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— A mais bonita chegou– cantarolou ao passar pelo arco da sala com uma vista deslumbrante para enormes cadeias de montanhas, os guardiões estavam espalhos pelos sofás, ao aguarde dela– Alguma novidade?
O pós acontecimentoa da Cidade Escavada tinha sido agitado, Lucien havia voltando na mesma noite e na manhã seguinte tiveram uma reunião, para saberem todas as informações que ele havia descoberto naqueles quatro meses fora. O inevitável foi confirmado, Vallahan, Rask e Montesere tinham se aliado a Hybern, mas como se tu as coisas não pudessem piorar, mesmo que não fosse totalmente surpresa, Lucien havia descoberto que outros quatro reinos feéricos tinham se aliado a Hybern também. Um deles, aparentemente, estava buscando ingredientes para criar venenos letais para banhar suas armas, e, como se não pudesse piorar ainda mais, o rei de Hybern, Kaezyer, estava em busca de aliados no meio, com monstros que ali espreitavam.
As outras informações que Lucien tinha descoberto tornado tudo muito pior, o círculo íntimo estava uma verdadeira pilha de nervosos. Rhysand tinha escrito uma nova carta para as rainhas, alegando ter a prova que elas tanto queriam, enquanto a reunião nem mesmo tinha acabado. Azriel sairá para encontrar seus espiões, colocar alguns nas cortes e outras para descobrir quem tinha orquestrado o ataque a eles no dia anterior. Morrigan tinha atravessado Cassian para uma das estepes illyrianas, e passariam os próximos dias indo de uma para outra, ja que, em alguns dias teriam uma reunião com os Lordes. Amren tinha partido para seu apartamento para pesquisar mais sobre como fucionava o feitiço do Livro dos Sopros.
Lucien havia ganhado folga antes de retorar para o trabalho de emissário, mas daquela vez partiria para as outras Cortes, exceto a Primaveril. Feyre certamente aproveitou os dias de folga do ruivo para arrasta-lo para algum lugar, depois de ter ameaçado Ellentya devido suas provocações, mas a mais nova sabia que a irmã ja nutria sentimentos pelo senhor do fogo. O decorrer do dia tinha ajudado Rhysand em questões da Corte e treinado com Ayla, e no fim da tarde estava esgotada, mas ela se obrigou a ir no palácio de lua para conversar com os guardiões.
— Rastreadores– Demétria contou ao se dirigir a mesa, assim como os outros– Parece que nossos inimigos colocaram um rastreador na magia do seu.... de Rhysand. O que significa que podem encontrá-lo quando ele atravessa para qualquer lugar, ou se usa seus poderes.
— Droga, vamos precisar sair– resmugou, avisado Rhysand mentalmente sobre aquela informação– Mais alguma coisa?
— Precisamos de mapa.– pediu Amenadiel, e com um estalar de dedos Elle fez o mapa de Prythian aparece aberto sobre a mesa– Houve novos ataques aqui, aqui e aqui– apontou para lugares na Corte Outonal, Invernal, Crepuscular e Primaveril– nas últimas horas, coisas rápidas, como se o rei quisesse apenas avisar que ele está vindo.
— Por que anunciar?
— Exatamente, não parece ter um motivo plausível. Claro, a não ser que seja para distrair todos do seu verdadeiro objetivo.– Amenadiel traçou uma linha para oceano que cortava até a muralha– Pedi para que uma das gêmeas espiãs, que deixaram nosso café, para que atravessasse eu e Eros para cá, onde a muralha se estende pelo oceano. Existe navios desconhecidos, não pude observar muito, a área de espionagem sempre foi de Moon no fim das contas, mas eles pareciam estudar algo.
— Acham que eles podem querer ir pelo oceano até as terras humanas? Seria um gasto enorme– centenas de navios.... não, Ellentya xingou mentalmente–
— É gasto, mas seria mais discreto para eles tomarem vantagem, eles esperam que ninguém viagem por essa rota em direção ao reino humano. E uma luta no mar, muitas tropas ficariam em desvantagem dependendo das estratégias que eles adotem.– Eros apontou– Além de ser um caminho caso não consigam acesso as terras que fazem fronteira direta com a muralha. Existe alguma chances do rei conseguir passagem sem lutar por essas terras?– apontou para Corte Primaveril, ela encarou as terras representandas no mapa. Attor –
O rei poderia ajudá-lo a ficar com ela, considerar poupá-lo, se trabalhasse com ele. Fora o que Attor confessara ao ser torturado por Azriel, quando foi capturando nas terras ao tentar levar Feyre. Não. Ellentya pensou. Tamlin poderia ser louco e ter seus problemas, mas ela acreditava que não seria louco de vender suas terras, prostituir seu povo apenas para ter Feyre de volta, para ter Ayla de volta. Acima daquela obsessão de proteger, daquela raiva explosiva tinha que existir um Grão-Senhor que pensava no bem estar da própria corte e povo.
