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Maratona 2/?
Era uma minhoca gigante, ou o que um dia poderia talvez tivesse sido uma minhoca, caso a extremidade dianteira não tivesse se tomado uma boca imensa, cheia de anel após anel de dentes afiados como lâminas. O animal disparou na direção de Ellentya, o corpo marrom e rosado se impulsionando e se contorcendo com uma facilidade assustadora.
Aquelas trincheiras eram seu lar.
E Ellentya era o jantar.
Deslizando e escorregando pela lama fétida, Ellentya ignorou o corpo já dolorido pela queda de 2 metros quando correu pela extensão da trincheira, ela
desejou ter memorizado mais de sua disposição nos poucos momentos que tivera, sabendo que seu caminho poderia muito bem levar a um beco sem saída, onde ela certamente.... A multidão rugiu, abafando os ruídos de sucção e ranger de dentes da minhoca, mas Ellentya não ousou olhar por cima do ombro. O fedor, que se aproximava cada vez mais, ja dizia o quanto a criatura estava perto.
Ellentya não se deu ao luxo de um fôlego de alívio quando encontrou uma bifurcação no caminho, e fez uma curva acentuada para a esquerda. Ela tentava colocar o máximo de distância possível entre ela e a criatura; pensando em como encontraria um ponto no qual pudesse montar um plano, um lugar em que pudesse encontrar uma vantagem.
Ellentya deslizou por uma parede quando virou mais uma vez à esquerda, e se choquei contra a sujeira escorregadia. Fria, fétida, sufocante.
Feyre começará a se arrepender de ter decidido ir aquela montanha, não por Tamlin, mas, a Archeron preferia viver sofrendo pelo Grão-Senhor do que ver sua irmã mais nova, sua estrelinha cadente, passando por aquilo. Feyre nunca se perdoaria se Ellentya morresse, não havia maldição quebrada ou qualquer outra coisa que pudesse concentrar aquilo. Ela queria rasgar os rostos maliciosos de feéricos que riam de Ellentya, que apostaram, ela queria matar Amarantha.... Feyre queria se bater por ter deixado sua irmã ajudá-la a salvar Tamlin e precisar passar por aquilo.
Ellentya ousara olhar para trás, e seu medo se tornou insano, se debatendo, quando a minhoca apareceu no seu caminho, em seu encalço. Ela se impulsionou para uma fenda pequena demais para a minhoca passar, mas uma força a deteve. Não, não uma força, mas as paredes. A fenda era pequena demais, e Ellentya havia se atirado nela tão desesperadamente que ficou presa. De costas para a minhoca, e longe demais entre as paredes para conseguir se virar, ela não pode ver a criatura quando ela se aproximou. O cheiro, no entanto... o cheiro piorava.
As trincheiras reverberaram com os movimentos estrondosos da minhoca. Ellentya quase conseguia sentir o hálito fétido sobre seu corpo semiexposto, conseguia ouvir aqueles dentes cortando o ar, mais e mais perto. Ela não deixaria ser vencida daquela maneira, então começou a cavar a lama, se virando, rasgando qualquer coisa para conseguir passar. A minhoca se aproximava a cada batida de seu coração, e o cheiro quase sobrepujava seus sentidos.
Ellentya arrancou lama, se debatendo, chutando e empurrando, chorando entre os dentes trincados. O chão estremecia. O ar quente se chocou contra o corpo de Ellentya. Os dentes da criatura estalavam quando se uniam.
Segurando a parede, ela puxou e puxou. Ouvindo a lama ceder, houve uma liberação repentina de pressão ao redor de meu tronco, e ela caiu pela fenda, estatelada na lama.
A multidão suspirou. Feyre sorriu em meio a lágrimas de alívio que não derramara, ainda. Ela viu Ellentya se lançar a outra passagem, então desaparecer. Seu coração batia forte e rapidamente contra seu peito, seus olhos não piscavam com medo de perder alguma coisa, de perder sua irmã mais nova.
Ellentya não diminuí a velocidade, embora soubesse que desperdiçava energia ao se chocar contra parede após parede, conforme fazia cada curva acentuada. A minhoca também precisava perder velocidade ao realizar tais manobras; uma criatura daquele
tamanho não podia fazer as curvas sem reduzir a velocidade, não importava o quanto ela fosse hábil.
Ellentya arriscou um olhar para a multidão. Os rostos estavam tensos, com desapontamento, voltados em uma direção totalmente contrária à dela, para a outra ponta da câmara. Era onde devia estar a minhoca, era onde terminara a passagem, pensou.
