22. O pedestal intacto
O ar frio batia em meu rosto, a janela estava aberta e o exalar de seu perfume deixava o momento ainda mais insano, o contato da sua pele era como faíscas e cada vez meu corpo entrava em combustão, tudo queimando por dentro e o sangue fervente correndo pelas minhas veias, exatamente como uma bomba prestes a explodir.
- Como você soube... - O sorriso maligno estampado em sua face, as mechas molhadas caindo sobre sua testa, seus lábios avermelhados e por mais estranho que pareça, eu não senti medo, eu estava confiante, nós havíamos planejado isto á meses e este seria a conclusão, não é como antes, onde eu reprimia tudo que havia dentro de mim.
Hoje seria o momento de me libertar.
- Gosta de surpresas? - Sua expressão tenebrosa me trazia pequenos calafrios, ele estava destinado a mim, nós devíamos ficar juntos... Mas, o que deve ser feito, será. - Pois se não, aposto que deve estar enfurecido por dentro, ou, parabéns, melhorou muito sua atuação.
- Ora querido Will, vejo que está de bom humor hoje, mas não por muito tempo. - Sua mão alcança meu braço rapidamente e então uma dor lancinante correu por todo meu corpo, as sombras corroíam a pele como labaredas porém não tinham efeito, ele não conseguia me ferir gravemente.
- Adrian, desista. - É como se outra pessoa estivesse me controlando, eu dizia coisas que sequer tinha pensado. - Julian já desistiu, Alexander também, então dessa vez facilite o processo.
Ele soltou meu braço e não consegui ver seu rosto, por um momento seus olhos pareciam estar lacrimejantes, será que o insensível Darkness havia sido ferido?
- Eu quero que você, morra, Will! - Com seu punho ele acertou a parede fazendo manchas vermelhas surgirem em seus dedos, meu coração disparou e estremeci pois não esperava por isso. - E queime no inferno junto com todos os outros! Junto com os destinados a morrer!
- Eles não mereciam! - Retruco enquanto vejo suas órbitas em chamas eram refletidas no espelho próximo. - Eles eram inocentes, não mereciam o fim que tiveram.
Uma gargalhada insana ecoou pela biblioteca fazendo-me arrepiar, ele virou-se em minha direção e encarou-me nos olhos.
- Sim, eles mereceram! Eu vivo com essa maldição desde quando nasci, nunca pude ser feliz por sua culpa! Nunca pude ter uma vida normal por sua culpa! Estive sozinho por toda a vida por sua culpa! - Cada vez mais próximo, ele dava passos enquanto falava. - E então, eu me apaixonei por você e saiba, eu nunca quis isto, desde o momento que te vi eu nunca quis gostar de você! Mas foi mais forte do que eu pensei e tentei, como tentei, Will. - Um suspiro profundo e ele continuou.
- Lembra das vezes que te seduzi? E logo em seguida fiz você se arrepender de ter acreditado em minhas palavras de amor? Era pra sua proteção, eu sabia qual seria o seu destino estando aqui, e apesar deles me forçarem a te seduzir para facilitar, eu não vou mentir... Sim, eu adorei cada momento! E nesses momentos eu te avisei! Avisei com todo meu eu!
- Lágrimas corriam pelo seu rosto enquanto eu não sabia como reagir, não fazia sentido. - Tudo estava planejado, Will, desde a última vítima que fora Cristian que aliás teve um caso com Melissa.
- Planejado? Como assim? -, Pisco tentando raciocinar.
Ele caminha pelo carpete enquanto diz cada detalhe, ali estavam as respostas.
- Minha família sempre manteve contato com vocês, os que se lembravam de nossos rostos morreram com a velhice e não podiam avisar, ou não quiseram. Meu pai deu o emprego ao seu pai para ficar ainda mais próximo de você, depois de matar sua tia e Selene matar o filho como sacrifício numa das várias tentativas falhas de quebrar a maldição sem uso de magia, você estava pronto para o destino. Aliados vigiavam você, os Yatrius também, afinal, somos amaldiçoados, apesar das diferentes maneiras.
Will, você literalmente girou o nosso mundo desde quando nasceu.
- Isso é insano, mais do que eu pensava...
