[ ✨️] • ━━━━━ 0.11
Ellentya sentia uma sensação de mal estar, seu coração estava disparado, suas mãos mais frias que o comum. Ela não conseguia respirar, não conseguia ver, não conseguia escutar enquanto aquela sensação terrível de desepero corria ferozmente por suas vezes cheias de sangue. Ellentya achava que morreria, todas as vezes ela tinha a mesma sensação quando seu peito apertava tanto que imaginava que iria explodir, mas nunca acontecia, ele só continuava se apertando mais e mais, tirando o ar dos seus pulmões e deixando-a tonta e suas mãos amortecidas.
As paredes do quarto onde estava parecia está fechavam ao seu redor, sufocando-a e sufocando e..... sufocando. A escuridão, não a sua, mas aquele envolta do quarto parecia que iria a devorar a qualquer momento. Ellentya tentava respirar, tentava se convencer que aquilo era coisa da sua cabeça, mas a única coisa que acontecia naquele momento era a sensação de está de volta a Sob a Montanha, naquela cela imunda, acorrentada.... seus gritos, a dor ainda parecia está presente ali enquanto se misturava com a risada impiedosa de Amarantha ao tortura-la.
Ela está morta. Ela está morta. Ela está morta.
Você á matou. Você á matou. Você viu o corpo dela sem vida.
As sombras sussuravam ao redor dela. A respiração de Ellentya falhava enquanto suor fazia seu cabelo e camisola grudar no corpo, ela se ergueu cambaleante, tropeçando nos móveis e caído duas vezes no chão gelado antes de alcançar a porta do banheiro, antes de abraçar a lateral da latada fria e então vomitar tudo que havia comido no jantar.
Sua mente ainda parecia uma confusão do que era real e do que não era, e por mais que Ellentya tente se convencer de que estava bem, que logo melhoraria, nada acontecia, ela apenas piorava dia após dia.
Real. Real. Real. Real. Real.
As sombras continuavam a sussurra, fazendo circulos frios e fantasmas em suas costas, tentando a convencer que havia sido apenas um pesadelo, mais um.... um de tantos outros que ela ja tinha perdido as contas. 15 minutos tinha se passado até que Ellentya parasse de vomitar, que os tremores remanescentes se tornassem mais
esparsos e se fossem,como ondas em uma poça. Ofegante, ela se apoiei sobre o vaso, contando cada respiração.
1....2...3..10....23..... Eu saí de Sob a Montanha... 26....31... Eu sobrevivi.....38....43.... Estava no banheiro do quarto e não nas masmorras....50....56....58....62....66... A camisola e cabelo molhados e grupados no corpo devido ao suor são reais..... 70... 73......76... Real. Real. Real. Real.
Ellentya continuou contado, repetindo baixo o que suas sombras sussuravam para ela, até conseguir se acalmar. Ela puxou os joelhos até o peito. Real. Real.
Articulou as palavra, sem emitir som.
Ellentya continuou fazendo isso até que conseguisse relaxar os punhos sobre as pernas e levantasse a cabeça. Dor percorreu suas mãos... De novo, outra ves ela tinha fechado com tanta força que as unhas quase perfuraram a pele.
Ellentya odiava aquela forma imortal, odeiava terem a revivido, ela odeiava sua mente, odeiava seu corpo, odiava o lugar onde estava, odiava a coisa estranha que corria por suas veias. Ter se tornar Grã-Feérica a irritava, aquela força exagerada, aquele olfato apurado demais, aquele super audição..... Ellentya não sentia como uma benção, como os outros faziam ser, ela sentia como se fosse mais uma maldição do que um dom. Ela havia amassado e dobraso todos os talheres em que tocou durante os três dias depois de chegar na Primaveril, tinha tropeçando tantas vezes nas pernas mais longas e mais rápidas que Ayla havia precisado retirar qualquer bem de valor da mansão, principalmente quando Ellentya tinha derrubado uma mesa com um vaso de oitocentos anos, e quebrou não uma, não duas, mas cinco portas de vidro acidentalmente ao fechá-las com força demais.
