28 - I don't wanna be in love

28
Noah Urrea
New York, NY

E

ntro em casa com Any logo atrás de mim. Ela já é lerda andando com esse gesso, subindo os degraus da escada para o segundo andar ela é mil vezes pior. Bufo irritado quando nós já estamos na metade da escada e jogo o corpo de Any em meu ombro, a deixando pendurada. Ela reclama que está desconfortável enquanto eu a carrego para o meu quarto.

Fecho a porta quando estamos dentro e a retiro do meu ombro, jogando seu corpo na cama. Segundos depois de cair no colchão Any começa a rir como se isso fosse realmente engraçado, me fazendo revirar os olhos.

- O que nós viemos fazer aqui? - Ela pergunta quando cessa a risada.

Olho para ela divertido, não precisando responder a sua pergunta já que ela nota as minhas intenções e suas bochechas ficam avermelhadas.

Pego a garrafa fechada de uísque de cima da mesa de cabeceira e a jogo na cama, abro a gaveta e pego de lá tudo o que eu possa precisar e jogo em cima da cama também. Any fica sentada no colchão para checar o pacote de maconha, o isqueiro e a garrafa de uísque que eu joguei ali.

- Já usou? - Gesticulo para a maconha.

Ela nega com a cabeça, como já era de se esperar.

Sento na cama e pego o pacote, pego um cigarro quase pronto que estava dentro do pacote e apenas termino de enrolar. Any observa as minhas ações com o cigarro. Quando eu termino de enrolar, eu viro a minha atenção para ela.

- Senta aqui. - Gesticulo para o meu colo.

- A minha perna. - Ela aponta para a perna engessada e eu reviro os olhos.

- Senta aqui logo, Any. - A ouço bufar antes de fazer o que eu mandei.

Any se senta em meu colo, se remexendo até ficar em uma posição confortável para a sua perna. Puxo a sua blusa para cima e a retiro do seu corpo quando ela não me impede, deixando o seu sutiã vinho exposto.

- Pega o isqueiro. - Mando, dando um beijo em seu ombro desnudo.

Any pega o isqueiro de ouro jogado na cama, eu coloco o cigarro de maconha entre meus lábios e ela entende o que tem que fazer, acendendo o meu cigarro com o isqueiro. Dou a primeira tragada soltando a fumaça em seu rosto, rio nasalado quando ela tosse.

- O cheiro disso é horrível. - Ela reclama.

- Não é tão ruim depois que se acostuma. - Dou de ombros. - Dê uma tragada.

Coloco o cigarro entre os lábios finos de Any a esperando tragar, não consigo evitar gargalhar quando ela se engasga com a fumaça e começa a tossir. Eu já esperava isso dela mas não deixa de ser engraçado a forma como ela tosse desesperadamente.

- Tente de novo.

- Não! Nunca mais. - Ela diz ao cessar a sua tosse.

- Vamos lá, bebê. - Insisto. - É só você não respirar.

Basta dizer a palavra se você quiser ir
Vá e se apaixone por outro alguém
Vá em frente e encontre alguém melhor
Quem pode mantê-la aquecida
Quem pode te dar mais

Eu coloco o cigarro entre os seus lábios mais uma vez e Any traga novamente, dessa vez ela não se engasga e sopra a fumaça no ar. Sorrio orgulhoso da minha garota antes de levar o cigarro até os meus lábios e tragar, uso a minha mão livre para segurar o seu cabelo e trazer o seu rosto para perto do meu para beijá-la. Passo a fumaça para a sua boca durante o beijo.

Nós dois sabemos que isso não é o suficiente
Se tudo o que somos é duas cicatrizes correspondentes
Linhas em um filme
A mesma canção favorita que cantamos sozinhos
Então eu não quero estar apaixonado
Não, eu não quero me apaixonar

Any afasta nossas bocas para soltar a fumaça no ar, eu assisto a fumaça sendo soprada para fora dos seus lábios avermelhados.

Ela volta a juntar nossos lábios quando se livra de toda a fumaça. Suas mãos vão para a minha nuca e ela se mexe em meu colo, se sentando mais para frente bem em cima do meu membro. É impressão minha ou Any está querendo me provocar?

Adormecer nas sombras de algo bonito
Até que isso não é o suficiente
Eu só vejo você em preto e branco
Como uma fotografia de outra mentira

Mordo o seu lábio inferior antes de desgrudar nossos lábios, o que a faz arfar. Estico o meu braço para colocar o cigarro no cinzeiro em cima da mesa de cabeceira, pego a garrafa fechada de uísque em cima da cama enquanto sinto os lábios de Any em meu pescoço, sugando a minha pele. Abro a garrafa para dar o primeiro gole e passo ela para Any, que parece um pouco relutante ao pegá-la.