— Não.– garantiu– Teriam que lutar para isso.
— Então a chance deles tentarem partirem pelo oceano até a muralha continua válida, mas também podemos esperar um ataque forte na Corte Primaveril. Esse rei não parece tipo que pouparia terras porque não querem se curvar, caso contrário não teriamos guerra. Precisa mandar espiões para descobrir o que esses navios querem, o que buscam e a quantidade, talvez possamos derrubar com um ou duas legiões aéreas– Amenadiel não tirara os olhos do mapa enquanto falava, as orbes indo de um lado para outro, vasculhando, buscando melhores caminhos para eles. Ellentya quase podia ver todos os pensamentos dele pairando no ar, e Eros não se encontrava diferente, claro, eram generais e precisavam das melhores estratégias ou cairiam, alguém como eles, como Cassian, tinha que ter uma mente insana para estarem onde estavam. Ellentya imaginou que os três se dariam bem, podia ver a imagem deles em um campo de batalha em toda glória sanguinária e letal. Ela guardou a imagem que surgiu e permaneceu brilhando em sua mente, para poder pinta-la quando houvesse tempo–
— Mande espiões para cada Corte também, principalmente a Primaveril– indicou Eros em um tom mais autoritario, mas Elle sabia que era apenas o general milenar e letal ali– Deixe tropas preparadas, não sabemos quando irão atacar e quantos serão. O senhor dessas terras sabe sobre as ameaças?
— Possivelmente, Tamlin ja estava tentando combater algumas criaturas que rastejavam por suas terras, na época não percebi, mas agora, talvez elas sejam mandadas pelo rei, para estudar o local.
— Comunicação ou aliança?
— Inimigos declarados, ainda mais quando eu, minha irmã, irmã dele e seu braço direito viemos para cá.– não haveria uma comunicação passiva entre Primaveril e Noturna pelos próximos séculos, imaginou Ellentya, nem mesmo sabia como se procederia as alianças das Cortes nessa guerra com toda a confusão– Mas mandaremos nossas tropas as terras dele se for necessário, qualquer coisa para impedir o rei de tomar o sul e derrubar a muralha.
Eles assentiram, então começaram a discutir possíveis estratégias e caminhos a tomarem quando o rei parecia imprevisível em suas jogadas. Passaram mais de duas hora e meia ali, conversando, levantando suposições e então arquitetado planos.
— Alguma novidade sobre os feitiços em Moon?– Demétria perguntou com gatinha em seu colo, que ficou mais alerta–
— Sim e não, os feitiços que senti nela são um complexo que ainda não dominei totalmente.
— Você conseguiu alterar os de Adhara com muita facilidade, por assim dizer, porque esse é mais complexo?
— Eu tinha passado dois meses aprendendo sobre aquele feitiços– porque fora uma dos primeiros que Amren decidiu ensinar a ela após ter dominado o básico dos seus poderes– E acredite quando digo que aquela modificação me custou um exorbitante esforço e energia. Mas não se preocupem, acredito que antes de precisar me afastar daqui por conta do localizador na magia de Rhysand, eu vá conseguir quebrar o feitiço em Moon, tem alguém buscando uma maneira para mim.
—Você é o bonitão de olhos violetas são parceiros, mas não falam sobre isso, agem como se não soubesse, mas ainda se beijam e claramente dormem na mesma cama porque o cheiro dele está em você, fraco, porém ainda aí– disse Aegon com uma mistura de curiosidade e diversão, apoiado os pés sobre a mesa– Você não é senhora dessa Corte, mas todos lhe respeitam e obedecem suas ordens. Engraçado não é?
— Aegon!– repreendeu o irmão negando com a cabeça, mas Elle não pareceu encomodada, ela apenas brincou com as sombras entre os dedos quando o encarou com um sorriso ladino–
— Minha vida é ou não um espetáculo maluco? Ficaria impressionado com as outras.... pérolas dela.
— Ira nos contar um dia?– Demétria perguntou arqueado a sobrancelha–
— Um dia, também gostaria de ouvir a de vocês– disse fazendo duas garrafas de vinho surgirem e então taças para todos. Após servir a todos e a si mesma, ela se delicou com a bebida com um curto sorriso–
— Pense em algo caótico– pediu a fêmea de pele prateada, bebendo um dose generosa do líquido em sua taça– então multiplique por mil, essa é nossa vida.
