4. Apenas uma má impressão

A sala foi tomada pelo silêncio após os criados saudarem-nas e se retirarem, dois deles ficaram para levar as bagagens das garotas. Não sei ao certo mas, pela expressão que ambos fizeram, deviam estar realmente pesadas.  
Sentei-me no sofá, os irmãos conversavam sobre algumas coisas e a pela primeira vez, o-vi ser gentil com alguém, ele – quase –  sorria, mesmo assim era uma novidade para mim.
Não podia me dar esse luxo, não quero ter uma ideia errada deste homem, não quero achar que ele é uma boa pessoa.
A solução dos meus problemas estava no meu bolso, já que não posso sair então tento me distrair um pouco vendo algumas fotos que recebi, a primeira da galeria é Allie numa selfie bem tumblr, ostentando suas novas mechas castanhas, sei que irei sentir falta daquele ruivo mas nada posso fazer. Outra selfie preenche a tela, ela ao lado de um loiro de olhos azuis brilhantes, ambos fazem poses bem divertidas e fico um pouco admirado pois apesar de ainda usarem seu uniforme formal, Allie mantém seu humor típico assim como os velhos tempos. Aproximo a foto e observo cada detalhe, desta vez focando em Thomas, sua expressão feliz parece verdadeira, "Ele é o bom humor em pessoa" disse Allie ao descrevê-lo, sorri ao pensar nisso, será que gosto dele? a noite passada foi bem legal, ele é divertido, o beijo que ele me roubou e...

– Nossa, ele é lindinho – A voz me assusta, olho para a frente e não há ninguém, uma mão toca levemente em meu ombro e eu estremeço no susto, quando me deparo com as curiosas órbitas castanhas, Melissa esboça um sorriso simpático, bem diferente de antes – Mas não tanto quanto meu bebê.

"Só se for o bebê maldito" rebato em pensamento enquanto ela ri da própria piada "Mal conhece o namorado, talvez ele a-trate melhor... talvez. "

– Você tem quantos anos garoto? – perguntou por pura curiosidade, ela até que parece ser legal...

– Quase vinte – respondo tímido, ela finge estar surpresa ou realmente está?

– Nossa, você parece ter quatorze... – O que? Como assim? Antes que eu pergunte ela se explica – Não me entenda mal, é que Jasmine, minha irmã, tem quase o seu tamanho.

Tento não me incomodar muito, sei que não sou tão alto mas também não sou uma criança. Assenti com a cabeça e voltei a mexer no meu celular, dou uma olhada antes para ter certeza que ninguém está vendo minhas conversas; a mulher agora mexe em seu próprio aparelho que por sinal, deve ter custado muito caro. Cinco minutos depois, peço licença e vou para a sala de jantar, que fica logo á direita da sala central, há algo nessa tal de Melissa que me incomoda e não me sinto confortável mesmo que seja tão simpática.
O aroma do café da manhã é um dos melhores, pãezinhos de mel saídos do forno, um bolo de chocolate está sendo colocado na mesa, a cesta de frutas está cheia e suculenta, algo que realmente amo é maçãs, não tanto quanto morangos mas mesmo assim, adoro frutas, o que é um pouco peculiar. Antes que eu me sente, outra criada entra trazendo dois tipos de suco, maracujá e outro de cor avermelhada, não é morango mas parece; a mulher de cabelos ruivos me olha de esguelha, seus olhos castanhos fitam-me, mas nada digo, vejo a diferença entre Anna e sua irmã gêmea. Ouço vozes vindo e não demorou muito para que os três, Adrian, sua irmã e sua namorada entrassem, ambos riem de algo que eu não faço a mínima idéia e sinceramente, não quero saber.

Espero-os chegarem para sentar no mesmo momento que eles, os talheres estão postos e faço um pequeno esforço para lembrar a função de cada um, pouco á frente estão três potes juntos, cada um com um sabor, manteiga de amendoim, geleia de morango e nutella, e no canto afastado deles está a manteiga, uma bela representação da minha situação atual. Ri de mim mesmo.

