Quase uma Manhã de Paz
Guren e [Nome] não compareceram na escola pelos próximos dias. A garota no fim das contas tinha sido liberada na manhã seguinte da saída dele, e o garoto se perguntava qual tipo de acordo que eles tinham feito com ela.
Como de costume ele tinha acordado as 5:30 da manhã horário que ele passou anos acordando para treinar, mas diferente dos dias atuais ele não treinava com tanta frequência. O garoto se levantou da cama se relembrando dos acontecimentos de dias atrás.
-Trabalhe pra mim. Assim o status da sua casa pode aumentar um pouco – Kureto disse.
-E se eu recusar – Guren retrucou. Kureto então inclinou a cabeça pro lado antes de responder, ele parecia pensar.
-... Eu vou destruir a Casa Ichinose. De acordo com os meus cálculos, eu vou precisar de apenas 5 dias para matar todas as pessoas do Mikado no Tsuki. – e continuou a falar – Sua organização é fraca desse jeito, na verdade vocês nem tanta importância pra nós o único motivo para nós termos permitido a existência de vocês é porque não tem nenhum tipo de poder, sua casa é fraca.
-Mas eu acredito que você tem talento. Então, escolha agora. Você vai deixar a casa Ichinose ser destruída ou...
-Vou jurar lealdade a você?
-Exatamente.
-Tão orgulhoso – Guren comentou.
-Essa é a casa Hiiragi pra você – foi a resposta que ele recebeu.
Guren suspirou, não é como se ele tivesse uma escolha, deixando o quarto vestido com uma camiseta e uma calça simples ele se deparou com Shigure saindo da área de lazer e se curvando.
-Bom dia Guren-sama, é hora do café da manhã. – então de repente, Sayuri saiu da cozinha usando um avental por cima do uniforme. – Hoje o café da manhã é peixe, está bem para você Guren-sama?
E então o garoto respondeu – Alguma vez eu já reclamei?
-Nunca.
-Então não há motivos para perguntar – o garoto respondeu, tendo dito isso Sayuri disse.
-Mas se você me dizer o que quer comer, então eu ficarei mais motivada.
Guren então sorriu e respondeu – Curry.
-De novo não – Sayuri então voltou para a cozinha sorrindo, Shigure se virou para Guren.
-Guren-sama, você vai para a escola hoje?
-Não.
Então a subordinada olhou com preocupação para ele – Seu corpo ainda... – Guren a interrompeu balançando a cabeça.
-Não, meu corpo está bem. Apenas não tenho motivos para ir, afinal já fui exposto de uma péssima maneira.
-Eu nunca vou perdoar a casa Hiiragi. Eles torturaram Guren-sama...
-Não foi realmente esse tipo de tortura – e antes que ela pudesse protestar ele continuou – Mesmo que eu tenha sido torturado, mesmo que meu pai tenha quase morrido. Nós não podemos deixar que a raiva atinja nossa parte fraca, isso seria ruim. O problema não é a cada Hiiragi, é que nós não temos poder o suficiente.
-Vou buscar [Nome] – ele disse cortando qualquer chance de a conversa continuar. E assim ele saiu e foi até a habitação da garota anunciando sua chegada com batidas leves na porta, logo uma [Nome] apareceu. Ela parecia estar se recuperando ainda, afinal toda a sua aparência parecia cansada. Tinha visíveis olheiras embaixo dos olhos e parecia muito mais pálida do que o normal.
A garota soltou um suspiro vendo que era Guren e se virou para sentar no sofá, o garoto observou com cuidado o estado da garota, e um nó se formou na sua garganta afinal se eles não tivessem qualquer tipo de relação ela não teria passado pela tortura.
-Como você está? – ele perguntou tentando soar o mais gentil possível.
-Não é o meu melhor dia – ela respondeu virando a cabeça na direção dele – Eu conheço esse olhar Guren, não adianta você se culpar. Eles teriam me pego de qualquer jeito...
E antes que ela pudesse falar mais alguma coisa [Nome] cerrou os dentes, e Guren viu o corpo da amiga ficar duro como se ela estivesse tentando conter alguma coisa. O rapaz se apressou em chegar até a garota ele segurou o braço dela, ele viu algumas veias saltarem.
-[Nome]! O que esta acontecendo? [Nome]?! – Guren chamou a garota, e assim que ele olhou pra ela viu que os olhos dela cada um estava de uma cor, o direito mantinha a cor natural enquanto o esquerdo se assemelhava com o demônio dela.
-Selo... Eu preciso do selo. Argh! – mais uma onda do que quer que estivesse afetando [Nome] veio, fazendo com que ela se contorcesse.
Guren se apressou até chegar a pequena cozinha ele se lembrava da outra vez que ela tinha mostrado onde ficava o selo.