A minhoca não vira para onde ela fora. Ela não me vira. Era cega. Ellentya ficou tão surpresa que não reparou o enorme fosso que se abriu diante dela, escondido por uma leve elevação, ela fez de tudo para não gritar quando caiu, se chocando contra lama na altura dos tornozelos. A lama havia amortecido sua queda, mas seus dentes tilintaram com o impacto.
Ela se virou, avaliando o ambiente, tentando descobrir a saída mais rápida. O próprio fosso se abria em um túnel pequeno e escuro, mas ela não tinha como escalar; a parede era inclinada demais.
Ellentya estava presa.
Arquejando, em busca de ar, ela deu alguns passos arrastados na escuridão do túnel. Contendo o grito quando algo sob seu pé emitiu um estalo alto.
Cambalando para trás, e seu cóccix gritou de dor. Ela continuou recuando, mas sua mão tocou algo liso e duro, e ao erger viu um reluzir branco. Osso.
Virando sobre mãos e joelhos, tatuou o chão, entrando mais na escuridão. Mais e mais ossos, de todos os formatos e tamanhos, e engoliu o grito quando percebeu o que era aquele lugar. Somente quando sua mão parou no topo liso de um crânio.
— Ellentya– ouviu o grito distante de Amarantha.– Está estragando a diversão de todos! Saia!
— Vá se foder vadia!– gritou de volta, ignorando qualquer murmúrio enquanto pensava como sairia dali–
A minhoca não sabia onde ela estava, não conseguia sentir seu cheiro dando alguns minutos para Ellentya sair dali. Ela se virou na direção da pilha de ossos e, então, empurrei a mão, com força, contra a parede. Ela tinha um plano, e rezava aos deuses esquecidos que fucionar. Pegando dois ossos maiores e mais fortes que conseguiu encontrar rapidamente. Depois de testar os três ossos com alguns puxões fortes, Ellentya inspirou, ignorando novamente as vozes dos feéricos. Ela testou algumas vezes escalar a parede antes de descer para outra vez lama de novo, e, inspirando fundo, quebrando os ossos contra o joelho.
Ellentya mostraria a Amarantha como ela sabia bem caçar, mostraria como poderia orgulhar sua caçadora, Feyre Archeron. Ela trabalhou rápido quando quebrou outros ossos, colocado as pontas afiadas para cima nas paredes e chão, deixando um pequeno espaço onde precisaria cair exatamente se não quisesse morrer, então disparou para a escada de ossos, ignorando a ardência das farpas nos dedos enquanto subia até o terceiro degrau, no qual se equilibrou antes de enfiar um quarto osso na parede.
E se impulsionou para fora da abertura do fosso e quase chorou quando se viu exposta novamente ao ar livre.
Ellentya se deu ao luxo de encarar a irmã, apenas para encontrar um sorriso de alívio e orgulho ali.
Ellentya correu até uma das paredes, então pegou um punhado da lama fétida e esfreguei no rosto, o cabelo e, depois, o pescoço, ela continuou ate que cada centímetr do seu corpo estivesse coberto.
— O que ela está fazendo?– choramingou algum feérico ao lado de Feyre–
— Está montando uma armadilha.– respondeu quando até mesmo o sentinela que matinha a faca em seu pescoço baixou a arma para assistir Ellentya–
— Mas o Middengard...
— Depende do cheiro para enxergar– daquela vez havia sido Rhysand a respondeu, fazendo Feyre lançar um olhar de raiva a ele, que não viu ou se importar quando continuava vidrado no que acontecia na sua frente, com um sorriso no rosto– Ellentya acabou de se tornar invisível.
Como esperado, Ellentya não demorou muito tempo para encontrar a minhoca, pois uma multidão de feéricos tinha se reunido para provocá-la. Ela passou devagar por uma curva, esticando o pescoço. Estava coberta demais
com o cheiro dela para que a minhoca lhe farejasse, e, então, ela continuou se banqueteando. Seu coração se alojou na garganta quando passou a ponta afiada do osso na palma da mão, abrindo a pele. Sangue se acumulou, forte e brilhante como rubis. Ellentya deixou que se acumulasse antes de fechar a mão em punho.
A minhoca sentirá o cheiro.
Quase ela soltando o osso, e inclinou o corpo pela curva de novo para ver a minhoca. Ela havia sumido. Os feéricos azuis riram para dela. Então, quebrando o silêncio como uma estrela cadente, uma voz, a de sua irmã, gritou da plataforma.