Outra bandeja é trazida com pequenas torradas, Isabelle apressa-se pegando uma e passando geleia, depois com outra passou a manteiga de amendoim e então juntou ambas fatias, numa mordida ela fechou os olhos de satisfação

– Que delícia – comentou ainda mastigando – sentia saudades dessas torradas.

Sem querer, olho para o Sr. D e noto que ele estava me observando, então ao desviar percebo que Melissa também está, desconcertado abaixo minha cabeça e volto a atenção para as torradas. Pego uma e deslizo a manteiga em sua base, o gosto é tão simples e bom, chego a sorrir encantado como Isabelle.

– Sabe que é falta de educação falar com boca cheia – repreendeu o Sr. D logo bebericando sua xícara de café, foi tão repentino que achei que estivesse falando comigo

A garota deu de ombros ignorando o irmão

– Larga de ser chato Adrianzinho – riu enquanto enchia um copo com o suco avermelhado – está muito obcecado por etiqueta últimamente.

– Este croissant está divino – entrou Melissa na conversa, olho-a de lado apenas, vejo seus longos cílios e suas mechas negras, sua pele morena destaca mais ainda seus olhos castanhos brilhantes – estão de parabéns.

Isabelle cerra os olhos, suspeita, pega um croissant e experimenta, sua expressão não é a mais agradável

– Desculpe Mel, mas seus gostos são bem estranhos – riu Izzy, pondo seu croissant de lado – E você, qual é seu nome?

Levanto meus olhos um pouco perdido, ambos olham para mim esperando minha resposta, engulo em seco e respondo tentando controlar o tom da minha voz

– William Storment – digo, esboço um sorriso singelo para a garota que retribui

– Soube que nosso pai tem dívidas com sua família... – abaixo a cabeça, talvez seja um pouco vergonhoso estar aqui, na casa de pessoas que sequer conheço, mas não quero decepcionar meu pai. Sr. D chama sua atenção mas ela se recusa a ficar calada – Então quero te convidar para sair comigo...

Olho para Adrian, tal agora tem a mão em sua nuca e tenta olhar para qualquer lugar, exceto nós. Meu coração hesita em disparar, não o-deixo, não quero e não irei sentir nada por esse homem. O passado não é nada senão passado e um dia não mudaria uma vida inteira. Melissa pousa suas mãos delicadas no colo e se dirigiu a mim

– Acho que não é de seu gosto... hmm... fazer compras – "Por que não? Porque sou homem?"

– Você é hétero, gay ou bissexual?  – perguntou Izzy clara como água e direta como uma flecha, é até assustador exceto pela expressão constrangida do Sr. D que foi um alívio cômico, ele engoliu em seco mas nada disse

– Sou gay – respondo, sempre temo a reação das pessoas e temo que ela seja homofóbica como seu irmão, no entanto, para meu alívio ela estampa um enorme sorriso. Já estou gostando dela.

– E você curte fazer compras? – a ansiedade está estampada em seu rosto, ela realmente quer que eu vá e eu não tenho ideia do porquê. Assenti com a cabeça e então, num espasmo ela ergueu os braços – Então pronto, você vai.

Melissa e Adrian entreolham-se mas nada dizem, voltamos a atenção para o café da manhã e o silêncio voltou a reinar. Após comer uma fatia do bolo e experimentar o suco avermelhado, que por acaso era de cereja, deixamos a mesa e fomos para o salão central novamente, Adrian se despediu de nós, abraçando sua irmã, um pequeno e curto beijo em Melissa e balançou sua cabeça ao passar por mim, seus olhos azulados me encaram por um tempo mas não liguei, sei o tipo de pessoa que ele é. A namorada pediu licença e disse que precisava de um pequeno cochilo para retomar as forças, estava cansada da viagem. Só foi ela desaparecer pelas escadarias que fui puxado pelas mãos apressadas de Isabelle

– Oi Will, então, posso te chamar assim? – concordo com a cabeça e ela continua, sentamos no sofá estofado – O que você está achando daqui?

