Capitulo 5 - Mestre dos Magos e Oráculos ~ Parte 3
Tudo ocorreu rapidamente diante seus olhos. A arma de fogo de Hydarth fora disparada, o projétil viajou os quatro metros de distância e acertou Lancer no peito. O servo de Khoasang havia errado. Ele havia mirado na testa do lanceiro, no entanto, não esperava que a arma fosse lhe dar um coice quando disparada, resultando na quebra de seu nariz e no seu desequilíbrio. Ao mesmo tempo em que o corpo de Lancer caia no chão junto a sua lança, o invasor tinha seu corpo cortando o ar naquela grande queda.
Zithar, mesmo exausta e com os olhos sem brilho, se levantou e se lançou em direção ao seu portador de lanças, o agarrando com os braços finos em torno do seu abdômen. Com o peso, suas penas cederam e, mais uma vez, ela caiu de joelhos, no entanto, isso impediu que Lancer fosse diretamente para o chão, consequentemente impediu que o ferimento do tiro não se tornasse algo mais grave.
Alisha, que queria ir até a janela para averiguar a situação do jardim - onde o sol provavelmente iria refletir sua luz no sangue espirrado no gramado - se viu obrigada a juntar-se a rainha para cuidar do homem abatido. A Hyd desamarrou a armadura de couro perfurada para extinguir a pressão que ela fazia em seus pulmões e encontrou sua camisa azul escura se tornando roxa por conta do sangue.
No tempo de cinco a oito minutos, passos rápidos passaram a ser ouvidos, era Heilos com alguns servos da ala médica. Tomando o maior cuidado possível eles carregaram o lanceiro e o deitaram na maca que trouxeram, cuidando para estancar o sangramento da forma menos prejudicial possível. Logo, Alisha viu os curandeiros saírem levando Lancer e sua rainha, enquanto isso, Heilos se inclinava na janela quebrada, olhando para baixo e procurando algo.
- Droga. Ele escapou!
- O que?! Como assim "ele escapou"?! - Alisha vai rapidamente até o guerreiro, tomando-lhe o lugar na janela e olhando para baixo, vendo que não havia corpo ou tripas espalhadas pelo jardim. - Ele caiu! Eu vi!
- Se acalme, pirralha. Ele pode ter caído, mas lembre-se que ele tinha magia ao seu lado, com certeza deve ter usado algum feitiço de teletransporte para se salvar.
- Senhor - Heilos e Alisha se viram, um soldado com os ferimentos enfaixados estava com os pés juntos, batendo continência para seu general. Com um aceno de cabeça, Heilos lhe dá a permissão para falar. -, tivemos um grande número de baixas nas armaduras, no entanto, poucos guerreiros de carne e osso tiveram suas vidas ceifadas.
- Isso é ótimo. Mais alguma coisa?
- Conseguimos recuperar o cadáver do Armyasenki, Senhor. A carcaça fora enviada para o nosso centro de pesquisa biológica e química. - E eu achando que eles eram totalmente atrasados. - Nossos pesquisadores exigem uma ordem direta para começarem a trabalhar, coisa que apenas o Senhor pode fazer como o segundo na linha de sucessão do trono e com seu irmão, o rei Damian, estando na ala médica tendo o braço posto de volta no lugar, portanto, ele está temporariamente incapaz de fazer tal decisão por causa das medicações administradas.
- Ah sim, claro. Diga que eu, Heilos Ophiocus, permito não só o início das pesquisas, como também o fechamento dos portões da muralha.
***
A sala do trono estava um pandemônio. Damian, que havia despertado dos efeitos do medicamento, estava sentado em seu trono com o braço esquerdo enfaixado e as roupas reais ainda rasgadas pelas garras do Armyasenki enquanto Zithar não estava presente; os curandeiros haviam administrado um forte sedativo em sua corrente sanguínea para que a mesma adormecesse e recuperasse as forças, portanto, Heilos estava usando uma roupa parecida com a de Damian, porém, menos chamativa, mostrando que, apesar de possuir poder sobre os presentes, seu poder não ultrapassava o do rei.
Impaciente com os mestres presentes na reunião, Heilos apertou o osso do nariz e olhou de rabo de olho para seu irmão, ambos entraram numa conversa silenciosa sobre quem iria chamar a atenção dos homens inquietos. Enquanto isso, Alisha estava no canto direito do salão, lado a lado com Marylin, ambas também devidamente trocadas para a ocasião.
