[ ✨️] • ━━━━━ 0.48


Rhysand assistiu a parceira sair pela porta do escritório em passos firmes sem olhar para trás, batando a porta com força. Ele puxou o ar, mas parecia que não era o suficiente naquele momento enquanto o olhar de decepção e tristeza de Elle brilhava em sua mente. Era um idiota, um completo idiota. Suas mãos abriram e fecharam para afastar a raiva de si, mas nada adiantaria.

O restante do dia tinha sido uma merda, ele mal conseguia se concentrar em duas palavras que os mercadores ou Amren ou qualquer outro quem teve reunião dizia, mesmo se esfoçando ao máximo. Rhysand verificava o laço a cada hora passada, mas estava silencioso de uma maneira que fazia seu coração doer. E pelos deuses! O Grão-Senhor ja havia decepcionado as pessoas antes, tinha feito aquilo com seus amigos e se odiaria profundamente, era o motivo por qual sempre fazia tudo sozinho, mas nunca tinha ficando tão mal como daquela maneira. Talvez porque nada se comparava ao amor que sentia por Ellentya, nunca achara que seria capaz de amar alguém daquela maneira e que aquele amor aumentasse a cada dia, e ver a decepção nos olhos da pessoa que mais amava tinha o partido.

— você ta uma merda cara. — Rhysand fuzilou Cassian, obviamente ele sabia daquilo. Tinha atravessando para cima do telhado do teatro de Velaris, e como se soubesse que ele precisava seus irmãos surgiram ali minutos depois. — ela ta muito brava?

— Ela jogou na minha cara que estava manchando a memória de Morrigan ao cogitar deixar Kier entrar aqui. — os amigos ficaram em silêncio, como se não soubesse o que falar para ele quando provavelmente no fundo concordavam com a Grã-Senhora. —

— Não deveria ter feito isso sem nos consultar antes, sem falar com ela.

— Eu sei! Maldição, eu sei. Acha que estou assim por quê? Vê a tristeza no olhar da minha parceira por minha causa é mais doloroso do que mil estacas de freixo na asas.

— Que sirva como lição, chega de fazer as coisas sozinhos, chega de carregar tanto fador irmão. — Azriel apoio a mão no ombro dele. — se não dividir conosco, didiva com Elle, sabemos que ela o entende melhor que qualquer um de nós.

Rhysand os olhos do irmão, perguntando o quanto os deixava preocupado com seus planos secretos, muito ja que Azriel era o que menos demonstrava alguma coisa. Ele queria dizer que fazia aquilo para o bem deles, para a segurança porque preferia morrer ao perder um deles, ao ser incapaz de fazer alguma coisa como tinha acontecido com sua mãe e irmã. Rhysand não suportaria. E era por aquele motivo que tinha indo Sob a Montanha com a intenção de matar Amarantha sem que os amigos soubesse, que tinha jogado um escudo em Velaris impedi-os de ir até ele, que o tinha feito bancar a prostituta de Amarantha por todos aqueles anos. Tudo, tudo tinha sido por sua família, não de sangue, mas que o Caldeirão e a Mãe tinham dado a ele.

— Eu vou. — os irmãos sorriram para ele, que devolveu. —

— Deveria ir falar com ela. — sugeriu Cassian. —

— Ela me expulsou do quarto por essa noite, e ja que estamos sendo sincero, acho que prefiro passar pelo rito de sangue outra vez ao enfrentar a furia da minha linda e agressiva parceira.

Eles gargalharam.

— Não vamos culpá-lo. — Cass acenou em concordância com Az. —

— Que tal voarmos? Sem rumo, como nos velhos e bons tempos.

— Estranho, não me lembro de ser bom.

— Já tivemos alguma tempo bom?

Riram outra vezes antes de se lançarem pelo céu de Velaris, voando sobre as casas, lançando das varandas da casa dos ventos, dando piruetas pelo ar enquanto riam e conversam como se nada mais importasse naquele mundo. Rhysand sorriu de verdade, desejando que aquele momento com seus irmãos durasse para sempre.

Mesmo voando por horas e horas ainda faltava algumas horas para o sol nascer, voar com seus irmãos tinha lhe feito um bem que não sabia explicar, tinha matado uma saudade que nem sabia que sentia. Mas quando chegou em casa, o silêncio trouxe a lembrança do porque estava chegando aquela hora. Rhysand caminhou para o segundo andar, parando enfrente a porta do quarto ele pensou em abrir e deitar na cama, ou apenas bater na porta na esperança que Elle abriu-se. Ficou e ficou ali encarando, até decidir sentar e esperar ela sair daqui para conversarem.

