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CAPÍTULO TRINTA E TRÊS:
꧁ Vai mais fundo ꧂
George Weasley
Eu tenho que parar? Eu poderia ter mais consideração, ser um pouco mais paciente e respeitoso, mas a forma como ela me olha... é demais para mim.
Nem estou perto de estar bêbado, apenas alegre, eu diria, então eu posso pensar com clareza, se bem que... pensar duas vezes antes de agir nem sempre é minha praia. É uma missão impossível me desfazer de toda minha fantasia se eu não consigo tirar as mãos dela. Maldita hora que eu quis me amarrar todo.
Ela não está pensando direito, eu penso, você tem que parar, George. Agora.
O problema é que eu não consigo, sinto que não sou fisicamente capaz de tal. É como se uma força maior me impedisse e eu sei que só estou com muito tesão acumulado, a sensação se iguala à sede de dias sob um calor de quarenta graus e ela é um copo bem gelado de água cheia.
Para, para, para!
Eu não me dou ouvidos enquanto desço os lábios pela sua pele e a vejo se arrepiar, os sons que lhe escapam reverberando minha alma e me deixando ainda mais excitado. Conforme desço os beijos para os seus seios, não tiro os olhos do seu rosto. Dakaria afunda a cabeça no colchão, cravando as unhas nos meus ombros.
Eu tenho quase certeza, mas ainda assim, paro o que estou fazendo e ergo a cabeça para perguntar.
— Você nunca fez isso, fez, minha linda?— lhe pergunto. Seu peito sobe e desce e eu tenho dificuldade em me concentrar com toda essa belezura toda sob mim. A Thomas me olha com a maior cara de eu-estou-pronta-pra-caralho e levanta a sobrancelha, os lábios carnudos entreabertos, os lábios castanhos cerrados me mirando, refletindo meu desejo.
— O que você acha?— ela rebate, com a voz fraca. Um sorriso arrogante nasce no canto dos meus lábios e eu sou tomado pela mais pura perversão.
— O que eu acho?— deposito um beijo na sua barriga, descendo cada vez mais. Dakaria estremece e eu mal comecei— O que eu acho?— pergunto em um sussurro, mordiscando sua pele e apertando suas coxas. A vejo agarrar a coberta sob si com força e assisti-la arquejar já é gostoso para um caralho— Eu acho que vou ter que ser um pouco injusto com você.
— Georgie...— ela franze a testa e fica boquiaberta.
— Segura a onda, princesa.— tornei a subir e a beijá-la.
— Tá bem, tá bem.— ela murmura contra os meus lábios, ofegante. Felizmente não parece insegura quanto a seu corpo, o que seria injustificável, com toda certeza.
Lentamente, a liberto do restinho de nada de tecido que a cobre. Ah, eu pensei isso várias vezes na calada da noite, o que eu posso dizer? Minha carne é fraca e era um sonho tê-la. Ela parece um anjo intocado e eu não consigo parar de desejar vê-la desfazer essa imagem puritana.
Suas mãos desceram pelo meu corpo, queimando-me como se ela me acariciasse com brasa, a minha fantasia fora desfeita só um pouco acima do quadril e Dakaria está querendo tirá-la do caminho.
— Por favor, George. Por favor.— ela murmura e eu estremeço, não faz isso comigo, minha linda.
— Calma, calma.— solto uma risada fraca de puro nervoso que eu nunca vou admitir que senti. Ajudo-a a me desamarrar e fico a admirando, tirando mil e uma fotos do seu rosto nesse momento para não esquecê-lo porque eu sei que é ela. A certeza preenche cada átomo do meu corpo e eu sei que é com ela que eu quero passar o resto dos meus dias. Precipitado? Talvez. Cego pela paixão? Com toda certeza.
Não existe essa coisa de "fazer amor", eu sempre pensei assim. Sexo é sexo. São dois corpos nus (ou mais porque algumas pessoas gostam de uma diversão em grupo) fazendo uma troca intensa de ocitocina, as vezes, fortalecendo a relação entre si. Eu já fiz sexo antes, nunca deixa de ser uma maravilha, mas é fácil me agradar. Basta estar pronta e me querer também, basta gemer meu nome e se deixar levar pelo prazer, basta ser bem obediente porque eu gosto de ficar um pouco no controle.
