18 - Drunk

18
Noah Urrea
New York, NY

— Isso não é da sua conta. — Ela revira os olhos antes de caminhar até o seu armário.

— Any, eu te fiz uma pergunta. — Caminho até ela e seguro seu braço com força a virando para mim.

Eu sinto um tipo de posse por ela. Any é boa na cama e se entregou pra mim, eu sou o único que já conseguiu tocá-la e quero que as coisas continuem assim. Ver ela vestida como uma vadia me irritou, ainda mais sabendo que ela provavelmente vai ir para alguma festa e outros caras vão ficar em cima dela.

— Eu vou para um racha com o Josh. — Ela murmura, puxando o seu braço da minha mão. — Agora vá embora.

— Você não vai.

Any dá uma risada incrédula antes de se virar de frente para o seu armário, ficando de costas para mim. — Você não manda em mim.

Eu seguro em sua cintura, pressionando os nossos corpos juntos podendo sentir a sua bunda encostando em meu membro. Any já fica com a respiração pesada e eu vejo a sua pele se arrepiar quando eu beijo o seu ombro desnudo.

— Você não pode fazer isso. — Ela murmura de olhos fechados enquanto eu traço uma trilha de beijos do seu ombro até o seu pescoço.

— Isso o quê? — Sussurro contra a pele do seu pescoço antes de chupar o local.

— Isso! — Ela se vira de frente para mim afastando consideravelmente os nossos corpos. — Você ficou duas semanas sem me procurar depois de ter sido um grande babaca e agora que você quer alguma coisa de mim aparece no meu quarto querendo acabar com os meus planos para a noite e acha que vou simplesmente aceitar isso?

— Na verdade, eu achei.

Any bufa irritada e passa por mim voltando para o banheiro, eu reviro os olhos antes de ir atrás dela. Me encosto no batente da porta observando ela passar um batom vermelho em seus lábios ignorando completamente a minha presença, a forma como a bunda dela fica empinada por ela estar inclinada me deixa louco, o vestido subiu um pouco e me deu a visão de uma pequena parte de sua bunda.

— O que você está fazendo aqui ainda? — Ela questiona quando termina o que estava fazendo.

— Você não vai desistir de ir pra esse racha?

— Não mesmo, não vou deixar de me divertir por sua causa. — Any, que estava me encarando pelo espelho, se vira de frente para mim com os braços cruzados.

— Então eu vou com você. — Ouço sua risada sarcástica.

— Não, você não vai. — Seguro em sua mão e puxo ela para perto de mim, Any continua tentando fazer uma expressão brava.

— Não tente discutir comigo, isso é inútil. — Eu tento capturar seus lábios quando ela bufa em desistência mas ela vira o rosto, me fazendo beijar a sua bochecha. — Porra, Any!

— Eu estou de batom. — Ela se defende.

Any se desvencilha de mim e volta para o quarto, ela pega a sua bolsa e a coloca no ombro antes de fazer um sinal com a cabeça para a porta do quarto indicando que é hora de ir.

— Vou sair pela porta da frente hoje? — Zombo quando saímos de seu quarto.

— Minha mãe foi passar a noite na casa da minha tia e meu irmão está na casa do pai dele então não tem problema.

— Vocês são irmãos apenas por parte de mãe?

— Sim, meu pai morreu quando eu nasci. — Any murmura enquanto descemos as escadas, os seus saltos fazem um barulho irritante ao colidir contra o chão. — Então... Está pronto para se divertir comigo e com o Josh? — Ela muda de assunto me lançando um pequeno sorriso.

Passo o meu braço em volta da cintura de Any quando passamos pelas pessoas no racha, eu não estou gostando dos olhares masculinos direcionados a ela. Eu deveria ter feito ela trocar de roupa. Any se solta de mim para correr até o seu melhor amigo que está encostado em um carro, se atrapalhando em seus saltos na sua pequena corrida. Eles estão trocando elogios quando me aproximo dos dois.

— O Grande Babaca também está aqui . — Josh solta um grito histérico quando me vê e eu reviro os olhos.

— Ele apareceu no meu quarto e se auto convidou. — Any explica para Josh que lhe lança um olhar divertido.

— Não aja como se não gostasse disso. — Eu dou uma pequena risada com as palavras de Josh.

— Você é um melhor amigo detestável. — Ela murmura pegando a bebida de suas mãos e bebendo todo o líquido em poucos goles, fazendo uma careta.