Ela suspirou pelo nariz e esticou os dedos. A mão direita estava lisa, macia. Perfeitamente feérica, mas ao inclinar a mão esquerda, os redemoinhos de tinta
cobriam seus dedos, seu pulso, do antebraço até o cotovelo, absorvendo a escuridão do cômodo. O olho gravado no centro da palma de sua mão parecia
observar, calmo e atento como um gato, a pupila em fenda estava mais ampla que no início do dia. Como se tivesse se
ajustado à luz, como qualquer olho comum faria. Ellentya olhou para ele com raiva. Para quem quer que pudesse observar através daquela
tatuagem.
Os cachorros de sombras que amavam se esconder atrás do sua orelha e entre as mechas grossas do seu cabelo saltaram no chão, tão pequenos quanto um grão de feijão, mas logo tomaram formas maiores como de filhotes normais. Ellentya ainda não entendia bem como as sombras fucionava, tinha menos que o básico de conhecimento, mas o pouco ja deixava feliz para entender os sussuros e agradecer por terer aquelas criaturas de escuridão para lhe fazer companhia.
Ellentya se ergueu do chão, saído do quarto escuro e sufocante onde haviam a colocado e chamado de seu. Ela não suportava mais aquelas paredes, aquela mansão. Ellentya tinha uma necessidade desesperada de sair dali. Aquele desejo surgiu após a terceira semana dentro daquele lugar. Ellentya queria ir para qualquer lugar longe dali. Nem que fosse para um vilarejo, ou caminhar até as floresta.... qualquer lugar mais longe que o jardim da mansão.
Mas as pessoas não deixavam, Tamlin não deixava.
Ellentya xingou o Grão-Senhor enquanto descia as escadas para o primeiro andar, andado pelos corredores tão vazios e silenciosos, sem vida e cor como ela sentia-se.
Não foi surpresa encontrar Ayla sentada no sofá de uma das salas, não foi supresa ver as garrafas de vinho e whisky sobre a mesa. Mas era supresa encontrar o ruivo sentado ali, ela caminhou em passos arrastado para anunciar sua chega e não assustar ninguém, então se sentou ao lado de Ayla e enfrente a Lucien, pegando um copo para si mesma e colocado whisky.
— Teve outro pesadelo?– Ayla perguntou, as duas desde que chegaram estavam dividido o mesmo quarto, uma maneira de afungentar parte dos demônios que ambas tinham quando permaneciam sozinhas, ou porque tinham uma a outra quando os pesadelos de Sob a Montanha as atormentavam pela noite–
— Algo assim– respondeu simples– que cara de quem comeu e não gostou é essa menino raposa?– mudou rapidamente de assunto. Ellentya odiava falar sobre seus problemas–
— Realmente ele não comeu, mas meu irmão está— Lucien jogou uma das almofadas na princesa enquanto Ellentya bufou uma risada entendendo o que estava acontecendo. Suas sombras fofoqueiras haviam informado a ela sobre o laço de parceria entre Lucien e Feyre. Ellentya achava uma coisa trágica, uma brincadeira do destino cruel para o macho na sua frente, tendo uma parceira que ama seu melhor amigo e Grão-Senhor—
— Da próxima vez não irei livrar sua pele, pirralha– resmungou, bebendo mais do vinho–
— Se quer saber minha humilde opinião...
— Não quero.
— Vai se foder Lucien, vou falar mesmo assim– foi a vez de Ellentya atirar algo no ruivo. Depois dos acontecimentos de Sob a Montanha, Ellentya e Lucien tiveram uma aproximação melhor, não sabia se chegariam a considerar um ao outro amigos, talvez no fundo sim, mas eles não admitiriam. Ela bebeu outra dose antes de continuar– gosto mais de Feyre com você, do que com Tamlin. Nada contra seu irmão florzinha, mas nada a favor também– se defendeu ao olhar para amiga– mas Feyre é meio lerda para algumas coisas, talvez ela demore a perceber que o macho certo para ela é você.
— Odeio quando concordo em algum coisa com você, droga– Ellentya mostou a língua para amiga que apenas riu–
— Feyre ama Tamlin, e ele a ama.
— Ele está a sufocando, amor demais é veneno Lucien– estalou com língua– uma hora Feyre não vai aguentar, uma hora eu não vou ou talvez Ayla. Estou enlouquecendo presa nessa casa.
