[ ✨️] • ━━━━━ 0.14
Após horas no quarto com Ayla, a princesa finalmente havia dormido e Ellentya pode sair, mas assim que o fez encontrou Rhysand. O macho apenas sinalizou para que ela o seguisse, Ellentya não falou nada enquanto olhava para as costas musculosas de
Rhys, mantendo seguros dez passos de distância. Ela ainda processava tudo que havia descoberto, entendendo e deixado sentir o que achava sobre aquilo tudo.
Ela deviou olhar enquanto caminhava pelos corredores do prédio principal,
e as montanhas extensas e o céu azul intenso eram as únicas testemunhas da caminhada silenciosa. Rhys a lavou
mais e mais para cima... até que entraram em uma câmara redonda no alto de uma torre. Uma mesa circular de pedra negra ocupava o centro, ao
passo que a extensão mais ampla da parede de pedra cinza ininterrupta estava coberta com um imenso mapa de do mundo. Fora marcado, tinha bandeiras e alfinetes, os motivos Ellentya não sabia dizer, mas seu olhar passou para as janelas ao redor da sala: tantas que parecia totalmente exposta, arejada. O lar perfeito, imaginou, para um Grão-Senhor abençoado com asas.
Rhys caminhou até a mesa, onde havia outro mapa aberto, e miniaturas pontuavam sua superfície. Um mapa de Prythian; e de Hybern.
Cada corte em nas terras de Prythian tinha sido marcada, assim como aldeias e cidades e rios e vales. Cada corte... exceto a Corte Noturna. O amplo território setentrional estava totalmente limpo. Nem mesmo uma cadeia montanhosa tinha sido entalhada.
Estranho, pensou, era provavelmente parte de alguma estratégia que Ellentya não entendia. Rhysand a observava; ele ergueu as sobrancelhas o suficiente para fazer Ellentya calar a boca diante da pergunta que se formava.
— Nada a perguntar?
— Não. Só estou começando achar que você, Grão-Senhor, é um mentiroso de merda e não sabe realmente o que é uma Umbra, que está me enrolando aqui para ter minha belíssima presença– um risinho felino percorreu os lábios de Rhysand, ele gostava da maneira com Ellentya o provocava, como não se importava em usar tons de vozes usqdo como qualquer um outro pensaria mil vez em usar com ele–
— Eu sei exatamente o que é uma Umbra, pretendo lhe dizer assim que terminamos aqui– ele disse indicando com o queixo o mapa na parede– O que você vê?
— Isso é algum jogo para eu conseguir minhas respostas?– as sombras ficaram mais perto dela, Rhys não respondeu, então ela deu atenção para o mapa–
— Diga o que vê.
— Por que? Não me diga que o tão temido Grão-Senhor da Corte Noturna tem problema com visão e precisa de alguém para ler as coisas para ele– ela levou os lábio inferior para frente em um beiço debochado–
— Não estou velho ou cego, só quero que me diga o que vê.
— Tudo bem, a velhice chega para todos.
— É difícil dizer um mundo dividido em dois– e quando Ellentya estou com a língua Rhysand percebeu exatamente o que ela tinha feito, ele a maldição, xingando baixo. O macho suspirou, passando a mão pelo cabelo escuro enquanto continuava– acha que deveria permanecer assim?
— Minha família... — Ellentya se interrompou na palavra. Não sabia se deveria ter cuidado e não admitir que tinha uma família, que se importava com ela... Ellentya não confiava em quase ninguém naquelas terras–
— Sua família humana– terminou Rhys– seria profundamente afetada se a muralha fosse derrubada, não seria? Tão perto da fronteira... Se tiverem sorte, fugirão pelo oceano antes que aconteça.
— Vai acontecer?– Rhysand não tirou os olhos dos dela–
— Talvez.
— Por quê?
— Porque a guerra se aproxima, Ellentya. O rei de Hybern está planejando a campanha para reivindicar o mundo ao sul da muralha há mais de cem anos– disse Rhys.– Amarantha foi uma experiência, um teste de 49 anos, para ver com que facilidade e por quanto tempo um território poderia cair e ser controlado por um de seus comandantes.
Para um imortal, 49 anos era nada. Mesmo que aquilo fizesse seu sangue congelar não teria ficaria surpresa ao ouvir que o rei estava planejando aquilo há muito mais que um século.
