13. Através do espelho negro
A escuridão havia tomado todo o céu, não se via pessoas em meio ao vilarejo e o silêncio era algo angustiante, não se viam um rastro de luz sequer e apenas o leve assobio do vento mórbido podia ser ouvido. Um passo, a poça formada pela chuva se expandiu, outro passo e o suspiro ofegante; Os olhos lacrimejantes e a mão que cobria sua boca, o corpo trêmulo e as manchas de sangue respingadas no tecido sujo, o frio era insuportável mas o medo, o pavor era pior, o garoto não sabia o que fazer e agora, mantia-se quieto atrás do poço, um fugitivo da catástrofe que acontecera, ele estava sozinho, não tinha ninguém. Seus pais? Onde estão? Sua mãe caída em frente a porta de sua casa e seu pai seguro por uma estaca, o sangue escorria do seu peito, ali onde a ponta afiada atravessara, seus irmãos? Mortos e jogados como se fossem restos de comida para os abutres, e ainda assim, ali estava o garoto, lutando por sua vida.
Ao longe podiam se ouvir os latidos dos cachorros que, ou estavam confusos, ou debruçando de dor causada pela garota, sim, o garoto ainda se lembrava dos olhos frios e mortais da bela dama de cabelos longos e negros, seu sorriso era como gelo mas tão bonita, como um anjo caído.
Belo e mortal.
Um pequeno ruído se estendeu pela praça central, agora não só a garota como também o rapaz, ambos tinham vestes parecidas - Ela, um vestido azul como os mares tempestuosos, e ele, uma camisa de seda, então certamente eram ricos. Os olhos do rapaz correram por toda a praça, a expressão orgulhosa pelo feito, mas a garota não sentia o mesmo, ela estava entediada, não via aquilo como uma diversão aliás, não há como se divertir sentindo aquele cheiro, o sangue seco fedia e alastrava por todo o lugar. De repente uma luz fraca se aproximou, era o outro rapaz, seu rosto era uma mistura de tristeza e frustação, não tinha como saber se o motivo era as vítimas ou a facilidade que tiveram para matá-las.
- Papai está a espera. - Disse o que chegara, segurava uma tocha numa das mãos. - Talvez dê certo.
- Espero que sim meu caro irmão - a garota fez uma reverência e o irmão assentiu, o mais velho apenas revirou os olhos - Estou exausta, preciso descansar...
Quando a garota fez a ação de se retirar foi interrompida pelo irmão mais velho que a segurou pelo pulso.
- Não se atrase para o combinado. - Sua voz era calma e suave mas não tanto para aliviar o peso de sua ameaça, se a garota ousasse retrucar, certamente havia uma nova guerra entre o mais velho e a caçula. - Conheço você, Selene.
- Não, querido irmão, estes dias não estou buscando prazeres noturnos, mas você? Deveria ser mais rápido com as perdidas da noite. - O mais velho estava tentado a dar-lhes um tapa que tirasse seu afiado sorriso, mas antes, foi impedido pela mão pacífica de seu irmão; Selene ergueu a sobrancelha em provocação, ela tinha o dom do sarcasmo e sabia usá-lo contra o irmão.
- Alexander controle sua raiva. - Jeremy avisou antes que uma nova discussão iniciasse, seus olhos azulados como os de sua mãe brilhavam iluminados pelas chamas. Ele tinha uma beleza angelical e pura. - E você minha irmã, controle sua língua.
Antes que Selene se recusasse a receber sermões, um pequeno e minúsculo ruído tirou a atenção dos três - Um galho havia sido quebrado - era sobrenatural os dons que descobriram com o tempo, seu pai treinava-os e também a si mesmo, descobrindo até aonde sua maldição os-levaria, e até agora, podiam matar alguém com apenas um toque, a magia negra iria destroçar seu corpo em pó, ou a força que era o mais divertido modo de matar alguém, afinal, pique-esconde era seu jogo favorito.
Um vulto negro atravessou rapidamente, e os três irmãos não faziam idéia do que ou quem era. Resfolegando, o garoto ruivo corria o mais rápido que podia, seus pés doíam em contato com a terra molhada que dificultava sua corrida, as moradias pareciam borrões em sua visão, ele pulava sobre corpos e às vezes deslizava ao pisar nas poças de sangue e chuva, no entanto a adrenalina e seu desejo de viver eram maior do que o respeito aos conhecidos mortos, foi então que os passos também rápidos vindo em sua direção trouxe ainda mais desespero, ele não queria morrer, não pelas mãos deles.