— À ESQUERDA!
Aquilo foi suficiente para que Ellentya disparasse, percorrendo alguns metros antes de a parede atrás de dela explodir e lama jorrar quando a minhoca irrompeu, uma massa de dentes destruidores a apenas alguns centímetros. As trincheiras eram como um borrão marrom-avermelhado para Ellentya enquanto corria. Para seu plano dar certo, ela precisava de um pouco de distância, ou a minhoca cairia bem em cima dela. Mas também precisava que ela ficasse próxima, para que não conseguisse se conter, para que estivesse em um frenesi de fome.
Ellentya fez a primeira curva acentuada e segurou o corrimão de osso que tinha embutido na parede da esquina. Usando o osso para virar, sem reduzir a velocidade, se impulsionando com mais rapidez, dando mais alguns segundos à frente da minhoca.
Seu fôlego era como uma chama acesa na garganta enquanto continuava. Ela virou a última curva, e o rugido dos feéricos ficou diferente de como estivera mais cedo. A minhoca era uma força furiosa e destruidora atrás dela, mas seus passos estavam equilibrados quando voou pela última passagem.
A abertura do fosso se abriu, e, com uma última oração, Ellentya saltou.
Agitando os braços conforme descia, ela mirou em outro ponto que havia planejado. Mesmo quando a dor irradiou por meus ossos, sua cabeça, quando colidi com o chão enlameado e rolou exatamente onde tinha planejado. Ellentya se virou e gritou quando algo acertou seu braço, cortando a pele. Mas não teve tempo de pensar, de sequer olhar, quando saiu do caminho, entrando na escuridão do covil da minhoca o tanto quanto conseguia.
Ellentya pegou outro osso e se virou quando a minhoca mergulhou no fosso. Ela acertou a terra e jogou o imenso corpo para o lado, antecipando o golpe para matar a humana, mas um ruído úmido de algo se esmagando preencheu o ar. E a minhoca não se moveu. Ellentya se agachei ali, engolindo ar incandescente, encarando o abismo da boca destruidora de carne do animal, ainda escancarada para me devorar. Levou alguns segundos para perceber que a minhoca não lhe engoliria inteira, e mais outros para entender que ela havia realmente sido empalada pelas estacas de ossos. Estava morta.
Seu plano havia fucionado. Ellentya não ouviu totalmente os arquejos e, depois, a comemoração; não pensou direito, nem sentiu muita coisa quando passou pela minhoca e subiu o fosso devagar, ainda segurando a espada de osso na mão. Silenciosamente, ainda sem palavras, voltou aos tropeços pelo labirinto; o braço esquerdo latejando, mas seu corpo estava tão dormente que não reparou. Mas, assim que viu Amarantha na plataforma na beira da trincheira, fechou a mão livre.
A rainha feérica encarava a irmã de Ellentya, Feyre, com tanta raiva que a mais nova se viu desesperada para tirar aquela atenção da irmã, para que Amarantha esquecesse que Feyre havia ajudado ela.
Seus olhos buscaram por alguma coisa discretamente, mas, para sua totalmente surpresa, foi surpreendente ao ver o pé de Rhysand esticar para frente, fazendo o feérico com bandeja cheia de taças de vinho cair, derrubando tudo no vestido de Amarantha. Rhysand sorriu discretamente para Ellentya, que mativera os olhos nele pouco antes de voltar atenção para Amarantha, qual matou o feérico que tinha derrabado o vinho em sua roupa. Ela tentou sentir algo em relação aquilo, mas entre a morte de um feérico e uma punição para sua irmã, ela não precisaria pensar duas vezes.
— Bem– disse Amarantha voltando-se para Ellentya, com um risinho– imagino que qualquer um poderia ter feito isso.
— Ache outro desse e entra você aqui então, para testarmos essa teoria– desafiou, qualquer auto-prevenção para se manter viva tinha sumido da mente de Ellentya, ela só conseguia sentir raiva e desejo de rasgar a garganta de Amarantha–
— Estou me decidindo se vou ou não corta sua língua afiada– falou ao pegar um pedaço de pergaminho– acho que vai ficar feliz ao saber que a maior parte de minha corte perdeu bastante dinheiro esta noite. Vejamos. Sim, eu diria que minha corte quase toda apostou que você morreria no primeiro minuto; alguns disseram que
duraria cinco, e– ela virou o papel– e apenas uma pessoa disse que você
venceria. Que piada.