— Ele está tentando proteger vocês– Lucien tentou argumentar– Tamlin ama Feyre, ele ama Ayla e você.... bem, é importante para elas, então de alguma forma e importante para ele também.
— Meu irmão está sendo super protetor demais, Lulu– choramingou Ayla, talvez pelo álcool ja fazendo efeito– não podemos sair dos limites da casa, passei sete anos presas só para me torar prisioneiras de novo? Não é justo, eu... eu não posso aguentar mais.
— Eu sei, eu sei. Estou tentando convencer seu irmão a dar mais liberdade a vocês, mas sabe como ele é– Ellentya não duvida daquilo, mas sabia também que Lucien era tão prisioneiro quanto ela ou Ayla ou Feyre naquele lugar, submetido aquilo por não ter para onde ir–
Pobre menino raposa.
Loiro maldito.
Besta malvada.
Mata. Mata. Mata.
As sombras que não eram capazes de se tranformar nas criaturas que estavam em seu colo sussuraram, arrancando uma risada baixa de Ellentya. Lucien e Ayla a encararam confusos, mas ela apenas negou e bebeu mais, fazendo carinho nos cachorrinhos de escuridão.
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Ellentya não sabia quem mais parecia irritada e prestes a voar no pescoço do Grão-Senhor da Primaveril, ela, sua irmã ou Ayla.
Fuja. Fuja.
Derrube-o do cavalo.
Loiro maldito.
As sombras sussuram constantemente enquanto se escondiam da luz atrás da orelha de Ellentya.
— Queremos ir– Ayla bateu o pé– sou a princesa dessa Corte, tenho deveres também.
— Tem deveres de princesa que não precisa sair da mansão, então a resposta continua sendo não– Tamlin respondeu, as três fêmeas cruzaram os braços, o de Ellentya escondia a mão tatuada sob o bíceps direito–
— Faz três meses– Feyre tentou– nada aconteceu, e a aldeia não fica nem a oito quilômetros...
— Não.– O sol do meio da manhã que entrava pelas portas do estábulo refletia nos cabelos dourados de Tamlin
conforme ele terminava de afivelar o boldrié de adagas sobre o peito. O rosto de Tamlin estava determinado, os lábios, dispostos em uma linha fina.
Atrás de Tamlin, já montado no cavalo cinza malhado, junto de outros três senhores-sentinelas feéricos, Lucien
silenciosamente sacudia a cabeça em aviso, o olho de metal entreaberto. Não o provoque, era o que parecia dizer.
Mas, quando Tamlin seguiu para o lugar em que o cavalo preto já estava selado, as três fêmeas o seguiram também–
— A aldeia precisa de toda a ajuda que puder.
— E nós ainda estamos caçando as bestas de Amarantha– disse ele ao montar o cavalo com um movimento fluido. Às vezes, Ellentya perguntava o que sua irmã tinha visto naquele macho, porque tudo que ela conseguia enxergar era um completo escroto controlador, as vezes Ellentya queria matar o macho com suas próprias mãos, mas então lembrava que Feyre e Ayla o amavam, e ela não queria deixar sua irmã e amiga tristes.— não tenho sentinelas sobrando para escoltá-la Feyre, nem você ou Ayla ou Ellentya.
— Eu não preciso ser escoltada– esbravejou, as sombras ao seu redor ficaram mais densas, raivosas, fazendo os cavalos recuarem– não pode nos manter presa aqui seu canal....
— Eu posso escolta-las Tamlin– Lucien tentou, se aproximado– posso ficar de olho nelas.
— Você não é suficiente para dar conta das três– rabeteu–
Ellentya não se deu ao trabalho de escutar o resto da discussão quando sabia que o macho no final conseguiria mantê-las dentro daquela maldita propriedade. Ellentya batia os pés com força e raiva, ignorado os arquejos e desvios de medo que os empregados davam. A mansão estava mais agitada que o comum, devido aos preparativos de casamento da sua irmã Feyre. Ellentya nem podia acreditar que Feyre havia aceitado se casar com Tamlin, ainda mais com um pedido tão tosco que foi feito, às vezes, ela se perguntava tinha sido por pena.