De repente a porta foi aberta e só seguir trancada por uma silhueta, quando o rosto assombrado me encarou senti um alívio por ser Daniel, porém perdido ao perceber que Adrian nos observava.
- Confiança é algo engraçado, quando nem sabemos ela é quebrada. - Minhas pernas estremeciam, o fogo dentro de mim. - Richard, Daniel, tanto faz, eu não esperava isto de você meu primo.
- Não me diga, logo dirá que nunca desconfiou de mim. - Ele se aproximou sério e eu senti muito mais aliviado por... Ele desliza o polegar nos lábios avermelhados de Adrian e então os-beija. - Então, como será o sacrifício desta vez?
Tudo parou. Minha respiração, minha noção, meu coração, era como se tudo houvesse sido destruído em minha frente.
- Será que Alisha vai sentir mais falta desse aqui ou o Yatrius? Será que teremos mais velório, você quer acompanhar a nossa querida Anna? - Suas palavras me deixavam ainda mais confuso, eu confiei nele, eu tinha certeza que ele estava me ajudando, no entanto descubro que ele matou o melhor amigo de Alisha, e supostamente Anna, ele fez isto em minha frente, na ponta do meu nariz e eu não notei.
"Não confie em ninguém".
- Obrigado por ter ligado a magia, Will, sem meu priminho isso não seria possível. - Adrian sorriu e eu estava prestes a surtar numa mistura maluca de raiva, decepção, eu tentava porém era quase impossível entender que ninguém me ajudou! Apenas fui levado para mais perto do meu "destino".
- Eu não... - É como se eu tivesse esquecido como se respira, cada flash vinham momentos que passaram despercebidos e que apesar de eu ter colocado a culpa em mim mas na realidade nunca foi, eu nunca tive culpa. - Como?... Daniel?...
- Adrian te avisou, Will. Quem escolheu ficar foi você. - Desejo gritar mas minha voz não sai, respirar? Difícil, apenas o ar seco e mórbido que entra nos meus pulmões é capaz de piorar a situação.
- Eu não escolhi ficar! - Algo sobrenatural me dá mais força, apesar de toda a minha vida estar desmoronando. - E eu não tive escolha, eu sou essa merda de destinado e por mais que eu fugisse vocês iriam atrás de mim.
- Você está apaixonado pelo Adrian, por isso ficou. - Daniel respondeu friamente me fazendo arrepiar.
- Ela, eu e o Adrian somos as peças deste jogo! Vocês sabem disso! - Adrian permaneceu quieto, já Daniel se apoiou sob a escrivaninha e me observou, seus olhos destacavam-se na escuridão assim como os de Adrian. - Eu nunca quis ser mais uma peça.
- Nós sabemos disto, mas quem criou as regras não foram nós e sim quem lançou a maldição, estamos apenas jogando conforme. - De repente vi um carro passar por trás das árvores, por sorte nenhum dos dois conseguiram perceber.
- Está quase meia-noite, Will. - Adrian olhou exatamente para onde o carro havia passado antes, porém direcionado a lua cheia que estava quase no auge, é uma coloração dourada surgia em sua luz. O grasnar dos corvos sobrevoando ao redor era de arrepiar e tudo remetia a um filme de terror dos anos oitenta.
Foi então que um grito extremamente alto ecoou por toda a mansão, era Isabelle, deve estar sentindo o peso da ligação afinal, Melissa estava fazendo o parto. Daniel rapidamente virou-se, abriu a porta e deixou apenas eu e Adrian na biblioteca.
O mesmo se aproximou e eu não pude evitar, apenas encarei minha morte.
- Eu nunca quis isto, você sabe disso? - Para minha surpresa algo dentro de mim diz que eu sempre soube. Assenti com a cabeça. - Não é por mim, é por eles. E eu juro que se fosse por mim, nós estaríamos numa das praias de Bryffstork, deitados na areia sob a luz da lua. Não aqui.
- Então se você deseja tanto isto, por quê vai continuar? - Ele pressionou os lábios e vi um pouco do seu verdadeiro eu.
- Porque eu não controlo o destino. - Essa foi sua resposta.
