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Tem alguma coisa acontecendo.

Foram as palavras disparadas por Ellentya depois de horas com aqueles escudos de diamantinas erguidos entre eles, Rhysand estava sentado, bebendo enquanto ainda pensava em uma maneira de se desculpar com a Archeron, pelo seu ciúmes idiota quando se ergueu do sofá.

Onde você está?

Perguntou com urgência ao sentir a ponta de preocupação e medo ondular pelo laço, mas Ellentya não respondeu, tudo que teve em resposta foi um grito misturado ao pânico e então imagens da fêmea sendo atingida com tanta força que a fraca dor passou pelo fio. Amren que estava ao seu lado se ergueu, como se soubesse que algo tinha acontecido, mas a confirmação veio com as sirenes da cidade sendo disparadas por todo local.

ONDE VOCÊ ESTÁ?

Gritou desesperado, mas sem resposta. Rhysand não esperou quando atravessou para as ruas de Adriata, vendo Varian e Cresseida surgirem no final da rua e então Amren. A ilha estava em caos, cidadãos corriam de uma lado para outro buscando abrigo enquanto soldados marchavam, retalhando quem estavam em seu caminho. Soldados de um reino desconhecidos pelo emblema, ou o que pelo menos Rhysand supos que fossem, tinham formatos de homens e vestiam armaduras reluzentes banhadas em prata, mas não tinham rostos.

O que era aquilo? Foi a única pergunta que veio a sua mente sobre os soldados inimigos, mas não teve tempo de terminar seus pensamentos quando meia dúzia deles fecharam a mão em punhos e acertaram o chão, o poder que ondulava deles criou uma ruptura no chão, que tremeu. Rhysand se lançou ao céu antes da onda magneta o desestabilizar. Escuridão acumularam em sua mão e então disparou para aqueles soldados, fazendo dezenas deles se tranformarem em cinzas e sangue.

Onde você está querida?

Havia algo interceptado o contato com a fêmea, e ele tinha certeza que era devido alguma magia usado pelas criaturas. Rhysand continuava puxando e chamado por Ellentya no laço, voando enquanto dezimava soldados e procurava pela fêmea. A cidade de Adriata era um caos, magias e lâminas se chocavam pelas ruas, inimigos caiam enquanto Amren lutava ao lado de Varian, abrindo caminho para Cresseida até Ayla que usava seus poderes para afastar inimigos de crianças. Sirenes disparava por todo lugar, mais soldados da Estival chegavam e um escudo era erguido ao redor da cidade para impedir que novos inimigos adentrassem. Rhys soube que Tarquin estava em algum lugar os erguendo.

O coração de Rhysand ameaçava sair pela boca a qualquer instante, pânico fazia seus estômago revirar e querwe jogar fora tudo que comeu enquanto continuava procurando por Ellentya.

Por favor Elle me diga onde está....

Mas então a ilha estremeceu outra vez, uma teia massiva disparou por todo Adriata e as ilhas além dela. Daquela vez não foi os soldados sem rostos, não, foi um poder de magnitude maior do que até mesmo todo o arsenal do Grão-Senhor da Noite. Um força maior que atraia em direção ao mar e então a repeliu no minuto seguinte, Rhysand parou, todos pararam para observaram aquele oceano que se manchava com sangue e corpos ser divido em paredes paralelas mais altas que as montanhas, imponentes e destrutivas, monstros vivos.

Ellentya estava se afogando novamente. De volta ao fundo daquele tanque com as correntes nos pulsos a prendendo de uma maneira sem jeito de se libertar. Exceto que daquele vez Ellentya estava livre para nadar, mas ficou presa sob o pânico e lembranças. Tudo era um borrão de água, luz e confusão, rápido de mais para que ela pudesse lutar, fosse contra os inimigos que atiravam na profundeza cristalina das águas Estival ou contra seu pânico que a engoliu por inteira quando suprimiu o grito, guardado o pouco de ar em seus pulmões.

