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Maratona: 1/?
Devagar os sentidos de Ellentya retornaram, cada um mais doloroso que o outro. O som de água pingando a princípio; depois, o eco distante de passadas pesadas. Um gosto permanente de cobre envolvia sua boca: sangue. Acima do chiado do que ela julgou
serem suas narinas entupidas, o cheiro pungente de bolor e o fedor de mofo
tornavam o ar úmido e frio. Palhas afiadas de feno espetavam suas bochechas. Ellentya passou a língua pelos lábio cortado, e o movimento fez seu rosto arder.
Encolhendo o corpo, ela forçou os olhos, mas só consigo abrir um pouco pelo inchaço. O que viu pelos olhos, sem dúvida roxos, não ajudou muito seu humor. Ellentya estava em uma cela de prisão, suas armas haviam sumido, e sua única fonte de luz vinha das tochas além da porta. Amarantha dissera que uma cela seria onde ela e Feyre passaria seu tempo.... Feyre, o nome da irmã ecoou pela mente de Ellentya, ela chamou pela mesma e tentou buscar na cela, mas sua cabeça estava zonza demais e ela acabou apagando novamente.
Quando Ellentya dispertou outra vez, e não sentiu mais a tontura arrematante; ela também não viu sinal da sua irmã Feyre, seu coração acelerou. Ela estava em uma masmorra. Fechando os olhos ainda enchados, respirou fundo tentando colocar os pensamentos no luger antes de abri-los novamente e examinar os feixes de luz que entravam pelas fendas entre a porta e a parede. Ellentya percebeu a presença de uma figura no canto da cela, mas não era Feyre, não, era uma feérica de cabelos loiros sujos e magra como Ellentya fora naqueles anos devido a pobreza que tinha saído meses antes.
— Quem é você?– sua garganta ardeu com as curtas palavras, a feérica ainda na escuridão se moveu para a parede oposta de Ellentya, fazendo a fraca luz iluminar seu rosto delicado, porém, surrado e sujo. Era uma Grã-Feérica bonita, Ellentya pensou, apesar da magreza doentia e a sujeira tinha alguma beleza ali–
— Ayla. Você é.... humana.
— Não, não, sou uma elfa encantada– resmungou. Ao invés de dar atenção a Grã-Feérica em sua frente, ela tocou o rosto com cuidado.–
Ele doía; doía muito, mas ja havia lutando e apanhado vezes suficiente para aquele nível de dor ser mais suportável. Seus dedos roçaram o nariz e cascas de sangue caíram das narinas.
Estava quebrado. Quebrado. Ellentya teria trincado os dentes caso seu maxilar não fosse uma confusão latejante de dor também. Ela segurou as lágrimas quando continuou avaliado os danos o melhor possível, e, seu maxilar não estava quebrado e, embora seus olhos estivessem inchados e o lábio estivesse cortado, o pior dano ainda
estava no nariz.
Ellentya dobrou os joelhos até a altura do peito, segurando-os com força enquanto controlava a respiração e pensava no que faria. Feyre não estava ali com ela, então não podia imaginar se a irmã mais velha estava melhor ou pior que ela, ou se ao menos dividia cela com alguém também.... Ellentya não queria, mas não conseguia deixer de pensar no pior para sua irmã, seus pensamentos talvez ficassem mais claro se seu nariz não estivesse quebrado. Com aquilo, a jovem tomou coragem de levar as mãos ao nariz.... Michael tinha quebrado o nariz uma vez, e havia sido Ellentya a coloca-lo no lugar, ja que, não tinha dinheiro para curandeiro, então ela podia fazer aquilo consigo mesma.
Ela o fez.
— Porra!– o xingamento havia saído de ambas na cela, mas com tonalidades diferentes. Ellentya sentiu que desmaiaria novamente pela dor, entendendo porque seu amigo tinha desmiado quando ela o fez– você é insana– a loira falou fazendo Ellentya a olhar, desdém brilhava em suas feições, mas a fêmea não pareceu se importar–
— Sabe onde jogaram a outra humana?– perguntou esperando ter alguma noção de onde sua irmã estaria–
— Ela deve está na cela no início, aqui são as últimas e mais porcas, reservadas para as pessoas que Amarantha guardar um nível de odeio maior que comum. Você deve ser a irmã da humana que subiu aqui para salvar meu irmão.
— É irmã do loiro?– a careta de Ayla ao acenar foi visível para Ellentya– ah!