Ellentya soltou uma risada baixa, balançando a cabeça.
— Temos algo em comum então– ergueu a taça e os demais fizeram o mesmo, Moon levantou a cabeça da tigela cheia de leite que Elle havia feito surgir também–
Depois de mais uma hora no palácio da lua com os guardiões, Ellentya atravessara de volta para Velaris, passando no apartamento de Amren, afim de saber se a fêmea tinha conseguido achar a maneira de quebrar o feitiço em Moon e para sua felicita a Imediata havia conseguido, então após pegar as anotações necessárias Elle voltou para casa da cidade. Ela cumprimentou Lucien e Feyre que estavam chegando de algum passeio pela ruas de Velaris, pelo sorriso radiante e encantado em sua irmã havia sido maravilhoso, ela sorrira, feliz por ver sua irmã tão bem e com alguém que realmente a mereça e valorize.
Ao passar pelo quarto da melhor amiga, Ellentya encontrou a porta com um fresca aberta, sem colocar a cabeça toda para dentro a fêmea viu o que menos esperava naquele dia, Ayla e Morrigan se beijado. Ellentya piscou, se perguntando quando as duas loiras tinham parado de viver como cão e gato para estarem quase transado de porta aberta. Ela cobraria aquela informação de Ayla depois, naquele momento apenas fechou a porta devagar para não atrapalhar as duas e seguiu em frente, saltando uma baixa risada incrédula.
Após passar em seu quarto e tomar um banho Ellentya seguiu para o escritório, onde se deparou com Rhysand sentando em uma posição descontraida na cadeira, a camisa branca com quatro dos botões aberto, revelando parte das tatuagens pelo seu peitoral, as cicatrizes quase imperceptíveis ali também. Ela imaginou como seria beijar cada musculoso definido do corpo dele, se demorando até chegar no fim do perfeitamente V que sumia na calça de algodão.
Rhysand parecia ter lido os pensamentos dela quando sorriu de canto, fazendo Ellentya conferir seus escudos e ve-los intactos, talvez fosse apenas suas expressões entregando seus pensamentos impuros. Ela caminhou em passos calmos até ele, inclinando-se sobre seu corpo e beijado seus lábios. O beijo apesar de quente, era tranquilo e lento, para aproveitarem cada segundo do toque e da sensação. Ellentya se afastou deixado dois selinhos rápidos, controlando a vontade de empurrar a cadeira e sentar no colo de Rhysand e reivindicá-lo. Calma, ela sabia que precisava de um pouco daquilo depois de tudo que Rhysand havia passado, e não via problemas naquilo, mesmo que seu corpo e o laço gritassem para ter o Grão-Senhor, era apenas uma reação.
Ela caminhou até a outra mesa, que Rhysand instalara para ela. Meia hora depois a barriga de Ellentya começou a resmugar, foi quando a garota percebeu que sua última refeição tinha sido no almoço, há mais de quinze horas. Rhysand também notara, porque um segundo depois uma bandeja de comida surgiu na mesa da Archeron.
— Por que não me disse que tinha mandado os guardiões investigarem sobre o ataque?– Elle não ergueu o rosto dos papéis–
— Esqueci.– respondeu após engolir o pedaço de torta– O dia foi agitado. Para onde iremos?
— Vamos deixar Velaris em três
dias e nos posicionar em um dos
acampamentos de guerra illyrianos, ja que tera uma reunião com os lordes, e será de onde voaremos até as terras humanas quando as rainhas mandarem notícias.
— Por que não amanhã?
— Porque a Queda das Estrelas é depois de amanhã, a primeira que passarei junto com minha família em cinquenta anos.
— O que é Queda das Estrelas?– os olhos de Rhysand brilharam–
— Fora destas fronteiras, o resto do mundo celebra a data de depois amanhã como Nynsar, o Dia das Sementes e Flores. Mas a Queda das Estrelas– falou Rhysand com tanto encanto que mesmo sem saber o que era deixou Ellentya euforica, apenas porque levava um brilho, uma vida radiante ao rosto do macho–, apenas na Corte Noturna é possível testemunhá-la, apenas neste
território a Queda das Estrelas é comemorada no lugar das festividades de Nynsar. O restante, o porquê disso, você vai descobrir. É melhor se for surpresa.
— Depois de amanhã?– o Grão-Senhor concordou, Ellentya bufou uma risada como se achasse algo engraçado e então balançou a cabeça, afastando o pensamento–
— Os guardiões, vai permtir que venham para cá?– Ellentya parou, baixado os papéis enquanto encarava em descrença a pergunta de Rhysand–
— Achei que o Grão-Senhor da Corte fosse você– arquiou uma sobrancelha–
— Não é como se fosse negar algum pedido seu– deu de ombros. Ellentya riu–
— Acho que vou encomendar uma coleira para você com a minha inicial para lhe dar no seu aniversário, parece condizer bem, não acha? Quando é mesmo?
