17. As fases da lua

Sua respiração ofegante unida a minha fazia meu coração disparar, era algo automático, e apesar da minha consciência dizer o quão errado é, meu coração acelera para que eu desista, e que a batalha contra esse sentimento se finde... Como se tudo fosse um belo conto de fadas.
Seu perfume forte me faz perder a noção por um momento e tudo que eu penso é em me lançar sob seus braços e esquecer o passado e omitir o futuro. A lua no céu está alta e ouço os ruídos dos lobos correndo em nossa busca, e por um momento nada mais importa e é isto o que mais odeio; Está perto dele é como que ele tomasse a forma da minha vida, e que sem ele eu não pudesse respirar, e nada mais importasse senão eu estar junto a ele.

- Não faça barulhos. - ele sussurrou, algumas mechas pretas caíam sob sua testa, gotas de suor escorriam pelo seu corpo. Tal visão seria um deleite para certas pessoas. - Me dê sua camisa.

Tiro-a sem questionar e entrego, franzi o cenho sem entender o que a minha camisa iria ajudar.

- No um você puxa o máximo de fôlego que conseguir. - assenti com a cabeça, minha visão estava um pouco embaçada e sem querer vi que um pouco de sua camisa estava desabotoada, a consequência foi ver seu abdômen definido e sentir um calafrio prazeroso. Como eu iria ter fôlego? - No dois você pega minha mão. - olho para baixo e vejo um anel dourado em sua mão, com um pequenino rubi encrustado. - E no três, você corre.

Observo ao redor, várias árvores em meio a escuridão, é quase impossível enxergar.

- E como eu vou saber se você não está envolvido com eles? - a pergunta escapa da minha boca, seu olhar sério me faz calar, afinal, por que ele iria me ajudar a escapar?

- Um... - respiro fundo, olho no fundo do seus olhos e vejo algo estranho, por trás da frieza marina de suas órbitas, por trás de todo o gelo afiado que o-impede de sentir algo bom, uma pequena faísca de esperança. - dois... - Ele envolve sua mão á minha e um calor toma meu corpo; Então, ele joga minha camisa numa poça d'água próximo, o som de respingos fez tudo tornar-se um silêncio agonizante. - Três!

Corremos como se não houvesse amanhã, era possível ouvir os passos bruscos e as patas pesadas dos lobos indo em direção a minha camisa. Por alguns minutos, eu conseguia respirar facilmente no entanto com o passar do tempo, tudo ficara mais difícil, minhas pernas doíam e pareciam estar prestes a partirem-se ao meio, meu pulmão se esforçava ao máximo tentando sugar o máximo de ar, era como se eu fosse uma máquina velha em seus últimos momentos porém quando num breve momento eu fechei meus olhos, algo estranho me envolveu e tudo ficava mais fácil... Abro os olhos novamente e encontro um par de órbitas douradas me encarando, Adrian está parado em frente á uma clareira, a luz da lua ilumina nossos corpos enquanto a escuridão nos rodeia.

- Eu tentei, mas não consegui. - Ele diz cansado, como se aquelas palavras o-cortassem mais do que a mim. Observo-o de esguelha sem entender o que ele realmente quer me dizer. - Eu deveria ter deixado, mas essa merda doía. Odeio sentir essa dor.

- Adrian, que dor? - me aproximo dele, é como se meu corpo não estivesse sendo controlado por mim mesmo. - Eu... Não entendo.

- Você me causa essa dor! E faz ela parar! - Ele se afasta me olhando com um mistura de horror e confusão, sinto que esse seria o meu papel. - Quando eu devia continuar lá, eu senti isso, meu coração doeu e não foi "normal", afinal eu já me acostumei a não sentir nada, mas a partir do momento em que eu posso me sentir bem, junto a essa sensação vem o ruim.

Suas palavras ecoam pela floresta, temo que os lobos nos alcançem no entanto ele continua.

- Eu não quero sentir, Will. - Seus olhos dourados lacrimejam e eu fico sem palavras, não sei o que dizer, fazer, pensar. - E acho que você pode acabar com isso...

De repente, Adrian retira uma adaga de seu bolso, lágrimas descem pelo seu rosto e eu não sei como reagir, bem no fundo do meu coração eu sinto a mesma dor que ele, o mesmo desejo de não sentir mais nada.