Ellentya podia sentir suas lágrimas sendo varridas para a água como se não fossem nada enquanto seu coração batia em um ritmo que ela imagina que a levaria para á sua própria morte. Ellentya ainda estava tonta do pânico e do álcool presente em seu corpo, mas ela se obrigou a buscar aquele poder dentro de si. Quando aqueles inimigos que se atiraram contra o mar em direção a ela estavam próximos demais, com lanças em mãos para atingi-la magia guerrou sob sua carne e disparou. A rajada de poder fez com que os cincos soldados fossem atirando para longe, mas Ellentya afundou mais no mar, e ela se viu mais desesperada para se salvar e então moldou novamente aquela poder tão maleável no poço dentro de si.

O desejo tangível em escapar fez disparar uma teia de poder. Como se em resposta, o mar se agitou. Quando ela disparou outra vez, curvando-se ao poder dentro dos seus ossos, empreguinado em seu sangue e alma, o mar quebrou. As águas profundas se partiram, dobrando e recuado conforne a vontade de Ellentya. O oceano, como um obediente servo domando dividiu-se sobre ela, revelando um caminho através das águas agitadas. O mundo rugia, mas seu poder ecoava mais alto, esculpindo um passagem entre as ondas.

O Grão-Senhor da Noite arquejou quando viu o mar se partido ao meio e o corpo de Ellentya começar a despencar naquele meio, mas antes que pudesse reunir seu poder e atravessar para onde ela estava, ela sumiu. Rhysand piscou, em um piscar de olhos Ellentya estava ali, no seguinte ela desapareceu.

Os murros de água mais altas do que as próprias montanhas se chocaram quando aquela teia de poder foi desfeita, jogando em uma rajada poderosa todos para trás. O rugido da onda ecoa por Adriata, as pessoas correm em desespero pela fúria do mar enquanto aqueles soldados começavam a sumir, como se o que procurassem tivesse sido encontrado ou sumido. A cidade se transformara em um cenário surreal de caos aquático. Tarquin atravessara para o alto de um telhado, suas mãos erguidas em magia da água. Com um gesto da mão, ele desencadeou uma parte vital de si, controlando o elemento com destreza, impedindo que a tempestade de água engolisse Adriata. O mar respondeu ao mestre, recuando e se acalmando novamente.

– Mas que porra foi aquela?– Cresseida xingou assim que encontrou os demais, seus olhos ainda presos no oceano calmo após Tarquin usar seu poder–

— Onde está Ellentya‐ Ayla perguntou desesparada, mas o rosto retorcido em ódio e receio fez a fêmea ficar ainda mais com medo– Rhys....

— Eu não consigo senti-la– Rhysand levou a mão ao peito, como se buscasse por algo, esperando sentir algo, mas não eram seus batimentos– eu não consigo sentir o laço..... sinto sua vida mas não ela.

Os batimentos cardíaco aceleravam nos ouvidos de Ellentya. Tudo queimava e doía quando ar e poeira entravam pelas suas narinas enquanto seu corpo rolava, sendo acertado por galhos, espinhos e pedras. Ela gritou quando se chocou com força em um árvore, forte suficiente para derrubá-la. O estalo de seus ossos a fizeram gemer. Ellentya estava zonza, seu corpo doía e não fazia ideia onde estava, mas ela não teve tempo de procurar quando escuridão formigou nas bordas da sua visão. E um segundo depois Ellentya apagou.

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Ellentya não tinha qualquer noção do tempo, se havia passado apenas algumas horas ou dias, mas ao recobrar a consciência o alvorecer estava pintado no céu. Todo seu corpo doía, e por um momento ela se lembrou do dia seguinte após fazer o acordo com Amarantha, mas logo afastou as lembranças ao tentar focar no que tinha acontecido.
Ellentya sentou-se em um gemido de dor quando sua cabeça latejou, ela engoliu seco, passando a língua pela boca e então conferindo se tinha quebrado alguma coisa. Nada. Estava dolorida, mas se houvesse quebrando algo sua cura feérica nas horas que passou inconsciente tinha agido.

