2. 合意

Jimin nunca conheceu ninguém tão persistente antes. Durante as semanas seguintes, Jungkook compareceu a todos os seus shows, pagando por suas sessões privadas a ponto de os outros clientes começarem a reclamar que não tinham a oportunidade de conhecer o dançarino. Eles se tornaram cada vez mais confortáveis ​​e brincalhões, mas tudo o que faziam era falar sobre si mesmos. Jimin não tinha ideia sobre a família do homem ou seu dinheiro ou onde Jungkook cresceu, mas ele aprendeu que tipo de filmes o moreno preferia e os livros que ele gostava. Era fascinante, realmente, mas o loiro nunca baixou a guarda porque sabia que o mundo não era tão bom quanto parecia. A confiança era algo difícil de ganhar.

Jimin cresceu em um orfanato e não tinha dinheiro para perseguir seu sonho de se tornar um dançarino, então ele teve que trabalhar no clube para sobreviver. O pensamento por si só irritava Jungkook, mas eles raramente falavam sobre isso porque deixava Jimin desconfortável e triste.

— Eu gostaria de tirar você daqui. — Jungkook disse uma vez e Jimin começou a rir.

— Não é tão fácil, Kookie. — Kookie. Jungkook podia jurar que ninguém imaginaria que esse seria seu novo apelido. Era suave e ele não achava adequado, mas ele nunca reclamou porque gostava da maneira como “Christian” falava. — No entanto, ficou mais fácil desde que você começou a vim. — Jimin lambeu os lábios e o homem engoliu em seco porque ainda não teve a chance de sentir o gosto daqueles lábios rosado.

— Os outros clientes são tão ruins assim?

— A maioria deles não entende a palavra não . Você é fácil de lidar. — Jimin sorriu e se aproximou. Acho que comecei a gostar de você. Ele pensou. Jungkook era obviamente bonito, ele era engraçado e inteligente e sempre que eles flertavam parecia que ele estava flertando com Jimin, não com “Christian” e essa era a razão das muitas noites sem dormir do garoto. Ele não conseguia entender qual era o objetivo de seus encontros, o que Jungkook realmente queria.

[....]
 

— Então ele está sempre tentando lhe dar dinheiro extra? — Taehyung perguntou e serviu o chá em xícaras coloridas. Eles estavam na casa de Taehyung e estavam se atualizando, pois não se viam há mais de uma semana. Ao contrário de Jimin, Tae foi adotado quando tinha oito anos, e seus pais estavam se certificando de que ele recebesse a melhor educação; Tae estava estudando artes e seus horários desorganizados tornavam os encontros quase impossíveis.

— Eu nunca aceito, Tae.

— Eu não entendo por que, no entanto. Você parece gostar dele, ele parece gostar de você e quer ajudar.

— Eu não sou um prostituto. — Se havia uma coisa que todos reclamaram em Jimin era o quão teimoso ele poderia ser. Quando a família Kim, aquela em que Taehyung foi adotado, quis ajudá-lo com dinheiro, ele recusou porque não queria ser o fardo de ninguém e também porque ele era muito orgulhoso para aceitar qualquer ato de bondade. Ele queria fazer isso sozinho, mas não era tão simples. — Ele nem quer que eu dance para ele, tudo o que fazemos é conversar.

— Você fala sobre ele também?

— Claro, senão seria chato. Ele é uma pessoa muito legal, Tae. Eu gostaria que você pudesse conhecê-lo.

— Por que você não o chama para sair? 

Jimin suspirou, não é que ele nunca tenha pensado nisso, mas havia algo o segurando. Namorar seu cliente não era extremamente anti-profissional? E não era como se eles pudessem fazer mais do que já estavam fazendo, o mais íntimo que eles fizeram foram dar abraços. Houve dias que Jungkook apareceu totalmente destruído. Ele estava obviamente exausto e aqueles eram os dias em que tudo que ele queria era que Jimin se sentasse em seu colo e passasse os dedos pelos seus cabelos para que ele pudesse relaxar e desfrutar do cheiro doce do dançarino.