— Por que ele quer as terras do Sul? Por que as terras mortais?
— Antes da divisão entre as terras humanas e feericas, Hybern detinha grande território e poder– Rhysand indicou com o dedo todas as partes comandadas por Hybern antes da muralha se erguida, Ellentya observou cada ponta, aquilo...... Hybern tinha mais do triplo de terras que Prythian tem por inteiro– com o tratado foi feito e a muralha erguida seu território reduziu drasticamente. Ele quer o que foi tomado, as terras que ele acha que ainda o pertence. Além do mais, com a divisa de terras, muitos artesanatos antigos e extremamente poderosos ficaram nas terras ao sul, objetos quais dariam poder a Hybern de dominar qualquer território que desejasse.
— Que tipo de objeto?
— Dos mais variados e perigosos que possa imaginar, não temos a catagolação de todos ou suas localizações, eles se perderam por todo o resto do mundo que pertencem aos humanos.
— Por isso Hybern quer o sul também, para ter a liberdade de procura-los?– Rhysand acenou com confirmação– mas ele atacará Prythian primeiro?
— Prythian– falou Rhys, apontando para o mapa imensa ilha na mesa– é tudo o que está entre o rei de Hybern e o continente, talvez tome algumas terras feéricas no caminho também. Se alguém deve interceptar a frota de conquista antes que chegue ao continente, seremos nós. Ele vai tentar remover Prythian do caminho rápida e
completamente. E destruir a muralha
em algum momento no processo. Já há buracos, embora ainda bem, sejam pequenos o suficiente para tornar difícil a passagem de seus exércitos com agilidade. Ele vai querer derrubar a coisa toda, e provavelmente usar o pânico subsequente em vantagem própria.
Cada fôlego era como engolir vidro para Ellentya.
— Quando... quando ele vai atacar?– a muralha aguentara firme durante cinco séculos, e, mesmo então, aqueles malditos buracos tinham permitido que as mais cruéis e famintas bestas feéricas passassem de fininho e caçassem humanos. Ellentya tinha medo de pensar o que aconteceria sem aquela muralha, se Hybern fosse de fato lançar um ataque contra o mundo humano... Ela desejou não ter comido um café da manhã tão farto–
— Essa é a grande pergunta. E o motivo pelo qual eu a trouxe aqui– Rhysand disse, Fazendo-a erguer rosto e o encarar de volta. Mas o rosto de Rhys estava retraído, mas calmo– não sei quando ou onde ele planeja atacar Prythian, não sei quem podem ser seus
aliados.
— Ele teria aliados aqui?– um lento aceno de cabeça–
— Covardes que se curvariam e se juntariam a ele, em vez de lutar contra seus exércitos de novo– Ellentya podia jurar que um sussurro de escuridão se espalhou pelo chão atrás de Rhysand–
— Por que está me contando isso?
— Você tem um conjunto de habilidades que podem ajudar nessa guerra, além do mais, confio em você– Ellentya engoliu em seco, confiava nela, Rhysand tinha dito aquilo Sob a Montanha sem hesitar e mal conheça-la e continuava com a mesma palavra. Mas ela fazia a menor ideia de como ajudar, não fazia ideia.... ela respirou, voltando atenção quando Rhysand voltou a falar– pode ser um peão, ser o brinde que veio junto com a recompensa de alguém e passar o resto da vida imortal se curvando e fingindo ser menos que qualquer um, apenas para se encaixar e deixar sua irmã feliz no que ela acredita ser o felizes para sempre dela. Se quiser escolher esse caminho, então, tudo bem. É uma pena, mas a escolha é sua.– a sombra de asas ondulou de novo, e as sombras de Ellentya se agitaram– mas conheço você, mais do que você percebe, acho, e não acredito por um minuto que esteja remotamente satisfeita em fingir ser alguém que não é apenas para não abandonar sua irmã naquela Corte, onde ela é o troféu bonitinho de alguém que ficou sentado durante quase cinquenta anos, e então ficou sentado enquanto vocês eram despedaçadas...
— Pare...
