16. Perfeita escuridão

   O ruído do salto alto em contato com o chão ressoava por todo o salão, o silêncio mórbido era a trilha sonora do caos que logo se tornaria o assunto da primeira página no jornal de Westford... Isto se os jornalistas não fossem pegos antes.
Sangue fresco e um cheiro forte o suficiente para fazer até os mais sóbrios se sentirem mal, numa hipótese, talvez tenha cerca de quinze corpos, e realmente não faz muita diferença, o importante é que as pessoas certas estivessem em sono profundo e agonizante, sem possibilidade de acordarem. A garota tinha um sorriso jovial em seu rosto, seus cabelos negros como a noite traziam mais destaque aos seus olhos azuis, e em seu corpo um belíssimo vestido preto que caía em estonteantes plumas negras, a garota observava com atenção a cada detalhe, corpo a corpo, e seu sorriso crescia ainda mais, ela realmente adorava aquilo.
De repente seus olhos pousam sobre o mordomo ruivo parado num dos degraus da escada, seus olhos castanhos arregalados ao ver um cenário tão horripilante. O grito sufocado pela dor e o som afiado da lâmina cortando o ar e também o homem, fazendo mais sangue jorrar pelo salão.
A garota revirou os olhos vendo o seu irmão, que era quase idêntico a ela, mechas negras como a noite, pele branca feito a neve, olhos claros como um lago e o perigo que ambos oferecem.
Os irmãos Darkness.

– Tem certeza que nenhum verme sobreviveu? – perguntou o mais velho, que foi correspondido com uma risada debochada.

– Certamente que não, e se algum estiver, duvido que escape. – Foi então que sem perceber, uma mão tocou-a na barra de seu vestido, era um garoto, ele tinha cabelos castanhos e não podia abrir os olhos, sobre ele havia um corpo de um homem loiro e ao lado uma garota ruiva, ambos banhados em sangue. – Você cuida deste. – avisou ao irmão e então se virou para o mordomo – Kyle me ajude a tirar essas manchas, pretendo usar esse vestido nos velórios.

Ela seguiu caminho, acompanhada pelo mordomo, no outro lado da escada, escondida na lateral, uma moça jovem e ruiva observava o que acontecia, por dentro, ela queria ajudar o rapaz, no entanto sabia que se interferisse, iria acabar como todos. Morta.

– Por favor, não me mate. - Suplicou o garoto, o desespero em sua voz era visível – Eu juro que não participei, eu nem sabia...

O irmão se abaixou com um sorriso jovial e num estalar de dedos junto ao som do osso quebrando, o garoto abaixou a cabeça.

– Odeio drama. – resmungou o irmão enquanto se levantava, limpou a manga do seu terno e seguiu caminho. Pouco a pouco, tudo que fora planejado deu certo.
Pouco depois desceram o casal, ambos com roupas sujas de sangue propositalmente.

– Ainda não entendo o motivo de nós termos sido atacados. – Resmungou a garota de vestido azul para o irmão. – Os irmãos Darkness também deveriam estar sujos...

– Nós saímos em uma reunião com nosso pai. – A voz do mais velho ressoou pelo salão de festas. – E nosso irmão já se prontificou.

Jeremy forçou um sorriso, ele não conseguia se sentir bem, principalmente pois iriam se deitar junto a vários corpos e também não era como Selene e Alexander, talvez o motivo dele não ser tão ruim estivesse escondido.
Não foi muito tempo e logo a atuação começou, nos jornais eram falados sobre a catástrofe que matou pessoas importantes na sociedade, mas com o passar do tempo foi sendo esquecido.
     Até o momento.