Ellentya não controlou sua raiva quando, mais rápido do que qualquer um pode capturar, ela agarrou uma das tochas ao seu lado e arremessou na direção de Amarantha. Chamas imediatamente tomaram o vestido, devido aos respingos de vinho nele. Amarantha se ergueu, grintado furiosa antes de usar sua magia para apagar as chamas.
— Desgraçada!– rosnou ao ver o estrago no vestido– Levem essas duas daqui agora!
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— Droga, mesmo com sua cura levemente mais rápida, isso ainda está horrível– Ayla disse ao olhar para o antebraço esquerdo de Ellentya, seu estômago se revirou diante do sangue que pingava e dos tendões rasgados, das dobras da pele repuxadas para acomodar a lança de um caco de osso se projetando diretamente por ali– ela levou toda minha magia, não consigo fazer nada, sinto muito.
— tudo bem, eu só... só preciso descansar um pouco e vai melhor.
Ellentya apenas fechou os olhos novamente. Dias haviam se passado desde que vencera a primeira prova, e ninguém fora curar o braço dela ou dera notícias da sua irmã. Ayla tentara ajudar com pedaços de pano rasgados e água que era mandado, mas não ajudava tanto, e, como Amarantha havia levado toda sua magia para instigar Tamlin, a garota não podia fazer mais nada. O que a deixava totalmente em preocupação, apavorada com a chance da humana que lhe fazia companhia e estava disposta a salvar seu povo, morrer.
Ellentya mal conseguia ficar mais que algumas horas acordada antes de desmaiar outra vez pela dor sobrepujava ao ponto dela gritar sempre que fazia qualquer movimento mínimo com o braço. Ela queimava em febre, acordando de pesadelos suada. Às vezes, Ellentya podia jurar que via um gato branco de olhos azuis opacos, igual aquele que apareceu no velório de Anastacia, mas, Ayla sempre dizia que ela estava alucinando e não tinha como animais estarem ali. Ellentya começou a acreditar que era coisa da sua cabeça quando certa vez viu suas irmãs.
— Precisa comer nem que seja um pouco, humana idiota.
Ellentya não conseguia comer a comida podre que eles lhe davam. Vê-la causava tanta náusea que um canto da cela fedia a vômito. Não ajudava o fato de ela ainda estava coberta de lama e de a masmorra ser eternamente numa temperatura congelante. Ayla suspirou quando colocou o pão morfado de lado e então sentou-se ao lado de Ellentya, tentando levar calor do seu corpo para ela e fazendo seu ombro de apoio.
A humana olhava inexpressivamente para a porta da cela. Qual ela podia jurar que se mover, as linhas oscilando. Suas pálpebras estavam pesadas, ardiam, mas ela não queria dormir.
— eu estou enlouquecendo ou a porta se move?– perguntou com a voz arrastada–
— ela está, mas caso não, significa então que estamos enlouquecendo juntas.
A porta se movia de verdade naquele momento, não, não a porta, mas a escuridão ao redor dela, que pareceu irradiar. Medo de verdade embrulhou o estômago de Ellentya quando uma figura masculina se formou daquela escuridão, como se ele tivesse se esgueirado pelas fendas entre a porta e a muralha, pouco mais que uma
sombra. Rhysand. Ele tinha a forma totalmente corpórea segundos depois, e os olhos violeta brilhavam à luz fraca. Ele sorriu devagar de onde estava, à porta.
— Que estado deplorável para a irmã da campeã de Tamlin.
— Vá para o inferno Rhysand– Ayla disparou, sua palavras cheias de desdém quando se colocou a frente Ellentya. Mas a garota ergueiro, sua cabeça estava leve e pesada ao mesmo tempo.– o que quer aqui?
Mas ele só chegou mais perto, com aquela graciosidade felina, e se agachou com facilidade diante de Ellentya, ignorando os protestos de Ayla. Rhysand farejou, fazendo uma careta para o canto sujo de vômito. Rhysand inclinou a cabeça. Sua pele pálida parecia irradiar luz de alabastro.
Ellentya piscou para afastar a névoa, mas nem mesmo conseguia virar o rosto quando os dedos frios de Rhysand roçaram minha testa.
— Se veio confirir como estou para dizer a sua rainha, diga, por favor, que eu estou a mandado ir se foder– Rhysand riu, mesmo daquela maneira ela conseguia pensar em uma ofensa para Amarantha, o que, certamente, causaria sua morte no futuro–
— Vá embora, saia daqui seu imbecil de asas!
— Venho oferecer ajuda a sua colega, e você tem a audácia de me mandar sair Ayla? Cade a consideração pelos velhos tempos?
