Missão
A minha cara não devia estar das melhores, e tenho certeza de que qualquer um ali com um pouco mais de sensibilidade podia sentir a aura "assassina". Depois de tudo que Shura me fez passar na parte da manhã eu não estava no melhor dos meus humores.
Resolvi me sentar, afinal aquilo parecia que iria demorar mais um pouco. Mas não me sentei na mesa com eles e sim num sofá que havia na lateral, cruzei as pernas e abri a pasta que Aoi tinha entregado. E como eu suspeitava não tinha nada ali que eu já não soubesse.
Quando Kureto me procurou algum tempo atrás era justamente sobre isso que tratamos.
-A família Hirai apesar de ser uma casa de um galho baixo ainda é respeitada por seus serviços – ele começou – tem uma... agitação começando e eu quero que você designe uma equipe pra investigar pra mim.
(...)
Olhei as informações na minha frente, porque eles estariam preocupados em vigiar um Zoológico? Parecia que a figura tinha sido tirada de uma visão de cima olhando para Ueno, não me lembrava de ter visto nenhuma notícia falando sobre a área ou sobre o próprio zoológico.
-Você quer que eu coloque um time pra vigiar um zoológico? – perguntei passando meu olhar do papel pro garoto.
Ele então encostou na cadeira dele e cruzou os braços – Sim, temos registrado algumas movimentações estranhas naquela região. E com as suspeitas de um informante vindo de dentro do Mikado no Oni não posso arriscar que vasem a informação de que estamos investigando.
E assim ele continuou – Entrarei em contato para recolher os resultados.
Enquanto encarava a pasta, me lembrava da pequena conversa que tinha tido com Kureto alguns meses atrás.
-Essa não é a notícia do jornal de hoje? – Mito perguntou.
-Sim, todos vocês ouviram sobre a notícia? – todos deram um leve aceno de cabeça dizendo que sim.
-Essa notícia é falsa. De acordo com a divisão de inteligência, a região inteira de Ueno se tornou uma área de experimentação da igreja Hyakuya. Aconteceu algum tipo de acidente e agora eles estão tentando desesperadamente tentando encobrir.
-Que tipo de experimento – Guren perguntou.
-Não tenho certeza. Mesmo que saibamos desses experimentos a algum tempo, nunca tivemos a intenção de entrar em guerra com eles então nunca investigamos. Se quiséssemos deveríamos ser capazes de fazer isso facilmente. Mas agora, nós temos muitos segredos que não queremos que o outro lado descubra.
-Mas agora a situação mudou um pouco – falei tomando um pouco da atenção pra mim.
-Exatamente – Kureto continuou – Eles violaram um tratado inquebrável e a guerra teve início. Desde a manhã de ontem mandamos 17 tropas para investigar a área mas foram todas dizimadas, por isso liguei pra vocês.
-Resumindo nós vamos ser jogados na linha de frente de uma guerra secreta que está acontecendo para que possamos ser sacrificados? – falei.
-Pelo contrário, acredito que homens incompetentes foram incapazes de fazer qualquer coisa. Então estou mandando um time de pessoas talentosas para investigar.
Não posso falar sobre Guren e as garotas mas Mito e Goshi estavam tão felizes pelos complementos que não conseguiam falar.
Então Shinya disse – Eu sinto que fui forçado a entrar numa situação muito problemática... Outra xícara de chá então.
Kureto por incrível que pareça riu.
-Eu irei encher sua xícara, e então estamos combinados? Pode beber o quanto você quiser.
-Esqueça – o garoto respondeu.
Guren então perguntou – Quando começamos essa missão? Imediatamente?
-Sim – ele disse e continuou – Em duas horas quatro tropas vão invadir a área noroeste do parque. Mas será uma isca, vamos usar a confusão para vocês entrarem.
Guren olhou para a foto novamente e colocou a pasta na mesa.
-Pode levar se você quiser. Mas se lembre de destruir depois que tiver terminado.
-Não será necessário, eu já os memorizei.
Exibido...
-Em duas horas então, certo? De acordo com as fotos parece que vamos entrar pelo sul já que é a parte mais fraca. Então quem vai liderar? – perguntei me levantando e arrumando a saia do uniforme.
-Vocês decidem, desde que eu tenha os resultados. Não me importo.
Olhei para Guren e em seguida Shinya – O que você acha?
-Por mim pode ser o Guren. Já que suas subordinadas só seguem suas ordens. Goshi, Mito, vocês concordam?
-O que Shinya-sama disser, está bem – os dois colocaram sua opinião.
Estava decidido Guren iria liderar esse time – Então em quinze minutos vamos começar a planejar.
-Você pode usar a sala de reunião 302 no terceiro piso. Se voltarem vivos ela é de vocês. E Guren...
-O que? – ele se virou.
-Minha promessa pra você – em seguida Kureto tirou uma espada de baixo da mesa e jogou na direção dele. – Hakushi, é uma lança demoníaca, mas você deve se capaz de usa-la.
Ouvindo as palavras de Kureto, Guren abaixou sua cabeça para examinar a lâmina, eu já tinha ouvido esse nome. Dizem que essa espada já cortou milhares de demônios.
Guren a tirou da bainha e a lâmina tremia da maldição que tinha, e uma voz estridente preencheu a sala com agonia. – Realmente é uma lâmina demoníaca.
Depois que Guren falou, Sanguu Aoi que estava ao lado de Kureto se colocou de guarda, ela estreitou os olhos e lançava na direção do garoto um olhar mortal.
-Aoi. Ele não é um oponente que você possa defender.
-Mas.. – ela tentou falar.
-Além disso ele não é mais uma ameaça. Não estou certo Guren? Agora você tem uma arma em suas mãos e eu estou desarmado. Se você quiser me matar, essa é a oportunidade perfeita. Mas mesmo assim você não vai se mover não é mesmo?
-Porque? Você sabe seus próprios limites. Você tem ambição. Ambição no fundo do seu coração, mas sempre continua fingindo. Se você não fingir então você não será capaz de se segurar, na verdade você se conhece melhor. E essa ambição nunca será saciada. – e não parou – A diferença de poder entre a casa Hiiragi e a casa Ichinose é imensurável. Não estou certo?
Guren guardou a arma na bainha e respondeu.
-Se eu falar que sim, você vai ficar feliz?
-Ah sim.
-Então a resposta é sim. Vá e seja feliz – ele respondeu Kureto.
-Mas você é o que deveria ser feliz não é? Como é a lâmina?
-Hmph. Seus tributos aos subordinados não são ruins.
E então a reunião foi finalizada e eu descobri que a 302 não era nada mais do que uma classe de aula comum. Todos estavam ali com exceção de Sayuri que saiu para comprar algumas coisas. Juujou estava falando com os parentes perto da janela.
Eu não estava muito interessada nos diálogos aleatórios que estavam tendo por ali, inconscientemente estava mexendo com o anel pendurado no meu pescoço. Me lembrei de um pequeno relatório que eu recebi de meu pai, avisando sobre uma certa movimentação de vampiros acontecendo, eles não deviam estar envolvidos com a igreja Hyakuya deviam?
Sai dos meus pensamentos quando ouvi a voz de Guren chamando.
-Certo, vamos falar sobre a nossa missão.
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