— Primeiro que eu fico bem com qualquer coisa mesmo– piscou e a fêmea riu mais– segundo, faço aniversário no Solstício de Verão.
— Na noite mais curta do ano, que ironia não acha?– Ellentya havia lido pouco sobre aquilo, enquanto o solstício de inverno possuia a noita mais longa do ano, o de verão tinha o dia mais duradouro e consequentemente a noite mais curta. Aquilo significava que Rhysand faria aniversário em poucos meses, e Ellentya guardou a informação– Fey faz na noite mais longa.
— No Solstício de Inverno?– Ellentya acenou em confirmação– E você?
— Isso importa?
— Óbvio.
— Está longe, saiba disso.– Rhys semicerrou os olhos, não acreditando na fêmea, mas não disse nada quando ela mudou de assunto– Não pretendo trazer os guardiões aqui, por agora – Rhys semicerrou os olhos, mas não disse nada– Eles não são ameaças, minhas sombras garantiram isso e pedi para que Morrigan fosse ao palácio e usasse seu poder também, além de que tenho um acordo ao meu favor, mas trazê-los ainda não é uma opção, além do mais, todos eles tem missões para partirem logo e não aproveitariam nada.
— Posso saber que missões?– voltou atenção para os papéis–
— Apenas coleta de informações. Mas Demétria e Eros iriam nos acompanhar para o acampamento.
— Tudo bem, vou aproveitar para abrir uma conta bancária para cada um também também, para depositar seus salários.
— E precisamos de uma reunião amanhã cedo, para falar sobre as informações que eles já descobriram.
— Como quiser, minha senhora– Ellentya revirou os olhos e voltou a focar nas anotações, mesmo que os olhos ee Rhys sobre ela vez ou outra a desconcentrasse–
O Grão-Senhor saído do escritório por minutos e quando voltou para o cômodo iluminado apenas pela suave luz feérica, encontrou Ellentya adormecida sobre a pilha de papéis e alguns livros que deveria ter pego em algum momento. Seu rosto repousa em um livro aberto, e a cachoeira castanha-dourada dos seus cabelos caiam de maneira delicada sobre as páginas. Serena e vulnerável, seus traços relaxados revelam a paz de um sono profundo, enquanto a luz suave destacava a beleza adormecida.
Os olhos dele percorreram cada detalhe da cena, testemunhando a beleza do momento, como se o mundo todo tivesse aquietado diante da cena pacífica de Ellentya entregue aos sonhos, ainda mais quando suas sombras pareciam um manto sobre seus ombros. A quietude do momento era quebrada apenas pela respiração tranquila dela, e Rhysand não pode deixar de sorrir enquanto se aproximava e a pegava no colo. Ela resmugou mas logo voltou a dormir nos braços dele, se mexendo apenas para puxar a mão de Rhysand para cima do seu corpo, assim que ele a colocou deitada na cama, o macho pensou um momento, mas ela puxou novamente pedido sonolenta e sem conseguir resistir apenas deitou-se na cama dela e a abraçou, deixou que as sombras apagassem a luz antes de cair no sono novamente.
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A pele de Ellentya tinha se tornado morna e uma luz fraca saída de cada poro quando a magia herdada da gota de poder de Helion fluia por suas veias. Ellentya concentrara sua energia nas palmas das mãos, os olhos irradiando uma intensidade única também. Em um gesto fluido, ela estende a mão na direção do guardiã enfeitiçada, e uma onda de energia distorcida desencadeou. Ela sentiu sua enerhia sendo gasta, o que a quebra do feitiço começava a exigir de si, mas o feitiço antes imponente, começara a fragmentar-se, despedaçando-se em partículas mágicas dispersas.
Os outros quatro guardiões observavam a elegância perturbadora, desafiando as leis mágicas com um simples toque de sua vontade. O cômodo vibrara momentaneamente, indicando o poder intenso, mas formidável, que ela possuía fluiando entre seu corpo e o de Moon. Uma onda maior de poder branco correu com mais violência através dela, dissipando as complexas amarras com uma intensidade palpável. Ellentya soltou um suspiro quando cambalou para trás, se apoiado na mesa quando o brilho fraco se despiu de vez e ela pode encarar a fêmea sentada no chão.
