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CAPÍTULO TRINTA E DOIS:
꧁ Meu garoto ꧂
Dakaria Saint Thomas
Não sei exatamente a partir de que momento a festa se tornou apenas um plano de fundo irritante que mais atrapalhava do que entretinha.
Eu e George não conseguíamos parar de nos beijar, como se agora especialmente tivéssemos coberto nossos lábios com mel e super cola. Nossa sintonia está particularmente divina nesta noite e eu não consigo me concentrar em mais nada além das suas mãos passeando em meu corpo e da iluminação piscante, fraca e tentadora. Isso sem mencionar o estrago que sua língua está fazendo com meu lado racional. Eu nem bebi tanto, mas houve um momento em que eu o coloquei contra a parede depois de uma série intensa de flertes e olhares maliciosos, e nós não saímos disso por uns bons minutos.
Meu coração está batendo forte, meu corpo está quente como se eu tivesse dançado todas as músicas que tocaram nas últimas duas horas.
Eu preciso de um pouco mais do que isso, pensei.
— Vamos sair daqui.— foi o que eu lhe falei quando demos uma pausa de segundos para respirar um pouco. Há muito nossos amigos tinham desistido de nós e acabaram por nos deixar de lado, irritados com nosso fogo incessante. Mas é que eu estou tão perdidamente apaixonado por ele e não é como se eu vivesse atuando, mas eu sinto como se com ele eu pudesse ser eu mesma por completo.
Minha cabeça dava voltas e eu só tinha bebido uns três copos de rum, então não podia culpar nada além do meu tesão.
— Não precisa pedir duas vezes.— ele respondeu, tão sem fôlego quanto eu. O problema é que ele está muito sexy, baguncei seus cabelos da cor do fogo e posso ver mesmo sob a pouca luz seus lábios vermelhos e perfeitamente beijáveis. Eu não estou sentindo minhas pernas.
George sorriu confiante para mim, pegou minha mão e me puxou consigo para o meio da pista. Entrelacei nossos dedos e o encaixe, mais uma vez, pasmem, foi perfeito.
Nas suas costas, eu sorria feito boba, porque agora ele sabia do meu maior medo e continuou do meu lado. Eu sinto tanto ódio porque eu simplesmente sou perdidamente apaixonada por esse garoto bobo e terrivelmente encrenqueiro, porque ele é um doce e ele gosta de mim também.
E foi assim que nós fomos parar no seu quarto. Pouco antes de deixarmos a festa, George surrupiou uma garrafa de whisky de fogo e nós fomos correndo para a torre da Grifinória, rindo e bebendo. Ok, talvez estivéssemos um pouco altos. Nós demos as mãos e ficamos rodando que nem dois idiotas. Minhas asas estavam tortas e caíam de meus ombros quando eu caí com ele em sua cama.
Deitei-me do seu lado e me choquei pelo teto estar rodando.
— Georgie, Georgie!— bato no seu peito e aponto para cima— O teto está rodando!
— Você está bêbada?— ele me pergunta, confuso, e eu o olho com um sorriso largo no rosto.
— Não sei, estou?— pergunto, zombeteira. George solta uma risada gostosa.
— Você é muito fraca, amora!— ele diz e ergue nossas mãos entrelaçadas— Bem, forte o suficiente para quebrar o braço de um troncudinho, mas fraca contra as bebidas.
— Eu não posso ser perfeita em tudo, né?— rebato, convencida.
— Ah, mas você é.— ele segura meu rosto e aperta minhas bochechas me obrigando a fazer um bico de peixe. Eu passo a mão na lateral de seu rosto tirando alguns fios de cabelo do caminho.
— Você é tão lindo, George Weasley.— ergo o tronco e fico de lado, apoiada no cotovelo ficando por cima dele, seguro seu rosto e junto nossos peitos.
— Não se preocupe, eu sei.— ele sorri olhando no fundo dos meus olhos, suas pupilas só não devem estar mais dilatadas que as minhas. É cedo para dizer aquelas três palavrinhas, ainda mais tendo apenas umas vinte e quatro horas que a gente namora, mas elas parecem caber perfeitamente aqui.
Só que eu não vou falar, é claro.
— Tão, tão lindo, meu garoto.— sussurro como se estivesse lhe contando um segredo, um segredo para o meu mundinho. Só mais um.
— Não mais do que você, minha garota.— ele também faz carinho em meu rosto e eu sinto, enquanto ele mede cada milímetro do meu rosto com seu olhos brilhantes, que é verdade. Pelo menos para ele. Sinto algo muito além do prazer ou do deleite, acho que nunca estive tão completa em minha vida. E sem ter nem palavras para descrever o quão perdida eu estou por ele, eu o beijo, é um beijo mais calmo e ainda mais caloroso do que aqueles que compartilhamos na festa. Pressionei meus lábios contra os teus e foi como se eu estivesse voando, um frio na barriga perfeitamente excitante. Eu nunca antes senti tão intensamente que pertencia a alguém e que alguém me pertencia. Poderíamos ficar nisso para sempre? Poderíamos congelar esse momento e ficar aqui para todo o sempre, querido? Ele tem gosto e cheiro de casa, como se eu tivesse encontrado um novo lar e, é, eu o amo. Do jeito mais simples e puro da palavra, mas eu estou bêbada e isso não é hora para dizer em voz alta tais bobagens.