— Vá para o quinto dos inferno, saia daqui se não for fazer algo de útil– Ellentya disse, forçando os olhos a se manterem abertos.–
— Gosto do seu jeito complatamente suicida, como se nós, feéricos, não pudessemos mata-la sem esforços. Mas bem, ganhei muito dinheiro por sua causa, sabe. Imaginei que deveria retribuir o favor– Rhysand disse, Ayla se moveu, mas Ellentya fez sinal para a loira ficar onde estava, um aviso que ela ainda era capaz de lutar suas próprias batalhas. Contragosto Ayla se afastou para o outro lado da cela, mas seus olhos verdes esmeraldas não deixaram o Grão-Senhor em nenhum momento, pronta para qualquer coisa– deixe-me ver seu braço.
Sem espera reação de Ellentya, ele segurou o cotovelo e forçou o braço dela para a luz fraca da cela. Ela mordeu o lábio para evitar um grito; mordendo com tanta força que tirou sangue quando rios de fogo explodiram dentro de si, quando sua cabeça girou e todos os seus sentidos se reduziram ao pedaço de osso que se projetava de seu braço.
Rhysand examinou o ferimento, e, depois, um sorriso surgiu nos seus lábios sensuais.
— Ah, isso está maravilhosamente repulsivo.– Ellentya o xinguou, e Rhysand riu.– que palavras para uma dama.
— Saia canalha– falou, chiando. Ellentya desejou que aquela pintura do homem misterioso nunca tivesse se tornado realidade como desejou, porque ela havia idealizado alguém decente e menos irritante do que aquele na sua frente–
— Não quer que eu cure seu braço?
— A que custo?– disparou de volta, mas mantive a cabeça encostada na parede,
pois precisava de sua força úmida.–
— Ah, isso– Ellentya podia jurar que aquela pergunta tinha pego Rhysand de supresa, que ele tinha ido ali sem pensar direito– parece que aprendeu algumas coisas sobre nos feéricos, os nossos modos. Faço um acordo com você– disse Rhysand casualmente, e apoiou meu braço com cuidado. Quando o braço tocou o chão, fechei os olhos para me preparar contra aquela corrente de raios envenenados.–
— que acordo?
— Ellentya não faça isso, esse canalha não e confiável– Ayla chamou atenção–
— assim me ofende Ayla– a feérica apenas mostrou o dedo do meio– Bem, Ellentya, curo seu braço em troca de você.... Durante três semanas todo mês, três semanas de minha escolha, viverá comigo na Corte Noturna. Começando depois dessa confusa barganha das três tarefas– Ellentya riria se não fosse lhe causar tanta dor–
— Não.– Ayla e Ellentya disseram juntas sem hesitar, a feérica parecia desesperada para afastar a humana de Rhysand, de achar uma maneira que não fosse aquela. Ellentya apenas se lembrava do que amiga de Feyre havia falando sobre acordos–
— Não?– Rhysand apoiou as mãos nos joelhos e se inclinou para mais perto–
Mesmo?
— Diga que me quer para sempre naquela sua corte, melhor que pedir quase todas as semanas do meu mês– disse enree oa dentes– mesmo assim não aceitarei, você parece ser muitas coisas, menos surdo. Saia!
— Quanto está disposta a arriscar na esperança de que outro tipo de ajuda virá?– quando Ellentya não respondeu Rhysand se ergueu caminhando em direção a porta. Ellentya se odiou, odiou por não conseguir pensar em nada melhor, porque, diferente da sua irmã, não conhecer mais ninguém além dela e Ayla, que não podiam ajudá-la naquele momento. Mas, a humana forçou sua memte a pensar em uma saída–
— Espere.
— Espere?– disse fazendo a escuridão parar, Ellentya viu Ayla se mover desconfortável mas não falar mais nada–
— Se eu morrer; se me deixar morrer, Amarantha pode alegar que o acordo foi feito com duas irmãs e não uma– ela esperava profundamente que aquilo desse certo– qualquer chance sua ou dos outros serem livres acabara por aqui. Você e todos dessa montanha precisam de mim viva, um último fio de esperança.
— se eu curá-la sem motivos, Ellentya queria, estarei me comprometendo– Rhysand foi sincero ao voltar a se agachar na frente dela– não posso arriscar tanto assim. Sua irmã Feyre pode ir conosco– o Grão-Senhor olhou para irmã do senhor da primavera e sorriu– você também pode linda, assim pode proteger sua humana de estimação.
— Três dias.