- Senhores - Damian começa. -, por favor, peço-lhes que parem de discutir para que comecemos a debater como os verdadeiros adultos que somos.
- Damian, você não tem pulso com os inimigos, deixou que um servo de alta patente de Khoasang invadisse seu reino com um Armyasenki e, além de causar estragos materiais e Daenistas, que Mautke guie nossos soldados para o céu, ele ROUBOU o Kniga. - quem havia se pronunciado era um senhor de idade, seu cabelo grisalho combinava com sua barba branca, no entanto, seu corpo era forte, ele era o mestre de armas do reino. Para acalmar os nervos ele ascende um charuto e começa a fumar. - Nós acabamos de perder uma batalha, isso não ocorria a décadas! Agora, depois de anos sem entrar numa guerra, nos lançamos desarmados em uma e já começamos perdendo.
Desta vez, outro homem se pronuncia. Esse era mais jovem; seu cabelo castanho escuro e curto estava todo penteado para trás sem um fio rebelde sequer; ele era alto e magro, seus músculos não eram tão desenvolvidos, ou seja, ele era leve, leveza é um elemento importante para a agilidade, perdendo apenas para o treino. Aquele era o general da classe dos assassinos do reino.
- Não comece com isso, Skure. Todos sabemos que essa guerra não vai acabar; todos sabemos que, inevitavelmente, Khoasang sempre estará um passo a nossa frente. Ele é inteligente, está agindo com calma, não vai partir para o ataque direto como outros reinos um dia fizeram. Ele está derrubando nossas defesas, primeiro o castelo, depois abateu Lancer, em seguida qualquer um de nós poderá ser morto e...
- Por isso que eu digo: ataque primeiro, pergunte depois. - Skure havia interrompido o mestre dos assassinos, que trincou os dentes e girou uma faca entre os dedos, cogitando a ideia de mata-lo ali mesmo. - Temos de atacar diretamente para pegá-lo de surpresa e pimba! Ganhamos a guerra. O miserável nem vai saber o que o atingiu.
- Por favor, deixe de ser um selvagem, Skure. Além disso, pare de fumar, além de te fazer mal ao seu corpo e reduzir sua expectativa de vida, irá nos fazer mal. - diz um homem de aparentes trinta anos, ele abana a mão em frente ao rosto, afastando a fumaça do fumo de Skure, que continuava a sopra-la em sua direção apenas para irritar o médico, que se diferenciava pelo uniforme verde. Ele escuta o mais velho murmurar: "os garotos de hoje em dia são frescos demais, eu hein" - Narvi, o nosso querido Mestre de Assassinos, está totalmente correto: Khoasang sempre está a um passo a nossa frente. E eu posso provar isso com convicção, majestade.
Finalmente, Heilos pareceu interessado no que os outros diziam. O guerreiro se endireitou no trono de Zithar, tomando uma postura menos desleixada, mostrando para todos que as palavras do curandeiro e pesquisador estavam o interessando.
- Com a autorização de seu irmão, Heilos Ophiocus, meus colegas analisaram o corpo que nos foi entregue, enquanto o senhor estava incapaz de comandar. Tivemos apenas algumas horas desde o incidente, mas foi o suficiente para fazer um relatório prévio do que encontramos.
- Ande logo com isso, homem. Ainda tenho de chegar em casa e me deitar com a minha mulher.
As veias na testa do médico pareceram saltar quando ele rangeu os dentes.
- Skure, se você parar de me interromper, eu juro que não te espanco com uma clava com pregos, e guarde esses seus assuntos deselegantes para si mesmo. - Skure, sem saída, ergueu as mãos em sinal de rendimento. - Obrigado. Continuando... Quando abrimos o corpo, percebemos uma grande quantidade de magia acumulada, além de pontos precisos que, aparentemente, prendiam um membro no outro. Se for para supor como um Armyasenki é criado, eu, particularmente, tenho quase total certeza que eles juntam carcaças de animais, principalmente répteis, e pessoas como se estivessem costurando um ferimento e dão vida usando alguma magia que não é de nosso conhecimento, assim eles são fortes, rápidos, inteligentes e alguns possuem a capacidade de falar.
- Merda. Ele está mudando o ciclo natural. - Damian sussurra, todos na sala entram em silêncio. - Com Khoasang possuindo tal conhecimento e o livro, não apenas nós estamos perdidos, como também, Hydarth.