Seguimos pelos corredores, o silêncio na mansão era insuportável e o cheiro mórbido que futuramente seria o meu trazia-me ânsia de vômito. Vejo os quadros pendurados na parede, tudo me lembra a minha chegada aqui, porém mais clara, minha busca por respostas me trouxeram até o lugar do qual eu mais fugia. A escuridão.
Penso na reação da minha mãe ao ouvir que eu já não estarei vivo, que a terra estará acima de mim e eu não terei respiração, pulsação, emoção, e que toda a minha vida não serviu pra ainda mais nada, pois sim, eu tive várias chances para fugir porém segui. Os olhos de Adrian estão ainda mais acesos, uma luz dourada em meio á escuridão, como em alguns sonhos.
Foi então que não apenas ele, como também eu ficamos boquiabertos, ele desceu a escadaria correndo e parecia a cena de um filme, o corpo caído sobre o sofá, as mechas escuras espalhadas sobre o sangue que pingava de seu peito, os lábios vermelhos como sangue e as órbitas azuis como o céu, Isabelle tinha em seu coração uma adaga e já não respirava, Adrian gritava sem saber o que fazer, abraçou-a enquanto chorava angústiado pela irmã que acabara de falecer.
Algo dentro de mim reascendeu, como uma chama, uma força ainda maior, e num pequeno fechar de olhos eu pude ver duas borboletas, uma azul e outra cinza, ambas sobrevoando uma rosa vermelha. Melissa.
De repente Daniel surgiu da cozinha, com as mãos cobertas de sangue, então ele matara Izzy? Adrian se levantou como um furacão em fúria e num empurrão levou Daniel a parede e em seguida dando-lhe uma sequência de socos enquanto sangue jorrava do nariz do mesmo, porém meu coração disparou ao ver a silhueta de um conhecido, Thomas, ele estava sangrando e tentava cobrir o ferimento com as mãos, corri em sua direção quando o mesmo caiu.
- Will... me desculpe. - Sua voz embargada e rouca, olhei para o ferimento e fiquei em choque ao ver que seu coração havia sido retirado, Daniel fez isso certamente para vingar Isabelle. - Eu não sabia... Que Daniel...
- Por favor, Thomas. - Lágrimas caem e não as-seguro, ele foi a pessoa que mais tentou me tirar disso tudo, e apesar de eu ter feito tudo aquilo ele continuou comigo.
O cara que me fez sentir seu perfume aonde só havia lixo.
- Eu só... Queria te proteger... - Ele cuspiu sangue, ele se esforçava para respirar e meu coração doía em vê-lo assim.
- Mas você me protegeu. Mais do que eu merecia. - Ele abriu os olhos e antes do último suspiro, respondeu:
- Obrigado, Will. - E então com um sorriso no rosto, Thomas se foi, junto com mais um pedaço do meu coração. Sem que percebesse, não havia mais ninguém na sala escura, apenas eu e a escuridão, o silêncio trazia ainda mais tensão e era impossível pensar, os ruídos, o tenebroso assobio do vento balançando os galhos das árvores e as batidas aceleradas do meu coração.
Levanto-me e sou guiado até o centro da sala, a silhueta dele na porta aberta me espera para a conclusão de tudo. As folhas secas desfazendo a cada passo que dou, o gramado está verde e apesar de ser noite é possível ver que o céu está nublado, um último suspiro e levanto meus olhos para cima e vejo a lua prestes a estar no auge, abaixo dela a árvore da qual tudo começou, a queima da bruxa, o suicídio de Alexander e agora o sacrifício final, o início, o meio e o fim.
Ao longe, posso ver Daniel vindo com uma corda em sua mão, a mesma brilha em meio ás sombras, talvez seja feita de algum material especial e não tenho certeza o que realmente irá acontecer, forca?
- Vamos William, ajoelhe-se! - Comandou Daniel Richard, o homem que dei total confiança e se provou ser mais cruel quanto Adrian. - Faltam apenas alguns minutos.
Ele lançou a corda para Adrian que puxou-me contra seu peitoral para amarrar meus pulsos, daí não teria como eu tentar algo como fugir ou utilizar magia. O grasnar de corvos sobrevoando me arrepiava e logo era possível ver os seus olhos curiosos observando-me nos galhos.