— Ou– insistiu Rhysand– tem outra escolha. Pode dominar quaisquer que sejam os poderes que lhe demos e fazê-los valer a pena. Pode ter um papel nessa guerra. Porque a guerra está chegando, de uma forma ou de outra, e não tente se iludir achando que qualquer dos feéricos dará a mínima para sua família do outro lado da muralha quando nosso território inteiro estiver na iminência de se tornar um
ossuário. Quer salvar o reino mortal?– perguntou Rhysand.– então, torne-se alguém em quem Prythian presta atenção. Alguém vital. Torne-se uma arma. Porque pode vir um dia, Ellentya, em que apenas você estará entre o rei de Hybern e sua família humana. E você não quer estar despreparada.
Minutos; bons minutos depois encarando aquele mapa Ellentya ergueu o olhar para Rhys, sem fôlego, dolorida. E como se Rhysand não tivesse acabado de puxar o mundo de baixo de seus pés, ele acrescentou:
— Pense bem. Tome o resto do dia para isso. Mas a escolha é sua, de mais ninguém.
✧━✧━✧━✧
Depois que Rhysand saiu daquele sala, sem dizer qualquer outra palavra, Ellentya permaneceu lá pelo que poderia ter sido horas, encarando o mapa, sua mente não conseguia deixar de pensar em todas as possibilidades que poderiam acontecer se uma guerra realmente fosse acontecer, e ela odeio como só conseguia pensar em uma coisa pior que a outra. Tinha Nestha, Elain e Michael do outro lado, humanos, indefesos comparado a um feérico de Prythian, tinha Feyre que também era humana.
Ellentya parou de pensar quando sua cabeça doía tanto que nem mesmo ela suportava, então passou o resto do dia perambulando pelo palácios, conheçendo cada cômodo, descobrindo coisas que poderiam ser interessantes e favoráveis para ela.
No dia seguinte, as manchas abaixo do seu rosto estavam mais escuras e profundas, porque sua noite tinha sido tão longa e sombria como as outras, cheia de pensamentos sobre a aquele possível invasão de Hybern nas terras humanas. Na mesa de café da manhã, Ellentya estava mais mal-humorada do que costumava ser, não havia dado bom dia ou falando nada quando se serviu com uma xícara de café e pão de queijo.
— Bom dia, bom dia!– Ellentya precisou fechar os olhos enquanto apertava mais a alça da xícara quando escutou a voz tão alegre e cheia de vida de Morrigan as sete da manhã, ela queria matar a prima de Rhysand, por aquela alegria toda em plena manhã– nossa Ellentya, que cara é essa?
— Cara de quem não tem a porra de um unicórnio soltado glitter da bunda de felicidade as sete da manhã, algum problema?– Ayla engasgou com suco pela risada contida enquanto Feyre apenas sorriu nervosa, Ellentya não se imcomou em parecer cortês, Elle parecia não se ligar para o que prina, mas, foi no momento que Morrigan surgiu de fato no seu campo de visão que seu rosto ficou pálido, não de medo ou arrependimento, mas porque a loira de olhos castanhos usava um vestido vermelho. Ellentya odiou ser tão vulnerável a um..... cor, uma simples cor que fazia cada gatilho dispertar em seu corpo– preciso encontrar Rhysand, tchau.
Ellentya saiu praticamente correndo, seus pés tropeçaram um no outro algumas vezes enquanto ela se distaciava da mesa de café. Suas sombras ajudaram a se acalmar antes que uma crise ocorresse, suas mãos passaram pelos fios longos e grossos do seu cabelo. Ellentya seguiu pelo mesmo caminho do dia anterior, para câmara no alto do torre.
— Ellentya querida, o que devo a honra?– Rhysand falou assim que ela cruzou a porta, o sorriso sempre presunçoso presente no rosto–
— Não me faça degola-lo com minhas sombras, canalha maldito.
— Eu ja disse que amo essa sua agressividade? É tão.... quente– aqueles olhos acizentados foram para trás antes de se sentar na cadeira oposto ao macho–
— Estou começando achar que você tem algum fetiche em apanhar, Grão-Senhor– estalou ao colocar os pés sobre a mesa redonda, o sorriso de Rhys apenas aumentou– então, vai me enrolar por mais um ou dois dias para terminar suas pesquisas sobre o que é Umbra?