- Por favor, Will. - Adrian se aproxima segurando a adaga, seus olhos continuam dourados e ele chora, calafrios correm pelo meu corpo e minha cabeça dói, o que ele quer que eu faça... Não, eu não posso... Considerando tudo o que ele já fez em mim eu ainda não consigo pensar em... Matá-lo.
- Eu sei que apesar de tudo, você gosta de mim, lembra daquele dia? Quando você disse que me amava? Então, eu sei que pode fazer isso por mim.

Ele puxa minha mão ainda trêmula e põe a adaga sobre ela, engulo em seco só sentir o quão afiada é. Normalmente, eu estaria chorando mas algo inexplicável me impede.

- Adrian, não. - Respondo seco, ele me encara sem entender, como um perdido sem rumo. - Por mais que eu te odeie, eu nunca faria isso.

- Amor. Ódio. Como você consegue sentir ambos? Eu quero acabar com isso, por mim, por você. - Ele se aproxima e toca em minha mão na qual seguro a adaga, ele a-controla levando a ponta até o seu peito, tento me mover mas não consigo.
Algo sobrenatural está influenciando cada acontecimento.

- Eu não quero... - Tento puxar minha mão para longe mas não consigo, perdi o controle dela, as órbitas douradas me encaram com certo fascínio e lágrimas brotam dos meus olhos, não posso deixar isto acontecer. - Adrian, por favor... Eu te amo! Eu te amo Adrian Darkness e eu não sei como, apesar de tudo eu te amo!

Seus olhos brilham estonteantes como a própria luz lunar, tenho esperanças que ele desista, falar aquilo, falar que eu o-amo foi como tirar um grande peso, mas eu previa sentir algo duplamente pior. Eu amo ele.

- Eu também te amo, Will. - De repente sua mão trouxe a minha é com o impulso a adaga adentrou o seu peito, tento me mover mas parece que me tornei uma estátua. Lágrimas escorrem ao ver um sorriso jovial brotar de seu rosto enquanto o sangue desce e suja sua camisa. Meu coração se quebra a cada suspiro dele e não consigo me mover.

- Adrian! - Meu grito faz com que meu pingente funcione, seu corpo inclina sobre mim e eu o-seguro, sozinho, deito-o na grama molhada, minhas mãos se movem sem saber ao certo o que fazer, o desespero toma conta de mim e a cada batimento fraco dele, um dor enorme cresce em mim. De repente um relâmpejo me lembra algo, quando eu o-cortei, ao tocá-lo Adrian se curou rapidamente, no entanto agora nada acontece, talvez eu já tenha usado muito o pingente ou algo que eu não sei.
Fecho meus olhos e tudo se escurece.

O amor nem sempre pode ser considerado algo completamente bom, isto vai depender do ponto de vista, um amor recíproca - como por exemplo, é consideravelmente uma dádiva, no entanto quando o recíproco vem acompanhado do proibido, catástrofes são fáceis de acontecer, uma tempestade de corações quebrados.

- O que deveríamos dizer? Há tantas donzelas de grande formosura. - comentou o cavalheiro, estava tão bêbado que que caminhava atordoado indo em direção para mais uma caneca. - Poderia chamar todas para uma dança.

Antes que o mesmo tomasse o próximo gole, seu irmão, um belo e misterioso jovem de órbitas azuis tomou a caneca de sua mão; Odiava ver seu irmão assim, afinal, ele era considerado a ovelha negra da família, o rebelde sem causa que afunda suas mágoas em bebidas alcoólicas tradicionais.
O amor e seus efeitos colaterais.

- Caro irmão, sinto que não possa ficar até o final. - Seu irmão agarra uma mulher e pretende beijá-la, no entanto a mesma se recusa, felizmente o irmão mais velho a-ajuda fazendo com que Hodge solte-a com uma expressão cansada.

- Julian. Julian. O mais cobiçado nobre, me dê sua benção. - Cantarola Hodge revirando os olhos, o mesmo ousa dar pulinhos num ritmo estranho. - Eu quero morrer...

