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Maratona 1/?


Duas semanas depois, o tributo chegou.

Ellentya havia perdido todo peso e cor que ganhara durante a semana na Corte Noturna, tinha perdido muito mais do que tinha ganhado em apenas duas semanas de volta a Corte Primaveril. Tamlin tinha tirado cada segundo de paz de Ellentya em busca de suas respostas sobre as informações da Corte Noturna, a sorte da jovem foi agitação do tributo que fez Tamlin partir para as fronteiras pelo resto dos dias.
Os pesadelos tinham voltado piores que antes, ela acordava no meio da noite desconhecendo o local onde estava, vomitando as tripas.

Ellentya odiou a necessidade da sua presença naquele tributo, mas segundo Alis, ela era a irmã da futura Senhora da Corte Primaveril, tomaria um título de princesa quando o casamento fosse consagrado, então não poderia se ausentar.
Havia escolhido um vestido azul escuro com a saia com algumas camadas, mas ainda simples, porém seu pescoço, braços e orelhas tinha sido ornado com joias, o que tornou algo exagerado, ja que, joias em Ellentya era como colocar diamantes em um dragão.

Ellentya suspirou cansada, irritada também ao ficar horas ao lado esquerdo do trono, sendo apenas um rosto bonito da Corte. Ayla e Lucien ao lado dela não pareciam muito felizes também ao ficarem horas em pé, encarando Feyre sentada em um altar ao lado de Tamlin. Ainda mais quando Ianthe se tornou presente ao lado de Tamlin usando suas vestes habituais.
Ellentya começou a brincar com as sombras quando não aguentava mais observar as pessoas irem e virem, chorando, sorrindo, abençoando quando passavam por ela, olhando para  Assassina de Amarantha e Salvadora do Povo que morrera e fora ressuscita. As bênçãos também eram direcionadas à Feyre, A Quebradora da Maldição.

Lucien deu uma cotovelada em Ellentya em aviso, a garota lançou um olhar fervilhante antes de encarar aquele arrecadação de tributos. Na mesma hora uma espectro de água entrou no salão, Ellentya encarava com uma máscara fria quase chutava a fêmea por não ter o dinheiro para pagar o maldito tributo, eles não precisamos daquelas coisas. Por que precisavam de um velocino de ouro, ou de um pote de geleia. Ellentya pensava que se aspectro se água não tinha mais peixes, três dias não fariam diferença.

— Não há exceções. Tem três dias para apresentar o que é devido, ou oferecer o dobro no Tributo seguinte.

A feérica suplicou a Tamlin , mas o Grão-Senhor continuo alegando que ela teria que pagar mais no mês seguinte. Aquilo fez Feyre virar o rosto para irmã que continuava com uma máscara de indiferença, mas por dentro o seu estômago embrulhou com aquilo e odio fervilhou como o Grão-Senhor se importava mais com tributos.

— Preciso de ar– Ellentya não esperou Lucien ou Ayla se voluntária para acompanha-la, nem mesmo queria, ela também não escutou o que Tamlin e Feyre discutindo–

Ellentya tentou não reparar nas cinco sentinelas que Tamlin mandou atrás de dela, ou na fileira de emissários que a olhou boquiaberta e sussurrava conforme atravessou o salão. Ianthe tentou alcança-la para falar alguma bobagem irritante sobre modos, mas Ellentya apenas disparou, a ignorando.
Ela passou pelas portas e caminhou o mais rápido que ousou para depois da fila reunida que serpenteava pelos degraus até a passagem principal de carvalho. Além do emaranhado de vários corpos, de Grão-Feéricos e de feéricos inferiores, Ellentya viu a silhueta do espectro retrocedendo, dando a volta pela casa... na direção do lago além da propriedade. Ela caminhava arrastando os pés, limpando os olhos.

— Com licença– chamou, alcançando-a, as sentinelas ao seu encalço mantiveram uma distância respeitosa. O espectro da água parou no limite da casa, virando-se com uma leveza sobrenatural. Ellentya observou com mais atenção aquelas feições extraterrenas a devoraram. Mantendo-se a apenas poucos passos de distância, os guardas monitorando com as mãos nas armas–

— Sim?– sibilou ela, os dentes afiados reluziram–

— Quanto é seu Tributo?– seu coração bateu mais rápido quando viu os dedos
palmados e os dentes afiados como lâminas– quanto ouro ele quer... qual é o valor de seus peixes em ouro?