        Apesar de o salão estar completamente cheio, eu me sentia pressionado, como se eu fosse o centro das atenções, todas as pessoas que conheci até agora me observam, como se pudessem ver camadas abaixo de mim, e pudessem me julgar por isso.
Olho adiante e vejo a o Sr. Ian, um homem de pele escura e corpo másculo acompanhado de sua esposa Selene e a filha caçula Jasmine, a mesma tinha uma expressão extremamente séria.
Sinto um calafrio percorrer todo meu corpo, vejo Thomas, ele também está sério, Alisha parece confusa e é como se minha memória se perdesse por um instante e aqueles fossem os meus últimos minutos em vida... Era como se eu fosse morrer.
De repente o toque quente me desperta do transe, meu rosto se vira rapidamente para a pessoa, os olhos claros me encaram com receio, como se eu pudesse machucá-lo a qualquer momento, no entanto para meu engano, um sorriso debochado confirma que estou completamente errado.

– É bom te ver aqui, Storment. – Meu cérebro ferve com suas palavras confusas, eu realmente não o entendo. – Como vai o seu pai?

– E te importa? – puxo meu braço bruscamente, ele se afasta rindo e enquanto isso, Daniel observa sem fazer nenhuma ação.

De repente, lá no alto da escadaria, Melissa levanta sua taça de champanhe chamando a atenção de todos. Ela sorri confiante e continua.

– Queridos amigos, hoje é um dia muito especial, não só para nós mas também para um bem maior. Sinto-me agradecida por fazer parte de algo tão importante, ajudar as crianças carentes que infelizmente não puderam usufruir do bom e do melhor, e essa é a chance de dá-las algo melhor... – Sinto leve cócegas em minha virilha, xingo em pensamento até que ele para, de repente Daniel se aproxima.

– Desculpe pelas idiotices do meu primo... – Não tento encará-lo, pois certamente iria revirar os olhos, meu sangue ferve.

– Além do mais, eu queria agradecer ao amor da minha vida – O salão inteiro sorriu, exceto eu. Melissa é burra ou uma ótima atriz. – Adrian Darkness.

Viro-me e vejo ele ajeitar sua gravata, um sorriso orgulhoso de bom homem que nenhum ator colocaria defeito, seu terno combina tanto com ele, e o seu perfume... Esse êxtase que sinto não é normal.
Eu o odeio. Não o amo.

– Obrigado minha amada. – Ele deu um beijo em sua presença e vi suas órbitas se dirigirem a mim. Um inexistente sentimento de ciúmes floresceu sem minha permissão. – Desde já faço das palavras de minha namorada as minhas. – O salão riu, a mulher de vestido lilás lacrimejou e eu não sabia se ela estava triste ou feliz.
Me mantive inexpressivo, apenas encarando-o.

– Will, você quer sair? – Alisha sussurrou em minha orelha, nego com a cabeça e mantenho meus olhos no homem que estragou a minha vida, fazendo com que eu viva numa complexa confusão interior.

– É sem dúvidas uma grande honra, e em honra ao meu falecido pai, quero chamar algumas pessoas a frente. – Ouço a voz de Alisha e então como se num filme em câmera lenta, Anna apareceu na escadaria, suas mechas ruivas sobre seu ombro direito e seu vestido vermelho, ela estava radiante no entanto sua expressão era o contrário.

– Minha irmã Isabelle, a família Gillfyrten, meu querido primo Richard, Olivia hyestro – Uma bela mulher de pele escura e vestido lilás caminhou até o vão da escadaria e se juntou aos outros. – E por fim, William Storment.

Meu coração disparou e eu fiquei sem ação, as pessoas me olhavam confusas igualmente a mim, deveriam estar imaginando motivos para eu ser incluído nessa lista, foi então que como um raio atravessa o céu em meio há uma tempestade, uma frase veio em minha mente:
"Você é a ascensão, a ruína, a esperança."

Meu corpo estremeceu, ouvi Alisha sussurrando "Will? Você vai?" E então sem minha percepção, caminhei até me juntar aos outros, a frase se repetia várias e várias vezes em minha mente e eu não conseguia pensar em nada, senti alguém pegar minha mão, era Daniel, seu sorriso gentil não me trouxe nada, nenhuma sensação diferente.
No entanto quando meus olhos se encontraram aos de Adrian, eu sentia faíscas queimarem dentro de mim, e tudo aumentava mais a confusão em minha mente...
Seria uma armadilha?