Uma voz doce e feminina cantarolou o nome de Ellentya em um tom que odiara. Ianthe. A Grã-Sacerdotisa, uma fêmea que Ellentya detestava. A fêmea, assim como nobre Grã-Feérica e amiga de infância de Tamlin, tinha se tornado a detentora da tarefa de ajudar a planejar as festividades do casamento. Feyre havia pedido para irmã, mas Ellentya recusou o mais educada e amável que podia, não quero dizer a irmã que aquilo era completamente ridículo e irracional.
Ellentya odiava Ianthe, principalmente a maneira falsa como a fêmea agia, com tinha assumido a tarefa ridícula de adorar Tamlin e Feyre, como se eles fôssemos deuses recém-criados, abençoados e escolhidos pelo próprio Caldeirão. Ela tentara aquele tipo de aproximação forçada com Ellentya, mas ela havia cortado antes mesmo que as primeiras palavras tivessem saído da fêmea, o que havia gerado uma risada descompassada de Ayla e Lucien.
— Elle querida onde esta....
— Eu ja falei para você não me chamar assim, quer que cumpra minha promessa de cortar sua língua?– Ellentya estava irritada; irada com o fato de que ficaria mais um maldito dia naquela mansão, presa. Ela estava cansada aquelas paredes, daquela conversa barata de que Tamlin queria protegê-las. A presença da Grã-Sacerdotisa não ajudava muito seu humor–
— Você parece uma besta semi-selvagem. Você é a irmã da futura Senhora da Corte, deveria agir como uma dama, ser a imagem da Corte– os olhos de Ellentya foram para trás, seu rosto não escondendo seu desdém–
— Não me faça dizer onde enfiarei essa imagem que tanto deseja, Ianthe.
Ela não é confiável.
Falsa.
Mentirosa.
As sombras disseram, Ellentya concordou, confiado em suas companhias e nos institutos que gritavam em alerta perto da Grã-Feérica de cabelos loiros e olhos azuis. Mas antes que ela pudesse abrir a boca, Feyre e Ayla surgiram atrás dela, indicado que Lucien e Tamlin haviam partido.
— O que está acontecendo?– Feyre perguntou–
— Nada irmãzinha, só essa insuportável perguntando por você– ela escutou sua irmã suspirar e então se colocar ao seu lado, Feyre sabia que a irmã estava estressada, como ela estava por ficar na mansão e não ajudar em nada–
— Elle está estressada hoje, Ianthe, melhor deixa-la quieta– falou suave–
— Sua irmã deveria nos acompanhar, ela precisa de aulas de modos. Tratar uma Grã-Sacerdotisa dessa maneira– Ellentya queria dizer que tinha tratado bem pior a fêmea qual aprisionara os sete Grão-Senhores por 50 anos, que Ianthe não era nem mesmo um grão de areia para se achar de tamanha importância– como ela fara com o povo? Como agirá? Logo ela tera o título de princesa por ser irmã da Senhora da Primaveril, por ser sua irmã
— Minha irmã não é nenhuma selvagem.
— Mas age com uma na maioria das vezes.
— Já chega!– era rara, raras as vezes que Feyre mostrava alguma coisa além de uma casca vazia e sem disposição, por isso Ianthe estava ali, para lidar com tudo que Feyre não queria ou conseguia. No entanto, se havia algo que despertava raiva na humana era as ofensas para sua irmã, Feyre tinha entrado em várias discussões com seu amado por Ellentya– se falar assim da minha irmã novamente pode dar meia volta e voltar para seu templo, não admito tal audácia na minha casa.
— Sinto muito mesmo, não quis ofender– Ianthe disse ao baixar a cabeça–
Ela menti.
Está com raiva da sua irmã.
— Sinto muito senhorita Ellentya, não quis ofendê-la– ela pensou em responder, mas não queria arranjar briga e acabar perdendo o controle, então apenas ignorou a fêmea e encarou a irmã–
— Vou para biblioteca– e saiu, mas não antes de pedir para suas sombras ficarem de olho na irmã e na Grã-Sacerdotisa, porque ela não confiava que Feyre estava segurava perto daquela fêmea–
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Quando o papel desapareceu da sua mão Ellentya caminhou até as janelas abertas da biblioteca. O lugar estava bem iluminado, todas as janelas e portas abertas, porque ela não suportava ficar em um comodo fechado, não quando lembrava-se da cela que passara meses.