Aos poucos, o ruivo percebeu que o irmão que o-perseguia havia desistido e agora, estava em meio ao mercado, várias barracas, entradas, saídas, para onde ir? Que direção tomar? Para seu engano, pouco atrás de si vinha o irmão do meio, correndo preguiçosamente, era rápido sem fazer esforço algum.
Em disparada, o ruivo correu entre as barracas, a escuridão dificultava seu percurso e o cheiro deixava-o tonto, as mechas ruivas caídas sobre o rosto também não ajudavam muito, Jeremy estava próximo á ele e num ato rápido, o ruivo deslizou para a esquerda adentrando um dos becos, infelizmente um beco sem saída, no entanto o muro era baixo e se ele fizesse um esforço, conseguiria saltar, o garoto tomou bastante fôlego junto a esperança de sobreviver e correu em direção ao muro, estava quase, quando de repente foi empurrado para trás, seu corpo logo foi de encontro ao chão, seus olhos se abriram por um instante e viu o irmão mais velho descer do muro em apenas um salto, seu sorriso psicopata mantia-se intacto, Alexander aproximou-se do ruivo que estremeceu prevendo sua própria morte.
- O que há aqui? - perguntou observando o garoto, o frio parecia ter aumentado e agora, o ruivo estava quase congelado, a lua prateada já brilhava no céu mas não de um modo melancólico e sim, sombrio. - Um pequeno fugitivo, esperto o suficiente para escapar de nós...
- Por favor, não me mate. - suplicou o ruivo encolhendo seu corpo magro sobre o chão gélido, Alexander olhou de esguelha e então ergueu sua mão para o garoto, sem entender, o ruivo apenas olhou de relance.
- Agarre minha mão. - Alexander sorriu gentilmente, mas ele não era confiável, tinha matado toda a população de um vilarejo, matado sua família e seus amigos. - Eu não vou te matar. Prometo.
Trêmulo de frio e medo, o ruivo hesitou mas ainda fez o ordenado, agarrou a mão do homem que num pequeno puxão o levantou, o ruivo estava em pé, com medo e sozinho, em frente ao que deveria ser o seu assassino.
- Mas eu sim. - a voz feminina se perdeu quando seu pescoço quebrado pela garota e seu rosto estava do lado contrário de seu corpo, ele piscou com a confusão que alastrava pelo interior de seu corpo, o choque da morte inesperada. Sua morte selada pelo beijo de sua assassina.
- Selene, você tem gostos peculiares. - Sorriu o mais velho, a garoto jogou a cabeça entre restos de comida e revirou os olhos, o corpo sem a cabeça estava caído enquanto o sangue se esvaía.
- Ele até que era bonito; só perdia a cabeça facilmente. - ambos riram e foram em direção a saída do beco, lá o do meio os-esperava.
Foram apenas alguns dias. Mas ainda tenho em meu coração o arrependimento, tudo que eu pensava era uma farsa; Eu queria encontrar um bom lugar, com boas pessoas, gentis, amorosas ou... verdadeiras; E o que encontrei nas pessoas daquela mansão?
Nenhuma das opções.
Caminhando sob o belo e um pouco menos assustador arco, não ouso olhar para trás, estou saindo e desejo nunca mais voltar, talvez eu visite Westford novamente, mas esse é um talvez que não posso prometer.
Anna me entenderia.
Abro o portão um pouco enferrujado, e suspiro, esse é o fim de uma jornada que sequer começou, essa é a minha saída e estou aliviado, afinal, agora eu não estarei sendo vítima dos jogos de ninguém. Não estarei "tirando" o namorado de ninguém. Não estarei usando ninguém.
Dou um passo atrás e viro-me, respiro fundo ainda um pouco aliviado, bem ao longe vejo a mansão, as luzes da aurora iluminando-a em tons quentes, é inevitável ser enganado, aparenta ser um lugar tão bom, pacifico... E não é nada disto.
O mundo é feito de aparências.
De repente, um vulto negro me assusta, olho ao redor até me dar conta que, um corvo pousou sobre o portão, ele me fitou por alguns momentos e então grasnou. Um calafrio surgiu rapidamente que não pude evitar estremecer, algo ruim, um mal presságio, tormenta, tudo que eu tinha passado ali dentro. Além disto, era uma grande coincidência.
