Capítulo 33 - Êxtase
*Atenção, este capítulo contém cena Hot(+18)
A vampira fez uma carranca, cerrando o cenho. Seus olhos fitavam com fervor o homem à sua frente, deixando Derek um tanto incomodado.
— Está brincando comigo, não é?
— Não — disse ele.
Ela bufou novamente.
— Você tá muito tensa — comentou, sorrindo de lado, como se ambos compartilhassem naquele momento de uma piada boba. — Há poucas horas não tinha certeza se queria ver a Isobel.
— Pois mudei de ideia, simples assim. Acho que agora mais do que nunca eu preciso saber de tudo. E se eu quiser ir, eu vou! — disse ela ameaçadoramente.
— Sinto muito, raio de Sol. Você vai ficar aqui até que a Tara chegue e conte sobre a visão dela — respondeu vendo Alina bater o pé, esperando que ele voltasse atrás no que acabara de dizer. — Eu não quero que algo ruim aconteça.
— E por que se importa? — ela inquiriu levantando a sobrancelha.
— Você sabe...
Foi tudo o que ele disse, afastando-se da porta lentamente, começando a caminhar em sua direção.
— Derek, você não pode me manter aqui nessa casa, contra a minha vontade! Isso é cárcere privado.
— Não seja tão dramática, eu odeio isso!
Ela fechou os olhos furiosa, cerrando os dentes.
O vampiro respirou fundo e disse com calma.
— Olha, a Tara não ligaria se não fosse algo sério, eu a conheço bem.
— É claro que conhece... — Alina murmurou revirando os olhos.
Derek se aproximou ainda mais, ficando apenas alguns centímetros de distância, erguendo então o queixo dela com sua mão esquerda.
— Amanhã, com calma a gente volta a falar sobre isso. Está melhor assim?
A garota balançou a cabeça assentindo, mas visivelmente descontente.
— Melhor repor as energias...
— Acho que não vou conseguir dormir, minha cabeça está a mil agora — falou ela, suspirando.
— O que você quer fazer?
— Não sei. Você pode me fazer companhia essa noite?
— Claro — respondeu, estendendo sua mão direita para ela. Rapidamente ambos saíram do cômodo e subiram juntos a escadaria.
No andar de cima a garota disse após entrar no quarto dele:
— A gente podia dar uma volta na sua moto — ela sugeriu.
— Não — ele falou rapidamente. — Você não vai sair dessa casa hoje. Mas onde você queria ir?
Ela revirou os olhos.
— Depois disso, acho que não faz diferença dizer, não é?
— Tenta...
A vampira respirou fundo, tentando manter a calma.
— Queria que você me ajudasse em algo ruim...
Ele franziu a testa.
— Tipo, assaltar um banco? — questionou gargalhando.
— Não, você pode falar sério um minuto? É algo pior...
— Você quer se alimentar de alguém que zombou de você no passado...
— Não! Não sou esse tipo de pessoa... Vingativa — Alina disse rapidamente. — Quero roubar um cachorro e machucar os donos.
O vampiro a fitou por um momento, sério.
— Por quê?
— Você precisa mesmo de um motivo?
— Isso é um teste? Para ver até onde eu embarco com você?
Ela balançou a cabeça para os lados.
— Não é um teste. Eles são pessoas ruins!
— Como sabe disso? — fitou-a nos olhos . — Olha, eu não sou uma pessoa boa também, carrego pecados em minhas costas. Todos uma hora ou outra, fazemos coisas das quais não nos orgulhamos.
— Tudo bem, vamos esquecer isso — ela disse começando a ficar corada.
— Me diz, quem são essas pessoas? — inquiriu ele.
— Os Carter. Moram na rua atrás da minha casa.
— O que eles fizeram de tão ruim assim?
— Eles tinham um cachorro. Era muito lindo, mas ficava sempre preso na coleira, no quintal, fazendo chuva ou sol, o pobrezinho ficava lá — Alina contou comovida. — Eu voltava da escola e sempre via ele, triste, às vezes sem ter o que beber ou comer. Ninguém nunca falou nada, acho que as pessoas têm medo do senhor Carter, ele tem um temperamento ruim, batia na esposa que em um belo dia, arrumou as malas e foi embora, pelo menos, é isso o que ele diz; "ela fugiu de madrugada com algumas mudas de roupa". E o cachorro... Ele morreu, mas pai e filho adotaram outro, recentemente o vi amarrado e triste também.
Derek ouvira tudo com atenção, sem nada dizer até aquele momento, quando a garota se calou e o encarou, ele questionou:
— E o cachorro vai ficar aonde?