– Dedico um brinde ao meu pai, que deu o melhor de si por amor a família, e também aos bondosos cidadãos que irão doar. – Mordomos trouxeram taças de champanhe em suas bandejas até que uma garota de mechas ruivas se aproximou usando seu uniforme.

– Will? – Seu tom de voz era pesado, como se estivesse com medo. – Como você? Você não devia estar aqui.

– Anna? – Então a garota que estava escondida na lateral da escada era Luce. – Eu não sabia que o evento seria aqui...

– Você precisar ir. – Ela sussurrou enquanto me entregava a taça, minha sorte foi que Daniel conversava com Ian, senão ele teria percebido. – Antes do final.

– Está bem. – Meu coração disparou ao ver os olhos de Isabelle me encarando curiosa. Procuro por Anna, mas ela desapareceu.

– Com quem conversava, Will? – Respiro fundo e tento ser o mais convincente possível.

– Ninguém, apenas pensando comigo mesmo. – Forcei um sorriso para a garota que franziu o cenho e deu de ombros. Izzy com aquele vestido parecia-me uma viúva negra.

Foi então que todos ao redor levantaram suas taças, e com suas últimas palavras, Adrian Darkness fez o brinde.

– A nós. – "Ascensão. Ruína. Esperança." As palavras ecoavam em minha mente, mostro um sorriso quando um dos fotógrafos se aproxima, a luz do flash é forte demais, fecho meus olhos e ao abrir vejo minha taça cheia de sangue borbulhante, meu coração acelera e minha mão estremece...

– Você está nervoso demais, William. – Ao longe, vejo os olhos azuis em meio a multidão, Thomas me observa atentamente enquanto Adrian toma a taça de minha mão. – Relaxe... Aproveite a festa enquanto é possível.

Ele lança uma piscadela, por um momento suas órbitas ficam douradas e então voltam ao normal, viro-me e procuro por Alisha, não a-vejo e sequer consigo ver suas mechas ruivas.
Mantenho-me quieto, não quero chamar atenção e, além disto, essa mansão é como um campo minado, e em um passo tudo pode explodir. Passo um tempo apenas observando, quero ir até Thomas, mas minha consciência pesa, enquanto ele jurava gostar de mim, eu me envolvia com os Darkness. Um arrependimento a mais em minha vida.

– Está com saudades do meu pau? – Sinto sua mão deslizar pelo meu abdômen causando calafrios. – Então porque voltou?

– Onde está Daniel? – pergunto em resposta, Adrian engole em seco. Será seu ponto fraco? – Sabe o motivo de eu ter feito aquilo com ele? É que apesar de eu ser fácil, sei diferenciar boas companhias de lixos como você.
E, por favor, seu "pau" não é tudo isso que você diz.

Suas mãos se escondem por nossas costas e sinto frio, sua mão toca secretamente a minha é meu coração dispara...

– Uma boa noite. – Caminho em direção a Thomas deixando sua mão ainda em posição a mostra, para sua sorte Melissa já não estava ali, e os convidados conversavam entre si e uma música ballad é tocada.

O cheiro forte exala de Thomas e me lembra do dia em que nos conhecemos, quando consegui distinguir seu perfume do odor ruim das latas de lixo detrás da boate. Ele mostra um sorriso ao me aproximar.

– Will, que bom que veio. – Thomas ainda é gentil, como da última vez em que nos vimos. – Como está lá em... Deixe me lembrar... Rostawn?

– Sim, está razoável. Tive uma grande perda. – Lembro-me do sonho em que Derek confessa quem foi seu assassino, me sinto muito mal por ainda sentir essa dualidade entre paixão e ódio, mas faço o possível para que o ódio seja maior. – Desculpe, mas você sabe onde Allie foi?

– Ela saiu com a irmã Darkness. – Isabelle! Será que ela seria capaz... Eu preciso encontrar Allie! Antes que... Adrian a mate.