— Esqueça. — Jimin respondeu. Ele não podia se permitir sonhar, o homem estava fora de seu alcance e não havia nenhuma maneira de Jungkook namorar alguém como ele. Não era seu assunto favorito para conversar, então eles conversaram sobre os estudos de Tae antes que Jimin decidisse ir embora.

Era deprimente ir para casa. Jimin morava em um dos bairros mais pobres de Seul, mas não era como se ele tivesse outra alternativa. Ele subiu as escadas para o terceiro andar e suspirou quando viu que havia outra nota deixada em sua porta. O senhorio deu-lhe um ultimato, ele teria que pagar o mês em curso e tudo o que já devia até o início da próxima semana. Seu estômago roncou, então ele correu para pegar um copo de macarrão instantâneo e comeu metade, decidindo que deveria economizar a comida por um tempo.

Às vezes, pensava em se mudar da capital porque as despesas eram enormes, mas também não sabia se poderia desistir de tudo. Seus amigos estavam ali, seu trabalho também e ele não conseguia se imaginar trabalhando sozinho.

Jimin foi para o clube por volta das 9 e estava do lado de fora quando sentiu alguém agarrá-lo pelo braço.

— Você é o Christian? — O homem que falava não estava sozinho e seu domínio sobre Jimin era forte o suficiente para deixar hematomas. — Por que você não nos entretém um pouco?

— Sinto muito, você tem que pagar para...

— Pare de ser uma vadia pretensiosa. — O outro rosnou e uma mão pesada fez seu caminho até seu rosto, batendo nele com força suficiente para que sua bochecha queimasse. — Você é apenas uma vagabunda faminta de pau.

Jimin empurrou o estranho e correu para dentro, mordendo os lábios com força para não chorar.

Isso não era verdade. Ele não era uma vadia

Jimin praguejou baixinho quando viu como seu rosto ficou inchado e cobriu a área com maquiagem, sabendo que não havia muito tempo até que ele tivesse que subir no palco. Ele estava distraído e isso resultou em algumas tropeções durante a dança. Por mais que odiasse, ele era uma pessoa sensata e sua mente não conseguia se calar, a tensão era demais e tudo começou a dominá-lo. A música estava quase terminando quando seus olhos encontraram os olhos de corça familiares e Jimin sentiu que ficou ainda mais difícil de respirar. Quando as luzes se apagaram, ele correu para trás, deixando um Hoseok confuso para pegar as roupas que ele deixou para trás.

Ele se sentia sujo.

Uma batida na porta o fez pular e só então percebeu que estava chorando.

— Posso entrar? — Era Hobi e a culpa o dominou porque seu amigo também tinha que trabalhar e ele estava atrapalhando isso.

— Sim. — Jimin enxugou os olhos rapidamente, fazendo-os arder e deu um sorriso falso assim que viu o ruivo se aproximando dele. Não havia necessidade de palavras, braços em volta dele o puxou para perto de um peito mais forte. Foi quando Jimin explodiu, ele começou a balbuciar que estava confuso, que estava cansado, machucado, com frio. Ele não tinha dinheiro suficiente para pagar o aluguel, havia coisas que ainda precisava consertar em seu pequeno apartamento, ele não sabia o que pensar sobre Jungkook. Jimin não era de reclamar; na verdade, era a primeira vez que Hoseok o ouvia falar sobre seus problemas e tudo o que ele podia fazer era esfregar as costas suavemente e encorajá-lo a contar tudo.

Seu amigo enxugou suas lágrimas.

— Você está exausto, Jiminie. Você deveria fazer uma pausa, acho que posso falar com a chefe, tenho certeza que ela vai entender...

— Eu não posso, Seok-ah. Eu preciso do dinheiro.

— Eu posso te ajudar com isso.

O loiro balançou a cabeça com veemência.

— Não aceito dinheiro pelo qual não trabalhei.