Rhys?

Chamar o Grão-Senhor pelo laço foi a primeira coisa que Ellentya fez após verificar que havia apenas ela ali, sem os inimigos que atacaram. Ellentya chamou por Rhysand novamente, mas não houve resposta, ela nem o mesmo sentia. Sua garganta oscilou, fechando os olhos ela buscou dentro de si aquele fio dourado entre eles, ainda estava ali, mais fraco e silencioso como nunca o tinha sentido antes, quase como se algo inexistente. Havia algo interceptado. Não levou muito tempo para Ellentya perceber que não era apenas com o laço, algo estava impedindo de acessar suma parte seus poderes e ouvir os sussuros das sombras.

Ellentya testou aquele pouco poder que ainda sentia correndo em suas veias, chamas queimaram na ponta dos seus dedos, não fortes como aquelas que conjurava durante os treinos com Amren, mas suficiente para caso precise ganhar algum tempo. Ela se levantou, olhando em volta, havia apenas árvores e montanhas para onde quer que olhasse, não parecia nada com o que ja tivesse visto sobre Prythian, nada que enfatizasse se a floresta era localizada em alguma Corte específica.

Ellentya diferiu xingamentos para ninguém específico, sua mente ainda girando pela dor. Ela reuniu aquele grão de poder e tentou atravessar, mas nada aconteceu. Novas maldições foram jogadas quando falhou pela terceira vez e nem mesmo suas sombras conseguiam envolver entre as fendas de escuridão e mundos para atravessar, estava presa aonde quer que fosse localizada aquela floresta, sem os sussuros da suas companheiras para avisar do perigo, sem comunicação com Rhysand ou qualquer um outro e seus poderes reduzidos a quase nada.

Ellentya sentiu estranha pela primeira vez, indefesa e estranha sem aquela parte nova. Só então percebeu o quanto estava se acostumado com a vida feérica. Ela respirou fundo, não pensando muito sobre aquilo quando começou a caminhar entre as árvores, lavando uma curta rede de vigilância pelas árvores antigas ao seu redor, mesmo sabendo que poderia ser tolice desperdiça energia com aquilo.

Fazia horas que Ellentya caminhava, pegando todo tipo de fruto que encontrava pelos arbustos e árvores frutíferas. Quando a noite surgiu ruídos se galhos se quebrando e de rugidos medonhos tornaram-se auditivos para Ellentya, e aquele rede de poder indicava que criaturas grandes e letais se aproximavam, sem escolha de onde ir a fêmea escalou a árvore mais alta que pode, se escondendo entre os amotuados de folhas e galhos. Assim como Azriel ensinara, Ellentya se colocou em uma posição que o vento leveria seu cheiro para longe.

Com o poderes reduzidos e usando o pouco que tinha por horas ao caminhava para um caminho incerto tinha consumido muita energia da fêmea, em algum momento enquanto observava as criaturas de todos os tamanhos, formas e corpos rastejarem abaixo dela, Ellentya dormiu.
Quando os raios de sol atravesseram pelas folhas e esquentaram a pele de Ellentya, ela levou um tempo até que aquela névoa em sua mente se despisse toda, lembrando onde estava. Ellentya jogou seu poder em uma rede de vigilância outra vez enquanto terminava de comer uma maçã, conferindo se havia alguma ameaça por perto antes de descer da árvore. Ela tentou novamente se comunicar com Rhysand, mas novamente sem respostas.

Ellentya suspirou, passando a mão no rosto. Aquilo parecia algum tipo de jogo com sua vida e mente de quem quer que tivesse no comando do seu destino, porque ela não fazia ideia qual era a chances de parar em um ilha esquecida que, de uma maneira desconhecida até aquele momento, anulava seu contato e quase todo seu poder, impedindo até mesmo de atravessar.

