19. 釜山
— Eu também nasci em Busan. — Jimin disse aleatoriamente enquanto abaixava o telefone. Jungkook se lembrava de ter lido sobre isso naquele maldito arquivo que causou tanta dor, então ele simplesmente acenou com a cabeça e se concentrou na estrada à sua frente. Eles estavam a caminho da casa dos pais de Jungkook e o garoto estava muito nervoso, mas decidiu não falar sobre isso porque sabia que só pioraria as coisas. Foi ideia da Sra. Jeon convidá-los para o fim de semana, além disso, Jimin deveria conhecer o pai de seu noivo e a ideia era assustadora. Ele não sabia muito sobre o Sr. Jeon, mas esperava que fosse metade tão legal quanto sua esposa. — É a primeira vez que saio de Seul. — Teoricamente era mentira, mas Jimin não considerava isso porque não conseguia se lembrar de nada antes de Seul.
Algo puxou o coração de Jungkook porque seus pensamentos começaram a vagar para as muitas viagens que ele fez com sua família durante sua infância. Ele visitou a Coréia do Sul, Japão, alguns países europeus e os Estados Unidos durante um ano na universidade e não tinha vergonha de admitir que adorava viajar muito.
— Você vai gostar de Busan. — Jungkook disse quando eles pararam em um sinal vermelho. Ele se inclinou para beijar a bochecha macia do garoto e acariciou a pele com a ponta do nariz. Ele decidiu ter como meta: viajar pelo mundo com Jimin.
— Vou conhecer seu irmão também?
— Acho que não, mas tenho certeza de que minha mãe vai me envergonhar por toda a família.
Jimin riu e encostou a cabeça no banco em que estava sentado. A viagem durou bastante, mas o garoto se encarregou de tirar fotos com a pequena câmera que ganhou de seu noivo. Era fofo como ele ficava fascinado por tudo e logo Jungkook estava estacionando em frente a um prédio bonito.
Era um complexo de apartamentos e Jimin mordeu o interior da bochecha, tentando não mostrar insegurança. Ele sabia que os Jeons eram pessoas afortunadas e por isso temia que eles não gostassem de sua origem. Seus dedos se entrelaçaram assim que saíram do carro e pegaram as malas.
— Kookie... — O estômago de Jimin estava dando nó, mas seu coração se acalmou um pouco quando o mais velho olhou para ele.
— Nós vamos ficar bem, baby. — Jungkook garantia e Jimin não teve chance de responder porque as portas do elevador se abriram. Eles caminharam por um corredor até Jungkook bater em uma porta preta. Alguém correu para cumprimentá-los e Jimin sorriu ao ver que era a Sra. Jeon, que puxou o filho para um abraço apertado antes de cumprimentar o garoto.
— Bem vindos! — Eles podiam sentir o cheiro de comida e o estômago de Jungkook roncou de fome. — O jantar será servido em breve, leve suas coisas para o quarto.
Era um lugar muito agradável, aconchegante e decorado com bom gosto. Jimin avistou algumas fotos de família no caminho para o antigo quarto de Jungkook, que foi transformado em quarto de hóspedes. Quase não havia coisas dos anos passados lá, mas o homem não era sentimental sobre isso porque considerava que sua casa era em Seul. Havia algo sobre o apartamento, Jimin sentiu na hora o quão desconfortável seu noivo estava se sentindo, mas ele não queria tirar a informação do homem, já estressado com o que estava por vir.
— Está tudo bem para nós dormirmos...?
Jungkook sorriu do pensamento bobo do garoto.
— Ninguém estará dormindo no sofá. Tenho quase trinta anos, acho que meus pais podem aceitar que sou sexualmente ativo.
Jimin bateu em seu braço de brincadeira antes deles entrarem no corredor e irem para a cozinha. Eram cerca de 20 horas e a Sra. Jeon adiou o jantar o máximo possível para que todos comessem juntos, grata por os garotos estarem com tanta fome quanto eles.
Dentro da sala espaçosa, havia uma mesa, e uma das quatro cadeiras colocadas ao redor dela estava ocupada. O Sr. Jeon era um homem muito alto e isso intimidou Jimin assim que o homem se levantou e veio cumprimentá-los. O sr. Jeon era bonito e obviamente gostava de cuidar de sua aparência porque parecia muito na moda, óculos quadrados descansando em seu nariz.
— Eu sou Jimin. É um prazer conhecê-lo, senhor. — Jimin tentou soar alegre, mas sua voz saiu estranha, então suas bochechas ficaram com um tom bonito de rosa.