- Você pode fazer melhor do que isso. - Digo quando ela dá um pequeno gole no uísque, fazendo uma careta logo em seguida.

Any estreita seus olhos para mim como se estivesse aceitando o desafio e volta a levar a garrafa até os lábios, dando dois goles maiores dessa vez. Puxo o seu rosto para mim novamente e cubro a sua boca com a minha, o sabor do álcool se mistura com a maconha e Any parece cada vez mais animada.

Se tudo o que somos é duas cicatrizes correspondentes
Linhas em um filme
A mesma canção favorita que cantamos sozinhos
Então eu não quero estar apaixonado

Eu quero ela bêbada de novo. O seu melhor lado é despertado quando ela tem álcool correndo em suas veias. O jeito como ela se solta mais e expulsa toda a sua timidez, o jeito como ela não complica as coisas e parece achar tudo divertido, o jeito como ela fica ainda mais sensual.

Any é, sem dúvidas, a garota mais viciante que eu já provei.

Suas mãos puxam a minha camisa para fora do meu corpo. Ela morde o seu lábio com um sorriso no rosto, suas bochechas já estão avermelhadas por causa do álcool. Beijo o seu pescoço, descendo meus lábios pela sua pele até chegar na parte dos seus seios que o sutiã vinho não cobre, Any arfa quando eu sugo a sua pele nessa área.

Não, eu não quero me apaixonar

Eu a incentivo a beber cada vez mais goles de uísque até a garrafa se encontrar pela metade e ela já estar se divertindo com qualquer coisa, nossas roupas foram nos abandonando a cada gole que Any dava, a única coisa entre nós agora é a minha cueca. O foda é que eu teria que ir com calma com ela por causa da sua perna engessada.

Any rebola em meu colo com seus lábios pairando sobre os meus, sua respiração pesada se misturando com a minha. Seguro em cada lado da sua bunda e aperto com força, Any aperta suas unhas em meu ombro arfando em surpresa. Me inclino para conseguir abocanhar o seu seio, ela desliza as suas unhas do meu ombro até a minha nuca quando sente a minha língua em sua pele, causando uma dor aguda que eu revidei batendo em sua bunda.

Uma de suas mãos desce pelo meu tronco até chegar no cós da minha cueca, ela me olha com um sorriso brincando em seus lábios quando puxa para baixo, liberando o meu membro. Eu poderia ter a Any desse jeito o tempo todo que eu juro que não me cansaria.

- Droga, Any. - Solto um grunhido quando ela rebola em cima do meu membro sem penetração. Ela dá uma risada que poderia fazê-la parecer inocente se ela não estivesse agora se esfregando em mim.

Eu prefiro ficar sozinho do que construir um lar desfeito
Então aguente firme como se eu nunca pudesse deixar você ir
Diga o que você quer dizer
Mostre o que você nunca mostra
Vamos ser honestos aqui e dizer o que já sabemos

Seguro a sua cintura e a levanto o suficiente para posicionar meu membro em sua entrada, puxo ela para baixo para que ela sente novamente mas comigo dentro dela dessa vez. Ela vai se sentando lentamente e é quase como uma tortura para mim, firmo minhas mãos em sua cintura e faço ela sentar de uma vez só, ouvindo um gritinho de sua parte.

Massageio seus seios enquanto ela tem seu rosto escondido em meu pescoço esperando se acostumar. Segundos depois Any já está rebolando com meu membro dentro dela com seus gemidos sendo abafados por ela estar com os lábios colados em meu pescoço.

Uma de minhas mãos sai da sua cintura e desliza pela sua pele quente até a sua bunda. Ela levanta o seu rosto e me olha com sua melhor expressão angelical antes de começar a quicar em cima de mim. Se eu tinha alguma dúvida sobre o meu lado favorito da Any, ela foi esclarecida agora: com certeza é o seu lado chapado.

O seu coração está em outro lugar
Não é como se eu não pudesse dizer
Não posso te dar todo o meu amor quando eu não amo nem a mim mesmo
Preso nos braços um do outro
Temos o melhor de nós
Nós nos mantemos quentes
Mas nós dois sabemos que isso não é o suficiente

Eu jogo ela para o lado a fazendo se deitar na cama, Any solta um risinho enquanto se ajeita na cama para que a sua perna engessada não nos atrapalhe em nada. Eu volto a penetrá-la sem aviso prévio, substituindo seu risinho chapado por um gemido alto.