— Sua falta de confiança em mim é impressionante– ele se erguer, movendo-se para o lado dela em segundos. Rhys estende a mão, aquela escuridão cheia de estrelas se torna presente na frente deles e começa a tomar forma– há milênios atrás, quando os deuses ainda viviam em harmonia com os feéricos, existia uma Deusa chamada de Ragna que tinha uma filha capaz ela de controlar as sombras– apontou com a outra mão para as gavinhas de escuridão ao redor de Ellentya, enquanto sua propia escuridão se moldava em cenários, como um teatro ao mesmo tempo que Rhysand contava– Ariadne seu nome. Ragna parecia cega de amor pela própria filha que usava o dom de controlar sombras para coisas ruins, ela ignorava como o egocentrismo de achar que ninguém seria capaz de matar a filha, uma tolice posso dizer. Ariadne criou uma extensa lista de inimigosa com decorrer dos anos. Em algum momento você pode presumir que ela foi morta por seu egocentrismo exacerbido de que era imbatível, Ariadne foi brutalmente assassinada, e quando sua mãe, Ragna, soube enlouqueceu.
— Ela trouxe a filha de volta vida e isso gerou consequências?
— Não, mesmo com todo amor que Ragna sentia profundamente pela filha ela soube que trazer ela seria apenas para morrer novamente, ela sabia o quão terrível sua filha é– Ellentya apenas conseguia encarar Rhysand e sua escuridão sendo moldada com o passar da história– Mas Ragna queria de alguma maneira ter sua Ariadne novamente, porém uma nova versão dela, para que pudesse moldar outra vez.
— Isso parece meio doentio– Ellentya não conhecia exatamente o que era amor de uma mãe, não sabia até onde oa instintos e amor materno poderiam mover uma mulher para proteger ou vingar ou qualquer outra coisa pelo filho. Fosse porque ela não era mãe ou porque a sua nunca demonstrou qualquer efeto–
— Talvez, é uma mãe, a sua não faria qualquer coisa por você?– Ellentya queria não ter sentido tanto com aquela pergunta, queria não deixar afetar quando sempre soube o que sua mãe a odiava enquanto esteve viva. Sua boca tinha se tornado uma linha fina ao desviar o olhar para parede, Ellentya não queria que Rhys soubesse dos seus problemas familiares, muito menos daquilo–
— Sim– respondeu querendo apenas que Rhysand continuasse a contar a história, mas quando ele levou mais de um minuto a encarando, Ellentya suspirou– ela morreu alguns meses antes de eu fazer 4 anos, não venha com sinto muito, por favor– Ellentya surportaria tudo, menos Rhysand achando que ela sofria com a morte de Anastacia e tendo pena. Seu amargura não era pela morte da progenitora, mas sim por a negligência que recebeu ela e do seu esposo–
— Bem, Ragna ficou obcecada em criar uma nova Ariadne que recorreu ao uso de magia proibida. Em um ritmo..... bizarro, onde ela usou todo o sangue, o coração e a pele de Ariadne junto com algumas outras porções e invocou através de objetos ligados a fertilidade um feitiço poderoso, perigoso e proibido. Assim que ela terminou bebeu o elixir.
— Eca! Ela bebeu uma gororoba de sangue e pele e coração da filha.
— Não vou descordar. Ragna conseguiu engravidar e ter uma cópia de Ariadne como planejara, mas havia mexido no curso natural de como as coisas deveriam acontecer. Criar algo como aquilo, um filho não natural... A Mãe não deixaria esse tipo de violação passar, então Ragna foi castigada. Ela envelheceu em uma velocidade sobrenatural, seus poderes foram tomados, sua pele ficou leprosa e a magia negra a corrompeu. Dizem as histórias que foi uma coisa horrível, algo que pudesse igualar ao desequilíbrio que ela causou.
— Mas o que isso exatamente tem com eu ser uma Umbra?– indignou–
— Esse tipo magia tem sua consequência na natureza, ainda mais o tipo que Ragna usou. Devido ela ter criado ou gerado, como quiser chamar, uma cópia de Ariadne, a natureza entendeu que deveria existir outras cópias ao decorrer dos séculos, que uma nova deveria surgir assim que outra morresse. Foi assim que se criaram as sócias, doppelgänger, duplicatas, sombras ou como a chamamos: as Umbras.
— Então eu sou uma cópia da Ariadne, alguém aleatória que o universo decidiu que seria uma Umbra após a antiga morrer?
— Não é exatamente assim, as coisas não são uma bagunça– Rhysand riu ao fechar a mão, fazendo aquele poder de obesiana sumir– uma Umbra nasce apenas da linhagem de Ragna e Ariadne, de uma fêmea da linhagem para ser mais específico. A filha duplicata que Ragna criou teve filhos, uma delas uma garotinha, quando a duplicata original morreu levou entorno de uma século para outra vir apartir da sua linhagem.