O homem não parecia impressionado, ele evitou os olhos de Jimin, mais estudava seu rosto enquanto apertava sua mão.
Jimin tentou não se deixar derrotar, então deu um sorriso forçado. No entanto, Jungkook parecia muito irritado com o comportamento de seu pai. Jimin tocou seu braço para acalmá-lo e eles tomaram seus lugares ao redor da mesa enquanto a Sra. Jeon cuidava da comida. Tudo cheirava deliciosamente, então eles começaram a comer depois de agradecerem, a atmosfera um pouco estranha por causa do homem de aparência sombria sentado ao lado de Jungkook.
— Você gosta de Busan, Jiminie? — A Sra. Jeon perguntou e o garoto assentiu, aliviado pelo silêncio ter sido quebrado.
— Mal posso esperar para visitar alguns lugares amanhã.
A mulher sorriu afetuosamente com a confissão e começou a sugerir todos os pontos que valiam a pena ver. A conversa continuou bem e Jimin tentou se concentrar apenas na mãe de seu noivo, pois ela era a única de quem ele sentia que recebia compreensão.
Talvez o pai de Jungkook não gostasse do cabelo dele, ou talvez não gostasse do fato de não pertencer a uma família rica, Jimin não queria pensar nisso. A voz racional dentro de sua cabeça indicava que devia ser uma situação mais antiga, porque Jungkook também não falava muito.
Eles tinham terminado de falar sobre Button quando Jungkook decidiu que era hora de oficializar as coisas.
— Estamos noivos. — Jungkook falou. Foi uma frase simples, mas foi o suficiente para a Sra. Jeon suspirar e se apressar para abraçar o filho.
— O que? Bebê! — Ela estava quase repreendendo-o, então Jimin deu uma risadinha, surpreso quando foi puxado para um abraço também. — Estou tão feliz, meninos! Precisamos comemorar! Acho que temos algum vinh...
Um alto “tch” interrompeu a conversa e todos se viraram para a quarta pessoa que agora estava olhando diretamente nos olhos de Jungkook.
— Isso é ridículo, não estou disposto a participar desse circo. — A voz do homem era fria e imponente e Jimin sentiu um arrepio na espinha. Circo, era isso que o amor deles era aos olhos do homem.
— Estou falando sério sobre me casar com Jimin. — Jungkook largou o garfo e a faca que segurava com força, fazendo o garoto pular por causa do barulho.
— Que diabos há de errado com você? — O homem mais velho falou e o sangue de Jungkook começou a ferver dentro de suas veias e se ele tentava não estourar era por causa de Jimin que parecia completamente perdido. — Ouvi dizer que ele cresceu em um orfanato, posso entender por que ele cresceu para ser anormal...
(Para o pai de JK, Anormal = Homossexual)
— Querido! — A Sra. Jeon tentava parar, mas a tempestade já havia começado.
— ... Mas não consigo entender você! Eu te dei tudo! — O homem continuou.
Assim que as palavras foram ditas, Jungkook se levantou, parecendo pronto para lutar. Jimin também se levantou e agarrou a mão de seu noivo, tentando impedi-lo de tudo o que esse tinha em mente. Jimin estava com medo, ele nunca gostou de barulhos ou gritaria porque eles o lembravam de seu primeiro lar adotivo e aqueles eram tudo menos momentos felizes. O garoto percebeu que estava respirando muito rápido, mas isso vinha por último.
— Eu não vou permitir que você fale sobre Jimin assim. Peça desculpa, pai. — O tom era baixo e o pedido soava como uma ameaça, então o mais novo congelou em seu lugar, odiando estar no centro das atenções assim.
— Não... — Jimin ergueu a mão livre, defensivamente. — Por favor, você não precisa...
— Não tenho nada contra você, garoto, mas nunca vou aceitar seu estilo de vida retorcido e nojento.
— QUERIDO! — A Sra. Jeon interveio, sua voz firme e ensurdecedora.
Tudo ficou lento e Jimin engoliu em seco assim que as paredes pareceram se fechar sobre ele. Jimin podia sentir o suor escorrendo pelo pescoço e seu batimento cardíaco aumentou consideravelmente quando as palavras começaram a girar dentro de sua cabeça. Claro que ele era o vilão, ele era o desprezível dançarino que seduziu o filho deles, que tirou-lhes a oportunidade de ter uma família normal, netos. Ele não era tão bonito quanto todas as garotas que Jungkook poderia ter namorado, ele não era tão financeiramente estável, então ele definitivamente não era digno de tudo que recebeu. Talvez ele não devesse ter aceitado a proposta de casamento. A mão de Jungkook soltou a dele e o garoto sentiu que o mundo ia desmoronar bem na frente de seus olhos. Todos gritavam e ele era a causa da infelicidade de todos.