No meio do beijo lento, George prende meu lábio inferior entre os dentes e me mordisca como se eu fosse algum doce terrivelmente delicioso. Meu coração está descompassado, a gente não devia ter vindo para cá, eu estou meio tonta.
Sem pensar demais, eu monto no ruivo e ataco seus lábios com ferocidade, lentamente, George se senta e meu coração bate tão forte que eu fico preocupada de estar prestes a ter um ataque cardíaco. É literalmente a primeira vez que ficamos... numa posição tão comprometedora. Tê-lo entre minhas pernas é terrivelmente excitante, eu não estou na minha consciência perfeita. Aperto as coxas contra seus quadris e movimento o meu para frente e para trás. O fôlego se esvai e George desce os beijos para meu pescoço, jogando meus cabelos por cima do meu ombro. Ofego, completamente vulnerável e sensível arrepiando-me loucamente quando suas mãos sobem pelas minhas coxas.
Ele agarra um punhado dos meus cabelos com uma força que me faz soltar um gemido baixo. Eu o quero, quero tanto. Quase que desesperadamente.
Posso ouvir meu coração batendo contra meus tímpanos e reviro os olhos enquanto George passa a língua no meu pescoço lentamente. O calor parece que vai me consumir até não sobrar nada, e eu me vejo na obrigação de tirar as mãos de seu ombro para me livrar das minhas asas que caem no chão em um baque surdo. Com a mão esquerda George aperta minha coxa com uma firmeza que com toda a certeza vai me levar à loucura.
E eu tento, juro que tento pensar com coerência, mas qualquer coisa se não o corpo tenso dele sob o meu, passa pela minha cabeça.
— George.— arfo puxando sua mão para a minha bunda e surtando mais ainda quando ele a apertou. Céus, creio eu que nunca pensei em coisas tão nefastas em toda minha existência— George.
E aí ele volta a me beijar, a mão direita prende meu pescoço e eu me sinto uma coisa, um objeto sob seu domínio.
A pior parte, talvez, é que eu adoro a sensação. Eu estou por cima, mas quem está no controle é ele. Eu rebolo mais um pouquinho, preciso saciar as necessidades do meu corpo, estas que nunca antes senti com tanta urgência.
— Eu preciso de você, linda.— ele me fala e eu fraquejo. Nós nos olhamos, as testas coladas, olho no olho. A ponta de nossos narizes se roçam e sua respiração ofegante bate contra meu rosto. Eu o beijo, um belisco do paraíso.
— Você me tem.— digo. George parece sério, um olho âmbar e o outro verde como eu bem conheço, ele me questiona em silêncio. Meu, meu garoto.— Você tem o que você quiser.— aí eu abraço seu pescoço e ele tira a mão de minha bunda para segurar minha cintura.
— Você tem certeza?— ele quer saber, se afastando do beijo, e eu sorrio por causa da sua carinha de preocupado.
— Tenho.— eu digo, levantando o vestido, me despindo diante do meu mais novo namorado sem nem hesitar. Ele baixou os olhos para os meus peitos cobertos por um sutiã branco tomara que caia. Santa Rowena, eu estou louca pra caralho.
— Tem?— ele pergunta naquele tom que sempre me faz perder as estribeiras. Espero que ele continue porque eu não tenho coragem o suficiente, mas o ruivo tira a mão de meu pescoço e a coloca contra o meu peito, bem encima do meu coração acelerado. Quando ele volta a olhar nos meus olhos, parece que ele pode enxergar até minha alma— Tem, querida?
E eu não sei o que lhe dizer, estava com a mais plena certeza quando ele estava agindo, mas bastou uma pequena pausa e eu me pergunto se eu não estou passando dos limites. Mas ele sabe que eu estaria entregando muito mais do que meu corpo para ele, né?
— Eu tenho.— assinto, relutante. George inclina a cabeça para o lado, me encarando com tanta intensidade que eu me senti intimidada. Aí ele volta a medir meu corpo, cada centímetro como se não quisesse perder nada. É como se eu já estivesse completamente nua. Quebrando o silêncio ensurdecedor, ele solta uma risada nasalada.
— Não vou nem fingir que quero menos que você.— ele dá de ombros e puxa um pequeno nó das tiras de linho que envolvem seu corpo e começou a se libertar. Meu coração estava na garganta quando vi todo seu peito desnudo, o corpo dele é simplesmente perfeito. Passei as pontas dos dedos na sua clavícula, pelos seus ombros com algumas sardas salpicadas. Desci os dedos pelos seus braços, vendo como o contraste entre a cor de nossas peles é lindo.
E é o que eu quero. Olho seu corpo definido, admiro toda sua magnitude, todos os relevos, todas as cavidades. Cada curva suave. E eu sei que ele é ainda mais do que tudo isso, que ele é mais lindo ainda por dentro. O que eu posso fazer? Olho em seus olhos, a certeza tomando conta de cada átomo do meu corpo.
— Por favor.— eu digo.
Ele nem hesita em erguer o quadril e me derrubar na cama, vindo por cima como um predador.
— Seu desejo é uma ordem, querida.
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Nota da autora:
Amo a lógica do jovem moderno de que é cedo para falar de amor, mas nunca é cedo demais para fazer sexo. Preciso avisar sobre o que será o próximo capítulo?
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