Hodge se inclina para o lado caindo num sono profundo, Julian logo o toma pelos braços o irmão mais novo enquanto os outros dão passagem para que chegue facilmente á saída. Julian realmente tinha grande fama na vila, as pessoas o-viam como o "Menino de ouro" da família Darkness, e seus bons atos com seu irmão apenas reforçava o já visto. Deixado em uma estalagem para que passasse a noite, Hodge conseguiria se virar ao amanhecer e certamente voltaria para casa, sem se preocupar com o pagamento.

Eram altas horas da madrugada e Julian caminhava pela escuridão, raramente via-se algum bar ainda ativo, no entanto ao atravessar uma das esquinas algo lhe chamou atenção, uma bela moça de longas mechas loiras e misteriosos olhos cinzentos, eram exatamente como o céu quando está prestes a chover, e a pele da moça era tão delicada, Julian estava encantado... Ou pode-se dizer, apaixonado.

A partir daquele momento, ele desejava conhece-la, seu coração disparava ao vê-la com suas irmãs enquanto faziam suas compras na feira, inclusive uma delas, a menor lembrava muito Celeste, esse era o nome dela, no entanto a menor ao invés de órbitas cinzas, tinham os olhos de seu pai, violetas. Já envolvido com a garota, Julian mantia-se encantado por ela e sentia um surreal desejo por ela, o "amor" o-afogava e a-transbordava.
Ela também o-amava, sentia exatamente o mesmo que ele, no entanto algo a-impedia de seguir seu coração, ela tinha um segredo.

- Julian, o que você me prometeu mostrar... É realmente bonito? - Ambos corriam por entre os galhos das árvores, ela usava um longo vestido que se constatava com a escuridão noturna, Celeste realmente parecia uma princesa.- Eu já estou cansada...

- Só mais um pouco. - Suplicou ele, quando então já estavam longe o suficiente, ele puxou-a contra o tronco de uma árvore e beijou-a com euforia e completo desejo. O amor é algo lindo, mas até às mais belas coisas trazem suas consequências.

Com o tempo, os moradores do vilarejo começaram a desconfiar, de repente, ambos desapareciam, a troca de olhares, os gestos imperceptíveis que os-davam a ilusão... Todos percebiam e logo as consequências vieram.

- Você não pode continuar encontrando-o e você sabe disso. - Sua mãe a-repreendia, o segredo não podia ser descoberto senão Celeste e sua família correriam perigo.

- Mas mãe... Eu o-amo, eu tenho certeza que ele também sente o mesmo. - Ela se sentou próximo ao forno á lenha e observou o fogo, era fascinante como algo tão belo e aparentemente delicado poderia machucar, as chamas encantavam-na. - Já falamos até sobre... Casamento...

- Não se iluda minha filha, os Darkness são nobres, ricos, o único motivo dessa atenção que o herdeiro está lhe dando é a sua beleza, afinal, você é a mais bela da região. - Elena pega um monte de galhos secos e lança dentro do forno, as chamas aumentam e refletem nos olhos nublados da garota.

Uma situação exemplar acontecia na residência dos Darkness, no entanto o que estava em jogo não era a felicidade do filho e herdeiro, mas sim sua reputação. Julian era totalmente o contrário de Hodge, e por ser o mais velho tinha a responsabilidade de trazer honra e orgulho para sua família, portanto se casar com uma garota pobre não era uma opção, apesar de ser realmente bonita, não era agradável aos olhos críticos dos Darkness.
O mundo, universo e destino estavam contra eles, mas ainda assim continuavam com seus encontros às escondidas, fugiam quando ninguém percebia e numa dessas vezes, algo a mais aconteceu. O corpo quente, os beijos, a respiração ofegante e o prazer contido em cada toque sobre a pele, ele expiravam paixão. Uma perigosa paixão.

Alguns meses após o ocorrido, Celeste sentia-se diferente, Seu corpo estava mudando e aparentava estar mais robusta, por conselhos de sua mãe, a mesma comia muito e ainda mais em frente aos conhecidos, seu pai ficava assustado com a fome da garota, mas daí quando a perguntassem o motivo de estar mais robusta, o aumento de massa seria a resposta... Uma desculpa para a dura realidade.