— Eu sinto muito. — Jimin sussurrou com uma voz trêmula, lágrimas rolando pelo seu rosto. Não era a primeira vez que ele incomodava por simplesmente existir, mas era muito pior agora porque era a família de Jungkook que ele estava afetando. — Eu r-realmente sinto muito. — Jimin queria que o chão o engolisse inteiro; o silêncio caiu sobre eles como um véu, então ele olhou para seus sapatos, sem saber o que mais poderia fazer. Não era como se seu amor pudesse desaparecer assim.
— Min... — Os olhos castanhos de Jungkook se arregalaram ao ver o rosto pálido do garoto, então ele esqueceu tudo sobre a discussão. A preocupação de Jungkook era óbvia, então ele se aproximou do mais novo e enxugou as lágrimas de suas bochechas suavemente, usando as costas das mãos.
— Você o fez chorar... — Sra. Jeon sussurrou, algo puxando seu coração com a visão.
— Você não fez nada de errado, gatinho. — Jungkook o silenciou, beijando seu cabelo brevemente. — Vamos querido.
Jimin não pediu nenhum tipo de explicação, apenas agarrou com força os dedos que lhe foram oferecidos e aceitou ser guiado para fora da sala e para o corredor.
— Para onde vocês vão? — A mulher os seguiu, o arrependimento obviamente pintado em seu rosto.
— Vamos reservar um quarto de hotel, não posso ficar aqui. — Jungkook falou e verificou se ele estava com a carteira.
— Sinto muito, filho. — Ela falou e abraçou Jimin primeiro, segurando-o com força enquanto ele continuava tremendo, a ansiedade tomando conta dele. — Por favor, me mande uma mensagem depois de encontrar um quarto. — Seus lábios descansaram na testa de Jimin por um segundo antes dela puxar seu filho para um abraço, tentando acalmá-lo. — Eu amo você.
— Eu sei, mas não posso...
— Vá, cuide do seu noivo.
Jungkook fez o seu melhor porque o garoto estava hiperventilando e parecia pronto para desmaiar a qualquer momento. Ele decidiu que pegar o elevador não era uma ideia inteligente, então parou na escada para olhar para Jimin, que ainda estava chorando. O garoto parecia absolutamente arrasado, então Jungkook soltou um longo suspiro e o puxou para mais perto, sem saber outras maneiras de acalmá-lo.
— Você está bem, querido. Olhe para mim. — Jimin fez. — Eu te amo muito.
— Eu sinto muito. — Jimin estremeceu e fechou os olhos, como se estivesse com medo do que iria acontecer com eles.
Jungkook beijou suas bochechas carinhosamente, ainda se sentindo culpado pelo desastre. Claro, ele ficou bravo pra caralho e ele poderia ter passado horas discutindo com seu pai, mas o bem-estar de seu noivo era sua primeira preocupação.
— Você não tem nada para se desculpar. Sinto muito pelo que aconteceu. — Jungkook falou. O mais novo ainda estava petrificado, então Jungkook beijou sua boca suavemente. — Vamos, vamos encontrar um bom hotel.
NICE era uma palavra pequena em comparação com o lugar onde eles reservaram um quarto. Jimin estava sentindo muito frio e seus lábios ainda tremiam, mesmo ele estando sem chorar há quase uma hora. O garoto sentou na beirada da cama e puxou a jaqueta de Jungkook em volta de si, observando o homem puxar as cortinas das janelas e inspecionar o quarto. Os movimentos de Jungkook eram graciosos e fez Jimin se sentir ainda pior, como se estivesse roubando suas possibilidades, seu futuro. Ele não percebeu até que o homem se ajoelhou na frente dele, parecendo alarmado.
— Você está chorando de novo, querido. — Mãos grandes repousaram sobre os joelhos de Jimin, que fungou; ele estava tentando se conter, mas parecia impossível. — Lamento que coisas assim tenham acontecido. Eu sabia que meu pai não aceitava minha sexualidade, mas não esperava que ele reagisse tão violentamente, só posso me desculpar em seu nome.
Jimin balançou a cabeça e respirou fundo, trêmulo.
— Não...