Se Demétria era deslumbrante, a fêmea no chão tinha uma beleza que rivalizava com a dela. A pele era abençoada por melanina, rica em tonalidade ébano, que emanava uma beleza única e surreal, do tipo que fariam muitos cairem aos seus pés. Seus cabelos branco como a neve estavam trançandos até o quadril. O rosto exibe traços distintos, lábios volumosos e nariz esculpido com elegância. Seus olhos dourados como outro derretido, eram profundos e expressivos, como se contassem histórias silenciosas, refletindo a mistura perfeita de determinação e gentileza.
Eros foi o primeiro a disparar até Moon, tirando seu casaco e cobrindo o corpo nu da fêmea. Ela encanrava as próprias mãos e então os pés e pernas, um sorriso radiante se formou nos lábios, exibindo os dentes brancos, lágrimas brotaram em seus olhos quando finalmente conseguiu abraçar Eros. Os outros três não demoraram a se juntar ao abraço, Aegon como sempre sendo o mais espalhafatoso, erguendo Moon nos braços enquanto a girava.
Ellentya observou silenciosamente tudo, até que os animos se acalmasse e Moon pudesse manter as pernas firmes no chão sem tremerem, como se fossem gelatina.
— Obrigado majestade, muito obrigado– a voz era carregada de um sotaque forte, devido a língua antiga que falava e então aprendera a se adaptar com o decorrer dos milênios, mas sem poder realmente falar. Moon tinha uma pronuncia ainda mais carregada que os demais, mas talvez porque os quatro tivessem se adaptando ao que Ellentya implantara na mente, para que a comunicação com os demais fosse mais clara–
— Por nada, mas me chame apenas de Ellentya.– disse se afastando do móvel– Bem, meu dia está corrido e só vim aqui trazer as informações e fazer isso, por favor, tirem essa semana para descansar, exceto Eros e Demétria que vem comigo amanhã.
— Como desejar.
— A Queda das Estrelas será hoje, roupas e comida serão trazidas para vocês comemorarem, mas sintassem a vontade para irem comemorar em algum outro lugar da Corte se quiserem– Moon soltou um grito de pura euforia, sorrindo abertamente e apertando o braço de Eros–
— Fiquei tão perdida no tempo que tinha me esquecido da Queda. Oh céus! Vamos passar juntos depois de tanto tempo– bateu as mãos em animação–
— Todos sabem o que é a Queda das Estrelas menos eu?
— E...
— Cala boca Aegon!– rosnaran juntos, fazendo o ruivo erguer as mãos em rendição, Eros bufou resmugando algo incompreensível mas então se virou para Archeron– A experiência de descobrir por conta própria é única e mágica, confie.
—Tudo bem.– ela tinha aceitado que só saberia naquela noite– Tenho mais uma reunião para participar, vejo vocês em outro momento.
Então sumiu em meio as suas sombras.
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Ellentya tinha se ocupado durante todo o dia, desde ter indo ao palácio da lua para desfazer os feitiços de Moon, dois dias após finalizar conseguir entender e executar o que Amren tinha descoberto. Então ajudou na organização da festa que aconteceria na Cada dos Ventos, ficou com o dia tão agitando que nem vira direito Feyre, Lucien, Ayla ou algum membro do círculo íntimo. Ellentya só parara quando desceu para casa da cidade para se arrumar.
Três horas depois estava pronta e com Azriel esperando para levá-la.
— Você está linda– foram as primeiras palavras do Mestre-Espião quando a viu–
De fato Ellentya estava mais deslumbrante do que costumava ser, o vestido parecia ter aido feito a partir da própria estrelada líquida. O tecido roxo escuro, profundo como o céu noturno, envolvia as curvas acentuadas dela. Lantejoulas cintilantes evocavam como estrelas distantes pelo tecido, refletindo com a luz de ballet celestial, e a saia longa fluia como sombras dançantes. Cada detalhe, do decote à cauda, respira a mágica enigmática de uma noite estrelada em forma de vestido. Ela tinha deixado o cabelo cair em cachos pelas costas, com dois pentes de diamantes em formato de estrelas cadentes. As sombras ao redor dela deixam tudo ainda mais deslumbrante.
— Obrigado, você também está muito bonito Encantador.
— Momentos raros que Ellentya elogia outra pessoa que não seja ela, acho que realmente acertei na roupa– ela bufou para o lado irônico que ele quase não deixava visível–
Ela deixou que Azriel a pegasse no colo e então voasse pare festas. As sombras impedido que o cabelo fosse bagunçado. E abaixo deles cada luz restante se apagava. Não havia lua; nenhuma música fluía nas ruas. Só havia o silêncio, como se estivesse esperando algo. Azriel disparou pela escuridão silenciosa até onde a Casa do Vento se erguia. Ellentya conseguia distinguir multidões reunidas nas muitas varandas e nos pátios apenas pelo leve brilho de luz estelar em seus cabelos, e, depois, pelo tilintar dos copos e conversas baixas conforme nos aproximávamos.