— Mas isso significa que elas sempre seriam feéricas, não é?
— De fato, a última Umbra não teve filhos.
— Como sabe disso?
— Eu a conheci, muitos a conhecia, por isso os feéricos Sob a Montanha sussuravam tanto. O nome dela era Annika, prometida de Tamlin.
E um montanha tinha sido colocado sobre as costas de Ellentya naquele momento, pressionado seus órgãos para as paredes de músculos e ameaçando rasgarem pra encontrar o exterior. Annika, a mesma fêmea da história de Ayla, a mesma fêmea que Amarantha tinha dito que havia feito um ato antes da morte..... um, o ar queimava seu pulmões e a saliva parecia vidro. Aquilo; aquilo explicava de alguma maneira porque Tamlin simplesmente a odiava, não queria sua presença e em qualquer oportunidade que achasse de se livrar dela faria, porque Ellentya era literalmente a cópia da sua antiga prometida, responsável por impedir um massacre pior na família de Rhysand e que deu acesso a ele e o pai para vingarem a morte das princesas da Corte Noturna.
Ellentya perguntava-se que outras maneiras o universo poderia a supreende, quanto mais maluquice seu futuro poderia preparar e revelar sobre simples e insignificante existência naquele mundo, ou talvez nem tanta insignificância assim.
— Se Annika não teve filhos, como a linhagem de Umbras continuou?
— Descobri que a Umbra anterior a ela teve duas filhas, uma que deu origem a linhagem que gerou Annika, e a outra filha, chamada Alemea– Rhysand gesticou um grande papel surgiu na mesa, uma árvore genealógica. Ellentya seguiu o dedo indicador dele quando foi até a imagem de uma mulher feérica e um homem humano– se casou com um humano chamado Vitorine Archeron, fazendo com que a linhagem feérica e humana se misturasse. Quando Anikka morre a quase duzentos anos atrás– Rhys correu os dedos pelo papel, apontando o crescimento da geração– ja havia doze gerações após a morte de Alemea e Vitotine, a linhagem estava enfraquecida demais pelo sangue humano. Acredito que por isso, a magia demorou a encontrar um caminho para o nascimento de uma nova Umbra.
— Isso significa que tanto eu quanto minhas irmãs temos linhagem feérica?
— Não só feérica, mas como o sangue de Deusas antigas e poderosas correm em suas veias. Isso explica a resistência maior Sob a Montanha– explicava porque talvez o feitiço de Tamlin tivesse falhado com ela e Nestha–
— Como caralhos conseguiu uma árvore genealógica da minha família?!
Rhysand soltou um riso baixo e curto, Ellentya havia passado tanto tempo calada, raciocinando o que tinha acabado de descobrir que nem se dera conta que Rhysand tinha um árvore genealógica da sua família inteira, só quando ela encarou as linhas de Anastacia e Lionel se encontrando e criando outras quatro, onde na ponta um rabisco de quatro crianças estava, cada um com nome, o seu nome e das suas irmãs, que ela tomou noção.
— Eu tenho pessoas trabalhando para mim, querida. Mas não se preocupe, não pretendo fazer nada com essas informações– Rhysand explicou ao esticar o corpo– então, não vai me agradecer por contar o que é uma Umbra?
— Agradecer por ter cumprido sua palavra? Menos ego Rhysand.
— Diaba mal agradecida– ronronou– que tal aprender a erguer escudos?
Você vive jogando coisas pelo nossos acordo.
Ellentya saltou da cadeira quando a voz de Rhysand invandiu sua mente repetinamente
— Saia da minha mente seu canalha!– rosnou–
Você deveria ter medo. Deveria ter medo disto, e deveria agradecer ao maldito Caldeirão que nos últimos três meses ninguém com meu tipo de dons esbarrou em você. Agora, me
empurre para fora.
Ellentya não conseguia. Aquelas garras estavam por toda parte; se enterrando em cada pensamento, cada pedaço seu. Ellentya respirou, afugentando o máximo que pude o pensamento que sabia sobre a parceria, ela não queria que Rhys soubesse que ela sabia, não queria lidar com aquilo naquele momento, não quando tantas coisas aconteciam em sua vida. Ellentya não saberia lidar com aquilo.