O meio dia tinha chegando e Ellentya estava exausta, parecia caminhar em um círculo infinito naquela floresta. Encostada em uma árvore ela suspirou, mordeu outra maçã que havia colhido momentos antes. Suas sombras apesar de não sussurrem estavam agitadas, mais que o comum, alertando a mestre de algo. Logo o que quer fosse encontrou no rede curta de poder de Ellentya, indicando que estava próximo demais, e na silenciosa floresta ela pode ouvir um tipo de rosnado gutural; depois, conseguiu sentir as vibrações no chão conforme o que quer que fosse corria até dela.

A cabeça da criatura foi a primeira coisa que Ellentya avistou, uma similar a de um cão, mas o ar faltou ao perceber que não era apenas um ou duas, não, eram três cabeças sinistras. Olhos flamejantes irradiavam uma ferocidade. Um corpo musculoso e revestido de uma pelagem sombria vibrava com uma energia sobrenatural. Cada cabeça possuía uma expressão distinta, uma fusão de fúria, astúcia e voracidade. E as presas eram afiadas como lâminas recém-forjadas, pareciam capazes de cortar o próprio ar e mundo ao meio. Os uivos infernais ecoavam pela floresta enquanto a criatura com suas três cabeças, começará a perseguia implacavelmente sua presa. Ellentya.

A penumbra das árvores parecia dançar ao ritmo frenético da caçada, Ellentya corria, jogando novas pragas aos deuses enquanto tentava controlar a própria respiração e terror, repetindo a si mesma que tinha vencido o Verme de Middengard certa vez, ainda humana, poderia conseguir fazer aquilo com a criatura que a perseguia. As garras do monstro arranhavam a terra com uma ferocidade assustadora, mas daquela vez Ellentya também era mais rápida.

A respiração da criatura reverberava como trovões, criando uma sinfonia aterradora enquanto cortava através da vegetação. Quando Ellentya ousou a olhar pra trás viu a luz do sol filtrava-se entre as folhas, iluminando olhos ferozes e babando de cada uma das três cabeças. Ela saltou por uma árvore tombada, rosnado ao perbecer que a floresta tinha se tornava um labirinto sombrio, ainda mais complexo e perigoso do que aquele Sob a Montanha.

Sobre o dossel de folhas, Ellentya correu com passadas desesperadas, o som de folhas sendo pisoteadas misturava-se ao rugido distante da criatura que a perseguia. A respiração rápida ecoava, o coração batendo em compasso acelerado. Seu grito ecoou pela floresta quando não viu a ladeira e acabara rolando pelo morro abaixo. Os galhos se chocavam contra seu rosto a arranhando, seu corpo latejava enquanto se chocava contra folhas e pedras até parar de girar. Ellentya piscou tonta. Do alto a criatura de três cabeças a encarava e então começou a correr em sua direção outra vez.

Ellentya se ergueu, começando a correr novamente, mantenho o pânico longe do seu corpo ao tentar encontrar um maneira de matar ou se livrar da besta. Suas mãos se elevaram para frente, aquele poder dado por Ayla fazia os trocos e raízes serpentearem, abrindo caminho para ela enquanto criava padrões de sombra em movimento rápido. Ellentya conseguira colocar a una distância razoável entre si e a sombra imponente da criatura.

Ellentya forçou o corpo mais para frente, correndo em direção a floresta. O ar estava impregnado com o cheiro de terra úmida e vegetação, enquanto ela se esforçava para superar obstáculos naturais. O rugir da criatura se aproximava, cada vez mais próximo, fazendo com que suas pernas respondessem com um impulso de adrenalina. Ellentya usou aquele restante de poder e energia para forçar os troncos trançandos de uma grande árvore a se moverem, então saltou entre abertura que criou. Seu corpo bateu contra outra árvore, mas ela não se deu tempo quando virou-se e usando sua magia para fezer os troncos retorcarem ao que eram antes, no exato momento em que as três cabeças da criatura atravessar abertura.