- Olá Damon - ri comigo mesmo, pego minhas malas e caminho em direção ao táxi que já me espera um pouco mais longe.
Todo o percurso de volta á casa foi entediante, estava cansado, mentalmente exausto e não consegui permanecer acordado, dormi por um tempo e quando enfim eu cheguei á minha casa, não passava do meio-dia.
Fui acalentado pelo sorriso alegre da minha mãe e o rosto confuso e meio triste do meu pai, sabia dos seus planos, e agora, por minha culpa estavam cancelados.
- Will! - A voz suave e tranquila, o abraço aconchegante da minha mãe me trouxe a sensação de paz, eu estava em casa, longe deles. Longe dos Darkness.
- Você voltou...
Meu pai continuava quieto, de braços cruzados apoiado na portada da minha casa, usava a calça jeans surrada e uma camisa bege que estava parcialmente suja, devia estar trabalhando na fazenda, o suor escorria de sua pele e suas botas estavam sujas, ele continuava bronzeado como antes; Minha mãe vestia um vestido de estampa colorida, seus cabelos estavam presos numa polpa, fiquei impressionado por ela não estar com seu avental azul-pastel, afinal ela o-adorava.
Nada havia mudado.
- Olá filho. - meu pai forçou um sorriso enquanto caminhava em minha direção, assenti com a cabeça antes de então sentir seus braços fortes me envolverem, era difícil meu pai demonstrar seus sentimentos, dar carinhos, ele tinha se acostumado com Pietro, que sempre foi mais "indelicado".
- Senti saudades.
- Eu também senti, pai. - respondo, sua expressão ainda continua a mesma tanto que não sabe como se comportar perto de mim, fico até um pouco constrangido.
Eu sinto muito que tenha que ser assim mas eu não conseguiria passar mais um dia sequer naquela mansão. Após ele mostrar um sorriso fraco e se despedir, fui arrastado pela minha mãe até a cozinha, no caminho, ela deu a desculpa que meu pai devia ver algo com Pietro, que certamente estava nos estábulos; fingo acreditar.
Após o almoço e longas horas de conversa, a tarde havia passado rapidamente e o crepúsculo já iluminava a cozinha com tons avermelhados, digno de uma boa e calma tarde.
- Então William - a voz da minha mãe denunciava, ela estava bastante curiosa e também, eu voltei muito antes do esperado, é uma decepção eu ter passado tão poucos dias. - Como foi os dias em Westford?
- Quer dizer, o motivo de eu ter voltado? - Ela pigarreou e depois assentiu. Sentamos á mesa da cozinha, respiro fundo e deixo o ar puro limpar meus pulmões. - Houveram coisas lá, e eu não me sentia confortável, até tentei continuar mas... foi impossível.
Theresa estava séria, até que seu rosto se contraiu numa risada, ela estava rindo de mim? Minha própria mãe?
- Will, não precisa mentir pra mim. - Sua mão tocou meu ombro, como um gesto de confiança. Eu podia confiar nela. - Agora me diz, você sentiu saudades? Ou... encontrou alguém...
- Mãe, não. - digo sério deixando-a surpresa, acho que aos poucos ela está tomando uma noção do quão sério foi. - Os Darkness, eles são estranhos, e eu descobri uma coisa - ela fitou-me com seus curiosos olhos cinzentos - Sabe as bruxas? Bem antigas?
Ela assentiu com a cabeça, talvez eu vá me arrepender por isso mas eu não consigo mais.
Ela tem que saber.
- Uma bruxa amaldiçoou eles, e eu tenho algo á ver; Eu não faço idéia do que, mas tenho. - Foram-se poucos minutos até que ela levantasse, andou até o armário e pegou um copo, encheu-o com suco e voltou, pôs-o sobre a mesa e me encarou.
Ficamos em silêncio.
- Vejo que já sabe dos boatos... - ela sorriu e empurrou o copo em minha direção - Primeiro, você não pode sair acreditando em tudo o que ouve, Will.
Mas não era mentira, e sim a pura verdade, sei que é difícil acreditar mas, nem no seu próprio filho?
De repente ouvi alguém bater á porta, nos entreolhamos por um minuto, quem seria?
- Pode atender? - Sua voz estava estranha, ansiosa talvez, mas pelo que?
Atravesso a divisória da cozinha pra sala e sinto-me como se tudo tivesse voltado ao normal.
Sinto-me feliz por isso.