O que posso dizer? Gostei do seu irmão que aliás tem uma namorada, senti ele me tocando sendo que ele estava a metros longe de mim, ganhei um nudes dele e fui iludido, tudo isto em um dia, poderia entrar no livro de recordes.
Reflito no que dizer.

– Legal. – digo, não há o que possa ser pronunciado – gostei muito daqui.

Ela fita-me por um tempo, talvez desconfiada de algo

– Que estranho, eu não gosto muito daqui. – diz levando uma de suas mechas para atrás da orelha  – E Adrian, o que acha dele?

Tento não arregalar meus olhos de pavor, engulo em seco e lambi meus lábios que novamente estão secos

– Ele é legal... bom... – ela revira seus olhos, talvez entediada com minhas respostas vazias

– Você já sentiu atração por ele? – perguntou na lata, meu coração acelerou e respirei fundo, essa garota é mais esperta do que eu esperava – tipo, se você é gay, deve ter desejado uma fatia do bolo... e seu olhar apavorado diz tudo.

Como ela? O que ela?

– Já sim. – confesso ousadamente, olho para a porta do escritório do Sr. D e depois para cima, não quero que ninguém ouça, abaixo minha voz e prossigo rebatendo seus ataques – Ele é belo, sensual, e os olhos azuis são lindos.

A garota cochichou um "Own que fofo" e riu, ela é bem legal, diferente do irmão

– Posso ser sincera com você? – perguntou em sussurro, seus olhos moviam-se temendo alguém – Preferia mil vezes você do que Melissa. Ela é tão chata e arrogante... mas não conte para ela, ok?

O casal perfeito então. Não tenho dúvidas.

– Ela é minha amiga e tal, mas ainda não acho ela tão legal para ele, ele também não é lá o mais gentil, mas tipo, sabe a lei da atração? Os opostos se atraem?

Sinto muito mas não quero fazer isto, Adrian faria da minha vida um inferno maior do que já está.

– Olha Izzy, posso te chamar assim? – ela assente, mordo os lábios antes de continuar – Seu irmão já tem uma namorada está bem – Ótimo na verdade – ele é bem diferente de mim e tenho certeza absoluta que não seríamos um bom casal. Ele é hétero aliás.

– É, talvez eu esteja assistindo séries demais... – força uma piada, sua expressão é de decepção, porque? – Mas respeito sua opinião.

Concordo com a cabeça, felizmente ela não se opôs, tira o celular do bolso e logo após mostra a foto de um outro garoto

– O que acha dele? – perguntou Izzy um pouco preocupada, na foto aparecia um belo garoto de pele escura, um sorriso alegre estampava seu rosto

– É lindo... mas não faz meu tipo – apresso-me a esclarecer, Izzy está me empurrando para todos os homens que ela conhece ou... Percebi seus olhos brilhando – Você gosta dele?

– Sim – ela suspira, como eu fazia na minha época de paixões adolescentes – Ele trabalha aqui. Eu o-amo tanto, até me pediu em namoro, mas não tenho certeza do que realmente quero.

Levo minha mão ao seu ombro e sinto-me como minha mãe, no dia em que cheguei do colégio debruçando-me em lágrimas, ela perguntou várias vezes o motivo mas eu tinha medo, então num outro dia, ela descobriu que o motivo foi o Greg, me arrependo tanto das lágrimas que derramei. Ela ficou calada até que, quando aconteceu me perguntou quem foi, não consegui responder, chorava de angústia e raiva, quando ela perguntou se foi Greg, desabei em seus braços. Agora é a minha vez de ajudar alguém.

– Então quando tiver certeza que realmente gosta dele, faça o que seu coração mandar. – ela sorriu gentil, pôs o celular em seu colo e observou a foto por um tempo – e como vocês se conheceram?

Ouso-me em perguntar e ela abriu um sorriso

– Do jeito mais clichê possível. – ela enrolou uma das mechas em seus dedos – ele estava me vigiando por ordem do meu irmão e como eu não gostava, fugi, tropecei numa pedra e antes que eu caísse ele me segurou.