— Porra!

Xingou, os olhos cinzas azulados arregalados, seu peito subia e descia com rapidez. As três cabeças rolaram pelo chão quando os troncos se fecharam no pescoço das bestas e separaram. Minutos tinham se passado com Ellentya apenas sentido o próprio coração voltar a um ritmo calmo.

— Caralho– xingou mais uma vez–

Minutos depois Ellentya ainda estava encostada na árvore, todavia se ergueu quando escutou um miado muito conhecido. O gato branco se afastou das sombras feita pelas árvores, ronronado ao se esfregar na perna de Ellentya e então miar outra vez, seguido para o lado oposto. Um instinto estranho se apoderou dos seus movimentos. O gato é um guardião, quando o momento chegar você saberá, sentirá, e deve seguí-lo para obter respostas do seu passado, para cumprir parte do seu destino aqui nessa terra. Ela se lembrou das palavras do Entalhador de Ossos, engolido seco seguiu.

Ellentya parou em um pequeno morro, observando o que estava na sua frente. Entre vegetação e sombras, erguia-se uma cidade antiga, grande o suficiente para ela não ver nada que tivesse após o enorme palácio que possui sete torres que pareciam perfuram o céu.
Ellentya desceu o morro com cuidado, suas sombras mesmo que silenciosas naquele momento mantinham-se perto da mestre. Ela adentrou a cidade abandonada que erguia-se como testemunhas silenciosas do tempo implacável. Colunaa que um dia sustentaram casas e lojas jaziam como sentinelas petrificadas do passado. Ruas estreitas, que outrora provavelmente eram pulsantes de vida, agora eram corredores sombrios entre casas e edifícios dilapidados que exibiam fachadas desbotadas, com janelas vazias como olhos apagados. Não parecia que ter sido atacada e seus visitantes mortos, não, parecia que uma doença alastrara fazendo os moradores abandonarem o lugar com pressa.

A vegetação selvagem retomava seu domínio, rachaduras no chão cedendo espaço para teias de raízes e hera. O eco ocasional de passos ressoava entre pilares, enquanto o silêncio predominante evocava a solidão que impregnava cada pedra desgastada. Nas praças vazias, agora dominadas por estátuas quebradas e fontes secas, a memória da antiga grandeza persistia apenas como uma sombra decadente. A cidade esquecida sussurrava histórias de um passado glorioso, mas naquele momento sepultado sobre camadas de abandono e decadência.

Quanto mais Ellentya caminhava pelas vielas, observando as estruturas magníficas e desgastadas, mais ela tinha certeza de aquele lugar um dia fora uma cidade de tamanha magnitude e beleza que, talvez, pudesse rivalizar com a deslumbrante Cidade de Luz Estelar.

As vielas estreitas ecoavam apenas com o sussurro do vento, sem qualquer vestígios de alguém ou algo que passou por ali, como se o lugar estivesse intocado à milênios. Ellentya continuou seguido até chegar no palácio, mas não subiu as escadas para os imponentes portões, não quando o gato desviou o caminho para direita e seguiu até um jardim que um dia fora belo mas estava tomado pela vegetação nativa, então começaram a andar por um labirinto ate passar um uma passagem que fazia tantas curvas que ja tinha se perdido, ela chegara a outro jardim, parando em um amontoados de vinhas onde o gato arranhava com a pata.