Azriel a colocou no pátio lotado do lado de fora da sala de jantar, e apenas alguns convivas se deram o trabalho
de olhar para eles. Esferas com luz feérica tênue dentro da Casa iluminavam travessas de comida e intermináveis fileiras de garrafas verdes de vinho espumante sobre as mesas.
Ela encontrou Feyre e Lucien perto da varanda, ambos com taças de champanhe nas mãos, conversando com Ayla, Cassian e Morrigan. Amren não estava avista, mas tinha sido informadada que ela não participaria diretamente com eles. Os cinco acenaram para ela e Azriel, que caminharam entre as pessoas, pegando uma taça de champanhe nas bandejas que flutuavam pelo lugar.
— Você está.... nossa, muito bonita. Podemos repetir o beijo de Sob a Montanha?– Ayla piscou, as suas riram enquanto os outros encararam surpresos–
— Vocês ja se pegaram?– Morrigan perguntou olhando Ayla, a prima de Rhys se mexera, como se aquela informação a incomodasse–
— Sim, foi necessário – deu de ombros como se não tivesse notado ou apenas ignorou a outra loira, Elle ergueu um sobrancelha, mas amiga negou com a cabeça discretamente– Tenho uma coisa para você.
— Eu também– as duas estenderam as duas mãos e ao mesmo tempo bolos surgiram em suas mãos– Feliz aniversário!!
Ellentya e Ayla congeleram e então soltaram uma gargalhada alta ao perceberem que tinham tido a mesma ideia. Os bolos quase identificados, tinham velas em formato dos números correspondentes a suas idades, 19 e 208. Todos, exceto Feyre e Lucien que ja sabia e tinham as parabenizados e entregado presentes, estavam surpresos enquanto as amigas riram e sopravam suas velas fazendo pedidos então pegavam seus respectivos bolos.
— Está muito longe? Você é uma mentirosa desgraçada querida– Ellentya se virou, encontrando Rhys usando um casaco preto, casualmente desabotoado no alto para que a camisa branca
abaixo, assim como no pescoço, mostrando as tatuagens no peito exposto. Ela piscou com tanta inocência que ele bufou uma risada, seu indicador passando pela decoração do bolo e levando a boca– Está delicioso. Parabéns Elle, parabéns Ayla.
— Canalha desgraçado!– xingou a Archeron, abafando o obrigado da amiga. Os bolos sumiram quando o círculo íntimo se aproximou as parabenizados, prometado comprarem presentes depois, mesmo quando as duas disseram que não precisava– Vocês podem me falar agora sobre o que é essa reunião?
— Também adoraria saber– comentou Feyre, cruzando os braços ao se aproximar mais do calor de Lucien–
— Olhem para cima.
Disse o Grão-Senhor. De fato, quando elas olharam, a multidão se calou.
— Nenhum discurso para os convidados?– murmurou Lucien quando percebeu que ninguém olhava de fato para o Grão-Senhor, como não esperassem algo dele–
— Esta noite não se trata de mim, embora minha presença seja reconhecida e observada. Vamos para varanda.
Todos caminharam para lá, Ellentya se apoiou no parapeito, sentido Rhysand atrás dela, assim como Lucien tinha feito com Feyre discretamente. Ayla que estava ao lado da amiga segurou sua mão, apertando com força quando apontou para cima.
Uma estrela disparou pelo céu, mais brilhante e mais próxima que qualquer uma que ela tivesse visto. A multidão
e a cidade abaixo comemoraram, erguendo os copos conforme a estrela passou bem acima, e apenas quando ela desapareceu na curva do horizonte é que eles beberam intensamente. Outra estrela cruzou o céu, rodopiando e girando no próprio eixo, como se estivesse celebrando a própria beleza
iluminada. Ela foi seguida por outra, e outra, até uma brigada de estrelas ser lançada do horizonte, como se milhares de arqueiros as tivessem soltado dos poderosos arcos.
As estrelas passaram em cascata por cima de deles, enchendo o mundo de luz branca e azul. Eram como fogos de artifício vivos, Ellentya sentiu o fôlego preso na garganta conforme as estrelas continuavam caindo e caindo. Ela jamais vira algo tão lindo. E quando o céu estava cheio delas, quando as estrelas disparavam e dançavam e fluíam pelo mundo, a música começou. Onde quer que estivessem, as pessoas começaram a dançar, se balançando e girando, algumas davam as mãos e rodopiavam, rodopiavam e rodopiavam ao som dos tambores, das cordas, das harpas tilintantes. Não era como o tilhar e as estocadas da Corte dos Pesadelos, mas uma dança alegre e pacífica. Pelo amor ao som, ao movimento e à vida.