— Eu vou buscar uma nova bebida pra mim. — Josh começa a se afastar, mas não sem soltar um de seus comentários antes. — Juízo, crianças.

Quando ele some do meu campo de visão eu me encosto em um dos carros parados ali e puxo Any pela cintura para perto de mim, ela solta um suspiro arrastado antes de colocar seus braços ao redor do meu pescoço.

— Como foi ficar duas semanas sem mim, bebê?

— Foi muito bom, na verdade. — Rio nasalado. — Eu voltei a ser uma filha exemplar e a minha mãe acabou me liberando do castigo. Isso me fez perceber que você é uma má companhia para mim.

— Só percebeu isso agora? — Zombo.

— Cale a boca. — Any afasta o corpo do meu quando Josh volta segurando atrapalhadamente três copos de bebidas.

Eu pego um dos copos de vodca pura e Any faz o mesmo. Ela bebe um longo gole de vodca sem saber que está forte e acaba se engasgando com o álcool, Josh dá tapinhas em suas costas para ajudá-la; Any é a garota mais desastrada que eu já conheci, sem dúvidas.

— Crianças não deveriam beber. — Digo com um sorriso divertido no rosto antes de levar o copo até a boca para beber a minha vodca.

— Eu não sou uma criança. — Ela resmunga. — Já tenho dezesseis.

— Ah, claro. Me desculpe, adulta. — Falo com sarcasmo no meu tom de voz. — Você não está acostumada, bebe devagar.

Eu não deveria estar incentivando ela a beber mas quem liga? Eu quero ver a Any bêbada, eu quero ver como ela vai ficar. Talvez seja mais fácil tê-la pra mim, talvez o álcool desperte um lado desconhecido dela.

Um. Dois. Três. Quatro copos de vodca pura. Any já se encontrava completamente bêbada enquanto eu e Josh ainda tínhamos o controle das coisas. Ela tropeça em seu salto a todo momento enquanto dança para mim, seu corpo se mexe no ritmo da música e ela consegue ser sensual mesmo se atrapalhando em seus passos de dança. O seu melhor amigo tem a sua bolsa no ombro, ele pegou dela assim que ela começou a ficar animada por causa da bebida.

— Ela já ficou bêbada antes? — Eu pergunto para Josh, que está ao meu lado encostado no carro, sem tirar meus olhos da morena.

— Não. É a primeira vez. — Ele me responde também olhando Any dançar, parecendo se divertir com seus tropeços. — Eu preciso ir embora, vou levar ela comigo. Acho melhor eu levar ela para a minha casa.

— Fica tranquilo, eu vou cuidar dela.

— Não acho você a pessoa mais confiável do mundo. — Ele diz, dando mais uma checada na garota que agora ri sem motivo, alguns passos de distância de nós dois. — Se eu encontrar a minha amiga com apenas um arranhão eu juro que aprendo a usar uma arma contra você. — O olho com uma sobrancelha arqueada. — E não se esqueça da camisinha, vocês seriam péssimos pais.

Josh se afasta de mim e vai até Any, ele fala alguma coisa em seu ouvido a fazendo rir, antes de sumir no meio da multidão de pessoas ele me lança um olhar ameaçador, que eu apenas ignoro. Any se aproxima de mim com um sorriso no rosto, eu passo os meus braços ao redor de sua cintura acabando com a distância entre os nossos corpos e aproveito também pra puxar o seu vestido para baixo já que ele levanta cada vez mais sempre que ela rebola, quase revelando um pedaço de sua bunda.

— Eu vou ir pegar mais uma bebida.

— Não, chega de bebida pra você! — Aumento o meu aperto em sua cintura quando ela faz menção de se afastar.

Amor, por favor! — Ela choraminga, suas palavras saindo emboladas por causa do seu atual estado. — Desde quando você se tornou careta?

— Desde quando eu virei babá de criança bêbada.

Any leva os seus lábios até o meu ouvido para sussurrar: — No final da noite você vai relaxar. Vai valer a pena.

Ela se afasta de mim com um sorriso malicioso no rosto voltando a ficar alguns passos de distância de mim para dançar. Suas mãos passeiam pelo seu próprio corpo enquanto ela se mexe no ritmo da música, Any continua me provocando com a sua dança sem quebrar o nosso contato visual.

Acho que o melhor lado dela é despertado quando ela está bêbada.

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