O ruivo estava pronto para protestar quando mais algumas batidas na porta interromperam sua linha de pensamentos. Hoseok decidiu atender e para sua surpresa o famoso Jeon Jungkook estava bem na sua frente, surpresa estragando suas belas feições. Todos os que trabalhavam no clube sabiam de Jungkook porque ele era persistente. Os clientes geralmente eram muito mais sutis e ficavam entediados depois de um curto período de tempo, mas esse não era o caso de Jungkook.

— Christian está ai dentro?

— Ele não está disponível agora...

— Dê-me cinco minutos.

Hoseok suspirou, ele sabia que poderia não ser uma boa ideia, mas decidiu dar uma oportunidade ao homem e se afastou.

— Cinco minutos. — Ele avisou e ofereceu privacidade.

Jimin estava tentando ignorar o brilho intenso, seus olhos fixando seu próprio rosto no espelho. Ele estava vulnerável e seu rosto estava inchado. Assim que ouviu passos calculados, seu batimento cardíaco começou a aumentar.

— Bebê? — Jungkook chamou.

Jimin deixou escapar uma risada sem graça.

— Eu não sou seu bebê, Sr. Jeon. — A maneira como ele decidiu chamar o homem colocou distância entre eles e Jungkook quase estremeceu com a frieza. Por que o dançarino estava agindo como se eles já não se conhecessem há alguns meses? — Não posso ficar com você esta noite.

— Você não está bem. — Foi uma declaração e os olhos de Jimin se encheram de lágrimas, mas ele jurou por Deus que não iria quebrar sob o olhar de Jungkook.

— Saia, por favor. — Sua voz tremeu.

— Deixe-me ajudá-lo. — Foi a resposta de Jungkook. — Eu quero te tirar daqui, eu quero te ver.

Houve uma pequena vulnerabilidade na dança de Jimin naquela noite e Jungkook percebeu a ansiedade estampada no rosto do dançarino enquanto ele se movia. Ele não tinha o brilho de um stripper, mas dançava com o coração e tudo o que Jungkook queria era acabar com a dor que viu no dançarino.

— Você nem me conhece.

— Mas eu quero. Quero que você se torne o dançarino maravilhoso que sei que pode ser, não está cansado disso?

Lágrimas começaram a rolar pelas bochechas rosadas quando a máscara de Jimin finalmente começou a rachar.

— Estou exausto. — Ele soluçou e Jungkook se agachou para que eles ficassem no mesmo nível. Ele agarraram a mãos menores de Jimin e deu beijos gentis em cada uma delas antes de segurar a bochecha dele. Jungkook não conseguia nem imaginar o quão opressor esse estilo de vida poderia ser, tudo o que ele queria era proteger o doce menino à sua frente.

— Eu posso ver isso, baby. — Jimin exalou alto. Por que ele confiaria em um estranho se nunca confiou em ninguém em toda a sua vida? — O dinheiro não é um problema.

— Então você quer ser meu papaizinho? — Novas lágrimas escaparam de seus olhos enquanto ele ria roucamente e Jungkook sorria com a escolha das palavras. — Tenho muito orgulho para esse tipo de coisa.

— Você não precisa tomar uma decisão agora, pense nisso. — As pontas dos dedos estavam roçando em seus pulsos e Jimin acenou com a cabeça, fungando de forma fofa.

Pensar foi tudo o que Jimin fez nos dias seguintes. O chefe permitiu que ele ficasse em casa e descansasse, mas o loiro sabia que era apenas porque ele era um dos melhores dançarinos. Ele dormiu muito e, surpreendentemente, se permitiu almoçar e jantar com Taehyung e Hoseok, que o encorajaram a se abrir para o novo.

Era assustador, ele nunca confiou em ninguém antes e ninguém poderia garantir que as coisas iriam dar certo.

A próxima vez que ele encontrou Jungkook, foi de uma maneira estranha. Eles estavam no clube, mas se encontraram no bar enquanto uma música suave tocava ao fundo. Foi entre os shows, então as pessoas estavam conversando animadamente e Jimin não pôde deixar de notar o copo descansando na frente do homem. Ao que parece, ele estava bebendo uísque, então Jimin franziu o nariz em desgosto, mas sentou-se ao lado dele em uma cadeira alta.