— Espero que não esteja me levando para morte– sussurou quando usou seu poder afastas as vinhas emaranhadas–

Aldravas em formatos de espadas no meio de cada porta do alçapão, Ellentya esperou por uma brisa horrível. Mas nada, apenas a sensação de que deveria seguir em frente e abrir, então a Grã-Feérica, com coragem, abriu. Um ruído de dobradiças enferrujadas soou quando ela os abriu. Ellentya encarou o gato que miou, como se tivesse aprovando e incentivado ela a seguí-lo assim que começou a decer as escadas. A fêmea encarou a passagem escura avultava diante dela. Uma brisa soprava nas profundezas escuras, puxando as mechas de seu cabelo para a frente do rosto. Ela sentiu um calafrio na espinha.

Ellentya inspirou fundo e buscou aquela faísca de poder novamente, ela sentiu como o uso do pouco que tinha estava a desgastado, deixado cansada e a última batalha não ajudava tanto. Balançando a cabeça para afastar as perguntas deixou que chamas queimassem na ponta dos seus dedos quando avançou para dentro da passagem. A luz da chama revelando que era feita de pedra e que estava coberta por uma espessa camada de poeira.

Ao descer pelas escadas em espiral, descobriu que o lugar era frio, mas seco. Teias de aranha pendiam de toda parte e tinha muita poeira. Ellentya seguiu o gato a poucos metros, ele parecia tranquilo, e por incrível que pudesse parecer, ela também estava, como se sentisse uma familiaridade. Minutos se passaram e ela verificou as paredes em busca de entalhes ou marcas, mas não viu nada. Quando a base das escadas surgiu logo, e Ellentya parou diante de um extenso corredor.

Ellentya deu um salto para trás quando repentinamente tochas se acenderam pelo caminho, iluminado....... Catacumbas. Ellentya encarou o caminho de volta, xingando baixo antes de apagar as chamas na ponta dos seus dedos e avançar quando o miado ecoou pelas catacumbas sombrias, onde o cheiro de mofo e mistério pairava no ar. O eco de seus passos reverberava entre as paredes de pedra gastas pelo tempo, adornadas com padrões intrincados e desenhos enigmáticos. Ellentya se aproximou, passando os dedos pelos desenhos gravados, letras em uma língua desconhecidas por ela.

Por toda extensão do corredor e provavelmente pelos arcos de novos corredores tinham sarcófagos antigos, silenciosos guardiões de segredos enterrados, todos retratavam um macho ou fêmea ou criança, efeitos exatamente no tamanho e formato perfeito para quem quer estivesse lá dentro. Todos alinhavam-se como sentinelas ao longo do corredor largo. Suas superfícies gravadas contavam histórias perdidas para o mundo exterior, enquanto a Ellentya se aventurava entre os vestígios esquecidos de um passado.

A luz das tochas lançavas sombras dançantes sobre as esculturas funerárias, criando uma atmosfera surreal de solemnidade. O silêncio era quase tangível, interrompido apenas pelos passos pesados de Ellentya. Suas sombras estavam ao seu redor, não pareciam agitadas, mas não confortáveis também. Ellentya sentiu como se os antigos ocupantes dos sarcófagos observassem com olhos invisíveis, o que a fez caminhar mais rápido atrás do felino branco

Quando Ellentya parou diante de uma parede de pedra, observou os novos entalhos, certamente runas em pontos específicos demais para serem apenas desenhos jogados, dando um passo para trás ela encarou novamente e então que ligadas os símbolos formavam um runa. O gato arranhou a pata na pedra, o que quer que fosse estava ali atrás, mas precisava ligar os pontos. Sem escolha ela usou a unha afiada para fazer um corte na ponta do dedo indicador e então quando sangue surgiu começou a conectar todos os símbolos. Ellentya soltou uma arfada quando aquela runa emitiu um brilho fraco e então a parede se moveu, revalando mais um câmara ampla, todas as paredes cheias de mais desenhos entalhados, mas aqueles eram mais detalhados e seguiam uma linha de tempo certa.