Eu não me importava se não teríamos a menor afinidade assim que tudo acabasse depois de algumas horas e a garota agisse como se não me conhecesse quando passássemos um pelo outro no corredor. Eu genuinamente não dava a mínima, não importava o quanto elas fossem bonitas ou boas no que faziam. Sem sentimento, sem compromisso e sem repetição porque eu não queria entrar em um caso que funcionasse apenas a base de sexo. Eu podia ser raso, mas não é pra tanto.
Mas aí eu conheci Dakaria.
Admito que no começo, eu não queria nada com ela. Só me aproximei porque ela é linda e foi muito gentil comigo, a conversa entre nós fluiu naturalmente e... não sei, ela me encantou com seu jeito meigo e amoroso.
Uma verdadeira bruxa, eu diria. Eu pensei várias vezes como seria levá-la para cama, mas nunca por mera diversão. Nunca para tê-la só uma vez. Eu quero Dakaria por inteiro, pelo menos até que ela se canse de mim porque eu não sou engraçado o suficiente ou talvez não seja tão certo para ela.
É que as coisas sempre funcionam tão perfeitamente entre nós que até me assusto com a facilidade, a leveza. Talvez haja até alguma pureza nisso tudo e é mais uma coisa pela qual eu sou apaixonado.
Eu a beijo e a penetro lentamente, arrancando-lhe um gemido de dor. Dakaria morde meu lábio e fecha os olhos com força, agarrando um punhado dos meus cabelos. Ela me morde com tanta força que acaba me arrancando um pouquinho de sangue. Fico completamente empolgado, mas seguro a onda porque é sua primeira vez e eu não posso descontar o que ela fez no meu lábio.
— Ah, George!— ela arfa, nossos queixos estão colados e nossas bocas se roçam, a gente fica soprando a respiração ofegante um na cara do outro. Ela tem cheiro de caramelo, whisky e hidratante. Ela tem um gosto de minha.
Por favor, me pede pra ir mais fundo, me diz que aguenta. Pede por mais, querida.
Segura a onda, me censuro.
Olho nos seus olhos bem de perto, eles ficam escuros sob a insignificante luz vinda da janela e do abajur na cabeceira da cama.
— Por favor.— ela diz, balança a cabeça e engole em seco, me dando permissão para prosseguir.
— Quieta.— falo cobrindo sua boca com uma mão enquanto com a outra ergo sua perna esquerda, obrigando-a a dobrá-la para facilitar a movimentação do meu quadril.
Apoiado pelos cotovelos, brinco com o vai e vem e a sinto se contorcer sob mim. Meu lado levemente sádico se extasia quando ela crava as unhas nas minhas costelas e na minha nuca como se sua vida dependesse disso. Seus gemidos foram abafados pela minha mão e embora o dormitório vazio nos desse liberdade o suficiente para nos soltarmos, não quero que algum vizinho otário venha se meter onde não é chamado, ou pior, que nos denuncie.
— George, George, aí, aí— ela tira minha mão da frente e eu sinto meu coração martelando quando ela faz uma careta de prazer, mantenho o ritmo e a posição. É pra isso que eu me exercito.
Meus divertidamente gritam esbaforidos quando ela aperta as coxas ao redor de minha cintura.
— Namora comigo.— ela pede, entredentes— Porra. Namora comigo agora!
Eu deixo escapar um sorriso, ela se contrai e me escapa também um gemido.
— Não se preocupe, eu namoro. Eu namoro.— sacudo a cabeça, ofegante. Puta merda, por que ela tem que ser tão linda?
— Você é meu, George.— ela jura quando eu que estou por cima coordenando tudo. Dakaria agarra meu rosto, as gotas de suor brotando na testa— Você é meu.— ela sussurra para mim e eu me arrepio de cima a baixo.
Ela me deixa sem palavras, então eu apenas balanço a cabeça e a beijo. Ah, eu gosto disso, como gosto. Nós brincamos com nossas línguas e a temperatura não para de subir como se houvesse em breve a necessidade de nos despirmos de nossos corpos para que nossas almas pudesse fazer essa dança.
— Vai mais fundo.— ela diz no meio do beijo. E eu sorrio parando de pegar leve. Ela que pediu, quem sou eu para negar?
⋆
Nota da autora:
Me vi na obrigação de mudar de POV porque não saberia escrever um hot pelo ponto de vista da Dakaria, ela é muito polida e eu não tenho essa capacidade. Mas o George tem! Amém, né?
Sim, Claudia, eu sei que Divertidamente está anos luz a frente de Harry Potter, mas eu coloco até o presidente LULA nessa porra se eu quiser, beijos!
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