Desvio-me dos convidados enquanto me apresso e então me apresso ao subir os degraus, vou para a direita e sigo, acho que lembro o caminho para o quarto de Isabelle, as portas de madeira escura se tornam iguais até que encontro o quadro onde há uma flor lilás com uma borboleta branca sobrevoando ao redor, ele marcava o cômodo.

Giro a maçaneta e encontro o quarto vazio, não há ninguém, apenas os pertences de Isabelle que na maior parte são em tons pastéis. De repente sinto algo tocar minha pernas me fazendo levar um pequeno susto, olho para baixo e vejo o delicado gato preto, seus olhos me encaram por um instante até que ele me dá as costas e entra em sua cesta que está ao lado da cama. Fecho a porta e corro até encontrar a maçaneta dourada, ela deve ter levado Allie para o quarto do irmão e preso-a lá.
Outro calafrio ao tocar a maçaneta e encontro o quarto também vazio, sem querer encaro a pintura do corvo, meu corpo estremece ao sentir uma sensação ruim. No entanto volto a busca, eu preciso encontrar minha melhor amiga.
No meio do caminho, encontro Anna conversando com outro mordomo, parecem estar preocupados.

– Anna? Você viu Alisha?! – A ruiva ergueu a sobrancelha e fez uma expressão de deboche. – Hmm... Luce, você viu minha amiga Allie, ela é ruiva...

– Na minha época encontrar ruivas era raro... - Uma voz feminina me interrompeu. – Hoje, você encontra ruivas em cada esquina...

– Srt. Selene? – Luce parecia estar ofendida, no entanto não teve a ousadia de responder a dama.

Ela direcionou seus olhos azuis sobre mim como se me julgasse.

– Sr. Storment, eu vi sua amiga saindo para o quintal com minha sobrinha. – Assinto com a cabeça, meus pés vibram querendo correr. – Espero que eu tenha ajudado.

– Ajudou sim, obrigado. – Mostro um rápido sorriso e deixo ambas no corredor, caminho o mais rápido que posso e então ouço a música melodiosa tocando no salão, desço pelas escadarias e depois de um esforço chego na sala de jantar, lá tem uma segunda passagem para o quintal.
De repente uma mão me segura, impedindo que eu corra, a garota de pele escura e olhos castanhos claros ajeita um de seus cachos que caía sob seus olhos, estou prestes a ser rude quando ela diz:

– Ascensão. – Completo o resto da frase em minha mente, dúvidas crescem em minha mente, no entanto não tenho tempo para pensar nisto. Corro em meio ao vento frio em direção ao gramado.

As árvores ao redor ficam mais sombrias a noite, no entanto a luz da lua ilumina boa parte do lugar. Meus dedos estão gélidos e meus dentes batem entre si, olho ao redor em busca de algum rastro, no entanto nada eu encontro; Ao longe, dá para se ouvir as batidas extasiantes de uma música pop tocando lá dentro. Passos mais a frente e continuo não encontrando ninguém, grito por Alisha, mas não obtive resposta.
Estou com medo.

O assobio tenebroso do vento piora toda a situação, uma nuvem cobriu a lua e agora não consigo enxergar bem, de repente ao longe vejo uma garota ruiva se aproximar, sua voz fica meio abafada, mas ainda ouço algo como "Will?". Grito em resposta para que Anna me veja. Talvez ela me ajude a resgatar Allie.

De repente ouço um barulho estranho, como se algo se movesse dentro da floresta, entre as árvores, olho ao redor e então um vulto atravessa rapidamente minha visão, meu coração dispara e eu grito mais alto para que Anna me escute. Minha voz fica rouca após tantas tentativas até que ela me vê. Antes que ela desse um passo a frente, algo grande saltou das árvores próximo a ela fazendo-a cair no chão, a criatura tenta atacá-la como aconteceu comigo, corro o mais rápido que posso, e ao chegar perto vejo que é um lobo, um grande lobo de pelugem negra... Um Yatrius.