- Derek? - Minha expressão era uma mistura conflituosa entre felicidade e confusão, ao mesmo tempo que achava legal da parte dele vir aqui, não entendia o real motivo... Talvez não haja um outro motivo, talvez seja rastros do que passei na mansão Darkness, "Não confie em ninguém" dissera-me Anna, mas agora não preciso disso, acho que posso confiar. - O que...
- Oi Will - seu sorriso, seus olhos, eram como uma faísca que trazia a tona lembranças, antigas memórias que fizeram parte de minha vida e que aos poucos, iam se perdendo com a razão enquanto eu enlouquecia nas mãos dos Darkness. - Posso entrar?
Assenti com a cabeça e dei espaço para que entrasse, ele usava uma calça jeans escura e uma camisa cinza com alguns detalhes estampados, seus cabelos estavam recém molhados e mechas caíam um pouco sobre a testa, sua pele exalava um perfume inebriante pelo lugar e por mais assustador que pareça, eu não ligava. Na maior parte das vezes eu me sentia atraído e era levado pela tentação, e agora o que quero é tempo.
Tempo para mim.
- Eu sei que é muito cedo... - Já era umas seis horas da vespertina, não sei como o dia passa tão rápido aqui, enquanto em Westford, horas pareciam anos.
- Mas eu queria saber como foram seus dias, tenho certeza que tem novidades.
Seus olhos castanhos claros brilhavam e eu me sentia tão culpado, lembrar o que fiz ao Daniel ainda pesava minha consciência.
Sentamos no sofá, eu não sabia exatamente o que fazer, falar, e confesso que era meio desconfortável estar perto dele, mas o motivo não era Derek e sim, eu. Minha mente ainda está digerindo tudo o que passei naquela mansão, e sinceramente espero que logo eu esqueça, mas a marca foi deixada, e bem que eu tive várias chances de sair mas continuei, eu tinha procurado e sei que a culpa também é minha.
Daniel, ele que me abriu os olhos para o que eu estava me tornando, aquele erro gravíssimo que por mais desculpas eu peça, não será suficiente, eu sei.
Mas agora estou livre, e se for por mim, nunca mais voltarei àquela mansão.
- Então... - Respiro fundo um pouco irritado comigo mesmo, eu não faço idéia do que dizer - O que você quer saber?
Derek me observa de esguelha e então sorri, aquele sorriso me confortou. Pelo menos por aquele momento.
- Eu sei que pareço um ex psicopata obsessivo... - ri, ainda não acredito que ele se lembra da nossa primeira briga quando eu disse exatamente essas palavras pra ele; Adolescência a fase mais maluca. - E, eu não sei se preciso repetir pela milésima vez que ainda amo você...
- Derek, eu sinto muito mas... - "Atualmente estou fugindo de qualquer tipo de relacionamento ou algo parecido", era o que eu diria se ele não tivesse me interrompido.
- Não, eu não estou pedindo pra voltar, quer dizer, não agora. - fiquei em silêncio e o-deixei continuar. - Mas sim, pela sua amizade.
Ouço com mais atenção, até agora ele não citou as palavras "Namoro, beijo, Darkness" que são as que estou evitando.
- Sinto que, se não podemos reatar com tudo, podemos ser, ao menos, amigos? - Sua mão desliza pelos fios molhados e o cheiro refrescante flutua mais ainda.
Mantenho uma expressão séria e pensativa, ele espera minha resposta até que estampo um leve sorriso no rosto e assinto com a cabeça.
- Podemos. - Ele abre um sorriso maior ainda, fico feliz por isso, não estar sendo o incômodo de alguém. - entretanto, que não seja multicolorida.
Rimos ao recordar do pensamento filosófico de Alisha
"Vocês sabem que se pensarem em deixar eu, Alisha de vela, uma amizade multicolorida vai surgir o tricasal - O bi, o gay e a ruiva." Disse ela quando eu e Derek apenas lançavamos olhares um para o outro, ainda sinto saudades dessa época, pena que Alisha não mora mais aqui.
- Aceito o acordo. - Ele então mostrou algo que eu não havia percebido, uma caixa de chocolates que certamente era o presente de boas vindas. - Mas também tenho uma condição... Me acompanhar á um lugar.
Aceitei, meus planos para os dias em Rostawn era o que eu mais fazia, sair e passear pela cidade, conhecer turistas que vinham às vezes, seria totalmente diferente de Westford. Após sairmos de casa, Derek e eu conversamos algumas coisas no caminho, ele perguntou se o inverno em Westford era mais intenso do que aqui, e eu respondi que sim, Rostawn fica mais próximo do mar e pelo que lembro - Não sei se está correto - mas o clima é mais quente, e quanto mais longe da costa mais frio é.
