É realmente o fim?
Bom dia amados! É com alegria que trago junto com o projeto PurpleGalaxy_Project, mais uma one-shot para vocês. Para o sexto ciclo foram escolhidos os temas Pandemia e Investigação Criminal. Escrevi sobre os dois temas, mas em especial "Daegu-Zumb" é sobre Pandemia, estilo mundo pós-apocalíptico. E aliás, o membro desse ciclo é nosso querido gatinho, Min Yoongi!
É isso e eu espero que vocês gostem! Boa leitura florzinhas!
Créditos:
Co-autor: PurpleGalaxy_Project
Avaliação por: @rns43
Betagem por: soobinvaqueiro
Design por: @KathyJu
Hospital Central de Daegu, 01:30 da madrugada, dia 02 de março de 2024.
- Mais um paciente veio a óbito devido a infecção hospitalar, com ele já contamos vinte e nove pacientes mortos. Isso não é normal, tem alguma coisa errada acontecendo, Jimin. - Nayeon olhava para o cunhado, via no olhar do mais novo que, como ela, ele também tinha suas dúvidas em relação a tal "infecção". Os dois eram enfermeiros no hospital Central a cerca de quatro anos, desde que saíram da faculdade de enfermagem. Essa situação completamente estranha não era algo muito normal de se ver, principalmente quando não estavam passando por uma crise epidemiológica. Os médicos e, principalmente, o diretor responsável pelo hospital não se pronunciaram sobre, o que causou mais estranheza.
- Realmente não é normal, Nayeon. Devemos ficar atentos a tudo, até mesmo aos pacientes que morreram por causa dessa infecção. - A acastanhada arregalou os olhos, mas logo assentiu. Qualquer coisa podia acontecer, então tomariam cuidado. Preparando-se para sair da sala de descanso, os dois enfermeiros começaram a escutar uma gritaria vinda dos corredores. Em instantes, Dahyun e Chaeyoung entraram correndo na sala, girando a tranca em seguida. As duas estavam brancas como papel, extremamente assustadas com algo.
- O que 'tá acontecendo? Por que da gritaria? - Jimin se aproximou das duas amigas, e Chaeyoung começou a chorar, enquanto Dahyun ficou séria, voltando a ter cor.
- O pessoal do necrotério não estava respondendo o bip, e nem mesmo o segurança. Quando pediram para nós duas verificarmos o que tinha acontecido, descemos no elevador, mas antes mesmo da gente sequer pensar em sair, vimos os pacientes que vieram a óbito nessa semana, bem acordados, devorando todo mundo que estava lá embaixo. - Nayeon saiu correndo para o banheiro para vomitar seu lanche noturno, e Jimin engoliu em seco, pensando na merda toda que estava acontecendo.
- As crianças...
- Elas foram realocadas para a ala próxima da recepção a cerca de três horas. Momo, Taemin, Félix, Sana e Jin estão trancados por lá. Sabe que o único acesso por lá é a porta que dá para o corredor da recepção, e uma porta de emergência. - Respirando fundo, Jimin deu as costas para a loira, mas em um rompante, lembrou-se de ligar para o namorado. Nas primeiras duas tentativas, nada do sargento atender, já na terceira, a voz baixa e sussurrada foi escutada.
- Onde você 'tá? Eu 'tô preso no hospital porque os pacientes mortos começaram a atacar todo mundo aqui. - Uma frase muito assustadora para se dizer ao ser atendido, mas era a verdade no atual momento.
- Jimin, eu estou no estacionamento dentro de um mini ônibus da base militar. Jin me ligou e pediu para que eu viesse para buscar as crianças. - O loiro suspirou, agradecendo em silêncio, visto que a coisa mais importante ali era retirar as crianças do local, porque algo poderia dar errado mais tarde, e perdê-las seria, no mínimo, muito doloroso.
- Você 'tá bem? - Mas também seria muito ruim perder seu namorado. Jimin sempre se preocupava com a possibilidade de ele se machucar durante o trabalho.
- Eu estou, mas aqui, do lado de fora do hospital, está virando uma bagunça. Meus homens estão neutralizando os infectados, porém, a taxa de contágio está sendo maior. Eles continuam aparecendo. - Por um momento, Jimin se tremeu todo, no entanto, com o barulho no corredor aumentando, ficou ainda mais atento.