Ela não disse mais nada quando encostou a cabeça na parede, seus pensamentos foram para a primeira prova . Na lua cheia; era meia-lua quando saiu com Feyre da mansão Archeron. Ellentya não sabia quanto tempo tinha ficado inconsciente lá embaixo, ela não estava propensa acreditar em ninguém, como Alis, amiga de Feyre, tinha dito. Também não era tola para acreditar que qualquer intervalo de tempo a prepararia para a tarefa de Amarantha, que não sabia se seria ela ou a irmã a cumprir.
Ellentya não se permiti imaginar o que Amarantha havia planejado para ela, não quando esperava que a ruiva desse um jeito para ela e sua irmã fosse mortas. Ellentya focou em Feyre, em como ela poderia está a celas de distância. Em algum lugar não muito longe, gritos chegaram aos ouvidos de Ellentya. Um berro agudo, suplicante,
intensificado com tons crescentes de gritos esganiçados que fizeram com que bile subisse ardendo até sua garganta. Um chicote estalou, e os gritos aumentaram, sem parar a fim de tomar fôlego.
Ellentya cairá no sono por dias até seu corpo está curando minimamente para conseguir se manter mais de um hora consciente. Três refeições horríveis de pão passado e água, em intervalos irregulares que ela não conseguia identificar foi o que receberá. Ellentya não trocava palavras com a Grã-Feérica, porém, oferecia metade do pão morfado para ela quando perceberá que ali presas, havia sido levado refeições para ela todos os dias, e apenas um vez para a loira.
Quando a porta da cela se abriu, Ellentya soube que sua fome implacável já não importava mais, e que seria inteligente não lutar conforme os dois feéricos atarracados, de pele vermelha, arrastaram para fora. Não tão longe, dois outros guardas levavam sua irmã Feyre, qual olhou para trás. Ela parecia melhor que Ellentya, como se alguém tivesse ido a curar. A mais não pensou muito naquilo quando observava cada detalhes no corredor, rachaduras
interessantes nas paredes, decorações nas tapeçarias, uma curva estranha, tudo que pudesse a lembrar da rota para fora da masmorra.
Observando melhor o salão do trono de Amarantha daquela vez, Ellentya reparou nas saídas. Nele, não havia nenhuma janela, pois estavam no subterrâneo. E a montanha que
ela vira rapidamente retratada naquele mapa na mansão ficava no coração da terra. Longe da Corte Primaveril, e mais longe ainda da muralha e de suas irmãs. Uma multidão de feéricos estava parada ao longo de uma parede afastada. Sobre eles, Ellentya conseguia distinguir o arco de um portal. Ela tentou não erguer o olhar para o corpo em decomposição de Clare quando passou, e, em vez daquilo, se concentrou
na corte reunida.
Amarantha usava um vestido de rubis, chamando atenção para seus cabelos ruivo-dourados, para os lábios, os quais se abriram em um sorriso viperino quando as irmãs foram colocadas lado a lado e olharam para ela. A rainha feérica emitiu um estalo com a língua.
— Vocês parecem completamente destruídas– comentou Amarantha, e se virou para Tamlin, ao lado– não diria que elas parecem abatidas?
Tamlin não respondeu; sequer encarou Feyre que tinha indo ali para salvá-lo.
— A gente resolveu homenagear você– Ellentya disparou, Feyre encanrou com leve despesero pela audácia– abatidas e destruídas como você ficara quando ganharmos suas tarefas.
— Mais ousada que antes– estalou, mas apesar do tom divertido seus olhos brilhavam em raiva– mas bem– ponderou Amarantha, recostando-se ao braço do trono—, não consegui dormir ontem à noite, e percebi por que esta manhã.– Por que esta com medo de duas humanas? As palavras ficaram presas em sua língua, sabia que ja tinha testado demais sua sorte para atiçar mais a praga– Não sei o seus nomes. Se nós três seremos amigas durante os próximos três meses, eu deveria saber seu nome... não deveria?
Ellentya observou que havia algo de encantador e convidativo a respeito de Amarantha; parte dela entendeu por que os Grão-Senhores tinham caído em seus feitiços, tinham acreditado nas mentiras de Amarantha.
— Vamos lá, queridinhas. Sabem meu nome, não é justo que eu saiba os seus?
— Quando isso se tornou um jogo justo que não soube?– Feyre apertou o braço da irmã para que ela calasse a boca, mas Amarantha apenas riu. Ellentya sabia que, da mesma maneira que imaginava a cabeça de Amarantha em uma bandeja de prata, a rainha feérica queria o mesmo com ela. Quem ia até Sob a Montanha não saiam vivo, Alis disse, e Ellentya, no fundo, sabia que não seria uma exceção–
— Rhysand.