— Muito mais do que você tem nos bolsos.

— Então, tome– Ellentya abriu o fecho de uma pulseira de ouro encrustada de esmeralda, ela arranquou o colar  e os brincos de diamantes de seu pescoço e das orelhas. Ela estendeu as mãos, que reluziam com ouro e joias.–  dê a ele o que deve; depois, compre comida.

— E que pagamento você requer?

— Nada. É... não é um acordo. Apenas tome.– Ellentya disse colocado as joias nas mãos da aspectro–  por favor.

— Não deseja nada em troca?

— Nada.– os feéricos na fila encaravam sem disfarçar–  por favor, apenas leve.

— Obrigada– disse ela, e fez uma reverência profunda dessa vez.– não vou esquecer tal gentileza.  Assim como nenhuma de minhas irmãs.

Ela caminhou de volta para a mansão, e os rostos dos cincos sentinelas de Ellentya pareciam contraídos em reprovação.

Chatos.

Iguais ao Grão-Senhor.

— Voltem para seus postos, não preciso de babá– exijiu, ela odeiava aquela segurança toda sobre si, nem mesmo Ayla e Feyre tinham tantos sentinelas encima delas de um lado para outro, mas Ellentya sabia porque Tamlin enviava mais guardas para ela–

— E no...

— Eu mandei volterem porra!– rosnou, as sombras ficaram mais arrisca, prontas para atacar, e até mesmo os feéricos na fila recuaram diante da escuridão e o rosto frio e assassino de Ellentya. Ela saiu em passos largos e apressados, querendo colocar a maior distância entre elas e os sentinelas, principalmente quando logo teriam mais que cinco–

Quando chegou em um ponto do caminho Ellentya correu, correu como se sua vida dependesse daquilo, ela não sabia porque daqueles desejo repetino de fugir, talvez porque estava cansada..... cansada de ser sufocada com aquela quantidade de sentinelas ao seu redor porque Tamlin achava perigosa demais para ficar sozinha, principalmente perto de Feyre, ou estava cansada de ficar presa na mansão. Ellentya não pensou muito enquanto a brisa fresca da tarde batia contra seu rosto, ela chutou os saltos, jogando para um lado oposto para que dificultasse seu encontro.

Ellentya correu para longe das proteções da mansão, da vida que tinha se condenado quando atravessou a muralha.... ela só queria sentir-se livre outra vez. Ellentya usufruir daquela super velocidade que tinha por ser Grã-Feérica, ela correu até não escutar nada além do canto dos pássaros, quando olhou para trás e não havia sinal de ninguém. A floresta parecia se abrir para ela conforme corria, ou porque já estava acostumada a correr pela floresta, fazia aquilo direto quando ia encontrar Michael ou fugia do chalé para ir ao salão de Mandy. Então não era difícil desviar dos galhos, ao mesno tempo que era cuidadosa para não fazer tanto barulho.

O cabelo longo balança como uma cortina, uma manta atrás enquanto correu ate seus pés doerem, até colocar mais distância entre si e quem quer que Tamlin tenha colocado atrás dela. Ellentya so parou quando um formigamento se fez presente sobre pele  ela parou, ofegante, seus olhos foram para aos arredores, ela não via nada ali, não ouvia nada além dos pássaros.... Mas, Ellentya podia sentir o cheiro pungente de magia, podia sentir o que estava ali, escuta o estalo de magia.

Ela estava diante da muralha.

Se ja não tivesse com falta de ar pela corrida teria o perdido, sua boca secou e o sangue congelou quando deu um passo em direção a imponente e invisível muralha que dividia os mundos. Ellentya engoliu em seco, sua mão se estendeu até sentir a parede sólida de magia, ela continuou tatuado, sentido sua pele se empreginar e os poderes estranhos que recebeu respoderem aquela magia. Ellentya tatou o paredão até que não sentisse, como uma falha.... o mundo girou, ela tinha achado outra fenda no meio da muralha.