- As coisas aqui dentro estão só piorando também. - Como o namorado, o loiro também passou a sussurrar.
- Estamos terminando de colocar as crianças para dentro. Me diz se a janela do quarto de descanso tem vista para alguma rua. - Jimin andou até a janela que sempre estava tampada pela cortina e a abriu devagar, observando o lado de fora. A vista era a do estacionamento onde somente os funcionários poderiam estacionar. Encontrava-se lotado de carros, mas a parte próxima à janela estava completamente livre.
- A janela fica em frente ao estacionamento C, o Jin vai saber explicar onde é - o loiro afirmou, deixando a cortina aberta.
- Entendido. Logo eu chego aí para buscar vocês, amor. - Virando-se para Dahyun, Jimin disse em palavras baixas que Jungkook estava indo buscá-los. Querendo não ter nenhuma surpresa na hora de sair, empurraram alguns objetos pesados para frente da porta do quarto, formando uma barricada.
Ainda sem acreditar que tudo se tornou um completo caos, Jimin pensava na forma como o contágio estava acontecendo. Para as pessoas se tornarem os monstros que estavam lá fora, de forma desenfreada, provavelmente elas se transformavam em menos de vinte segundos. Na cabeça loira, não fazia sentido, mas parando para pensar bem, lembrando das situações que aconteceram antes dos pacientes morrerem, as peças começavam a se encaixar. O primeiro estágio daquilo era uma virose extremamente forte. Depois de horas vendo os pacientes sofrerem com uma febre forte e vômitos, a infecção apareceu após uma bateria de exames. Em menos de uma hora, depois da detecção da bactéria, os pacientes vinham a óbito. O segundo estágio era, obviamente, a morte. No terceiro estágio e último, o vírus já estava forte o suficiente para transformar as pessoas em segundos.
Aquela situação ia crescer, então, em uma proporção sem medidas.
[...]
Interior de Daegu, Cidade Menor de Han-gul, 13:54 da tarde, dia 03 de março de 2024.
Fazer a reposição do meu armazém era o único tipo de contato que tinha com as pessoas que moravam na cidade. Há mais de cinco anos, depois de voltar de um verdadeiro campo de guerra, tudo que eu quis foi me isolar. Os traumas e os medos que ganhei naquele lugar ficaram gravados nas minhas memórias, e no meu corpo. Então, geralmente, era bastante raro me ver pela cidade, senão nos dias de fazer compras.
No dado momento era o dia, mas percebi que tudo parecia um pouco estranho. Não via um carro sequer na estrada, e o posto onde sempre abastecia meu Jipe estava fechado. Estava próximo à entrada da cidade e tudo que visualizava ao longe era fumaça. Assim, quando cheguei na entrada, meus olhos dobraram de tamanho com a cena à minha frente. Carros batidos parados em lugares inadequados, casas incendiadas e estabelecimentos totalmente revirados, e, estranhamente, pessoas andando de um lado a outro completamente ensanguentadas e maltrapilhas, inertes.
Parei meu Jipe e permaneci observando. Olhava a forma como aqueles seres andavam sem sentido algum quando um barulho alto ecoou na rua. As "coisas" inertes se tornaram ativas, correndo em direção ao som. Eles grunhiam como zumbis de filmes de terror. Caindo na real, peguei uma das minhas armas que estavam guardadas no carro. Dentro do porta-luvas, minha Glock 40, de 13 tiros, encontrava-se completamente carregada e pronta para ser usada.
Infelizmente, não poderia ir embora sem preencher meu armazém, então teria que enfrentar aqueles seres para ter o que desejava, e também descobrir o que aconteceu. Esperei os zumbis saírem da rua seguindo para outra para poder sair do Jipe, fechando a porta devagar. Olhei à minha direita e em passos silenciosos segui para dentro do supermercado. Para o exército, eu fui como médico. Na época, tinha acabado de me formar, e se eu pudesse, teria feito uma escolha melhor, mas vi que o destino não errava.