O coração de Ellentya disparou quando passos casuais, vaguendo, encoaram ao passar por ela. Ali estava o homem que vez ou outra invadiam seus sonhos, o dono dos olhos que ela tinha pintado mais vezes do que queria admitir, não só os olhos mas com seu rosto certa vez. Ele não poderia ser real? Poderia? Ellentya mordeu o interior ds bochecha para não esboçar nada quando o homem mais lindo que ja tinha visto em sua vida parara ao lado da rainha feérica.
Ellentya não podia acreditar que o homem que havia pintado era o mesmo vilão das histórias da sua irmã. O Grão-Senhor da Corte Noturna. Ela acompanha quando ele se curvou em
uma profunda mesura. A noite parecia irradiar dele, como uma capa quase
invisível. Rhysand. O nome ecoou pela mente dela, não demonstrar nada ao vê-la, como se ela fosse uma completa desconhecida. Ellentya tentou ignorar a estranha decepção com aquilo, focando em Amarantha novamente.
— É esta a garota que viu na propriedade de Tamlin?– apontou para Feyre, Rhysand por sua vez afastou um grão invisível de poeira da túnica preta antes de avaliar. Os olhos violeta exibiam tédio e desdém–
— Suponho que sim.
— Mas você me disse ou não que aquela garota– falou Amarantha, o tom de
voz ficando afiado conforme ela apontava para Clare– foi a que você viu?
— Todos os humanos se parecem para mim– Mentiroso. Ellentya quis disparar, Clare Beddor era tão diferente das irmãs Archeron quando calor era do frio–
— E quanto a feéricos?– Rhysand fez mais uma reverência, tão suave que pareceu uma dança.–
— Entre um mar de rostos mundanos, o seu é uma obra de arte.– diferente de Feyre que comprimiu os lábios para não rir, Ellentya não se deu ao mesmo trabalho ao rir com deboche do elogio. Ela podia sentir de alguma maneira mentira nas palavras dele, e podia jurar que um sorriso dele surgiu em sua mente pela ousadia de rir. Ellentya pensou que se brincar com Amarantha era uma piada para Grã-Feérico dos seus sonhos, no fundo ele era corajoso e burro por fazer aquilo, como ela era–
— Se estão dispostas a jogar, meninas, então imagino que possamos fazer isso do modo mais divertido– disse Amarantha. Ela estalou os dedos para o Attor, que levou a mão à multidão e pegou alguém. Ellentya só conseguia presta atenção na grande cicatriz na asas da criatura, ela sorriu ao saber que tinha sido a causa aquilo–
— Segure a mente dele– ordenou Amarantha.–
Ellentya olhara para irmã, apenas para encontrar puro desespero estampado no rosto dela ao ver o ruivo sendo imobilizado ali, diferente do loiro que nem se movera para ajudar o amigo, percebeu ela. Ellentya não se importaria do ruivo morrer se aquilo salvesse um pouco da sua pele, mas ele era amigo de Feyre e sabia que sua irmã ficaria arrasada, e Ellentya não queria aquilo. Feyre estava petrificada demais, então com um suspiro irritado ao repensar onde estava se metendo Ellentya abriu a boca.
— Feyre e Ellentya– gritou por cima das vozes, quais se calaram de imediato– nossos nomes são Feyre e Ellentya.
— Feyre e Ellentya– ecoou Amarantha ao acenar para Rhysand, qual soltou o ruivo amigo de Feyre. A rainha feérica repirtiu os nomes, como se testasse o gosto das sílabas em sua língua.– nomes antigos, de nossos dialetos mais velhos. Bem, Ellentya. Prometi um enigma para sua irmã.
Tudo se tornou espesso e úmido. Todos ficaram em silêncio
— Resolva isto, Feyre– disse ela ao se virar para outra irmã– e você e sua irmã e todas cortes poderão partir imediatamente com minha bênção. Vejamos se é de fato inteligente o bastante para merecer um dos nossos– os olhos escuros de Amarantha brilharam, Ellentya se odiou por não poder responder o enigma ou ajudar Feyre, mesmo achando que seria algo difícil que exigiria esforço– “Há quem me procure a vida inteira, sem jamais me encontrar,
E aqueles que beijo, mas vêm com pés ingratos me esmagar.