Ellentya havia ficado tão deslumbada que mal tinha notado quando seus amigos se juntaram a multidão para dançar, com as mãos erguidas, e as estrelas descendo, mais e mais perto, até que ela jurava que podia tê-las tocado se se inclinasse. E lá estavam Feyre e Mor e Ayla dançando, puxando Azriel, Cassian e Lucien. Os seis dançando juntos, deixando qualquer problema que tivessem de lado aquela noite. A cabeça das três fêmeas voltada para o céu, os braços erguidos, a luz das estrelas brilhando no branco, no azul e no verde dos vestidos. Eles dançavam como se pudesse ser a última vez, fluindo entre as pessoas.
Ellentya notou que até mesmo suas sombras dançavam, mas então seus olhos foram para Rhys, que observando os Morrigan, Cassian e Azriel, com uma expressão suave. Triste. Separados durante cinquenta anos e reunidos, apenas para serem separados tão rapidamente para lutar de novo pela liberdade.
Rhys a encarou e disse:
— Venha. Tem uma vista melhor– ele
estendeu a mão para ela. Aquela tristeza, aquele peso, permaneceu nos olhos de Rhys. Ellentya não aguentou vê-la; assim como não aguentava ver
meus seis amigos dançando juntos como se pudesse ser a última vez. Ela lutaria com unhas e dentes para que não fosse a última–
Rhysand tinha levado-a para uma varanda abaixo da que estavam, a música ainda era alta, mas o lugar estava vazio e tinha de fato uma vista muito mais bonita. Ellentya sentou no parapeito da varanda. Mas imediatamente desistiu quando viu a altura, e recuou um passo por segurança. Rhysand riu.
— Se você caísse, sabe que eu me daria o trabalho de salvá-la antes que atingisse o chão.
— Mas não até eu estar perto da morte?
— Talvez.
Ellentya revirou os olhos, apoiado mão contra o parapeito, olhando para as estrelas que passavam.
— Por que não me disse que seu aniversário era hoje?
— Porque provavelmente você faria algo grandioso, e apesar de amar isso, esse ano não me senti tentada a fazer nada. É a primeira vez que passo um aniversário sem todas as minhas reunidas.– explicou– Elas sempre tentaram fazer dessa data a melhor possível, mesmo durante os anos de pobreza severa, apenas para que afungetasse o fato que Anastacia e Lionel me rejeitaram quando nasci..... só é estranho não passar com as três sabe.
— Entendo, mas quando vencermos essa batalha vocês poderam passar todos os aniversários juntas– Ellentya sorriu, todos até que suas irmãs morrem de velhice e ela permancesse bela e jovem para sempre. Ela tentou não pensar naquilo quando disse:–
— Não são... não são estrelas, na verdade.
— Não– Rhys foi até seu lado no parapeito– Nossos ancestrais achavam que sim, mas... São apenas espíritos, em uma migração anual para algum lugar. Por que escolhem este dia para aparecer, ninguém sabe.
— Deve haver centenas deles!– disse voltando seu olhar para as estrelas que passavam zunindo–
— Milhares– replicou Rhys.– Vão continuar passando até o alvorecer. Ou espero que sim. Há menos deles do que da última vez que via Queda das Estrelas.
— O que está acontecendo com eles?
— Eu queria saber. Mas eles continuam voltando, apesar disso.
— Por quê?
— Por que as coisas se atêm a outras? Talvez amem tanto o lugar para onde vão que vale a pena. Talvez continuem voltando até que reste apenas uma estrela. Talvez essa única estrela faça a viagem para sempre, com a esperança de que um dia, se continuar voltando com frequência, outra estrela a encontre de novo.
— Esse é... um pensamento muito triste.
— Realmente– Rhys apoiou os antebraços na beira da varanda, perto o bastante para que seus dedos se tocassem em um gesto simples– A cada ano que passei Sob a Montanha e a Queda das Estrelas chegava, Amarantha se certificava de que eu...– Ellentya engoliu em seco quando repentinamente o Grão-Senhor começou a falar, revelando uma parte quebrada para ela. Seus dedos se tornaram mais fortes contra os dele– a satisfizesse. A noite toda. A Queda das Estrelas não é um segredo, mesmo para forasteiros, até mesmo a Corte dos
Pesadelos sai de dentro da Cidade Escavada para olhar o céu. Então, ela sabia... Ela sabia o que significava para mim.