Ellentya passou a mão no rosto, observando sua irmã se aproximar junto com Lucien da propriedade, após a briga entre ela e Tamlin para irem ajudar no vilarejo, o macho pareceu ceder mais um pouco e dar mais liberdade. Naquela manhã em específico Ayla tinha saído com ele para calvagar, alguma coisa de irmãos que eles faziam quando crianças, aquilo tinha feito Ayla puxar e sorrir ao abraçar o irmão e correr para se preparar.
Ja Feyre tinha saído com Lucien, única pessoa que Tamlin confiava para escoltar sua amada. Ellentya se perguntava se Tamlin tinha alguma noção do laço de parceria entre sua amada Feyre e Lucien, ela acreditava que não, por isso deixava os dois tão próximos. Ellentya esperava que naquele momentos sozinhos, sua irmã percebesse quem realmente cuidava e protegia ela, quem se arriscara Sob a Montanha, quem estava disposto a enfrentar a furia de Tamlin apenas para dar-lhe uma chance de poucas horas de liberdade, quem era o macho certo para ela.
Os batimentos cardíacos de Ellentya dispararam, ela quase correu pelos corredores até sua irmã quando achou que a estava ensanguentada, todo seu corpo.... ela piscou. É um vestido. Apenas um vestido. As sombras sussuram, Ellentya engoliu em seco, suas mãos apertando com força a madeira da mesa, respirando fundo varias vezes, contado mentalmente até acalmar-se, estava tudo bem, sua irmã apenas usava um vestido vermelho naquela manhã, apenas um vestido, não sangue, não os cabelos de Amarantha ou os lábios pintados daquele tom que se curvavam em um sorriso cruel enquanto a torturava.
Ellentya se afastou da janela, sentando-se novamente na cadeira e pegando um livro para ler, esperando que aquilo fizesse esquecer do sentimento ruim que esmagava seu peito.
— Por que não estou supresa de encontrá-la aqui?– vinte minutos depois Feyre apareceu na biblioteca, mas para a felicidade de Ellentya sua irmã usava um vestido amarelo refinado e não mais o vermelho– você deveria ter vindo comigo e Lucien até o vilarejo, sair um pouco dessa biblioteca, da mansão, não era o que queria?
— Vocês dois pareciam melhor sem mim– Ellentya não comentou que não tinha ido por dois motivos: o primeiro para deixar a irmã o ruivo sozinhos, esperando que Lucien tentasse uma aproximação diferente com a parceira, segundo, e o que a deixava com raiva, Tamlin tinha proibido a saída dela da mansão. Havia guardas por toda mansão, olheiras para avisar ao Grão-Senhor caso ela tentasse ir junto, apenas porque o macho acreditava que ela era perigosa demais para sair, principalmente perto de Feyre.
Ellentya teria grito e contradizido Tamlin em outras situações, como ela costumava fazer quando suas irmãs não permitiam algo, mas.... Ellentya sentia-se cansada demais, vazia demais para entrar qualquer tipo de briga– você sempre parece melhor, mais viva quando passea com Lucien.
— Lucien é uma ótima companhia sabe, disperta sensação estranhas e boas, um bom amigo– Ellentya suspirou. Sua irmã é muito lerda. Burrinha tadinha. As sombras murmuram, felizes em se acomodaram nos pés da mestre–
— Claro, deveria sair mais com ele então– ela tinha prometido que não contaria sobre a parceria, Lucien queria contar ou esconder para sempre, ja que, acreditava não ser digno naquela dádiva dada pela Mãe. Às vezes Ellentya queria bater no ruivo por aqueles pensamentos idiotas– como está os preparativos do seu casamento.
— Por favor não vamos falar sobre isso, estou fugindo de Ianthe para não precisa lidar com nada disso hoje– Ellentya bufou uma risada, levando da cadeira e indo se acomodar ao lado da irmã, deixando que ela deitasse a cabeça em seu ombro– sinto falta dos nossos momentos juntas, você está distante, fica mais tempo com Ayla do que comigo.