Rhysand havia pegando no sono, acordado apenas quando Elle abrira a porta e então o mandado tomar banho. Os planos dele era conversar primeiro e toma-la depois, mas sua parceira era de fato cruel e gulosa, aqueles olhos poderiam enganar facilmente alguém com inocência e pureza, mas quando estavam apenas os dois... Nunca sabia qual dos dois era mais insaciáveis, pareciam sempre está em frenezi. Ele não poderia explicar nunca sensação que era esta dentro da parceira, era única, avassalador, o paraíso. Talvez a terra prometida aos mortos pela Mãe tivesse um gosto, uma sensação parecida, talvez não, porque não parecia existir nada que se comparasse.

Depois de transarem pela segunsa vez, estava deixado na cama, brincando com um mecha do sedoso cabelo dela enquanto a mesma estava deitada em seu peito. Rhysand encarou uma das muitas tatuagem que sua parceira tinha agora. A tatuagem similar a uma luva do acordo que fizeram Sob a Montanha; um serpente enrolada no pulso do outro braço que fizera com os guardiões; as fases da lua em suas costas que representava o juramento a Corte. Então havia outras duas, aquela entre seus peitos, um flecha enrolada em uma rosa... Azriel precisara ir na Corte Primaveril resolver assuntos com Ayla, e havia afirmando que o vestido que a mesma usava revelava uma tatuagem identifica a da sua parceira, um acordo entre elas. No entanto, aquela que pareciam sombras dançando em seus quadril, ele não fazia ideia de onde vinha, e não sabia se ficava ou não preocupado.

Antes que pudesse perguntar alguma coisa ela se levantou, resmugando que precisava se arrumar porque logo sairia em missão com os Guardiões. Ele ficou lá, deitando na cama pensando se valia a pena uma discussão sobre aquele assunto, naquele momento, depois de reconciliarem. Mas quando Elle passou pela porta do banheiro ja vestida novamente em seus trajes illyrianos, com aquele sorriso que fazia tudo desaparecer, Rhys esqueceu a ideia. Outro dia, pensou. Sua parceira não era tola de fazer acordos desvantajosos, nem colocar quem e o que amava em risco, não como ele quase tinha feito.

Ele a admirou, nova, Ellentya eram tão nova e tinha passando por tantas coisas e ainda estava por passar mais, talvez piores do que podiam imaginar. Sua tão forte, destemida, linda, louca e inteligente paceira era capaz de enfrentar e fazer coisas tão incríveis que as vezes esquecia que ela nem mesmo tinha completado 21 anos ainda.

— Meu amor. — Rhysand amava quando ela o chamava assim, era como se voltasse a ser um tolo adolescente sentido borboletas na barriga após o primeiro beijo. —

— Sim querida?

— Vou com os guardiões até Adhara, para reviver os exércitos. Notei que não posso deixar isso para última hora, eles precisam de um tempo para assimilar, se adaptar e treinar para voltarem a forma.

— Compreensivo, mas parece nervosa, está com medo? — ela negou com a cabeça. —

— Isso vai exigir muito de mim, da minha vitalidade e magia. Você pode sentir algo pelo laço, mas não se preocupe, estarei bem, vou ficar bem.

— Elle.

— Se eu exagerar os guardiões vão me parar, juro. Confia em mim?

— Sabe que sim.

— Ótimo, só estou dizendo para caso sinta algo pelo laço. — beijou seus lábios outra vez. — amo você. Vejo em algumas horas.

Então saiu, sem que Rhysand pudesse falar mais nada, mas seu peito sentiu um aperto quando a porta foi fechada. Ele respirou, dizendo a si que ela ficaria bem, que tudo ficaria bem. E com aquilo se levantou, começando a se arrumar para cumprir seus próprios deveres.

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Rhysand tinha acabado de sair de um reunião com seus irmãos, o trio entrando na sala onde Amren e Nestha treinavam o poder da Archeron mais velha. Fazia algumas horas que Ellentya tinha saído, e não tinha qualquer notícia, mas confiava na parceira o suficiente para saber que quem estava em perigoso era o infeliz que a encontrasse, primeiramente com os guardiões.