— Rhys...– tentou falar mas ele a interrompeu, continuado, como se pudesse se arrepender de entregar aquela parte–
— Enfrentava aquilo me lembrando de que meus amigos estavam em segurança; que Velaris estava em
segurança. Nada mais importava, contanto que eu tivesse isso. Ela podia usar meu corpo como quisesse. Eu não me importava.
— Sei que sinto muito nunca serão suficiente para apagar, mas ainda sinto muito Rhys– disse passado a mão pela lateral do rosto dele– ela merecia uma morte muito pior, não vou me cansar de dizer isso, mas ela está morta e você aqui, é um sobrevivente, e é forte para para passar e superar por isso, vou está ao seu lado.
E, quando ela se virou mais completamente para Rhys, algo
ofuscante e brilhante se chocou contra seu rosto. Ellentya recuou, dando um grito ao dobrar o corpo para a frente,
protegendo o rosto da luz que ela ainda conseguia enxergar mesmo de olhos fechados. Rhys soltou uma gargalhada sobressaltada. Ele e as sombras. Uma gargalhada. E, quando Ellentya percebeu que seus olhos não tinham sido queimados nas órbitas, ela se virou para Rhys.
— Eu podia ter ficado cega!– silibou, empurrando Rhys. Ele olhou o rosto dela e caiu na gargalhada de novo.
Gargalhada verdadeira, sincera, prazerosa e encantadora. Ela limpou o rosto e, quando abaixou as mãos, ficou
boquiaberta. Luz verde pálida, como gotas de tintaz brilhava como sardas em sua mão. Um espírito estelar esmagado. Ela mão sabia se ficava horrorizada ou maravilhada. Ou enojada. Quando foi limpar, Rhys segurou suas mãos–
— Não– disse ele, ainda rindo– Parece que suas sardas estão brilhando.
— Sério?
— As quarenta e duas sardas no seu rosto ficam realmente uma gracinhas brilhando querida.
— Você contou minhas sardas?!
Ellentya praticamente gritou em surpresa, suas narinas se dilataram, mas antes que ele pudesse abrir a boca para responder uma estrela em disparada colidiu com a lateral de seu rosto. Rhys deu um salto para trás, xingando. Ellentya soltou uma gargalhada ruidosa. E gargalhou de novo, e de novo, quando Rhys tirou as mãos dos olhos. O lado esquerdo inteiro de seu rosto havia sido atingido. Uma tinta de guerra celestial, era o que parecia. Ela conseguia ver por que Rhys não queria que se limpasse.
— Aí minha barriga!– disse rindo ainda, o corpo curvado enquanto as sombras a rodeavam alegres– Você está uma graçinha Grão-Senhor.
— Nós dois estão, querida– Rhys a puxou até colar seus corpos, ela apoiou a mão no peito dele, curvando a cabeça para cima quando o mesmo segurou seu queixo e beijou seus lábios. Ellentya suspirou, não importava quantas vezes beijasse Rhysand, sempre parecia a primeira e única, todo seu corpo ficava elétrico e as borboletas dançavam incansavelmente, o gosto dele era viciante como droga, uma que ela não largaria nunca–
— Quer dançar comigo?– perguntou assim que se afastou, com um sorriso–
— É claro que danço com você, a noite toda, se quiser.
Feyre procurou a irmã com os olhos na multidão quando parou por um momento para descansar, após tantas dança seguidas com os seus amigos. Ela caminhou até a varanda, ainda segurando a mão Lucien quando finalmente avistou a irmã e apontou para o ruivo. Ayla ficou curiosa para o que os dois, então caminhou até eles, e logo Cassian, Azriel e Morrigan estavam lá também, olhando encantados para Ellentya e Rhysand dançando sozinho na varanda a baixo deles.
O vestido de Ellentya reluzia como o céu noturno, cada movimento revelando a magia costurada nos detalhes. Rhysand não tirava em momento, conduzido com maestria, enquanto os dois giram pela varanda como um conto de fasas ganhado vida, como se estivessem imersos em um sonho. A Queda atrás dele tornava a cena ainda mais deslumbrante, eles sorriam suavemente ao ver os rostos radiantes de Rhysand e Ellentya, totalmente diferente dos fantasmas que eram após Sob a Montanha. Quando a música terminou, Ellentya olhou para cima encontrando os amigos, " enxeridos" gritou, antes de atravessar com Rhysand até eles e então puxá-los para dançar com a multidão.
(✨️) Oie! Tudo bem? Espero que sim. Esse capítulo saiu maior do que planejei, pensei em dividir, mas desistir. O Rhys e a Elle estão tão gostosos e fofos nesse capítulo, amo e amo.
(✨️) Não esqueçam que votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.
(✨️) Até os próximos capítulos.💫
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