32 - Get out or die
32
Any Gabrielly
New York, NY
O desespero começa a crescer dentro de mim quando vejo Brad entrando sozinho na mansão, sem nenhum sinal do meu melhor amigo bêbado e irresponsável.
— Cadê o Josh?
— Quando eu fui procurar ele, ele estava entrando em um carro com um cara e eles pareciam meio... Íntimos. — Brad conta. — Eu até segui o carro mas eles pararam em uma casa e saíram do carro aos beijos, não achei legal atrapalhar. Mas ele está longe do racha e fora de perigo.
Josh está com um namorado novo, eu tenho sido trocada nessas últimas semanas ou então servido de vela para os dois. Mas ainda é melhor do que quando Josh acorda se sentindo o próprio cupido e tenta empurrar alguns amigos para mim.
— Vou pegar algumas armas e me comunicar com alguns capangas para irem para o racha. Estou sentindo que os planos de Peter são grandes. — Brad diz para Noah no final da conversa deles, a qual eu estava alheia.
Eu e Noah ficamos sozinhos novamente, mas agora nós mantemos uma distância segura. Seus olhos percorrem todo o meu corpo desde o pé até a cabeça, parando em um ponto específico. Suas sobrancelhas se juntam e seu maxilar se trava ao olhar fixamente para algo em mim, engulo em seco ao ver ele se aproximando de mim com raiva.
Ele segura o meu queixo e o puxa para cima sem nenhuma delicadeza, apenas para analisar melhor o meu pescoço.
— Essa porra de chupão está roxo demais, não parece que foi feito em apenas um amasso. — Ele volta a puxar meu queixo para baixo para me encarar nos olhos. — Então a vadia já está dando pra outro?
— Não fale assim comigo e nem me chame de vadia. — Empurro sua mão para longe de mim. — Se eu estou ou não, não é problema seu. A vagina é minha.
Noah me olha incrédulo e atordoado.
Eu não fui pra cama com ninguém, esse chupão foi feito ontem por um dos amigos de Josh que ele empurrou para mim. Ele está paranoico achando que passou de amassos. Mas eu não iria deixar Noah falar dessa forma comigo, não só por ser ofensivo mas também porque ele se acha o meu dono e já está na hora dele cair na real também.
— Dessa vez eu não quero acabar com você na porrada — Ele murmura ofegante, apertando minha bunda mais uma vez. — Eu quero acabar com você na cama.
Arfo quando ele morde o meu lábio, arrancando um pouco de sangue ao cravar seus dentes. Seus lábios descem para o meu pescoço e ele suga a minha pele com força o suficiente para deixar uma marca roxa, com certeza eu vou precisar de muita maquiagem para conseguir esconder essas marcas da minha mãe.
— Só eu posso marcar você dessa forma, Elly. — Ele sussurra contra o meu pescoço, fazendo um arrepio correr pelo meu corpo ao sentir seu hálito batendo contra a pele sensível.
— Uau. — Tento me afastar de Noah ao ouvir a voz de Brad mas suas mãos continuam me segurando pela bunda, me mantendo perto. — Eu só vim avisar que eu estou de saída.
Brad gesticula para a chave do carro em sua mão, me fazendo notar que eu ficaria sozinha com o Grande Babaca.
— Droga! — Resmungo. — Pode me dar uma carona até a casa do Josh?
— Pensei que você fosse ficar. — Noah diz próximo ao meu ouvido.
— Mas eu não vou. — Digo entrando em modo defensivo novamente, tirando suas mãos de mim para poder me afastar.
— Tem quarto de hóspedes de sobra, Any. Você pode escolher um pra dormir. — Brad sugere. — Não é uma boa você sair daqui a essa hora.
— Não sei se é uma boa ideia. — Murmuro.
— Se o problema for esse filho da puta aí eu posso colocar um segurança vigiando a porta do quarto pra você. — Brad pisca pra mim antes de ter que desviar da almofada que Noah arremessa em sua direção.
•
Checo as roupas que Brad deixou para eu vestir. Uma de suas camisas azul marinho e uma cueca boxer preta. Puxo a blusa que eu estou usando para fora do meu corpo e em seguida começo a retirar a minha calça jeans, ficando apenas com uma lingerie verde água.
A porta do quarto é aberta quando eu dou o primeiro passo em direção ao banheiro, me fazendo paralisar. Respiro fundo antes de olhar por cima do meu ombro apenas para confirmar minha suspeita de quem acabou de entrar no quarto. Noah olha para o meu corpo como se estivesse me avaliando e umedece seus lábios com a língua quando volta a olhar em meus olhos.
— O que você está fazendo aqui? — Pego a camisa de Brad em cima da cama e a seguro na frente do meu corpo para bloquear a visão de Noah.
— Eu disse o que iria fazer com você e eu não desisti, nem mesmo perdi a vontade. — Dou passos para trás a medida que ele dá passos para frente.