O coração de Ellentya acelerou. Era um passo, um e ela estaria do outro lado, poderia correr usado a velocidade sobrenatural até a mansão, onde Nestha, Elain e Michael estavam.... suas mãos estavam suadas, aquela possibilidade, o sabor da liberdade daquelas paredes da mansão. Mas então ela recuou, os olhos marejados porque sabia que como feérica sua vida nunca poderia ser igual naquele outro lado, ela não fazia mais parte daquele mundo. Um soluço irrompeu da sua garganta e lágrimas desceram.

Ela não poderia mais ver Nestha, Elain ou Michael. Não sem coloca-los em perigo, não sem saber se eles a aceitariam naquele novo corpo.... o pensamento da rejeição deles. Ela também não queria deixar Feyre para trás, ela nunca conseguiria partir sem sua irmã ou sem Ayla e Lucien. Estava presa aquele lado e não tinha caminhos a seguir para mudar seu destino, aquilo fez Ellentya chorar mais e correr novamente, para longe, para mais profundo na floresta que cercava a Corte.

Ellentya correrá até chegar em uma colina gramada que dava para um campo de carvalhos tão amplo e alto que poderiam ser os pilares e as espirais de um castelo antigo. Tufos trêmulos de sementes de dente-de-leão flutuavam, e a terra na clareira era coberta de açafrões, amarilidáceas e jacintos. Ela parou, observando, não conseguindo pensar em palavra alguma que fisesse justiça aquele lugar. Ellentya se deitou no campo de dente-de-leão, deixado a paz do lugar a invadir e acalmar, sentido o choro e o soluço diminuírem.

Algo se aproxima.

Ellentya se virou, usando audição para descobrir se eram os guardas de Tamlin.
Mas a floresta ao seu redor estava silenciosa, até mesmo os pássaros haviam ficados quietos, como se não ousassem fazer barulho na presença do que havia aparecido. As sombras não pareciam ver perigo, estavam calmas, apenas.... apenas tinham avisado a Ellentya que algo se aproximava.
Um miado foi emetido, os olhos acizentados foram de lado para o outro, ela ergueu a cabeça apenas para ver aquele gato branco novamente, ele a encarou por minutos antes deitar ao seu lado.

— Quem é você em?– o animal não respondeu como ela esperava, se sentido idiota por falar com o felino. Ellentya suspirou, deixado novamente na grama, observando o entardecer, ela fechou os olhos sabendo que em alguns minutos ou horas iriam encontrá-la, então qualquer chance de ter mais liberdade fosse embora–

Ellentya fechou os olhos, seus dedos fazendo carinho no animal ao seu lado, que respondia com grunhidos de aprovação. Sua mente se tornou vazia a medida que o mundo se tornava cinza, enquanto a lua saia em toda sua gloriosa formosura para iluminar a noite profunda cheia de estrelas, ali, na Corte Primaveril as estrelas não brilhavam tanto quanto na Corte Noturna. Ellentya começou a desejar que os dias passassem mais rápido, que o dia de Rhysand cobrar o acordo chegasse logo. Porque Ellentya sabia, sabia que Tamlin a prenderia para sempre naquela mansão, ou colocaria tantos sentinelas ao seu encalço que seria sufocante e ela se prenderia apenas para se livrar deles.

Ellentya limpou a lágrima que escorreu por sua bochecha, ela deixou sentir aquele gosto de liberdade uma última vez, ficou deitada e fazendo carinho no gato até que suas sombras alertassem que os guardas de Tamlin se aproximavam, ela ficou lá até que ficasse cercada de sentinelas e fosse obrigada a voltar, sem lutar, mesmo seu subconsciente e as sombras gritando para ela fugisse. Ellentya apenas deixou ser guiada de volta para propriedade, virando a cabeça uma última vez para ver o gato branco sumir nas sombras das árvores de pinheiros.