— Como assim?
— Então a gente vai até lá, matar os Cartes e o cachorro, onde ele vai ficar depois?
— Primeiro aqui tem muito espaço para um cão, segundo não vamos matar eles! — afirmou ela apressadamente. — Vamos no mínimo quebrar um braço. Bom... Na verdade pensei que você poderia fazer isso.
Derek gargalhou.
— Eu, não é?
— Olha... Vamos esquecer essa minha ideia maluca. Na verdade eu nem sei da onde isso surgiu — murmurou. — Vê, não estou raciocinando bem — concluiu forçando um sorriso.
Derek nada disse, observando ela.
Após alguns segundos, o vampiro finalmente fechou a porta atrás de si, pegou o celular no bolso da sua calça, depositando o aparelho em cima da cômoda, enquanto Alina o fitava atentamente. Ele colocou uma música, volume baixo, mas na medida certa para ambos. Caminhou ao encontro dela e disse:
— Podemos fazer isso, se é o que você quer. Não agora, mas podemos.
Nesse momento Alina se ergueu levemente nas pontas dos pés, encostando seus lábios nos dele.
— Eu adoro essa música — ela falou fitando ele nos olhos. — Do you really want to live forever? Forever, or never... — cantarolou animando-se.
— Ah! Raio de Sol, você é como uma doce armadilha, não é mesmo?
— Você também sente? — ela inquiriu mordendo de leve o lábio inferior. — Essa eletricidade que rola quando nossas respirações se chocam uma com a outra?
Ele sorriu, enterrando os dedos nos cabelos dela. Suas línguas se tocaram, os lábios moveram-se em harmonia.
— Eu também quero fazer amor com você — ele sussurrou em seu ouvido, fazendo ela se agarrar aos ombros dele.
A mão direita de Derek deslizou pelas costas dela lentamente, mas segurando-a firme até deitá-la na cama. O toque dele, fez Alina queimar e estremecer, tamanho era seu desejo.
Ela suspirou e como uma súplica disse:
— Eu quero você tanto, quero senti-lo em mim.
Ele rapidamente se ergueu, tirando com agilidade a camisa, ela também fez o mesmo, fitando logo em seguida o peitoral largo, firme e definido dele.
O vampiro não desviou os olhos do rosto da garota, um minuto sequer, até encostar seu dorso ao dela, deixando assim que suas mãos explorassem intensamente o corpo magro de Alina, sentindo o bico dos seios dela. Com um puxão brusco ele colocou-a no meio da cama e se pôs entre suas coxas. Alguns instantes depois e os dois já estavam completamente nus, e seus corpos estavam em atrito.
O tempo todo ele olhou-a nos olhos e Alina se sentiu tomada completamente por suas íris azuis, como outrora já acontecera, mas desta vez, com uma intensidade bem maior. Ela se sentiu flutuando naquele momento. Quando ele finalmente a penetrou, a vampira suspirou lentamente. Derek fora mais carinhoso do que costumava ser nessas horas, Alina era diferente das outras. Seus lábios se encontraram com os dela em muitos momentos.
Quando o vampiro entrou ainda mais fundo nela, provocando uma excitação ainda maior em ambos, nesse instante, ouviram o coração um do outro bater; rápido, doloroso, trazendo um violento espasmos de êxtase.
Do lado de fora do quarto podia-se ouvir suas respirações entrecortadas, um gemido ou outro e o leve rangido que a cama velha soltava. Aquilo era bem mais do que apenas algo carnal, era uma composição apaixonada, fervente.
Horas mais tarde:
Os primeiros raios solares invadiram o quarto de Derek assim que o dia amanheceu. O vampiro relutantemente abriu os olhos, encarando a janela entreaberta, havia uma tonalidade alaranjada no céu, ganhando espaço entre as nuvens. Suas íris azuis rapidamente procuraram por Alina, deitada ao seu lado.
Agilmente ele se pôs de pé, a garota se remexeu preguiçosamente na cama, mas não despertou. Derek se vestiu em absoluto silêncio, era mais hábil em sair de fininho do que imaginava, então rumou para fora do quarto e logo desceu a escadaria. Saindo da casa, pegou o aparelho celular que havia depositado no bolso esquerdo da calça e procurou pelo número de Isobel, poucos segundos depois a voz dela se fez presente do outro lado da linha.
— A Alina não quer ver você — ele falou, mentindo friamente, com rapidez, cortando a fala dela. — Acho que é melhor você ir embora da cidade, se um dia ela quiser falar com você terá seu número — concluiu, encerrando a ligação sem dar tempo para Isobel dizer algo.
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