Entrei no supermercado, verificando cada canto, tendo certeza que não havia mais nenhum por ali, para logo começar a pegar tudo que precisava. A todo instante, mantinha-me atento, ao mesmo tempo que colocava a cabeça para matutar. Aqueles bichos foram atraídos pelo barulho, então seria meio problemático usar minha Glock caso algo acontecesse. Em certo instante, olhei para o balcão, notando algumas facas, coisa que não era comum em um mercado da Coreia do Sul. Aproximei-me, agarrando duas facas grandes, de corte afiado, e olhando para debaixo do balcão, logo percebendo uma machadinha bem escondida.
Peguei-a também, voltando à busca dos meus suprimentos. Não demorei muito e, em alguns minutos, já tinha tudo o que precisava guardado em duas mochilas grandes. E antes de sair, posicionei minha arma no cós da calça, ficando com a machadinha na mão. Nada me aconteceu na hora de entrar no carro, mas o barulho do motor ligando foi o suficiente para atrair alguns zumbis. Simplesmente passei por cima de pelo menos três deles, logo voltando para a estrada e acelerando ao máximo.
No meio do caminho é que comecei a surtar de forma silenciosa. Não fazia sentido o que eu vi, não queria acreditar nisso, mas, no momento, eu precisava engolir que sim, o mundo já não seria o mesmo. Faziam-se três dias que eu não escutava nada no rádio, este que só chiava de forma irritante, mais um dos motivos que me fizeram vir à cidade. Porém, nada me preparou para aquela cena horrível e esquisita.
Minha mente ainda processava a situação, mas não tirava o foco da estrada. Quando cheguei em minha propriedade, a primeira coisa que observei foram os muros enormes. Esse lugar era a herança que me foi deixada pelo meu bisavô, velho que viu os filhos e os netos morrerem antes de partir com seus 114 anos de idade, totalmente consciente e bem de saúde. A propriedade sempre foi uma fortaleza, mas, com o tempo, meu bisavô complementou algumas coisas para poder ter uma vida isolada sossegado. Placas de energia solar, fonte de água sem depender da rede de distribuição, uma horta e um pomar enormes, algumas criações como galinhas e porcos, e um búnquer no porão da casa.
Até parece que o velho Min estava pensando nesse futuro apocalíptico que acabou de começar, mas ele só era precavido mesmo, e traumatizado com a guerra. Quando estacionei em frente a casa, olhei para trás, vendo o grande portão se fechar. Fiquei um tempo parado, mirando o céu azul, mas minha atenção foi completamente tomada quando ouvi alguém xingando aos montes em voz alta. Tirei minha Glock da cintura, e andei em direção à voz. Deparei-me com o buraco que estava cavando esses dias e ao me aproximar da borda, percebi um homem de cabelo platinado jogado lá dentro. Ele olhou para mim quando reparou a sombra que cobria sua cabeça, arregalando os olhos em seguida ao ver a arma na minha mão.
- Está aí há quanto tempo? - perguntei, agachando-me, começando a reparar no platinado.
- Faz meia hora. - Assenti, descendo meu olhar para suas pernas, parando nos joelhos que estavam machucados, já que a calça verde militar se encontrava manchada de sangue.
- Certo, vou buscar a escada e já volto. - Sem esperar uma resposta, fui atrás da minha escada que estava a alguns metros de distância, bem na varanda de trás da casa. Voltei, já colocando-a dentro do buraco, e a segurei, vendo o outro subir. Quando ele ficou em pé na minha frente, olhei bem para sua mochila, depois para o coldre axilar e para o da coxa.
- Você sabe o que aconteceu na cidade a meio quilômetro daqui? - questionei, vendo-o me olhar por alguns segundos para logo desviar para o muro ao lado.
- Parece que uma infecção hospitalar saiu fora do controle em Daegu, em menos de dois dias aquilo chegou na nossa região. - Ele soltou um suspiro longo e riu em seguida, coçando a cabeça. - Sério, não esperava encontrar a cidade daquele jeito. Eu viajo por alguns dias para as montanhas e quando volto, tudo está um completo caos.
- É militar? - indaguei, já tendo certeza da resposta, observando-o confirmar.
- Primeiro sargento, Kim Namjoon. - Bateu continência, coisa que me fez abrir um sorriso instantâneo, rindo em seguida.
- Ex-médico das forças especiais, Min Yoongi. - Bati continência para ele, contemplando-o rir também. Para pessoas que começavam a viver em um mundo apocalíptico, estávamos até bem, pelo menos por agora.