Me. Empurre. Para. Fora.
Rhysand forçou um pouco mais. Ellentya não sabia por onde começar e o pavor dele descobrir piorou toda situação. Às cegas, empurrou e se
choquei contra ele, contra aquelas garras que estavam por quase toda parte, como se ela fosse uma cabeça perdida em um círculo de espelhos.
A risada de Rhysand, grave e baixa, tomou conta de sua mente, de suas orelhas.
Por ali, Ellentya.
Em resposta, um pequeno caminho aberto brilhou em sua mente. O caminho para fora. Ela levara o que pareceu uma eternidade para soltar cada garra e empurrar a imensidão de sua presença por aquela abertura
estreita. Uma onda. Uma onda de personalidade, dela, para varrer ele por inteiro... Não deixei que Rhysand visse o plano tomar forma quando se concentrou uma onda alta e golpeei.
As garras se afrouxaram... com relutância. Como se permitissem que ela ganhasse aquela rodada. Ele apenas
disse:
— Bom. Mas ainda não–avisou Rhysand– Escudo. Me bloqueie para que eu não consiga voltar.
Ellentya só queria ir para algum lugar silencioso e dormir por um tempo... cansada daquilo e todas as informações jogadas sobre ela naqueles poucos dias.
Garras naquela camada externa de sua mente, acariciando... Ela respirou fundo, então imaginou uma parede adamantina desabando, negra como a noite e com a espessura de 30 centímetros. As garras se retraíram um segundo antes de a parede as partir ao meio. E Rhys estava sorrindo.
— Muito bom. Tosco, mas bom.
— Você é um porco.
— Ah, com certeza. Mas olhe para você, me chutou de sua mente e se protegeu. Excelente trabalho.
— Eu te odeio– bufou, limpando o suor– por que não me deixa em paz um segundo em? A todo momento uma coisa diferente para me atormenta, algum novo fetiche?
— Além de achar divertido suas caras e boca suja, bem, mente vazia é casa para os demônios– rolou os ombros, se sorrisos, seus olhos até mesmo se tornaram mais escuros– não quero você deixado eles entrarem. Continue fortalecendo os estudos, Ellentya, queria.
— Canalha desgraçado– resmugou mas não fez menção de que faria outra coisa, e muito menos iria reclamar de ter algo para ocupar sua mente além de pensamentos destrutivos, mesmo que ela não fosse admitir– eu ja disse que te odeio?
— Você? Talvez. Suas sombras? Acho que não– Ellentya olhou feio para as poucas sombras, as mesmas três atrevidas, que se enroscaran no braço de Rhysand. Ela estendeu a mão e as sombras foram–
— Traidoras– rosnou irritada quando Rhysand ja não estava mais ali–
✧━✧━✧━✧
Ellentya não viu Rhysand durante o resto da semana. Ou Mor. As únicas pessoas alem de Feyre e Ayla que encontrou no palacete foram Nuala e
Cerridwen, que traziam suas refeições, arrumavam suas cama e, ocasionalmente, perguntavam como elas estavam. Ellentya se tornara menos reclusa dentro de si mesma naqueles dias, tomava café da manhã, almoçava e jantava com a irmã e amiga, conversava e as vezes até mesmo brincava com algo. Ellentya parecia ter ganhado mais peso e cor naquela semana na Corte Noturna, até mesmo os tons e modelos de roupas noturnas combinavam mais com a jogem, Feyre e Ayla notaram, mas não comentaram.
Ellentya ainda tinha seus pesadelos que a deixavam zonza, suada; no entanto o
quarto era tão aberto, a luz das estrelas era tão forte que, quando acordava sobressaltada, não corria para o banheiro. Nenhuma parede a sufocava, nenhuma escuridão como nanquim. Ela sabia onde estava. Mesmo que ficasse ressentida no fundo por se sentir tão a vontade.
No fim da semana na Corte Noturna, Ellentya não quis admitir como odiou a ideia de voltar para Primaveril, principalmente após descobrir tudo que havia descoberto naquela semana. Ellentya queria ficar mais um ou duas semanas ali, treinado mais seu escudos e apreciando as estrelas, mas não podia, não sabendo que Feyre e Ayla não ficariam também, não quando não queria deixar Lucien sozinho com Tamlin. Ellentya enfiou mais um bolinho de chocolate na boca com chá, evitando não resmungar, principalmente na frente de Rhysand, que tinha dado o ar da graça e tomava café com ela naquele manhã.