— Está com ciúmes, Feyre Archeron?– brincou ao ver o bico da sua irmã–
— Estou, a minha irmãzinha mais nova gosta mais da amiguinha dela do que de mim– Ellentya soltou uma risada, sem muito humor, mas ainda sim uma– não tem graça, você passa horas com ela e até dividem o mesmo quarto. É Ayla para cá, Ayla para lá, Ayla isso, Ayla aquilo– Ellentya jogou a cabeça para trás com aquilo, a maneira totalmente enciumada da sua irmã em reação a sua cunhada. Fazia meses que Elle não ria daquela maneira, ainda não era algo cheio de vida e alegria, mas comparado a todos seus sorrisos e risos falsos era algo–
— Você dorme e passa muito tempo com seu amado sabe, não sou só eu nessa equação.
— Cala boca! Se esse for o problema expulso Tamlin do quarto– empurrou-a– só quero passar mais tempo com a minha pequena.
— Tudo bem, tudo bem senhora tenho ciúmes de você com a minha cunhada– as sombras saltitaram alegres, vendo a interação descontraída das irmãs. Feyre bufou, revirando os olhos para a tentativa falha da irmã imitar sua voz. Ellentya se levantou em um salto, segurando a mão de Feyre– ja sei o que podemos fazer.
— O quê?
— Lembra quando eramos pequenas e durante a madrugada iamos acordar Nestha e Elain para roubar doces na despensa?
— Sim, sempre tinhamos dor de barriga no dia seguinte pela quantidade de doce– sorriu quando a imagem daquela época veio a mente, Ellentya sempre era a responsável pelos planos que as colocavam em encrenca, era mestre em conseguir o que queria, uma lider nata entre as irmãs–
— Vamos fazer isso, roubar todos os doces da despensa do loiro– Feyre riu enquanto corria junto com a irmã pelas escadas, os empregados olhavam confusos e desviam das duas, mas elas não se importavam quando continuavam seguindo para onde os alimentos ficavam guardados–
As irmãs tinham tirado a tarde para elas, comedo doces e rindo das lembranças de quando eram pequenas, de como suas babás criavam no mínimo cinquenta fios de cabelos brancos no dia pelas coisas que aprontavam. Ellentya sentia falta daquela época, de como suas únicas preocupações era passar tempo com suas irmãs e planejar aventuras que deixariam Anastacia e Lionel de cabelos em pé de fúria, ela detestava os dois ao ponto de não gosta de estar no mesmo cômodo, mas amava tirar ambos do sério, mesmo que tivesse durado pouco, ja que, Anastacia tinha morrido antes mesmo dela fazer quatro anos.
Quando a noite caiu as Feyre e Ellentya haviam comido tantas besteiras que não desceram para jantar, claro, recebendo um puxão de orelha de Alis por terem feito aquilo. Ellentya revirou os olhos apenas, ela não dava a mínima para o que os outros falavam e principalmente quando era algo que tirava sorrisos de sua irmã, ja Feyre pediu desculpas enquanto resmungava ter comido muito encima da cama.
— Vamos Elle, faça, por favor– Feyre pediu empolgada ao sentar na cama–
— Eu não sei muito bem tá– disse antes de gesticular com as mãos e suas sombras se acumularem ali antes de se tranformarem em várias borboletas de escuridão. Ellentya controlava as mesmas enquanto voavam pelo quarto, então pelos cabelos, braços e pernas de sua irmã que olhava encantada–
As duas ficaram naquilo até que Feyre caísse no sono, Ellentya permeceu acordada, sentada na janela enquanto observava o céu noturno, não era tão belo quanto aquele que ja tinha visto em sono, ela de perguntava se existia um lugar com seu tão belo quanto aquele. Ellentya sentia vontade de pintar, mas toda vezes que descia para o ateliê que pertencia a Feyre.... ela não conseguia, algo sempre a impedia de entrar e voltar a pintar ou dançar ou fazer qualquer coisa que não fosse ficar naquela biblioteca lendo para fugir da sua nova realidade.