– Anna! – me aproximo, agacho-me, rápido encontro uma pedra e não penso duas vezes antes de atirar, os olhos prateados e famintos me encaram, quando então ele sai de cima dela e caminha traiçoeiramente em minha direção, consigo ver alguns arranhões em suas bochechas, um pouco de sangue escorrendo, ela não consegue se mover.

Dou passos atrás enquanto o Yatrius me encara sorrateiro, sua pelugem é um pouco iluminada pela luz da lua, tento um raciocínio rápido, no entanto não há nada do que fazer, apenas esperar que ele me mate. Paro, não dou mais um passo e espero o mesmo chegar perto de mim, seus olhos fitam-me com deleite, como se minha morte fosse o divertir.
Pressiono meus lábios secos contra si e fecho meus olhos, consigo sentir sua respiração vir contra meu rosto, mas algo me faz abrir meus olhos, algo próximo ao meu peito vibra... Meu pingente.

Quando o Yatrius faz menção de me atacar, algo o impede e uma impulsão invisível o atira para longe, a borboleta brilha por alguns segundos até voltar ao normal e o lobo ainda não se levantou; Corro rápido e agilmente tento levantar Anna que ainda treme, logo outro vulto aparece e não quero lidar com mais um...

– Anna levanta! Agora! – Ela resmunga algo, no entanto com o esforço se levanta. – Corra o mais rápido que puder. Não solte minha mão.

Ela assentiu e seguimos adentro da floresta, o lobo estava próximo da mansão e não haveria como passar, seria arriscado. Meus pés doem, os ossos parecem se atrofiarem diante do frio, minha respiração ofegante, os galhos das árvores passam de raspão em nossa pele, mas o desejo de viver é maior. Nossas mãos estão entrelaçadas apesar do suor deixá-las escorregadias, penso em parar, mas consigo ouvir os galhos serem quebrados pelos outros lobos, tento encontrar algum modo de despista-los, mas não sei.
Sinto uma dor próximo a região do pulmão, procuro ar e apesar de difícil, respiro com dificuldade.
De repente nos vemos numa encruzilhada, há dois caminhos do qual podemos ir, decido seguir a direita, no entanto Anna solta a minha mão.

– Por favor, Will. Corra! – Ela grita, agarro sua mão com força e puxo-a, não a deixarei sozinha. Não perderei mais alguém. Não mais.
Vejo pontos prateados vindo em nossa direção.

– Anna! – Insisto quase sem fôlego, minha voz está rouca. – Por favor!

Vejo lágrimas em seus olhos e antes que eu pudesse puxa-la junto a mim ela corre pela outra direção, olho para trás procurando a hipótese de ir junto a ela, mas sou obrigado a seguir o outro caminho, senão eles me pegariam.
Meu corpo está dolorido e tento continuar, estou quase sem fôlego e as vezes vejo os vultos correndo próximo dali, observo meu pingente, deve haver algum modo de ativa-lo. Pressiono-o, mas nada acontece, xingo-o em pensamento.

Quando de repente, um deles conseguiu me alcançar, meu corpo estremece enquanto corro, a lua brilha acima de nós e eu prevejo minha morte, torço profundamente para que Anna se salve, mesmo que eu morra em seu lugar. O ranger estridente me despertar um pouco mais e tento aumentar a velocidade até que um grito doloroso ecoa por toda a floresta... Anna... Eles pegaram Anna. Lágrimas brotam dos meus olhos e minhas pernas doem, estou prestes a desabar quando de repente sou puxado bruscamente e empurrado contra uma árvore, o cheiro forte e conhecido me faz querer chorar ainda mais, quero gritar, mas ele tapou minha boca.   
   Adrian.

– Sentiu saudades? 

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Capítulo desse mês cheio de adrenalina, vários spoilers colocados como sempre e demos nosso adeus a grande amiga Anna ( Anastácia Hale ( Não Grey)). Vocês gostaram? Se sim deixem seu voto e diz o que achou nos comentários.

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