— Faz uma semana– Feyre falou, como cumprimento.–
— Nos leve para casa– Ayla exigiu. Rhys e Ellentya apenas tomaram um longo em suas xícara. A jovem baixou a cabeça, brincando com suas sombras para se distrair da briga que começaria entre os três, pela décima vez. Ellentya questinou se eles três um dia se dariam bem. Suas sombras riram, sussurando: cunhados brigando, Elle. Fazendo a mestre revirar os olhos com aquele papo de cunhados–
— Bom dia, Feyre e Ayla.
— Nos leve para casa– ele observou as roupas em tons de azul e dourado das duas, diferente da de Elle–
— Essa cor combina com vocês.
— Quer que a gente peça por favor? É isso?
— Quero que falem comigo como pessoas. Comecem com “bom dia”,e veremos aonde isso nos leva.
— Bom dia.
As sombras riram.
— sentem e tomem café logo, não irão morrer por ficar mais uma hora aqui– Ellentya reclamou com as duas, as vezes ela sentia que era a mais velha, e odiava aquilo– vocês querem tanto assim enfrentarem as consequências de nossa partida?
Elas congelaram por um momento. Não tinha pensado nos acontecimentos do casamento, no que viria depois, no que Tamlin pensaria. Ellentya entendeu aquilo com uma resposta antes apontar para as cadeiras disponíveis.
A escuridão os engoliu meia hora depois. Foi instintivo Ellentya segurar Rhys quando o mundo sumiu sob seus pés. O vento soprou contra ela, e o braço de Rhys era um peso quente e denso em suas costas conforme tropeçavam pelos mundos, Ellentya escutou a risada divertida de Rhys pelo terror de Feyre.
E então, terra firme, piso em lajotas estava sobre elas, e sol ofuscante acima, e verde, e pequenos pássaros
cantando... Ellentya odeio aquilo. Ela se manteve ao lado de Rhys, apertando sua mão enquanto piscava diante da claridade, do imenso carvalho curvado sobre eles. Um carvalho na beira dos jardins formais... da casa de sua irmã e amiga. Uma casa que não sentia fazer parte.
Quando Ellentya fez menção de disparar para a mansão atrás de Ayla e Feyre, Rhys segurou seu pulso, as garotas mais a frente pararam e olharam mortalmente para o macho, mas Ellentya apenas negou com a cabeça e fez sinal para as mesmas seguirem na frente. Assim que Feyre e Ayla sumiram, muito hesitantes, na porta da mansão, Ellentya moveu os olhos para Rhysand.
— Que?– perguntou quando Rhys colocou algo sobre sua mão e então afastou-se. O coração de Ellentya bateu mais forte, pulsando sob seus ouvidos quando encarou a pulseira de prata com as iniciais gravadas ali– como?
— Eles deixaram suas coisas em um lugar e fui conferir, curioso, achei isso e pensei que era importante para você– era a pulseira que Michael tinha dado para ela quando decidiu ajudar Feyre, tinha sido a única coisa que ela tinha deles ainda, mas acho ter perdido Sob a Montanha– pensei em devolver na sacada, mas aconteceram muitas coisas.
— Obrigado – Ellentya ficou na ponta dos pés, deixando um beijo rápido na bochecha de Rhys, ela pode jurar que um tom rosado subiu a sua pele– parei de te odiar, novamente.
Ele riu e as sombras oscilaram.
— Que bom. Pense na proposta.
— Vou pensar. Tchau canalha arrogante.
— Tchau perdição– Rhysand falou antes de desaparecer–
Qualquer animo e luz no rosto de Ellentya se despiu ao entrar no escritório, onde sua irmã e amiga estavam com Tamlin e Lucien, o ruivo tinha olhos atentos ao conferia se havia algum machucado em Feyre de longe. Às vezes Ellentya não fazia ideia como Tamlin ainda não havia percebido o laço entre Lucien e Feyre, mas no fundo agradecia a burrice do Grão-Senhor, era menos um problema para se preocupar no momento.