- Apenas o escolhido do livro conhece a pronúncia correta das "palavras mágicas" para ativa-lo. Por isso, matem a garota e ele nunca terá isso.
- Calado, Skure. - Heilos, que havia permanecido quieto durante todo esse tempo, se pronunciou. - Enquanto você estava agindo feito um bárbaro bêbado pelos corredores, nós estávamos lutando contra uma besta é um servo de alta patente do Khoasang. E, antes que vocês digam que está tudo perdido, saibam que, a garota que você sugeriu matar, conseguiu recuperar a chave do livro. Ou seja, ninguém irá abrir o Kniga sem ela, nem Maharpayã é capaz disso.
A porta dupla da sala do trono fora aberta e todos olharam em sua direção, um garotinho usando uma túnica branca entra com um pergaminho na mão e, após uma reverência, se dirige a Damian, lhe entregando o papel:
- Aqui está, majestade. Meu mestre, o mago, pediu para que o senhor lesse em voz alta para todos os presentes.
- Muito obrigado, agradeça a ele por mim, jovem mago.
Quando o garoto deixou o salão acompanhado do guarda que iria o escoltar de volta ao templo, Damian desamarrou a fita vermelha e desenrolou o papel.
Senhoras e senhores presentes na sala do trono, eu sei que ando desaparecido nos últimos tempos, não deixo o templo para quase nada, e peço desculpas por isso. Mas, como nada é sem propósito na vida, eu lhes mando este pergaminho apesar da guerra oral na qual estavam alguns instantes atrás, antes de o mestre dos soldados, Heilos, tomar a palavra.
Como todos sabem, além de eu possuir o poder de saber o que virá a acontecer, as notícias voam com o vento. Era de se esperar que um Dae de bem iria ouvir o rugido do Armyasenki, ver a parede de fogo criada pela rainha ou ouvir o estranho som do disparo da arma de fogo contra o nosso lanceiro. Meus senhores, peço-lhes que acalmem os nervos, e Skure, pare de fumar, isso é irritante e prejudicial a sua saúde.
Ao fundo, é possível se escutar Skure xingando enquanto Damian continua a ler.
Antes que vocês cheguem ao consenso de que a Hyd seja morta, saibam que ela será uma importante peça no tabuleiro deste jogo, será ela que irá encontrar o desaparecido Zashti. Por isso, desejo que Heilos e a menina venham me encontrar no Templo de Maharpayã, tenho algumas previsões para eles.
Todos estavam perplexos a ponto de Skure deixar seu charuto apagar ao cair no chão. O mestre de armas esbraveja para cima do rei
- Como assim? Será que você quer deixar o destino do seu reino nas mãos de alguém que não enxerga o perigo?! Até agora você está sendo o pior rei no quesito de seguir as regras. Você não matou a feiticeira sem sangue real, se casou com ela e deixa ela te comandar; botou seu irmão bastardo como general dos guerreiros de ataque direto e agora quer deixar que um religioso tome a frente?!
- Skure, CALADO! - pela primeira vez todos ali puderam ouvir Damian elevar sua voz, a sobrepondo sobre a de Skure, o calando. - O senhor foi o Mestre de Armas de meu pai e foi um dos que me viu crescer, possuo muito respeito pelo senhor. No entanto, não permitirei que dite o que eu devo fazer, o rei aqui sou eu, não você.
Marylin decide interferir e se dirige a seu rei, se posicionando ao lado dele e começando a massagear sua nuca para impedir que a enxaqueca piore.
- Meu rei, por favor, não se estresse, suas dores só irão piorar dessa forma. Com rainha Zithar em um longo sono, é minha responsabilidade cuidar do senhor.
- Obrigado, Marylin... Alguém contra as minhas decisões?! - como não houve ninguém disposto a interferir, ele continuou. - Heilos, pegue os cavalos e leve Alisha até o mago. Eu prometi a ela que poderia voltar para seu lar e irei cumprir. Estão todos dispensados.
***
Dois cavalos haviam sido selados, um preto e o outro marrom escuro. Heilos ajudou Alisha a montar o marrom e, com um impulso, ele montou no segundo.
- Segure as rédeas com força e use as pedaleiras para bater de leve nas costelas dele, o atentando para trotar. - Heilos começa a ensinar basicamente o que se fazer para cavalgar, Alisha prestava atenção e analisava a sela em que estava sentada. - Ele é treinado desde que era um potro, portanto, usar uma voz firme e não agressiva para dar um comando é o recomendado, ele não irá se assustar e obedecerá.