Levei-o para dentro de casa depois dessa apresentação e ofereci meu banheiro para que ele pudesse tomar um banho. Não baixei a guarda em nenhum momento, minha arma estava na minha mão, destravada e com meu dedo no gatilho. Qualquer deslize do Kim, e eu o mataria.
[...]
Faziam-se dois dias que Namjoon estava comigo. Ele me contou mais sobre o que viu no caminho, e confirmou minha teoria sobre como matar aquelas coisas. O platinado não fez nenhum movimento suspeito, então deixei de lado o pensamento de matá-lo caso fizesse algo.
Naquele momento, fazíamos uma ronda ao redor da propriedade. Os zumbis começaram a se mover, o que significava que eles não estavam encontrando alimento na cidade. Ao total, havíamos abatido vinte e dois mortos-vivos. Eu estava cobrindo a frente da casa quando escutei o barulho característico de alguém correndo, então olhei para o lado e vi Namjoon vindo na minha direção, todo sorridente. Ele me disse que esperava uma resposta do segundo sargento do batalhão, pelo qual Namjoon era responsável, por meio do rádio comunicador.
- Ele me respondeu! Jungkook está vindo por essa estrada com o ônibus. - Detalhe, um ônibus cheio de crianças. Minha casa não era tão pequena assim, visto que, na realidade, era cheia de quartos e banheiros, ela se assemelhava a uma mansão rústica. Namjoon havia conversado comigo e me explicado tudo, além disso, implorou-me para deixar que eles ficassem. Eu não era tão duro e nunca deixaria crianças desamparadas com aquelas "coisas" lá fora.
- Eles estão com comboio também? - O ônibus estava sendo guardado por dois carros blindados, essa era a informação que recebi no dia que ele me contou.
- Sim, dois Knight XV. - O que não sabia era que eram dois carros altamente blindados e extremamente caros. Como eles conseguiram isso no batalhão? Não sabia, mas o caos devia ter se espalhado por lá para nenhum superior dizer algo. Foi o que provavelmente aconteceu.
Ficamos parados em frente ao portão e, em menos de dez minutos, o barulho dos carros e do ônibus começou a vir da estrada. Quando viraram e entraram na estrada da minha propriedade, pude ver o tamanho do ônibus, médio, com a capacidade de levar trinta ou mais passageiros.
A alegria de Namjoon ao ver os colegas bem me lembrou da forma a qual eu cuidava dos meus quando servia no exército. Do ônibus desceram os enfermeiros e um total de quinze crianças, entre quatro e doze anos de idade. Os rostos assustados mostravam que elas não entendiam nada do que estava acontecendo.
Acordei para a realidade ao escutar as travas do portão fechando. Olhei para frente, percebendo Namjoon se aproximar acompanhado do segundo sargento, a insígnia nos ombros me mostrava isso.
- Yoongi, esse é o segundo sargento, Jeon Jungkook. - O homem à minha frente me era muito familiar, no entanto, não disse nada quando apertei sua mão, somente abri um sorriso.
- Prazer, segundo sargento. - O aperto da mão era forte, mas o que chamava atenção nele eram as tatuagens no braço completamente fechado, e a aliança nada discreta no dedo anelar. O loiro me olhando devia ser o namorado dele.
- Muito obrigada por nos deixar ficar, realmente somos muito gratos. - Os olhos escuros eram a janela da alma desse homem, conseguia enxergar.
- Não precisa agradecer, no momento, penso em instalar as crianças na casa o quanto antes - ao que citei a criançada, o loiro veio acompanhado delas e dos outros enfermeiros.
- Me chamo Park Jimin, e essas são as nossas crianças. - Todas, sem exceção, olhavam-me com curiosidade. Meu rosto inexpressivo e cheio de pequenas cicatrizes como o Edward, mãos de tesoura, devia chamar a atenção delas.
- Um prazer em conhecê-lo, Jimin. Os quartos das crianças estão organizados, e logo um almoço vai estar pronto 'pra vocês e elas. - Ele finalmente abriu um sorriso, fazendo os seus olhos virarem risquinhos. Levei todo mundo para a parte interna e os deixei à vontade. Testemunhei o quão rápido as pequenas crianças se adaptavam a minha casa, tendo Namjoon me olhando do canto da sala com um brilho nos olhos.