A visão que eu tenho dela é privilegiada. Any tem a cabeça jogada levemente para trás com seus olhos fechados e mordendo os seus lábios enquanto seus seios se movimentam a cada entocada que eu dou. A ideia inicial era ir com calma por causa da sua perna engessada mas agora eu não consigo controlar a força dos meus movimentos, principalmente com o som dos gemidos da Any ecoando pelo quarto.

Continuei a penetrá-la com força e sem intervalos, vendo-a se contorcer em baixo de mim. Any se contrai ao meu redor e geme arrastado ao chegar ao seu ápice. Dou mais algumas estocadas até sentir o meu ápice se aproximar também, tiro o meu membro de dentro dela e gozo fora, sujando toda a sua barriga com o líquido branco.

Se tudo o que somos é duas cicatrizes correspondentes
Linhas em um filme
A mesma canção favorita que cantamos sozinhos
Então eu não quero estar apaixonado

Caio ao seu lado na cama com a minha respiração pesada - assim como a de Any - fitando o teto até a minha respiração voltar ao normal. Me levanto da cama e pego Any no colo a fazendo rir, segurando-a pela bunda. Sua intimidade exposta fica na altura da minha barriga, a melecando com o seu gozo.

Eu a carrego para o banheiro, coloco ela sentada em cima da pia e caminho até a banheira para colocá-la para encher, provavelmente deve ser o único jeito que Any consegue tomar banho levando em conta o gesso em sua perna.

Me aproximo dela para pegá-la novamente mas ela coloca os seus braços ao redor do meu pescoço me puxando para um beijo que eu retribuo.

Não, eu não quero me apaixonar

Aperto o DVD em minha mão, caminhando em passos rápidos e pesados até a cozinha. Quando eu chego no cômodo eu vejo todos lá, o fato de estar cedo e ser o horário do café da manhã explica isso. Eu me aproximo de Brad - que está sentado na cadeira - e jogo o DVD na mesa a sua frente antes de fechar minha mão em punho e acertar um soco em seu olho.

James vem rapidamente até mim e me empurra um pouco para trás, ficando no meio de nós dois. Brad caiu da cadeira com o soco, agora ele está sentado no chão com a mão no olho me olhando incrédulo e confuso.

- Que porra foi essa, Jacob? - James questiona.

- Eu vou acabar com você. - Ignoro James, dirigindo minhas ameaças para Brad.

- Caralho, o que foi que eu fiz? - Brad pergunta, se levantando do chão. - E o que é isso? - Ele gesticula para o DVD que eu joguei na mesa.

- Isso é a gravação da câmera na sala de estar. - Rosno. - De dois dias atrás, quando você estava beijando a vadia da Any.

- Não acredito que você fez todo esse show por ciúmes do projeto de puta! - Claire resmunga.

- Cala a porra da boca, Claire. - Digo ríspido.

- Por que você está tão nervosinho? Sempre disse que não sentia nada por ela, qual o problema de eu beijá-la? - Brad questiona, se levantando do chão. Ele só pode estar querendo que eu perca o resto da minha curta paciência.

- Foda-se o que eu sinto por aquela vadia. - Me livro dos braços de James e avanço em Brad novamente, o segurando pela gola da camisa. - Se você chegar perto dela de novo eu juro que acabo com você.

Empurro Brad para trás, o fazendo bater com as costas no armário e saio da cozinha sentindo minha raiva aumentar a cada segundo. Eu não sei o porquê de eu estar assim. Any é só uma vadia qualquer e acabou de provar isso. Naquele dia nós estávamos bem, não estávamos? Nós tínhamos acabado de transar, ela dormiu aqui e nós não brigamos e mesmo assim ela beijou o filho da puta do Brad.

Entro no meu quarto sem evitar fazer barulho para caso ela ainda esteja dormindo e bato a porta com força quando estou dentro, ouvindo um resmungo. Meus olhos vão até Any que está saindo do banheiro vestindo apenas um casaco de moletom meu com uma cara de ressaca, provavelmente ela deve estar com uma puta dor de cabeça se praguejando por ter bebido metade da garrafa de uísque ontem.

Ela abre um pequeno sorriso para mim, mordendo o seu lábio. As filmagens da câmera de segurança onde ela beija Brad fica se repetindo na minha cabeça, alimentando a minha raiva. Eu avanço nela, vendo seus olhos se arregalarem quando ela nota que eu não estou de brincadeira.

Empurro ela na parede e coloco meu corpo em sua frente, com minha mão em seu pescoço a deixando encurralada. Eu estou fora de mim, a minha raiva está atingindo níveis surreais e a culpa é toda dessa filha da puta.

- Eu vou acabar com você, vadia.

Notas Finais:
Querem mais?

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