Ri do modo no qual ela dizia as coisas, lembrava-me muito a Alisha, uma versão menos louca dela. Após algumas horas de bate-papo, decidimos sair às compras, não foi muito tempo e a Melissa já descia as escadas para nos acompanhar, agora, usava uma calça jeans preta e uma blusa de tecido leve, não vou mentir, ela estava muito elegante, não é á toa que ela é a namorada do bilionário.
O sol da vespertina ainda iluminava o céu, apesar da neve cobrir a maior parte e não ter sequer um resquício de calor, senti saudades das minhas férias em Georgia stokes, no interior do país, lá o clima é bem mais quente do que aqui. Somos levados ao shopping num dos carros do Sr. D, não exatamente dele, ele tinha o próprio para dirigir, mas para essas ocasiões como me disse Izzy. Melissa mal dissera uma palavra durante o caminho, parecia pensativa e até um pouco aflita, mesmo assim não perdia a pose. Foram rápidos minutos, o trânsito aqui em Westford city deve ser menor no inverno, aliás, várias pessoas inclusive eu, não deixaria o conforto da minha casa. Mesmo que a mudança da temperatura seja um grande incômodo, tenho duas opções, ficar naquela mansão com o Sr. D ou vir, e é óbvio que quero evitá-lo.

– Lissa, você já viu uma daquelas botas de cano alto? São tão perfeitas... – dizia Isabelle enquanto caminhávamos entre as vitrines, manequins trajavam belas roupas da temporada, Melissa apenas assentia com a cabeça, o que há de errado com ela? – Melissa?

A garota observou o lugar, suas órbitas vagavam perdidas, parecia atenta, preocupada, "ela está muito estranha." comentou Izzy percebendo que eu também não entendia o motivo de tal haver parado no meio do shopping.  Por fim, depois de um suspiro, voltou-se para nós com um sorriso neutro

– Sim, eram bonitas. Não são mais. – disse indiferente, Isabelle deu de ombros e nada respondeu.  – Às vezes você é muito infantil Izzy...

Completou a morena, arfando após revirar os olhos, eu não abri minha boca para nada, não sei o que dizer, parece que quando eu estou próximo dessa tal Melissa, o ar congela... como o Sr. D. As compras acabaram e ambas tinha várias sacolas, eu não tinha comprado quase nada, minha mente não parava de pensar na noite passada, a foto em meu celular, o beijo de Thomas, o empurrão do Sr. D, tudo gira como um gigantesco novelo de lã que não pode ser desfeito. Não sozinho.
Voltamos para a mansão, tudo estava em silêncio e já era noite, fui direto para meu quarto, tomei uma ducha e tentei relaxar o máximo possível, as gotas que chocavam-se contra minha pele davam leves choques, eu fechava meus olhos e minha mente girava, cenas vinham e iam, lembranças misturavam-se ao presente e nada fazia sentido. Crianças corriam em meio as ruas apressadas o suficiente para não observar se algum automóvel vinha, elas riam entre si, algumas conversavam sobre quais notas tirariam no teste e outras falavam sobre suas teorias malucas em relação ao desenho animado que passava antes do anoitecer, e então tudo mudava, agora a escuridão tomava minha visão, por mais que eu fizesse esforço, não conseguia enxergar, até que um raio caiu e iluminou o que seria um campo, o gramado escuro e molhado por causa da chuva, o vento invernal tentavam levar as árvores consigo, no entanto tais não se moviam; O céu está negro, é noite, e o cheiro de terra molhada invade, olho ao redor e nada vejo, minha pele formiga enquanto as gotas da chuva tocam-na, meu coração acelera e não sei o que acontece, até que então, um suspiro ofegante toma minha atenção, procuro por alguém, mas não há ninguém, até que percebo de onde vem os suspiros. Vem de cima.