- Eu sinto muito. - A voz quente e seca de Adrian próxima a minha orelha foi uma surpresa, uma corrente elétrica crescia cada vez mais dentro de mim, quanto mais próximo a lua estava do ponto central mais quente eu me sentia. - Eu te amo.
Após ter certeza que eu estava bem amarrado, Daniel puxou-me e com um chute que resultou em uma nova fratura no joelho eu fui obrigado a me ajoelhar. O suor frio corria pela minha testa e foi então que ele tirou do seu bolso a adaga, porém consegui ver algo que nunca havia percebido antes, Daniel tinha uma cicatriz próxima ao abdômen e minha expressão chamou sua atenção.
- Sabe o que foi isto? A marca da ligação usada pra diminuir o estrago feito por você. - Fiquei calado, não valeria a pena discutir. - Adrian também tem.
- Fizemos para sobreviver com a dor e conseguir mais respostas. - Ele não conseguia me encarar nos olhos e eu não compreendia o motivo, não era o mesmo Darkness que tentou me matar várias vezes? - Foi necessário o sacrifício de uma vila inteira na primeira vez.
- Então por que vocês estão me dizendo? - Rangi entredentes, não fazia sentido.
- Seria uma pena você morrer sem saber o que tanto queria. - Respondeu Daniel se aproximando, foi então que o vento se tornou mais forte e as árvores tremulavam, o cheiro de fumaça mórbida.
A lua estava no auge. Ambos se aproximaram e fizeram um corte na palma de suas mãos, e então as-apertou. De mãos dadas, Daniel gritou em alta voz:
- Espíritos presos a maldição da meia-noite, que morreram pelas mãos da bruxa, irmãos, juntem-se a nós, filhos e irmãos dos seus para quebrar o selo. - Foi então que um último corvo se juntou aos outros... Os espíritos.
- E quando a lua de ouro brilhasse como nossos olhos, o sacrifício seria feito para nossa liberdade; A escuridão será destruída assim como a noite é pelo sol. - Pronunciou Adrian, e então juntos, terminaram:
- Oh bruxa da noite, receba o sangue do sacrifício em troca de nossa liberdade. Assim como o amanhecer, assim como o crepúsculo, assim como a noite, o selo será quebrado! - Eu sentia meu sangue fervendo ao extremo, era como se nas minhas veias corressem lava, eu estava prestes a explodir; Então ao soltarem suas mãos, Daniel com sua adaga foi para trás de mim e posicionou-a no meu pescoço. - E que o selo se quebre pela luz do sol e o poder da lua.
Fechei meus olhos rapidamente a ponto de sentir minha pele se abrir e o sangue sair, porém as sensações foram ofuscadas pelo imenso calor que eu sentia dentro de mim e agora era liberto, eu conseguia respirar, a sensação de liberdade que eu nunca tinha sentido em toda minha vida, eu juraria que as chamas estavam sendo dispersas do meu interior.
O silêncio não me incomodava, era como se tudo estivesse finalmente em paz, calma, então eu havia morrido? Era assim mesmo? Foi então que uma voz desconhecida me chamou atenção, feminina, era como se eu estivesse tendo outra visão.
"Diga-me, qual o seu maior desejo?"
Eu não pude responder pois fui despertado por alguém, uma leve toque em meu ombro direito foi possível para abrir os olhos, eu estaria no paraíso? Ou o que?
Minha primeira visão é o degradê no céu entre a noite e o dia, enquanto o sol crescia e a lua desaparecia, algumas estrelas ainda podiam ser vistas. O cheiro de queimado era insuportável e eu não entendia, era pra eu estar morto no entanto... Aqui estou eu?
Um homem me observou, vestia um traje típico de bombeiros; Ainda um pouco tonto, levanto-me e percebo que estou bem longe da mansão, árvores carbonizadas rodeiam-me e podia se ver alguns carros parados próximo dali junto a um aglomerado de pessoas, o murmúrio era audível.
- Eu o-encontrei perto dali, deve ter desmaiado. - Dizia o bombeiro para o chefe, as pessoas conversavam entre si e me olhavam com curiosidade. A voz da minha mãe foi o mínimo para eu correr até ela e abraça-la aos prantos, meu pai juntou-se a nós, era tão bom revê-los, apesar de não fazer idéia do que aconteceu.