Ela revirou os olhos por achar exagerado ter dez sentinelas a escoltando, como se fosse alguém perigosa que a qualquer momento fosse atacar. Feyre, Ayla e Lucien estavam nas escadas da mansão, sua irmã tinha os olhos inchados e vermelhos devido ao choro. Ellentya sentiu-se horrível por fazer sua irmã chorar, por criar mais um problemas quando Feyre ja tinha tantos, mas ela não pode se desculpar ou sua irmã se aproximar quando os sentinelas continuaram conduzindo-a para dentro.

— O que está acontecendo? Exijo que soltem minha irmã!– Feyre tentou fazer os guardas se afastarem enquanto seguia para dentro, Ayla e Lucien pareciam buscar respostas também, mas nada, nada além de Tamlin parado na porta do escritório com um olhar irritado–

— Preciso ter uma conversa com sua irmã, sozinho.

— O que tiver que falar com ela, fale conosco junto– Ayla bateu o pé–

— Minha irmã não é uma criança para ser reaprendida..– a voz irrada de Feyre foi abafada quando Tamlin bateu a porta do escritório, usando sua magia para impedir que fosse aberta–

— Não venha com sermão, não é meu pai o qualquer coisa minha– adiantou Ellentya– abra essa porta, ja basta a palhaçada de me tratar como criminosa.

— Qual seu problema? Não bastava entregar aquelas joias a aspectro de água? Tinha que fugir?

— Por que não deveria dar a ela?– indignou– essas coisas não significam nada para mim. Jamais eu o Feyre ou Ayla usamos essas malditas joias duas vezes! Quem se importa com isso?

Os lábios de Tamlin se contraíram.

— Porque você menospreza as leis desta corte quando se comporta dessa forma. Porque é assim que as coisas são feitas aqui, e quando entrega àquela feérica glutona o dinheiro de que precisa, faz com que eu, faz com que a corte
inteira pareça fraca. Você é súdita dessa Corte Ellentya, queira ou não, e me deve obediência.

— Não fale comigo assim– avisou exibindo os dentes enquanto as sombras tomaram formas animalescas, grandes, rosnado para Tamlin quando bateu com a mão na mesa, as garras despontaram
pela pele, mas Ellentya não se intimidou, ao contrario, inclinou para a frente, apoiando as mãos na madeira– você ainda não faz ideia de como era para mim e Feyre e nossas irmãs estar à beira da inanição durante meses. E pode chamá-la de glutona o quanto quiser, mas também tenho outras irmãs além de Feyre e lembro como era Feyre voltar para casa sem comida, quando eu também não conseguia nada no salão. Talvez ela gaste todo o dinheiro
em coisas idiotas, talvez ela e as irmãs não tenham autocontrole. Mas não vou arriscar e deixar que passem fome por causa de uma regra ridícula que seus ancestrais inventaram.

— Você é um  impetulante e selgavem, totalmente diferente da antiga versão!– rosnou, o copo sobre a mesa jogou pelo escritório, Ellentya se encolheu quando o copo acertou na parede onde estava, as sombras ficaram mais agressivas, mas não atacaram, não quando de alguma maneira que Ellentya não sabia, acabava prendendo as mesmas em uma coleira invisível de controle, impedido que fizessem mais que rosnar e mostrar as longas e finas e escuras presas de suas formas animalescas–

— Esse é seu problema comigo não é? Sempre foi! Eu não sou Annika seu verme desgraçado!– choque brilhou no rosto do loiro quando percebeu que Ellentya de alguma maneira sabia quem era Annika, mas a surpresa logo sumiu, deixado que a fúria dominasse suas feições novamente– não pode me culpar porque pareço alguém do seu passado!

— Não diria isso se fosse você no meu lugar. Não é você que precisa olhar para alguém todo dia exatamente identifica a fêmea que te traiu da pior maneira.

— Então por que mandou aqueles sentinelas atrás de mim? Por que não me deixou fugir, ir embora para bem longe dessa mansão maldita, de você, dessa Corte, dessa prisão?!– as batidas e gritos constantes do outro lado da porta ja não eram mais auditivas para os dois quando continuavam gritando, bringando, rosnado um para o outro, enquanto as garras de Tamlin ja estavam todas expostas e as sombras de Ellentya só esperam serem libertas–

— Porque se você for embora eles vai também– apontou para a porta, onde Lucien, Ayla e Feyre estavam– e não vou permitir isso.