— Vai barganhar?– Rhysand deu uma gargalhada rouca.– garota inteligente. Quinze dias.
— Cinco dias.
— Dez dias.
— Uma semana– Rhysand ficou em silêncio durante um longo momento, os olhos percorreram o corpo e rosto de Ellentya antes de ele murmurar:
— Uma semana do mês seu, da sua irmã e Ayla então– olhou para a feérica, ela não falou nada sobre a ideia absurda sobre ir a Corte Noturna. Ayla sabia que seu irmão surtaria com a ideia da amada indo aquele lugar, talvez ela indo diminuir a irá e preocupação, e também pela humana que dividia cela–
— Estamos de acordo– falou. Um gosto metálico preencheu sua boca quando a magia se agitou entre eles. O sorriso de Rhysand ficou um pouco selvagem, e, antes que ela conseguisse se preparar, ele segurou seu braço. Ellentya sentiu uma dor ofuscante e rápida, e seu grito
ressoou nos ouvidos quando osso e carne se destroçaram, quando sangue escorreu para fora de si e, então...
Rhysand ainda estava sorrindo quando ela abriu os olhos–
— O que você fez comigo?– perguntou ao erguer o braço esquerdo. Rhysand ficou de pé, passando as mãos pelos cabelos escuros e curtos.–
— É costume em minha corte que acordos sejam permanentemente marcados na pele– o antebraço e a mão esquerdos de Ellentya, estavam todos cobertos com redemoinhos e arabescos de tinta preta. Nem mesmo seus dedos tinham sidopoupados, e um grande olho tinha sido tatuado no centro. De longe, a tatuagem parecia uma luva de renda até a altura do cotovelo, mas, quando a aproximava do rosto, conseguia se detectar a reprodução complexa de flores e curvas, que fluíam para formar um padrão maior. Permanente. Eterno.– foi bom fazer negócios com você, querida.
— Não posso dizer o mesmo– Rhysand sorriu, então se abaixou colando os lábios na orelha de Ellentya, fazendo o corpo da garota se arrepiar–
— Ah, eu teria aceitado os três dias– sussurou–
— Eu teria aceitado as três semanas, canalha– ele riu antes de desaparecer–
— Eu não sei quem é mais louca, você ou eu de me enfiar nesse acordo com aquele porco imundo?
— Eu estava morrendo! Você não poderia me ajudar e ele era a única saída. Você poderia ter dito que não iria.
— Eu sei! Mas não queria você naquele lugar horrível sozinha, não desejo aquele lugar nem para meu pior inimigo– resmungou sentando-se na parede oposta. Ellentya engoliu em seco–
— É tão ruim assim?
— Esse lugar foi inspirado lá, mas dizem que nem mesmo Amarantha conseguiu chegar ao que de verdade é a Corte Noturna– Ellentya começara a se arrepender de vender sua alma para o Grão-Senhor da noite, ainda mais quando arrastou sua irmã e Ayla para aquilo. Mas, se ela morresse o acordo não vale-se mais e as outras duas estariam livres, pensou–
— Qual a rixa entre Primaveril e Noturna?
— É uma história longa e complexa, mas resumido, Tamlin e Rhysand foram amigos em uma época. Bem, até que meu irmão o traiu e isso causo morte na família de Rhysand, como vingança ele e o pai invadiram nossa casa e mataram nossa mãe e irmãos, só não fui morta porque antes que acontecesse nosso pai e o de Rhysand se mataram fazendo os dois se tornarem Grão-Senhores. Tinha acontecido muitas mortes, então eles deixaram aquela noite por aquilo mesmo, mas desde então vivemos em brigas.
— Nossa... sinto muito, deve ser horrível ver a família morrendo.
— Meu pai era um desgraçado e meus irmãos também, só senti a morte da minha mãe, ela não merecia, era alguém incrível e boa.
— Pelo menos a sua mãe era boa, a minha era apenas uma megera.
(✨️) Olá! Sexto capítulo estregue para você, espero que gostem. A dinâmica entre Elle e Rhys Sob a Montanha vai ser em boa parte diferente do que entre ele e a Fey no primeiro, principalmente porque EU odeio as coisas que o Rhys faz no primeiro livro, e nada nunca vai justificar para mim. A primeira coisa foi retirar aquela cena do Rhysand torcendo o braço da Fey, pq só Deus sabe minha raiva lendo, mas enfim vocês vão vendo ao logo da história as leves alterações.
(✨️) Os votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.
(✨️) Até os próximos capítulos.💫
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