Era uma lua cheia quando eles decidiram se encontrar novamente, ambos com motivos distintos; Ele, iria terminar o relacionamento, estava trabalhando mais e usava o que ganhava com prazeres quaisquer, inclusive mulheres da noite. Ela, tremia diante do frio, a junção dos calafrios que sentia, apesar de suas vestes serem longas e grandes o bastante para disfarçar sua barriga, a beleza já não era mais vista pelos habitantes e sequer pelo homem que a-jurou amor.

O céu estrelado era tão belo, o cenário improvável para o que aconteceria ali. Julian não a-encarava, parecia sentir vergonha, nojo, e isso doía profundamente em Celeste. As palavras dele cortavam-na, ele soltava desculpas esfarrapadas sem sentido e a situação apenas piorava.

- Eu sequer sei quanto tempo continuarei aqui, minha família vai se mudar... - Celeste engoliu em seco enquanto as lágrimas desciam, e então não havia mais o que fazer... Apenas, dizer.

- Julian, eu estou grávida. - As órbitas azuis do garoto aumentaram e ele não sabia como reagir, um alívio inseguro tomou conta de Celeste. - Irei ter um filho seu.

Sem coragem de abrir sua boca, ele deu-lhes as costas e decidiu seguir, esquecê-la, sem ao menos dar-lhes uma resposta. Aos prantos, a garota correu em sua direção e o puxou pelo tecido de sua camisa que lascou mostrando parte de seu peitoral, antes que ela pudesse olhar em seus olhos, Julian retirou uma adaga de sua calça e acertou-a em seu coração, deixando-a sozinha, sob a luz do luar enquanto o sangue escorria sobre o solo gélido.

De repente, num flash, tudo torna-se claro e um vulto vermelho aparece, gotas de sangue sobre terra molhada, eram vários borrões e para mim uma grande confusão, até que minha visão volta e estou ali, ajoelhado em frente ao corpo dele, o sangue fresco e o desespero, meu coração disparado, as palavras voltaram a rodeiar em minha mente "Ruína, ascensão, esperança".

Com cuidado, aproximo-me dele e desculpo-me num sussurro pelo que estou prestes a fazer.

- Por favor, respira fundo. - Com um pouco mais de força, puxo a adaga de seu peito e ele geme, há um pouco de sangue em sua boca. - Adrian?

Observo-o e vejo que o sangue aumentou, sem pensar muito, passo a lâmina afiada sobre minha mão, a dor me faz fechar os olhos por um momento e imagino o que ele deve estar sentindo, Adrian disse que sua dor era o dobro de vezes que as dores humanas. Chego mais perto dele e numa última tentativa, aproximo minha mão á sua boca e deixo o sangue escorrer, ele engasga um pouco e apesar de eu aparentar um completo imbecil, me parece o certo a fazer.
Sua respiração ainda é dificulta no entanto o sangue para, solto uma risada nervosa surpreso por ter dado certo, parece até coisa de filme. Sem perceber, ouço ruídos mais próximos daqui, passos pesados dos lobos; Com cuidado, tiro sua camisa e amarro-a ao redor de seu peitoral enquanto a ferida se fecha, inclino-me e com o máximo de força que tenho o-levanto, no entanto quando estamos prestes a seguir, sua voz fraca boceja algo como " Adaga".
Encaro-a caída no chão, ela é quase que culpada por tudo isso, senão o Adrian não teria tentado se matar. Pego-a e ponho em meu bolso, há sangue fresco nela e sinto um líquido quente em meu bolso.

- Aquelas coisas, elas estão vindo. - Digo dando passos os mais rápido que posso, Adrian rosna as vezes por a dor ser insuportável. - Mas que merda.

- Olivia. - Ele engole em seco e tosse um pouco de sangue - Ela... Não pode nos encontrar...

- Quem é Olivia? - Pergunto comigo mesmo, no entanto ele responde.

- A Yatrius. - Ele tosse mais um pouco de sangue.

- Cala a boca, Adrian! - Reclamo, ele não pode se esforçar, aos poucos, consigo ouvir o som de carros em velocidade ou seja, estamos próximo da pista.