— Serio? Seu medo é ficar sozinho? Claro, porque é alguém insuportável e facilmente descartável quando as pessoas conhecem sua verdadeira face. Seu medo é muito maior do seu odeio por eu ter o rosto da fêmea que te traiu.

Nada naqueles olhos, naquele rosto.
Mas então... Ellentya gritou, as sombras  tomando conta quando o poder de Tamlin irrompeu pelo cômodo. As janelas se quebraram. A mobília se partiu. Em um segundo o escritório estava intacto. No seguinte, consistia em cacos de nada, um casco do que era antes. Nada daquilo tocara Ellentya no lugar onde estava abaixada no chão, com as mãos sobre a cabeça, protegida pelo casulo de sombras.

A respiração de Ellentya era irregular, quase como soluços. Ela estava tremendo; tremendo tanto que achou que seus ossos se partiriam como a mobília. Ayla, Lucien e Feyre invadiram o cômodo destruído, encontrando Tamlin estático encarando a redoma de sombras no canto do que momentos antes era o escritório.

— O que você fez?!– Feyre berrou desesperada, correndo até a irmã, mas as sombras impediram– Elle! Elle por favor, por favor.

Aquelas palavras desesparadas da sua irmã partiram algo em Ellentya, também tinham partido o escudo de sombras sólida também, pois a mão de Feyre a atravessou. Então, a mais velha ultrapassou aquela linha entre o caos e a ordem, o perigo e a segurança. Feyre ficou de joelhos e segurou o rosto da irmã mais nova nas mãos.

— Você está bem? Tem algum machucado?— perguntou buscando se algum daquelas mobílias tinha atingido Ellentya, que ainda tremia tanto de pavor e raiva que não conseguia falar–

— Qual seu problema porra?! Você poderia a ter matado com seus surtos de raiva!– Ayla gritou socando o rosto do irmão então correu para amiga– ei, ei, ei olha para mim, ta tudo bem?

— Me tirem daqui, por favor.

Ellentya queria dizer que não era apenas dos escombros do escritório, que era da mansão, da Corte, ela não queria ficar ali. Mas não teve forças para dizer mais nada, deixou que Lucien a segurasse nos braços e tirasse dali enquanto chamas furiosa brilhavam em seus olhos ao encarar o Grão-Senhor. Tamlin tentou se explicar, tentou se aproximar, mas Feyre e Ayla lançaram olhares e palavras que Ellentya não escutou antes de correren atrás dela e de Lucien. Ela sentiu o corpo fraco, o cansaço do dia e o esgotamento daquela situação a tomar rápido, tão rápido que a última coisa que lembra ter visto antes de apagar foi as escadas.

✧━✧━✧━✧

Os dias se passaram como borrões, depois do que acontecera no escritório Feyre mal olhava para Tamlin, passava o tempo que podia com a irmã. Talvez, talvez se fosse ela naquele escritório no lugar de Ellentya teria perdoado o Grão-Senhor, teria deixado aquela discussão para lá e seguido em frente como se nada tivesse acontecido, como se tivesse sido apenas mais uma briga de casal que eles tinham e nada mais. Todavia, não tinha sido ela, fora sua irmãzinha e ela não perdoaria aquilo fácil. Aqueles dias fizeram Feyre refletir sobre seu relacionamento com Tamlin, como andava toda aquela emaranhado de brigas, controle e sexo de reconciliação. Ela não sabia mais se existia aquele amor ardente que sentia, aquele que a fez se destruir Sob a Montanha, que levou a sua irmã ao mesmo.

O que acontecera não fez apenas Feyre refletir, mas também Ayla e Lucien sobre as atitudes de Tamlin, principalmente dos dois que conheciam a temperamento explosivo do loiro. Os presentes, os pedidos de desculpas, o diminuição nos sentinelas, nada daquilo tinha adiantado daquela vez. Mas nenhum dos três comentou sobre, não quando Ellentya ficara em uma reclusão, passava seus dias trancada sozinha em seu quarto, não falar com ninguém ou permitia que entrassem, não comia ou até mesmo bebia algum coisa durante dias até seu corpo gritar de necessidade. Ellentya estava palida como a morte, até mesmo seu lábios tinham tomado um tom arroxeado.