- Tá. Entendi. Para onde vamos?
- Para oeste da nossa posição, sairemos das muralhas e entraremos na terra do templo.
- Espera pera pera peeeeeera. Porque o templo é fora da cidade? Não é perigoso? Sabe, saqueadores, vândalos e etc.
- Porque diabos você tem de fazer tantas perguntas? - ele suspira. - Os nossos Oráculos são mensageiros diretos dos desejos de Maharpayã, eles fazem o que a serpente quer, portanto, construíram o templo longe da cidade para ele não ser comandado ou influenciado pela realeza, alem de haver rumores que a própria serpente protege o templo, ou seja, ninguém ousa ir la com tais intenções. Se precisamos de ajuda, podemos ir até eles, é raro um Oráculo convocar alguém para receber uma previsão ou algo do tipo.
- Todos respeitam os lares, isso é incrível.
- Nao é bem respeitar, é temer. Mas sempre tem aqueles que não temem as consequências de tais atos. O ferreiro queimado é um exemplo.
- Do que aquele homem foi acusado mesmo?
- É difícil explicar. Pergunte ao oraculo.
Frustrada, Alisha soltou ar pelas narinas e não falou mais nada durante a cavalgada. Os cavalos trotaram pela rua principal da cidade, desviando dos civis e atravessando os grandes portões da muralha. Os cascos batiam contra o chão em uma sincronia invejável, o sol se punha por trás do mar verde que era a floresta e o céu lilas agora era banhado pelos tons quentes de vermelho e laranja. Pelo menos o calor esta acabando. A trilha de terra se estendeu por quase um quilômetro e meio até avistarem um grande templo protegido por uma extensa cerca de pedra, ele havia sido construído de forma perfeita e a escultura da serpente no arco da entrada era bem feito a ponto de seu olhar intimidar aqueles que por ali passavam.
Após desmontar e amarrar ambos os equinos na cerca, Heilos bateu na porta e ela, sozinha, se abriu, revelando um salão iluminado por vasos circulares que liberavam fogo azul de seu interior de forma controlada e sem um fio de fumaça; tratando o ocorrido como uma permissão, o guerreiro adentrou no templo levando a Hyd consigo. Alisha observava todo o salão quando a porta se bateu subitamente, a fazendo saltar para o lado de Heilos com o susto, no entanto, a riqueza nos detalhes do lugar logo a fizeram esquecer o ocorrido.
Era um salão comum, parecido com os de igrejas, porém, ao invés de estátuas de Santos, havia uma grande estátua de serpente dourada com rubis no lugar dos olhos, que estava em cima de um pedestal.
- Heilos, há quanto tempo! - diz um homem de cabelos brancos ao entrar.
Ele não era tão alto quanto Heilos, mas ainda era um pouco mais alto que Alisha. Seu rosto pálido transmitia juventude e tranquilidade; o cabelo branco estava preso em um rabo de cavalo baixo e folgado; um cachecol verde estava enrolado em seu pescoço para protegê-lo do inexistente frio. Além de seus olhos sempre permanecerem fechados.
- Raniel, faz realmente um bom tempo. No entanto, isso não explica o porquê de você ter nos chamado para uma reunião.
- Ah sim, claro. Venham comigo, o salão do povo não é adequado para a nossa... Conversa. - ele se dirige até a porta por onde entrou, pegando a bengala de cor vinho com um escorpião Albino e sem olhos no topo.
Alisha seguiu os dois homens e entrou no outro salão. A porta esculpida em forma de arco por onde passaram desapareceu dando lugar a apenas parede. No centro do salão havia um grande caldeirão dourado que liberava fogo azul aos montes, ele era envolto por duas pilastras de mesma cor, que se elevavam até o teto, se cruzando como uma fita de DNA. Em um dos espaços paralelos entre as duas fitas havia um globo terrestre constituído pelo mesmo fogo azul que era liberado do caldeirão. O globo de Daechya girava lentamente, imitando o movimento de rotação do planeta enquanto uma luz emitida de seu interior simulando o dia e a noite.
- É como um holograma... - os olhos de Alisha brilhavam. - Isso está parecendo uma série de ficção e fantasia!
- Muitas coisas de seu mundo vieram parar acidentalmente no nosso, por isso algumas de nossas tecnologias são parecidas. Além disso, seu mundo não é nem um pouco econômico e cuidadoso.