Tento ir mais rápido, as vezes olho para trás para ter uma noção de onde os lobos estão...
E torcendo para que eu não os-veja. O suor frio em meu corpo, as gotas de suor no corpo quente do Adrian, apesar de tudo eu insisto em continuar.
Pego-me pensando o motivo de eu não estar sentindo nada relacionado a Anna, é como se ela não tivesse realmente morrido, eu não sei explicar. Volto meu foco para chegar a pista e implorar por uma carona, eu preciso sair daqui. Sair daqui vivo.

A floresta termina e finalmente consigo ver alguns postes de luz, no entanto não é possível ver nenhum carro, por sorte um se aproxima...

- Hey! Espera! - no entanto o carro segue direto, daí percebo que é impossível me enxergarem desse lado da estrada, o jeito será atravessar com o Sr. D pendurado em meu ombro.

Ele esboça um sorriso quando sem querer minha mão toca na barra de sua calça, reviro os olhos. Tomo fôlego e dou meu primeiro passo adentro, respiro fundo e avanço com o segundo, quando então já estamos próximo ao outro lado, a luz ofuscante de um carro azul-escuro quase nos atropela. Adrian fecha os olhos que agora estão de volta ao normal, sem o brilho dourado. Franzi o cenho e observo o carro em nossa frente, vejo um homem loiro, de olhos azuis arregalados para mim. Thomas.

- Will, o que você...? - Ele sai do carro sem entender literalmente nada, Adrian ronrona algo em meu ouvido.

- Tem como me ajudar? - Thomas assentiu com a cabeça com sua expressão confusa, pega o outro braço de Adrian e o põe sobre seu ombro, assim levamos ele até o carro.

- Acho que vai sujar de sangue... - comento enquanto colocamos ele no banco traseiro, faço a manobra e sento no banco, ponho a sua cabeça sobre meu colo para se ele precisar de algo não fazer muito esforço.

- Então... O que aconteceu? - perguntou Thomas enquanto dirigia, ele ainda estava com a mesma roupa da festa, baile ou seja lá o que era.

- Perseguição, morte, tentativa de suicídio, uma longa história... - Thomas ficou boquiaberto, olhei pro retrovisor e vi o meu estado, sem camisa, sujo de sangue, lama... Nem parece que tudo isso aconteceu em apenas uma noite.
- Fomos assaltados, perdi minha camisa, ele foi esfaqueado.

Sua expressão suavizou com essa resposta esfarrapada, minha sorte que ele não tenha percebido a adaga em meu bolso. No decorrer, ele perguntou se nós queríamos ir para sua casa, no entanto Adrian já um pouco melhor agradeceu pela carona mas recusou dizendo que conhece um hotel, sendo assim, Thomas nos deixou lá.
Enquanto Adrian falava com a recepcionista, pedi também que ela levasse uma caixa de pronto-socorros ao quarto, retirei a sua camisa e o-ajudei a limpar o sangue e as feridas no banho, eu me sentia como uma mãe e isso é até cômico. Encontrei os pijamas que apenas pessoas que tem quarto reservado podem usar e o-ajudei a se vestir.
Deitado na cama, o-observei sentado numa poltrona, foi daí que percebi o quanto esse quarto se parecia com o que ficamos quando fui atacado por um Yatrius.

- Will? - sua voz meio rouca e ainda fraca me despertou do transe de lembranças e djavus, um arrepio correu pelo meu corpo. - Obrigado.

Sorri em resposta, e então eu vi ele engolir em seco.

- Eu... te amo. - Meu coração acelerou com suas palavras e uma lágrima rolou pela minha bochecha e cai sobre o corte na minha mão, feito para salva-lo.

- Também te amo, Adrian.

*****

Olá pessoas lindas ❤😍 Finalmente consegui postar o capítulo do mês e espero que vocês tenham gostado, afinal eu quase perdi os 3K de palavras por um bug de celular rsrs. Já tem teorias? O que acham que irá acontecer? Perceberam as referências ( Obs. Se tiver boa memória vai perceber)

Quero agradecer a todos vocês que esperam tanto por um capítulo novo, eu juro que se fosse por mim iria publicar todos os dias, entretanto é raro eu conseguir tempo e inspiração. Amo muito vocês e fico completamente honrada por ter vocês como meus leitores ❤😍 e juntos conseguimos 4K no meu bebê gótico rsrs, muito obrigada.



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