— Fale comigo, bebê. — Jungkook se sentia impotente na frente do garoto chorando, mas ele queria consertar as coisas. — Deixe tudo sair.
— Eu... — Jimin estava frustrado consigo mesmo e com sua incapacidade de ser espontâneo em compartilhar seus sentimentos, então ele demorou alguns segundos, sabendo que Jungkook não iria pressioná-lo. — Uma parte do que ele disse é verdade.
— Ji...
— Não, deixe-me terminar. — Jimin falou, sua voz ainda fraca. — Às vezes penso em como você nunca terá seus próprios filhos, como será desprezada por minha causa. — O homem teve que morder o lábio inferior para se impedir de intervir. — Eu sou egoísta, Kookie. — Jungkook levantou e sentou-se ao lado do garoto, embalando sua cabeça contra o peito. — Eu não quero deixar você ir.
Foi tão bom ouvir isso que Jungkook achou que ia começar a chorar. Foi um grande passo que Jimin deu; o garoto não fugiria mais, não estava disposto a desistir de sua felicidade. Pode parecer quase nada, mas o progresso foi enorme, levando-se em consideração a visão alterada de Jimin sobre si mesmo.
— Você não precisa. Eu sou seu assim como você é meu. — Jungkook sussurrou e beijou a testa do garoto. — Eu não me importo com o que as pessoas pensam de nós, então pare de encher sua linda cabeça com preocupações que não valem a pena. E sobre ter filhos... Já pensei nisso e acho que, se for acontecer, quero que a gente adote.
O queixo de Jimin caiu em descrença e ele se apressou em piscar para expulsar as novas lágrimas.
Jungkook se considerava muito novo para pensar em filhos, mas tinha que admitir que havia noites em que tais pensamentos o mantinham acordado. Pode ter sido por causa do passado de seu noivo, mas a adoção era sua primeira escolha; ele queria oferecer uma segunda chance a uma criança, queria que ela se sentisse amada e desejada, que fosse cercada com todo o carinho do mundo. Pode parecer loucura, mas Jungkook se via morando com Jimin em uma casa modesta, talvez em algum lugar perto da praia. Eles teriam um ao outro e Button e talvez um garotinho ou uma garotinha, que os seguiria por toda parte, e que eles estragariam de tanto mimar.
— Claro que você terá sua opinião sobre isso também, mas eu pensei... Achei que seria bom dar a alguém uma segunda chance. — O mais velho continuou e Jimin sorriu pela primeira vez no que pareceu uma eternidade, então Jungkook se inclinou para beijar sua testa, deslumbrado com o lindo sorriso que passou a amar.
— Eu gosto deste plano. — A voz de Jimin estava rouca e ele parecia absolutamente exausto. Isso significava que um banho e um bom sono eram necessários, então Jungkook pegou seu namorado sem nenhum aviso e foi para o banheiro espaçoso. O homem odiou que a viagem tomou esse rumo, mas pelo menos ele tentaria fazer o garoto se sentir confortável. A água estava morna quando Jimin mergulhou seu corpo e ele soltou um longo suspiro, sentindo grandes mãos massageando os músculos de seus braços e ombros. — Você não vai entrar?
— Vou tomar um banho rápido depois de colocar você para dormir. — Jungkook beijou sua bochecha.
— Mas eu quero dormir com você. — Jimin fez beicinho, recebendo um selinho apressado. O garoto tinha razão, então Jungkook se livrou de suas roupas e entrou na banheira, pequenas ondas se formando ao redor deles. Ele começou a massagear novamente, desta vez focando nas coxas grossas que ele tanto amava, suas sobrancelhas franzidas em concentração.
— Meu pai nunca me apoiou. Ele não gostou do fato de eu ter escolhido fotografia como especialização e ele nunca aceitou que eu fosse bissexual. Ele provavelmente esperava que eu acabasse com uma garota. — Jungkook falou, se lembrava de trabalhar muito durante a faculdade porque seu pai mal se dava ao trabalho de ajudá-lo com dinheiro. Ele costumava ter muito ciúme de seus amigos por terem um relacionamento tão próximo com seus pais, mas esse sentimento foi esquecido assim que ele conheceu Yoongi e obteve o emprego dos seus sonhos. — Achei que ele iria agir com educação, era o mínimo que ele podia fazer.
