direção pronto para me bater.

Me assusto ao sentir mãos segurarem a minha cintura por trás mas relaxo ao notar que se trata de Chris. Ele beija a parte do meu ombro que o vestido não cobre.

- Já disse que você não precisa ter medo - Ele relembra com a voz calma. - Ele não vai encostar nem um dedo em você.

Me viro para cobrir seus lábios com o meu, procurando nesse beijo a segurança que a sua voz estava me passando. Relaxo completamente quando nossas línguas se encontram. Chris me dá impulso e eu enrolo minhas pernas ao seu redor, sendo segurada pela bunda.

Nós não desfazemos nosso beijo enquanto Chris caminha até o seu quarto, dando pequenas risadas abafadas quando esbarramos em algo. Minhas costas batem na parede ao lado da porta com força e Chris tateia o local procurando pela maçaneta sem querer deixar a minha boca.

E então Chris finalmente consegue abrir a porta para entrar comigo, recomeçando tudo o que nós fizemos no carro.

Continuo deitada de bruços com o lençol cobrindo do meu quadril para baixo. Chris está deitado ao meu lado de barriga para cima, seus olhos continuam fechados e a única garantia que eu tenho de que ele não voltou a dormir são seus dedos acariciando a extensão das minhas costas.

- Você sabe - Quebro o silêncio confortável. - Nós teremos que levantar daqui em algum momento.

- Podemos adiar isso. - Ele murmura com a voz rouca por ter acordado há pouco tempo.

- Acho que não. Estou com fome. - Murmuro de volta.

Chris abre os olhos para me olhar, suspirando antes de sentar preguiçosamente na cama. Eu junto toda a minha força de vontade para ficar sentada também, segurando o lençol na frente dos meus seios expostos.

- Vá até a cozinha e ache alguma coisa para comermos enquanto eu tomo um banho. - Ele se levanta da cama.

- Vou esperar você. - Digo, o fazendo parar antes de entrar no banheiro para me olhar com uma sobrancelha arqueada.

- Medo? Achei que já tínhamos conversado sobre isso. Está cedo ainda e provavelmente nenhum dos filhos da puta preguiçosos estão acordados.

- Você tem razão - Suspiro, me levantando da cama para pegar algo para vestir. - Soa ridículo eu estar com medo dele.

- Quando chegar na sala, a cozinha é a segunda porta à direita.

Me visto apenas com uma boxer e uma camisa cinza de Chris. Sinto um tapa em minha bunda quando passo por ele e olho para trás, vendo um sorriso em seu rosto antes de ele entrar no banheiro para iniciar seu banho.

Cantarolo uma música qualquer, fazendo o meu caminho em direção à cozinha. Eu ainda preciso ligar para Josh apenas para garanti-lo de que eu ainda estou viva, recebi várias mensagens dele durante a madrugada me perguntando o que eu estava fazendo e pela forma como ele estava trocando todas as letras eu pude notar que ele estava bêbado.

Meu estômago reclama de fome e eu suspiro aliviada ao ver a porta da cozinha. Entro no cômodo, paralisando no mesmo momento em que vejo Noah de costas para a porta preparando seu cereal. Engulo em seco. Esse é o momento perfeito para eu sair correndo daqui pois ele não me viu e muito menos notou minha presença.

Quando dou um passo para trás Noah olha por cima de seu ombro, juntando suas sobrancelhas em confusão por me ver ali. E nesse momento eu praguejo os últimos meses da minha vida por ter o conhecido e tudo ficar tão confuso de repente. Noah vira de frente para mim ainda parecendo confuso, ele coça os olhos como se quisesse confirmar que eu estou mesmo aqui.

Dou mais um passo para trás, pronta para correr até chegar próximo da fronteira com o Canadá mas meus planos de maratonistas são frustrados quando minhas costas batem contra o corpo de alguém e em questão de segundos braços com tatuagens conhecidas estão sendo envolvidos em minha cintura, deixando claro que Chris está mesmo atrás de mim. Noah percorre meu corpo para analisar minhas vestimentas, parecendo afetado por isso.

Engulo em seco ao ver seus olhos se estreitando para mim e sua mandíbula sendo travada.

Acho que essa é a hora da minha morte.

Notas Finais:
O que acharam sobre a any ter se envolvido com outra pessoa?

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