O Grão-Senhor abriu a boca para fazer um comentário, mas então sentiu algo pelo laço que o fez levar a mão ao peito. Aquilo não passou despercebido pelos irmãos, mesmo Amren e Nestha o olharam desconfiadas. Os olhos do macho foram para a janela, para o que tinha além dela e das ruas da sua cidade. Rhysand soube antes de mesmo sentir, sua mente soube que Ellentya não estava bem. Não conseguia a sentir pelo laço, aquele fio dourado entrelaçando em suas costelas estremeceu de uma maneira que o fez arfa.

Rhysand avançou as cegas, mas então sentiu mãos segurando seus braços. O grunhido que saiu dele foi animalesco, arranhando sua garganta. Ele não enxergava nada, não ouvia nada, não tinha ideia do que estava acontecendo, nada além que sua parceira estava sendo machucada. Ele conseguia sentir a dor dela atravessar com um trovão pelo laço enfraquecido.

— Rhysand, porra, se controla! — gritou Cassian por cima dos uivos de poder do irmão, que tomava a sala, a casa a cidade inteira. Mas Rhysand não conseguia controlar, não conseguia pensar enquanto queria avançar para onde sua parceira estava. Atacar. Atacar. Atacar. Atacar. Atacar. Era a única coisa que passava em sua mente quando sentia a dor dela. —

A raiva fluído por suas vezes era anormal, o laço rugia para que ataques todos, que destruísse o mundo para encontrar Ellentya, para matar quem estava a machucado. Seu poder chicoteou, e os gritos dos moradores lá foram eram tão distantes quanto a dos seus amigos. Nenhum daqueles rostos significava nada para ele agora, a rugia em seu sangue tinha o cegado completamente. Sua parceira. Sua parceira estava sendo machucada era a única coisa que conseguiu pensar.

Tudo ficou silencioso de repente, tão mortalmente silencioso que por um segundo acreditou que algo pior poderia de acontecido. Mesmo seu poder parou, o que talvez tenha feito seus amigos suspirarem. Mas Rhysand não conseguia respirar. O Grão-Senhor virou a cabeça para o lado direito quando sua visão capturou sombras se acumularem ali, um momento depois Eros surgiu com Ellentya desfalecida em seus braços.

Rhysand correu até a parceira, pegando a fêmea em seus braços. Ele apertou Ellentya contra o seu corpo, sentido os batimentos cardíacos lentos dela, ele a olhou, sangue espesso e escarlate escorria pelo nariz, olhos, boca e nariz dela. Sua pele... parecia mais pálida que o normal, quase mórbida. E nos braços delas, ali tinha veias negras pulsando, como se fossem raizes de podridão vivas. Mesmo as sombras dela parecia debilitadas.

— ELLE! O que aconteceu? — Escutou Nestha gritar, tentando chegar até a irmã, mas Cassian a impediu. — Me solta seu brutamonte!

— Não. Rhys... ele está sobre efeito do lado mais primitivo de um laço, vai atacar qualquer um que chegar perto da Elle.

— O que vocês fizeram com ela?

— Ela... tentamos impedir que se esgostasse, mas ela é teimosa como inferno e não escutou, ao invés criou um escudo ao redor dela que só conseguimos ultrapassar até quando desmaiou.

— E onde caralho estão os outros?

— Cuidado dos soldados dispertados. Ela precisa ver uma curandeira. — Rhysand rosnou em ameaça. —

— Rhys precisamos cuidar dela, não vamos a machucar.

Mentira. Tudo que ele conseguia pensar enquanto Amren falava era que todos eram mentirosos. Rhysand rosnou outra vez, mais selvagem.

— Se tocarem nela vou dilacerar suas mentes. — ameaçou, ele colocou mais o corpo desfalecido de Ellentya contra o peito quando começou a subir as escadas, para o quarto deles, onde ninguém iria a machucar outra vez. —


(✨️) Oie! Como vocês estão, eu sumo, mas aparecendo de novo. Foi um capítulo mais curtinho só para lembrar que estou viva mesma. Espero que vocês tenham gostando.

(✨️) Duas coisas; primeiro, a esposadoaz_ postou uma fanfic de Quarta Archeron chamada Entre Espinhos ( admito que meu plot favorito, poderia escrever mil e uma fic's sobre) então vão lá.

(✨️) Os votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.

(✨️) Até os próximos capítulos.💫

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