De repente eu vi algumas macas levando corpos cobertos, eu não consegui entender seria Isabelle? Onde estão Daniel e Adrian? Thomas?
Perto de nós, uma jornalista fazia a reportagem.
- Na última noite, a floresta de Westford foi arrasada por um incêndio e junto ao desastre, a mansão Darkness foi carbonizada. Alguns corpos como o do Sr. Adrian Darkness, Isabelle Darkness, Richard Darkness e Thomas Fray foram encontrados, esperemos por mais informações e nossas condolências a família. - Antes que eu pudesse sair do estado de choque, várias câmeras foram apontadas para mim e repórteres faziam várias perguntas, rapidamente minha mãe me levou ao hospital após brigar com alguns enfermeiros e meu pai quase agredir um fotógrafo por insinuar que eu causei o incêndio.
Enquanto íamos para o hospital, encontrei um papel no bolso da minha calça que estava suja de sangue igualmente a camisa; O papel era amarelado e as letras estavam um pouco borradas porém legíveis:
"A vingança de uma bruxa queimada na fogueira."
Ele se desfez em minha mãos. Não havia muitas pessoas no hospital, a cidade de Westford havia parado por causa do desastre e era notícia, após alguns exames para ter certeza que eu não tinha nada mais do que uma fratura na perna que aliás eu não sentia dor alguma, estava totalmente atordoado e confuso para ouvir as pessoas me fazendo milhares de perguntas. Decidi ir tomar um refrigerante para talvez me acordar.
- William? - Meu coração acelerou ao ver o rosto de Jasmine, a mesma carregava uma aura alegre e eu não entendo o motivo, seus primos morreram...
- Você precisa ver Luna e Rowan, eles são tão fofos...
- Melissa, onde está ela? - A garota abaixou a cabeça...
- Ela não resistiu.
Foi então que percebi que a mulher elegante que nos observava estava agora me chamando, Selene tinha os olhos avermelhados certamente de tanto chorar pela filha.
Paramos em frente da sala onde estavam os gêmeos, podíamos observar pela vidraça e eles eram tão lindos, dormindo como pequenos anjinhos.
- Ela deixou a guarda para você. No testamento diz que você ficará responsável pelos bebês. - Sua voz é seca, porém a mesma não ousou ir contra o pedido da filha. A partir daquele momento, eu seria o pai deles, iria protegê-los de tudo.
- Você pode me ajudar? A maldi...- ela me interrompeu.
- A maldição foi quebrada. Não precisa mais se preocupar. - Fiquei ainda mais confuso. - Ela, conseguiu o que mais queria, vingança.
Fiquei em silêncio, fitando os bebês dormindo em perfeita paz.
Havíamos nos despedido da minha família, Selene decidiu não vir junto conosco pois tinha certeza que eu iria cuidar bem dos dois com ajuda de Jasmine. Alisha até pensou em vir com Beatrice, que aliás estão namorando porém haviam alguns afazeres. Luna e Rowan se dão muito bem juntos, algo que me é curioso foi o fato de Luna ser muito parecida com Melissa exceto por ter olhos cinzas como os do pai e Rowan ter mechas negras e olhos azuis como os de...
As horas de vôo foram até que rápidas comparadas a outras viagens, logo estaríamos nas praias de Bryffstork deitados na areia.
- Papai, Rowan não quer me dar o biscoito. - Ele escondeu a embalagem atrás da poltrona irritando-a. Luna aprendera a falar mais rápido que Rowan.
Estávamos na entrada do hotel onde ficaríamos por um tempo, Jasmine segurava o carrinho para que entregasse os dados á recepção e concluir, só de ver toda aquela paisagem eu me sentia melhor e mais leve. De repente senti um toque em meu ombro que fez meu corpo estremecer, lentamente, viro-me e encontro órbitas azuis fitando-me, seu sorriso idêntico, o cheiro...
- Desculpe, mas poderia me dizer se nos conhecemos de algum outro lugar?
Boquiaberto, eu não consegui dizer nada além de...
- Adrian?
"Fim"
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