Heilos fez uma careta e se encostou de braços cruzados numa parede.
- Melhor se sentar, ele só vai parar de falar daqui a um bom tempo.
- Ele conhece meu mundo como se já tivesse morado nele.
Raniel sorriu, seu cabelo branco estava azul ao refletir a luz das chamas.
- Posso nunca ter vivido em Hydarth, no entanto, uso da magia para acessar as poucas aberturas ainda existentes e observar seus progressos, contudo, há anos estou desapontado. Não há tanta preocupação com a natureza.
- "séculos atrás"? Nossos mundos estiveram em contato?
- Sim, estiveram. Quando ocorreu o chamado Big Bang, foram criadas partículas positivas e negativas. As positivas criaram a sua dimensão, e as negativas criaram a nossa. Deveriam ser mundo paralelos, no entanto, as partículas começaram a interagir de forma misteriosa e, com isso, os buracos de minhoca começaram a aparecer, conectando nossos mundo, portanto, era inevitável que nossos antepassados iriam se encontrar em algum momento. - Alisha havia seguido o conselho de Heilos e sentado no chão de pernas cruzadas paea ouvir a explicação. Ao perceber que não havia nenhum som naquele cômodo, Raniel parou de falar. - Estou falando demais, não estou?
- Está. Mas estou gostando. - Heilos, que ainda estava encostado na parede, força uma tosse e recebe um olhar mortal da Hyd. Captando a mensagem, ele volta a ficar quieto. - Continue Raniel, por favor.
Animado, Raniel sorriu e então, Alisha percebeu que ele não compartilha conhecimentos aleatórios a tempos.
- Em tempos antigos, existiam inúmeros portais, incontáveis portais, portanto, nossos povos interagiram por muito tempo. Ensinamos a vocês a arte da escrita e da arquitetura, da medicina e da agricultura, afinal, éramos mais evoluídos por termos tido a ajuda de Maharpayã, uma grande e poderosa serpente que, de acordo com as lendas, se encantou com nosso povo primitivo e lhes ensinou a arte da magia - ele para um pouco para pensar. - , dizem também que ele assumia a forma humana para ter relações e procriar. Todos esses fatores fizeram seu povo nos endeusar, por exemplo os egípcios, maias, gregos, romanos, nórdicos e etc.
- Espera. Desculpa pela interrupção, mas... Como uma cobra ensinou magia a vocês? Isso é ilógico.
- O seu mundo tem uma explicação religiosa para isso, mas que não está totalmente errada. - Alisha o olha confusa enquanto Heilos parecia interessado, mesmo que um pouco. - Antes da criação do homem, os animais tinham a habilidade de falar, no entanto, com o passar dos anos, deixaram de se expressar com palavras por medo do que os homens gananciosos fariam com eles. Dizem que regrediram porque seu deus não queria que levassem mensagens dos mortos para os vivos, e vice versa. No entanto, o que realmente aconteceu é que, ao deixarem de exercitar a fala, essa habilidade foi retraída a ponto de seus descendentes não possuírem essa capacidade. É raro um animal falar, até aqui em Daechya.
- Ah ta... Obrigada por explicar.
- Continuando... Os Hyds criaram muitas estruturas com nossa supervisão, algumas eram alinhadas com as estrelas ou não, outros até se tornaram grandes portais para a passagem dos chamados animais místicos como: dragões, hidras e etc. No entanto, quando seu povo passou a se virar sozinho, passou a nós esquecer. A medida em que foram evoluindo, não só passaram a prejudicar a natureza como também destruíram os portais acidentalmente, então, não existem mais tantos portais quanto antes, por isso não temos mais tanto contato e, por isso, o Kniga foi criado. Dentro dele fora posto um portal interestelar poderoso, e por isso, fora criada a chave. Apenas o Zashti pode abri-lo. O Zashti é um descendente direto dos magos que criaram o Kniga, no entanto, o livro foi roubado e seu guardião está desaparecido há décadas, resta apenas a chave. Sem ela, Khoasang não pode usá-lo, não deixe que ele ponha as mãos nela!
Heilos franziu o cenho
- Ele só conseguirá a chave por cima do meu cadáver.
Notas da autora:
Hello aventuzueiros! Tudo bom? Espero que estejam gostando da história. Se sim, deixem seu voto e comentários, e por favor, imploro, compartilhem.
Aliás, fiquem atentos, próximo capítulo:
Capítulo 6 - Olhos da Mente
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