Havia quatro sarcófagos ali, paralelos a paredes, três dos sarcófagos retratavam machos e o outro um fêmea, todos segurava uma espada de pedra entre as mãos, os punhos das armas sobre os peitos deles. Tinha pequenos canais, como veias, ligando os quatro sarcófagos em uma pedra tão escura quanto onix que estava no centro da caverna, Ellentya se aproximou notando que raízes foram entalhadas na pedra e fora dela, seguido para além das paredes também.

A fêmea não entendeu quando deu um outro passo para frente, caminhando em direção a pedra. Não tinha controle, ou pelos menos, acreditava que não quando seu corpo se mexeu sozinho. O pânico começou a beira entorno da sua mente, Ellentya encarou o gato sentado, encarando o único sarcófagos em formato de mulher, como se esperasse alguém sair dali. Ellentya se voltou para a pedra quando o desejo de pousar a mão sobre ela formigou, tão tentador que ela não conseguia resistir e descansou o palma da mão no pedestal de onix.

Ellentya gritou quando a pedra começou a canaliza-la, disparando dor por cada fibra do seu corpo que a fez cair de joelhos, mas sem conseguir afastar a mão. Um brilho prata vital e pulsante começou a escorrer por aquelas canais que ligavam os sarcófagos e os outros que se perdiam na paredes, Ellentya tombou a cabeça para trás, os olhos para o teto quando a dor se tornou distante e uma série de imagens atingiu.

Aqueles olhos cinzas azulados se tornaram leitosos, um suave luz branca saído deles enquanto os flashes a atingissem como pedras. Passando por seus olhos agora brancos e penetrando sua mente tão rapidamente que ela podia jurar que desmairia ou vomitaria ali.

Prythian antes da divisão de Cortes explodiu com mais clareza nos olhos de Ellentya, quando aquela cidade onde estava ainda pulsava em toda sua gloria e grandeza, a imagem de salão de trono lotado de feéricos e monstros com um macho e fêmea sentado sobre tronos, todos pareciam satisfeitos com aquela glória. Então tudo se tornou uma confusão de feéricos e criaturas caindo, destruição e evastação, gritos desesperados quando seres de luz surgiram e começam a beber a magia da terra como se fosse vinho, então as imagens do que acontecera com a cidade, as pessoas e rei. O mundo caira em caos, caçadas e servidão.

A figura masculina de cabelos castanhos erguendo uma espada em direção aos seres de luz, sangue, armaduras e espadas, novos gritos então varias aberturas no mundo por onde feéricos e criaturas corriam para passar ao som de um barulho estrondoso no fundo. Três feéricos protegendo uma montanha com derramamento de sangue, então espadas e artefatos se perdendo ao mesmo tempo que as Cortes se dividam.

Flash continuram atingindo até o momento onde ela estava agarrada a pedra enquanto sua energia vital era sugada. Mas sobre o zumbido agudo persistente contra seu ouvido Ellentya escutou "cliques" e então aquela pedra que sugava energia do seu corpo começou a desaparecer. Ela caiu de vez no piso gelado, não conseguindo se mover, nem sequer conseguia manter os olhos abertos enquanto sua consciência se esvaziava.

A última coisa que viu antes de apagar completamente, foi o gato branco roçar na perna de uma das quatro figuras que sairam dos sarcófagos.

(✨️) Olá! Como vocês estão? Espero que bem. Achei que esse capítulo só sairia durante a semana, mas consegui finalizar antes. Ele não tem tantos diálogos porque é mais movimentação necessária para um dos plot's.💞

(✨️) Dei um breve aviso no mural, mas vou deixar aqui também. Os próximos dois finais de semanas não teremos capítulos devido ao inferno em forma de papel que vou fazer, vulgo enem. Como está na reta final meu tempo vai ser apenas para trabalho, revisão e preparação para essa prova infernal. Por favor não me abandonem que eu vou voltar viu.🙂🫶

(✨️) Os votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.

(✨️) Até os próximos capítulos.💫

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