Depois de um pequeno passeio, enfim chegamos ao exato lugar, não consegui conter o sorriso ao ver a cena mais inesquecível, o pôr do sol visto sentado sobre a grama dos pastos, ao longe também via-se o pequeno grupo de árvores frutíferas, a extensão esverdeada iluminada pelo tom alaranjado era estonteante, e lembro que desde crianças, vinhamos aqui quase todos os dias observar essa maravilha.
- Você ainda se lembra. - Sibilo boquiaberto, sentamos sobre a grama e fitamos o horizonte, aos poucos a lua prateada já brilhava no céu e acompanhada da imensidão escura finalizada com as estrelas. O som dos pássaros noturnos que voavam ao longe, o cantarolar dos insetos, o silêncio calmo e confortável, tudo estava perfeito, exatamente como eu queria, paz. Paz interior.
Eu estava contente comigo mesmo e feliz por Derek, apesar de ainda acreditar em recuperar nosso relacionamento, ele está feliz em ter-me como amigo, pelo menos até agora. Minha mente está leve e sinto prestes a voar, flutuar até próximo às nuvens e tocá-las feito uma criança, senti-las fofas e delicadas como eu imaginava...
- Quero que feche os olhos. - pediu Derek, observo desconfiado e ele ri - prometo que não irei te beijar.
Assinto em concordância, mantenho os olhos fechados enquanto espero suas novas
- Agora respire fundo. - Sigo sua nova orientação, parece que estou entrando em um novo mundo, um onde é permitido ser livre independente de tudo, como se você pudesse guia-lo em direção a sua felicidade. - Solte o ar e abra seus olhos.
Ao abrir meus olhos fico surpreso com a caixinha que se encontra em minha frente, deve ser uma jóia, mas por qual motivo ele me daria uma jóia?
- Abra. - Quando a-abro, meu coração dispara ao ver a pequena corrente prateada, uma borboleta cinza pende do cordão e... como ele o-encontrou? Eu havia perdido-o há anos num acidente, não fazia idéia de onde estava e agora, depois de anos Derek me entrega. - Eu o-encontrei nos achados e perdidos pouco depois de você ter ido para Westford.
- Eu não acredito, eu pensei que tinha perdido... - Ele abre um sorriso contente, guiado pelo entusiasmo dou-lhes um abraço, Derek havia encontrado o que eu tinha de mais precioso, o pingente que minha mãe tinha me dado poucos meses depois de nascer e eu nunca o-tirava.
Não sei explicar o quanto estou grato.
O céu agora era uma bela imensidão turquesa encrustada de pequenos diamantes, a lua era tão bela e melancólica, eu poderia correr pela grama e girar feito um idiota e mesmo assim me sentiria bem, estou em casa, com minha família, meus amigos, não há como ficar melhor. Foram-se alguns minutos até estar de volta, no caminho compramos cachorros-quentes e vimos algumas crianças correndo por entre as casas, certamente brincando. Derek seguiu-me até a frente da minha casa e nos despedimos com um abraço, apesar de saber o que ele realmente queria.
Aproximo da porta e ouço uma voz estranha, conhecida mas não lembro de quem realmente é, giro a maçaneta e encontro meu pai sentado no sofá acompanhado de meu irmão e um homem, ele usava um terno e seus olhos eram num tom azul-esverdeado. Meu rosto se fecha numa expressão de fúria contida.
- Adrian? - Ele me olha de lado e esboça um sorriso sarcástico que para todos seria considerado gentil. O que merda ele faz aqui?
- Boa noite Will.
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*Essa imagem fala por mim*
Oie pessoas, como vocês estão? Bem? Depois de "Anos" sem postar capítulo aqui está o número 13, onde a primeira aparição dos filhos de Julian, então o que acharam? O capítulo foi fraco? Mesmo assim quero agradecer á vocês por terem essa paciência de esperar, muito obrigada mesmo.
Para finalizar queria mostrar o que a minha amiga Vih (Eu não estou conseguindo marcar) fez:
Eu quase tive um infarto mas sobrevivi ♡ beijos e até o próximo capítulo
E o nome de guerra do Will é Claudete garganta profunda - criado pela queen Thais ♡
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