Às vezes, no fundo da sua mente, Ellentya desejava nunca ter indo com Feyre para aquela montanha, nunca ter se destruído daquela maneira. Às vezes, ela queria ter insistindo mais, chorando ou usado seus meios para ter mantido sua irmã nas terras humanas e nenhuma ter atravessado a muralha. Mas Ellentya nunca confessou aquilo, nunca disse o quanto tudo realmente a tinha destruído, nunca contou a ninguém sobre aquela semana que foi torturada por Amarantha, não, Ayla e Feyre ou qualquer um outro achavan que havia ficado apenas isolada e se dependesse dela continuassem pensando aquilo.
Ellentya não fazia ideia de quanto tinha passado ali, sentada, encarando as estrelas, presa ao seus pensamentos destrutivos. Mas foi disperta do abismo da sua própria mente com um resmungado baixo, ela olhou para cama, encontrando sua irmã mais velha se mexer na cama, o rosto contorcido em dor como se estivesse tendo um pesadelo. Ellentya se ergueu quando sua irmã começou a falar "não" em um tom baixo e depois foi aumentando mais e mais a voz.
Com um salto rápido ela pulou na cama, segurando os ombros da irmã enquanto chamava seu nome, balançado-a para acordá-la. Feyre se debatia mais e mais enquanto dizia não sem parar, arranhando Ellentya com suas unhas. Então, de repente, pensamentos se chocaram contra ela, imagens e memórias de Sob a Montanha, um padrão de pensamento e sentimento que era não tão antigo e triste, tão infinitamente triste e tomado
pela culpa, sem esperanças...
Então, Ellentya estava de volta, piscando, sem que mais de um
segundo tivesse se passado enquanto ela olhava para Feyre agora acordar. A cabeça de sua irmã, ela de alguma maneira estivera dentro de sua cabeça, deslizara pelas paredes mentais frágeis de Feyre.
— Elle...– a voz da sua irmã mais velha soou perdida, confusa, mas então ela empurrou para longe e correu para o banheiro. Ellentya tinha ido logo atrás, mesmo ainda em choque pequeno que tinha feito, mas se obrigou a focar em sua irmã quando agarrou seu cabelo e passou a mão por suas costas enquanto Feyre espelia tudo que havia comido. Só quando não havia mais nada a mais velha se afastou– desculpa, isso não é muito frequente.
Ela menti.
Tem notes que são piores.
A Quebradora da Maldição mente– as sombras sussuram para Ellentya– ela os tem com frequência e ele não se move para ajudá-la, ele fingi dormir.
Fúria correu por seus veias com aquela informação, ela não fazia ideia daquilo, claro, imaginava que sua irmã tinha pesadelos e passava pelo pós aconteciamentos de Sob a Montanha, mas que Tamlin não movia uma dedo por ela? Ellentya não conseguiu evitar o desejo insano de fazer o loiro se juntar a Amarantha no que viesse depois da morte, ela queria matá-lo lentamente.
Ela piscou, afastado a raiva cegante, pensaria como se vingaria do loiro em outro momento, mas naquela ajudaria sua irmã.
— Eu também tenho pesadelos com ela– confessou baixo, sua irmã a olhou– não suporto o vermelho, me lembra o cabelo, os vestidos que usava o batom que usava..... as vezes sonho que volte para Sob a Montanha, que ela machuca você e Ayla.
— Elle.... porque não me disse sobre o vermelho? Céus tenho tantos vestido dessa cor– as duas estavam sentadas no chão do banheiro, encostadas na parede enquanto se abraçavam– eu sou uma péssima irmã mais velha...
— Não, não é. Não tinha como você saber e eu não queria causar mais problemas– apertou a mão dela– está tudo bem, logo tudo ficará bem e nem vamos lembrar o que aconteceu.
Tudo ficaria bem, tudo se consertaria, elas seriam consertadas. Ellentya desejava do fundo do coração aquilo, ou que menos sua irmã ficasse bem.
(✨️) Sejam bem-vindos a depressão pós fim a primeira parte🥲 Ellentya tadinha, todo fudida da cabeça, vai melhor quando Rhys aparecer. Espero que tenham gostado.💞
(✨️) Os votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.
(✨️) Até os próximos capítulos.💫
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