Jungkook estava pronto para dizer a quem quer que se juntou a ele que precisava de espaço, mas sua boca permaneceu aberta quando viu o dançarino loiro.

Jimin estava diferente, ele estava com uma jaqueta jeans e uma camisa que o fazia parecer inocente. Ninguém teria suspeitado que ele era um stripper e Jungkook sorriu com o pensamento antes de dizer “olá”. Trocaram cumprimentos e o mais novo pediu um coquetel chamado “fada do verão” que fez Jungkook rir.

— Sério?

— É frutado! — Jimin fez beicinho falso, ficando ainda mais bonito. Assim que sua bebida chegou, ele deu um gole em um dos canudinhos e cantarolou. — Você sabe por que estou aqui...?

— Você pensou sobre o que eu disse. — Jungkook respondeu.

O coração de Jimin começou a palpitar dentro de sua caixa torácica e ele lambeu os lábios nervosamente.

— Eu quero me tornar seu Sub.

Se Jungkook ficou surpreso com a presença de Jimin, agora ele parecia um peixe na areia. Ele estava continuamente abrindo e fechando a boca, sem saber o que dizer, se perguntando se ele ouviu direito ou se sua mente estava pregando peças nele.

As bochechas de Jimin ficou em um adorável tom de rosa e ele se inclinou para tomar um gole de sua bebida novamente, esperando que não tivesse feito papel de bobo.

— Você quer que eu seja seu Dom? — Jungkook perguntou para se certificar. Jimin acenou com a cabeça uma vez assim que seus olhos se encontraram. — Você não tem ideia no que está se metendo, querido. — O nome carinhoso saiu da boca do homem naturalmente e Jimin ofereceu um olhar ousado. — Você aceitará meu dinheiro se eu aceitar?

— Não. — Jimin respondeu e Jungkook ficou confuso. — Eu só quero que você cuide das minhas mensalidades. Vou cuidar de todo o resto.

— Veremos. — A atmosfera estava gritando de tensão, mas era do tipo bom, o tipo que causava arrepios na espinha. — Temos que discutir tudo em detalhes. Você já esteve em um relacionamento Dom e Sub antes?

— Não, mas eu posso administrar isto. Vou fazer o meu melhor, eu prometo.

— Tenho certeza que você vai, doçura, mas eu preciso te perguntar uma coisa primeiro. — Jimin arqueou uma sobrancelha e Jungkook sorriu com a curiosidade do garoto. — Você gostaria de ir a um encontro comigo?

Só então jimin percebeu que estava prendendo a respiração o tempo todo e seu rosto ficou vermelho brilhante sob os olhos interrogativos do mais velho.

Eles obviamente estavam fazendo as coisas em seu próprio ritmo e a ordem dos eventos parecia estar confusa, mas o dançarino tinha certeza de que estavam indo na direção certa.

— Tem certeza de que pode lidar com isso?

Jungkook riu da declaração do loiro e engoliu sua bebida.

— Essa sua boca bonita vai te causar muitos problemas. — Soou como um aviso, do tipo sexual, então Jimin deu uma risadinha, seu rosto ainda vermelho. — Precisamos trocar números de telefone.

— Jimin. — Os olhos escuros de Jungkook se arregalaram em confusão, então o menino continuou. — Meu nome é Park Jimin.

— Jimin. — Jungkook repetiu, apreciando o sabor de cada sílaba. Era estranhamente adequado e um sorriso puxou o canto de seus lábios quando o mais novo correu os dedos pelos fios loiros macios. Algo estava lhe dizendo que o Jimin iria desempenhar um papel importante em sua vida. Afinal, ele ainda não conseguiu aquele beijo.
 
 

CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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O que estão achando até agora? Bem.... As coisas só estão começando, então aguardem pois, hot, fofura e angústia irá chegar.

Obrigada pela leitura e comentários. Aprecio muito o comentários de vocês.

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