— Já fui chamado de coisas piores. — Jimin sorriu tristemente. Desde criança ele sabia que era diferente porque sempre que seus colegas falavam em querer beijar garotas, tudo o que ele queria era dar as mãos aos rapazes. Sua adolescência foi um inferno hormonal porque ele não encontrava alguém como ele e por isso cedeu a tendência autodestrutiva de combinar álcool com transas de uma noite.
Jungkook se inclinou para beijar seu joelho dobrado, entrelaçando seus dedos.
— Não importa mais.
Jimin realmente sorriu e o mais velho ficou feliz por que esperou muito por este momento.
Eles sairam do banho, deitando-se na cana confortável e adormeceram rapidamente, os eventos ao longo do dia já sendo demais.
Jimin estava no meio de um sonho quando seu rosto foi salpicado de beijos, fazendo-o torcer o nariz em aborrecimento. Ele tentou se afastar, mas isso só fez com que o par de lábios macios movesse para seu pescoço e ombros expostos.
— Acorda, bebê.
— Nããão ~
Jungkook riu da choradeira, e insistiu, desta vez sacudindo o garoto pelos ombros.
— Vamos, eu quero te mostrar uma coisa.
Jimin ficava mal-humorado quando era acordado cedo (Eu também) e dessa vez foi ainda pior porque todo o seu corpo estava cansado. Tudo que ele queria era dormir, então agarrou a grande camiseta que lhe foi oferecida e a vestiu. Por que Jungkook o estava ajudando a calçar os tênis?
— Eu quero te mostrar uma coisa, mas temos que nos apressar. — O homem era uma bola de entusiasmo e Jimin gemeu, se perguntando por que seu namorado tinha que ser uma pessoa tão matinal.
O garoto seguiu Jungkook escada abaixo e só então percebeu que eles estavam vestidos casual demais para sair de casa. Ainda estava escuro lá fora, então o garoto ficou um pouco confuso quando eles saíram, percebendo que não tinha ideia de onde estavam, a chegada deles na noite passada era tudo um borrão. Não parecia que eles estavam dentro da cidade.
— O que é isso...? — Um barulho estranho vibrou no ar e os olhos de Jimin se arregalaram quando ele percebeu o que estava causando isso. Aquilo era o som das ondas quebrando na praia e seu queixo caiu quando um sorriso apareceu no rosto de Jungkook. Agora, Jimin era o único a se apressar, quase correndo em direção à enormidade de água, puxando suas mãos entrelaçadas e rindo de felicidade.
Eles estavam andando na areia e mesmo que não fosse uma tarefa fácil, por causa do tênis, alcançaram o mar bem rápido.
— Posso entrar? — Jimin soou como uma criança quando perguntou e a resposta foi um beijo longo, mas casto.
— Vá em frente.
Jimin tirou o tênis e gemeu ao sentir a areia macia embaixo de seus pés. A água o alcançou e ele gritou, surpreso com o quão fria era. Claro que Jimin já esteve em piscinas antes, mas o mar era completamente diferente e o garoto não se cansava dele. Jimin deu outro passo e engasgou, surpreso porque a água ficou muito mais profunda do que ele imaginava.
— Kookie. — Ele nem teve que expressar sua súplica porque o homem imediatamente chegou ao seu lado, suas mãos se encontrando mais uma vez.
Eles ficaram em silêncio, Jimin inalando o ar salgado e fechando os olhos, sem perceber que o sol estava nascendo lentamente. O primeiro raio de luz acariciou a bochecha do garoto, então ele piscou, surpreso ao ver um laranja escuro banhado no mar. Era uma vista de tirar o fôlego e pela primeira vez Jimin esperava que ninguém a fotografasse para que pertencesse a eles e somente a eles. O sol estava impaciente, então levou apenas alguns minutos para aparecer atrás da linha do horizonte, fazendo o mar cintilar da maneira mais fascinante. Jimin podia ver alguns barcos à distância e a cidade estava começando a acordar; ele se virou para olhar para Jungkook e sorriu quando viu como o homem parecia sereno. O garoto ficou na ponta dos pés e beijou a bochecha de Jungkook antes de se inclinar e apoiar a cabeça no ombro dele, respirando alto. Não havia muito que ele pudesse dizer, mas esperava que sua felicidade fosse alta o suficiente.
CONTINUA ☾ ◌ ○ °•
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Muito obrigado pela leitura! * ✲゚*
Então... Sei que o pai de Jungkook foi um merdinha, mais nenhuma família é perfeita. Há mais um capítulo e espero que vocês gostem, porque vou tentar o meu melhor para encerrá-lo lindamente.
Obrigado por todos os comentários e pelo apoio. ❤️
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