Praguejo mentalmente quando minhas costas batem na parede, me deixando encurralada já que Noah se encontra na minha frente.
— Noah — Murmuro. — Eu não quero.
— Para de lutar contra isso. — Ele segura minha cintura. — Você complica demais as coisas.
Espalmo minhas mãos em seu peito nu — já que ele está vestido apenas com uma bermuda de moletom — para poder empurrar ele para longe de mim mas Noah segura meus pulsos com firmeza e os coloca acima da minha cabeça, deixando a camisa que eu segurava cair de minhas mãos e aproximando nossos corpos ainda mais.
— Eu odeio você. — Murmuro, tentando lutar contra o desejo surgindo em mim por tê-lo tão perto.
— Eu também odeio você, Elly. — Noah se inclina para capturar meu pescoço com seus lábios, deixando chupões e mordidas.
Noah solta meus pulsos quando eu arfo com a sensação de seus lábios em meu pescoço e segura no fim da minha bunda, dando impulso para que eu enrole minhas pernas ao redor da sua cintura.
Ele começa a caminhar comigo para fora do quarto, parecendo ignorar completamente o fato de que eu estou vestindo apenas minha roupa íntima e qualquer morador dessa casa pode nos flagrar dessa forma.
Eu queria ter autocontrole o suficiente para afastar Noah de mim e ignorar todo o desejo correndo em minhas veias, seria muito mais fácil se eu conseguisse resistir às tentações e me manter longe dele. Passei um mês inteiro criando uma barreira ao meu redor e em apenas uma noite Noah acabou com tudo isso.
Sinto minhas costas baterem na porta fechada do seu quarto antes dos nossos corpos serem pressionados juntos, ele não parece se importar com o fato de estarmos dessa forma no corredor, onde qualquer pessoa pode nos ver em nosso momento.
Coloco meus braços ao redor do seu pescoço e puxo ele para um beijo, ganhando um aperto na bunda. Nossos lábios se movem em sincronia enquanto ele impulsiona seu quadril contra o meu, me fazendo arfar cada vez que nossas intimidades se chocam.
Nós paralisamos ao ouvir alguma coisa esbarrando no andar debaixo, Noah parece ter assumido uma postura de alerta, o que me deixou apreensiva. Ele me devolve para o chão e abre a porta atrás de mim, me empurrando para dentro do seu quarto. Noah tranca a porta e vai rapidamente até a mesa de cabeceira, pegando uma arma dali de dentro.
Pego o seu celular em cima da cama e levo até ele quando começa a tocar, engulo em seco receosa com a situação atual quando ele deixa a arma de lado para atender o celular.
Noah Urrea
New York, NY
— James — Digo ao atender o celular. — Onde vocês estão?
— O confronto saiu do nosso controle. Peter planejou os pequenos detalhes para foder com tudo, nós acabamos nos separando quando pegamos os nossos carros para dificultar a perseguição deles. Era continuar lá e morrer ou sair vivo — Posso ouvir ruídos na chamada, como se ele ainda estivesse correndo com o carro. — Cara, ele não está de brincadeira. As suas provocações só serviram pra deixar ele ainda mais puto. — Bufo irritado.
Olho para Any — que presta atenção em cada detalhe meu como se estivesse estudando a gravidade da situação — notando a sua tensão. Seguro em sua cintura trazendo o seu corpo para perto do meu, ela coloca seus braços ao redor da minha cintura e enterra seu rosto em meu pescoço ao suspirar, eu aproveito para deslizar minha mão pela sua pele e deixá-la em sua bunda exposta graças a sua calcinha pequena.
— Quem voltou para casa? — Questiono ao lembrar do barulho vindo do primeiro andar.
— Ninguém. — Ele informa o que eu já esperava. — Brad está próximo ao Brooklyn agora e Claire está circulando no Bronx. Estou dando umas voltas em Manhattan só para garantir que nenhum deles está na minha cola.
— Acho que tem alguma coisa que você está esquecendo de me alertar. — Rosno.
— Não me diga que eles estão na mansão, cara. — James grita, entendendo onde eu quero chegar. — Porra, Noah. Mete o pé daí! Peter está louco para te ver caído na sua própria poça de sangue.
— Eles já estão aqui, se eu sair daqui agora eu vou estar me entregando de bandeja. — Any afasta o seu rosto do meu pescoço para me encarar com os olhos arregalados.
— Dá um jeito, Urrea. — Ouço o som de pneu cantando no asfalto do outro lado da linha. — Eu não vou conseguir chegar a tempo aí. Você precisa meter o pé. Nós nos encontramos no galpão verde.
— Eu não vou fugir!
— Para de se achar o imortal, porra. — Ele esbraveja. — Peter quer ver você morto e vai conseguir se você não sair daí logo. É sair ou morrer, você escolhe.
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