Andava recebendo esse olhar com frequência desde que tirei ele do buraco do quintal, já vi algo parecido acontecer durante os meus anos servindo. Era estranho pensar que alguém podia me olhar com interesse e desejo. Depois de deixá-los confortáveis, fui para a cozinha iniciar o preparo da comida. Mais cedo, escolhi algumas galinhas no galinheiro, e batatas e cenouras na horta. Iria fazer um ensopado com as partes mais carnudas e deixar as partes menos atraentes separadas em outra panela.
Estava colocando tudo para cozinhar quando senti a presença de Namjoon atrás de mim. Seus passos não eram nada discretos, e o cheiro de pinhos que ele tinha naturalmente não me permitia dúvidas.
- Precisa de ajuda?
Estava tudo temperado e jogado nas panelas, começando a cozinhar, mas precisava de sal e meu tempero especial.
- Pega o sal, e meu tempero, por favor. - Escutei-o andando pela cozinha e ele não demorou muito, voltou com o que pedi e ainda me trouxe pimenta.
- Não precisa colocar muito, mas acho que eles vão gostar de um pouquinho de ardência.
Fui pegar o frasco de pimenta e o rosto dele ficou bem próximo ao meu. Os olhos castanhos claros, de perto, eram fascinantes, e notei com clareza o quão besta ele estava por mim. Os dois globos brilhavam como estrelas no céu noturno. Namjoon se aproximou e quando estava quase me beijando, Jimin entrou na cozinha acompanhado de Seokjin, um homem de bom humor.
- Desculpa atrapalhar, mas viemos saber se precisa de ajuda. - O loiro sorria envergonhado, e Seokjin nos olhava com a mão na boca, segurando um riso na garganta. Namjoon se afastou, tímido, e eu continuei em frente a bancada, com um pequeno sorriso nos lábios.
- Bom, vou precisar de ajuda para arrumar um lugar para todo mundo comer.
Os dois se dispuseram a me auxiliar com a arrumação da mesa da copa da casa, enquanto as crianças comeriam na sala, já que lá elas teriam mais liberdade para isso. Nenhum deles disse nada, Namjoon continuou na cozinha e de minuto em minuto ia olhar as panelas. Quando o almoço estava pronto, já era meio-dia e vinte e um. As crianças estavam famintas e os adultos iam dar uma olhada sempre que podiam. Agora que tudo estava pronto, via eles se servirem com fartura.
O bisa ficaria feliz em ver a casa cheia.
[...]
Três meses, o tempo passou rápido demais. Ainda era um pouco assustador acordar e saber que o mundo já não era o mesmo, que os dias já não eram calmos como antes, e que zumbis estavam por aí, famintos por uma carne suculenta. Minha casa estava mais cheia, nesses meses, acolhemos mais crianças, e somente elas, porque os adultos estavam mais assustadores do que antes, e a insanidade havia tomado conta de algumas pessoas.
Em casa, Jimin e Seokjin eram responsáveis por administrar a alimentação e os cuidados médicos de todo mundo com meu auxílio. Os dois sargentos ficaram por conta da patrulha e da guarda da propriedade. Namjoon e Jungkook sempre estavam empenhados para nos manter em segurança, e não poupavam esforços para treinar os soldados que residiam junto a eles.
O que aconteceu depois do quase beijo na cozinha, era uma história até que bem óbvia. Eu e o platinado estávamos nos envolvendo, era a primeira vez que me envolvia dessa forma com alguém, colocando meus sentimentos e coração na jogada. Com o mundo assim, virado de cabeça para baixo, esperava que nada acontecesse com as pessoas que recebia e acolhia no meu peito, principalmente com Namjoon, pois acho que não suportaria perder o meu primeiro amor. Mas nessa loucura, de uma infecção se tornar um vírus, e pessoas se tornarem monstros comedores de carne, tudo era possível e imprevisível.
Nenhum amanhã seria certo, mas ao fim do dia, agradeceríamos por termos conseguido novamente.
E sobre o amor? Nessas horas, ele prevalecia naqueles que ainda acreditavam nessa palavra pequena, porém, cheia de histórias para contar e emoções para distribuir.
Com Namjoon, acho que nem uma pandemia seria capaz de desfazer essa paixão que crescia como fogo.
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