— olha se não é minha pirralhinha de merda favorita, estava achando que tinha sido devorada– falou Lucien ao se aproximar dela, um abraço e olhar superficial para saber que ela estava bem. Ellentya mostrou o dedo do meio para ele, que riu antes de voltar para onde estava, ao lado de Ayla–
— Aí está você finalmente– seus olhos qusse foram para trás com a voz do loiro, ainda mais com a memória fresca do que soube– preciso que seja útil uma vez nessa vida, que resposda perguntas enquanto tem tudo fresco na mente– Ellentya quis voar no pescoço do macho quando ele a chamou de inútil, como se ela não tivesse literalmente morrido por seu povo. Ela começava a entender porque Annika não amava o Grão-Senhor da primavera, entendeu porque Alis disse que ela nunca se apaixonaria por ele–
Tamlin provavelmente nem mesmo conseguiria corteja-la, não teria tentando conquistar Ellentya como fez com Feyre, não quando ela era a cópia de Annika.
— Precisamos que nos conte tudo, Feyre e Ayla disseram que sairam do quarto para a mesa de café, mas você conheceu mais do lugar– explicou Tamlin– quero a disposição da Corte Noturna, quem você viu, que armas e poderes eles têm, o que Rhys fez, com quem ele falou, todo e qualquer detalhe de que possa se lembrar.
— Não percebi que eu era uma espiã– cuspiu cheia de veneno, os três se moveram na cadeira, mas Tamlin falou–
— Por mais que eu odeie seu acordo por ter envolvido Feyre e Ayla nele com você; vocês receberam acesso à Corte Noturna. Forasteiros raramente conseguem entrar e, se entram, raramente saem inteiros. E se conseguem se mover, as memórias costumam estar... confusas. O que quer
que Rhysand esteja escondendo, não quer que saibamos.
— Por que quer saber? O que vai fazer?
— Conhecer os planos de meu inimigo, seu estilo de vida, é vital. Quanto ao que faremos... Isso não interessa.— os olhos dos quatro estavam fixos nela– comece
com a disposição da corte. É verdade que fica sob uma montanha?
— Isso é um interrogatório de merda. Vá se fuder.
— Tamlin nos deixe descansar– choramingou Ayla– podemos fazer isso depois.
— ela está certa, as três com esses modelitos da noturna e um ácido para os olhos– falou Lucien, tentando ajudar, mas sabendo que não fucionaria, ele, Ayla, Feyre e Ellentya sabia que Tamlin seria irredutível com aquilo–
— Precisamos saber essas coisas, Ellentya. Ou... ou não consegue se lembrar?– garras brilharam nos nós dos dedos.–
— Consigo lembrar de tudo. Rhys não
danificou minha mente– disse limpado o grão de poeira invisível da roupa– e não vou contar nada do que vi, se quiser vá você se aventura na Corte Noturna.
— Eu sou seu Grão-Senhor, me deve obediência!– rosnou, as garras mais aparentes– eu ordeno que me conte Ellentya.
Não conte.
Não diga nada a esse idiota.
Ele confiou em você.
— Não tenho Grão-Senhor e muito menos devo obediência alguém, se me der licença vou ignorar sua existência insuportável– virou as costas, saído do escritório sem esperar uma respostas do macho ou de qualquer um outro. Ela não traria a confiança que Rhys tinha depositado nela, não quanso ele foi o único a informa-la sobre a guerra, sobre as ameaças para o mundo humano, ele ofereceu-se para ajuda-la com os poderes desconhecido, contara o que era uma Umbra. Ellentya não achava que Rhys era seu aliado de fato, mas Tamlin era menos ainda naquela situação–
(✨️) Olá, olá! Como você estão? Espero que bem. Passou do horário planejado, mas está entregue o capítulo para vocês, espero que tenham gostado.💞
(✨️) finalmente descobrimos o que é uma Umbra!!!!! Devo admitir que criei algumas versões para explicar a vocês exatamente o que era, mas acho que essa foi a que mais gostei entre as outras.
(✨️) tem algo a dizer, um coisa que levou a demora desse capítulo sair, 🥁🥁🥁 teremos uma nova maratona!!!! Sim, ai estou empolgada, espero que vocês também. Ja tenho alguns capítulos prontos, mas só vou postar quando tiver todos, o que não sei se vai ser da mesma quantidade que a outra, ou, quem sabe, maior. Tudo vai depender do meu tempo disponível essa semana e criatividade, mas vem aí.
(✨️) Os votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.
(✨️) Até os próximos capítulos.💫
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