-Não se atreva! – uma voz gutural soou atrás dele, era Shura. Ao mesmo tempo um grito de [Nome] foi suprimido.
-O que você está fazendo? – Ele perguntou para a sombra que tinha aparecido.
-Não que eu te deva alguma explicação – Shura balançou a mão – Mas... Colocaram no sistema dela uma série de substâncias nocivas, entre venenos e alucinógenos. Até então eu estava mantendo o efeito sob controle, mas não seria muito bom deixar eles andando pelo sistema de [Nome] por muito tempo.
-Eu estou de alguma forma, queimando essas substâncias, mas não quer dizer que é agradável para [Nome] – Shura olhou na direção da garota, e Guren podia jurar que a criatura estava com um pouco de dó por estar causando dor a ela. – [Nome] esteve delirando por algum tempo agora, mas já estamos no final do processo.
-Não se preocupe, depois meu poder vai curá-la. – O demônio então estalou o dedo e num segundo [Nome] soltou o ar que parecia que estava segurando no pulmão. – Está acabado.
A garota estava se apoiando no sofá com os braços enquanto arfava, Guren pode ver a corrente com o anel de noivado pendurado balançando conforme o corpo da garota buscava por ar. E então ela se virou para o garoto.
-Não era pra você ter visto nada disso, mas espero que mantenha hum... Só entre nós dois. – agora sim ela estava soando como a [Nome] que ele conhecia.
-Tudo bem, de qualquer maneira Sayuri fez café da manhã. Você precisa colocar algum alimento dentro de você. – Guren disse.
[Nome] passou a mão pelos cabelos e se levantou – Certo, não é uma má ideia... Shura, obrigada.
O demônio encontrou com os olhos da garota e fez uma reverência – É um prazer ajudar, princesa.
E então ele sumiu no ar, [Nome] então virou-se na direção do amigo – Eu vou tomar um banho rápido e vou tomar café junto com você e as garotas. Pode ficar aqui se quiser, não vou me demorar.
E então ela sumiu para o próprio quarto. Guren não estava com pressa para voltar então acabou por ficar ali no sofá, o apartamento estava silencioso então o barulho do chuveiro chegou aos ouvidos de Guren assim que [Nome] abriu. O rapaz não sabia o porquê, mas ficou um pouco incomodado então para prevenir que pensamentos de certa forma "inapropriados" entrasse em sua cabeça o garoto se ocupou vendo alguns livros na prateleira da garota.
-Ela certamente tem alguns livros interessantes por aqui, talvez eu peça alguns emprestados. – Dentre um par de livros de capas escuras Guren achou um envelope, mas antes que pudesse investigar mais, [Nome] apareceu.
Guren esperava que ela não tivesse percebido que ele estava olhando pelas coisas dela, se virando ele se deparou com uma [Nome] totalmente diferente, as olheiras já estavam mais claras e o seu rosto já estava mais corado do que antes, provavelmente era o poder de Shura ajudando.
-Vamos? - Ela perguntou.
-Sim, claro. – Ele guardou o livro como se nada tivesse acontecido.
Sendo assim os dois voltaram para a habitação de Guren, sendo recebidos por Shigure e Sayuri. – Bem na hora, o café da manhã está pronto. - Guren-sama e [Nome]-sama.
Todos comeram juntos e em silêncio, elas haviam até mesmo preparado café. [Nome] nunca tinha se sentido tão feliz em colocar alguma comida no estômago, e Sayuri parecia feliz em ver a garota gostando tanto de sua comida.
Guren então se sentou no sofá e ligou a TV, ele raramente assistia televisão. E então ele pediu seu celular para Sayuri. [Nome] não prestou muito atenção, mas sabia que o rapaz estava falando com seu pai, ela se levantou e se sentou numa poltrona prestando atenção no noticiário.
"Nós acabamos de receber uma notícia, ontem em Ueno, Tokyo, animais foram mortos no zoológico, investigações concluíram que eles foram mortos por veneno. E por conta do possível efeito do resíduo do veneno autoridades isolaram um raio de cerca de 500 metros ao redor do local."
-Sayuri prepare minhas roupas – Guren pediu.
-Seu uniforme da escola? – ela perguntou.
-Não, roupas normais. Eu vou para Ueno. – Ele respondeu, [Nome] não tinha prestado muita atenção mas sabia que pelo telefone o pai dele e Guren estavam falando sobre a notícia de Ueno.
Então novamente o celular dele tocou – Quem é?
O tom de voz dele chamou a atenção da garota.
Guren cerrou os olhos – O que você quer?
E então a conversa continuou [Nome] ouvindo apenas de um lado – E se eu recusar?
-O que seria? - E então a chamada pareceu terminar de repente. Ele olhou para a garota.
-Kureto nos quer na escola, ele tem algo para fazermos.
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