Hesitante, levanto minha cabeça, meu coração acelera e o desespero toma conta de mim, respiro ofegante e não sei o que fazer, gritar por alguém? Não há ninguém perto! Tentar salvá-lo? Não consigo, ele está alto demais. Meu coração dói, e eu não sei o motivo dessa dor, lágrimas rolam e meu corpo entra em êxtase, minhas pernas trêmulas perdem o controle e caio de joelhos, a tristeza é profunda o suficiente para me fazer gritar seu nome várias vezes, o barulho dos trovões não me assustam mais, e eu desejo fugir, mesmo que meu corpo deseje ficar ali, junto a ele, seus olhos verdes estão fechados, seu terno ainda continua em seu corpo, sua pele está ainda mais pálida e contrasta suas mechas negras e ao redor de seu pescoço, uma corda pendura-o, apesar de estar alto, ainda o-vejo, a árvore negra que serviu como arma, ele, o Sr. D estava ali, acima de mim, morto. Choro, arrependido de algo que não tenho ideia que seja, minhas roupas molhadas grudam em minha pele, a tempestade cobre esse triste cenário, eu não entendo nada, o que aconteceu? Porque ele cometeu suicídio? Ainda mais dúvidas. Um toque em meu ombro faz meu corpo estremecer, quero virar e encarar a pessoa mas sou impedida pela voz que arrepia cada centímetro de mim, um sussurro baixo e suave "Salve-me." Diz a voz "Salve-me Will. Eu te amo".

Abro meus olhos e procuro apoio, desligo o chuveiro e agarro a toalha com dificuldade, mechas do meu cabelo tapam minha visão e meu corpo desnudo logo é coberto pela toalha, respiro fundo várias vezes tentando voltar ao normal, o que foi aquilo? Por que eu tive aquele delírio? Devo estar doente, é a única resposta. Calço chinelos secos e vou até meu armário, abro a porta e observo a fileira de camisas, pego uma branca e visto-me, não irei usar terno nem gravata hoje, irei jantar como o simples Will. Desço as escadarias e finalmente chego a sala central, sento no sofá e espero, confesso que eu tentava não lembrar do delírio, ilusão maluca, ou seja lá o que era; meus olhos arregalaram-se ao vê-lo novamente, agora, um pouco menos formal, sem a gravata, suas mechas negras estavam molhadas e o cheiro de seu perfume exalava, era como droga, eu entrava em delírio apenas com seu perfume, e por mais que eu lute, não consigo parar de desejá-lo. Ele esboça um meio sorriso e meu coração dispara, aproxima-se mais e quando sentou-se ao meu lado, tive uma sensação tão boa, e apesar de me debater internamente, eu o-desejava, desejava lançar-me aos seus braços e deixar o mundo acabar contanto que ainda estivesse ali junto á ele. Que merda ele faz comigo!?

Abaixo meu rosto em silêncio, ele respira fundo e então arfou, sinto sua mão tocar em minha coxa e no entanto nada vejo, tenho medo, mas sua presença impede que eu me mova. Levanto meu rosto e olho para o lado, deparo-me com as duas esmeraldas brilhantes e sombrias, são de um tom bem claro, algo entre o verde-água e azul-turquesa, ou talvez seja apenas o efeito da luz já que tinha certeza de seus olhos azuis.

– Olá Will. – eu quase morri quando pronunciou meu primeiro nome, pressiono os lábios entre si e continuei encarando-o, como fazia comigo – Hoje você poderá provar a minha... hmm... comida. – assenti com a cabeça em concordância. Dentro de mim havia uma guerra entre a alegria e o ódio pelo meu duplo sentido automático – Desculpe-me pelo que fiz nesses dois dias, não estava num bom momento.

Eu não consigo responder. Não sei se choro ou fico feliz. Meus sentimentos estão em caos.

– Espero que perdoe as minhas grosserias. Não sei se já te falei isto, mas... – ele entrelaça os dedos entre si, respira fundo e por final, diz – Seja bem vindo a mansão Darkness.

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O que acharam do capítulo novo?
Eu havia escolhido postá-lo no Halloween mas estava ansiosa para mostrar mais um pouco da história kkkkkk manda o votinho e comenta sua teoria 😍 beijinhos
Obs. Se não fazer o que mandei Adrian vai te pegar. Se do voto não esquecer, Thomas vai te prender.

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