Ellentya não passava a ser uma sombra do que foi um dia, uma carcaça vazia de emoções, sempre atormenada por seus pesadelos que sempre arrancavam da cama aos tropeços, suada e desnorteada, para vomitar o pouco que ingeria. Ellentya não tinha perdido a noção do tempo, para ela seus dias tinham se misturando, criando um intervalo de tempo sufocante e sem fim. Às vezes, quando estava sentada enfrente a janela, encanrando o bracelete com sua inicial e das suas irmãs e de Michel, ela se pegava tentando lembrar das coisas que a faziam feliz, dos momentos bons que tinha vivido, mas lentamente o seu cérebro parecia apagar aquelas lembranças que a traziam alegria.

Em algum momento naquelas semanas ela acreditou que sua vida sempre foi daquela jeito, e que iria continuar sendo daquele jeito por toda sua vida imortal.

Rhysand está aqui.

Ele veio nos buscar, levante-se por favor.

Nosso parceiro veio.

Ellentya sentiu subitamente um puxão, algo se ilumiu fracamente dentro dela com outro puxão dado por Rhysand no laço. Ele estava ali para cobrar o acordo, uma semana.... ela teria uma semana longe dos olhos vigilantes da meia duzia de sentinelas que Tamlin colocou sobre ela, dos olheiros que relatavam para Tamlin qualquer sinal de poderes que ela manisfestava sem querer, teria paz dos olhos conbiçadores de Tamlin sobre o que ela podia fazer com os poderes descobertos, enquanto o mesmo fazia de tudo para esconder do resto do mundo aquilo. Aquilo fez Ellentya se levantar, ela correu até o banheiro e tomou um banho rápido, ela quis colocar aquele conjunto da Corte Noturna que tinha guardado, mas havia perdido tanto peso que a roupa caía, então optou por um vestido de alça finas e verde, simples.

Ellentya encontrou Ayla e Feyre na sua porta, ja vestida com suas roupas da Corte Noturna, ela não devolveu o sorriso das duas, apenas saiu no corredor para encontrar Tamlin e Rhysand discutindo, sem novidades.

— Não acredito que foi necessário esse canalha vir aqui para você sair daquele maldito quarto– Lucien falou ao se aproximar dela, seu olho repleto de preocupação–

— É minha única chance de passar um tempo fora daqui– sussurou para ele, Lucien a encarou e então o Grão-Senhor da Corte Noturna. O ruivo nunca admitiria em voz alta, apesar da raiva pelo Senhor da Noite, ele também estava agradecido por conseguir tirar Ellentya do quarto–

— Se ele tentar alguma coisa, chute aquela bunda empinada dele.

— Obrigado por dizer que minha bunda é empinada Lucien– os olhos de Rhys que antes continuam diversão ao falar com o ruivo se transformou em algo nada feliz, raiva se detiveram neles enquanto absorvava cada detalhe de Ellentya. Preocupado. Ele está com medo do que aconteceu com você. As sombras sussuram para a mestre– Ellentya, está ficando sem comida aqui?

— Que?– indignou Tamlin ao se virar–

— Vamos– Rhysand estendeu a mão, daquela vez Feyre e Ayla caminharam até ele sem protesta, quase felizes. Ellentya seguiu logo atrás dela, aceitando a mão dele–

— Encerre o acordo  bem aqui e agora e darei o que você quiser. Qualquer coisa.

— Está maluco?– Lucien indignou descrenço–

— Já tenho tudo que quero– Rhysand disse quando segurou mais firma na mão das irmãs Archeron. Antes que Tamlin pudesse dizer mais alguma coisa vento negro os envolveu e desapareceram–

(✨️) Que começa a maratona!!!!! Mas essa essa ficou maior que a outra.
Esse capítulo tem tanta coisa que não sei o que fizer, apenas que a Elle sofre tadinha. Vai melhorar em algum momento, prometo.💞

(✨️) Os votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.

(✨️) Até os próximos capítulos.💫

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