As vezes parece que favoreço a inteligência e a graça,
Mas abençoo todos os que arriscam com audácia.
Suave e doce minha égide costuma ser,
Mas se desprezado, me torno uma fera difícil de abater.
Pois embora cada um de meus golpes seja poderoso,
Quando mato, meu processo é vagaroso...”
Ellentya piscou, Amarantha repitiu o enigma com um sorriso presunçoso nos lábios. Aquilo era uma brincadeira com elas? Ellentya não soube disser, sua língua ficou dormente e seus lábios pareciam terem sido colados. Magia. A magia impedia que pudesse falar a resposta tão óbvia para aquele enigma, talvez não tanta, ja que, sua irmã parecia lutar contra um monstro de sete cabeças para buscar a resposta.
Ellentya ja tinha escutado aquele enigma antes, quando era mais nova e gostava de escapar de suas irmãs no vilarejo, ela ia até uma senhora de idade que sempre estava sentada na fonte velha do vilarejo e amava lhe dar enigmas para desvendar.
As irmãs não puderam trocar palavras quando foram arrastadas de volta para suas devidas celas, os feéricos que levavam Ellentya a jogaram no chão como brutalidade antes de sair da cela.
— Como foi?
— Há quem me procure a vida inteira, sem jamais me encontrar,
E aqueles que beijo, mas vêm com pés ingratos me esmagar.
As vezes parece que favoreço a inteligência e a graça,
Mas abençoo todos os que arriscam com audácia.
Suave e doce minha égide costuma ser,
Mas se desprezado, me torno uma fera difícil de abater.
Pois embora cada um de meus golpes seja poderoso,
Quando mato, meu processo é vagaroso...– Ellentya falou com a voz fina, bufando de raiva enquanto não conseguia acreditar que aquele tinha sido o enigma, pior, que sua irmã não havia entendido de primeira–
— Nossa... não julgo não saberem, eu também faço ideia da resposta.
— Amor é a resposta sua, feérica burra– Ellentya estava furiosa com toda a situação, e a fome sempre a tornava ainda mais insuportável–
— Burra é você, porque só uma idiota burra e tola para ter subiu nessa montanha– disparou Ayla com um rosnado baixo ao se ajeitar na parede– tinha que ser humana.
— Falou a idiota de provavelmente seculos de vida, que caiu no papinho de uma general inimiga e se deixou ser aprisionada. Seu povo se diz superior, mas é mais inferior e burro que o meu– cuspiu, chutando a perna da feérica que tocava a sua, qual devolveu jogando palha na cara de Ellentya– feérica maldita.
— Humana desgraçada.
— Lixo feérico.
— Vadia humana.
— Feérica burra e tola.
— Pelo menos não sou uma humana com sindrome de salvadora.
— Eu tenho a desculpa de ser nova, e você que é uma múmia ridícula e mesmo assim foi enganada– as duas ja havia jogado terra, palha e ate mesmo trocados tapas enquanto se ofendiam, nenhuma dos guardas ao lado de fora pareciam se importa com a briga das duas, ou estava bêbados demais. Ellentya e Ayla voltaram para seus lugares, olhares sanguinarios uma para outra por longos minutos–
— Acho que nos duas e nossas raças somos tolas– Ayla suspirou encostado a cabeça na parede, Ellentya permanecera em silêncio por momentos antes de acenar com a cabeça. Ela fechou os olhos tentando se concentrar em assuntos mais importantes do que discutir com uma feérica–
Dias haviam se passado, Ellentya não soube quantos, ja que, as refeições eram entregues em diferentes horários. Seus dias tinham sido resumidos a comer e dividir as partes decentes da comida semibolorenta, e ela testando buscar brechas no acordo para dizer a sua irmã a resposta daquele enigma, porque, se encontra-se uma maneira poderiam poupa-las das provas. Mas, quanto mais Ellentya parecia pensar, menos saídas achava além de torcer que Feyre conseguisse desvendar o enigma antes das duas serem mortas em uma das provas, ou ao menos tentarem sobreviver a elas e fazer valer a pena terem caminhado para morte certa.
— Feyre nunca falou que o Grão-Senhor da Primaveril tinha uma irmã, e você também não possuia máscara, por quê?– Ellentya quebrara o silêncio que tinha durado dias, nem mesmo quando ela entregava uma parte da sua comida para loira havia palavras trocas, apenas acenos de cabeças. Ayla assustou-se com a voz da humana, ela limpou a garganta–
— Não estava de máscara no baile, como rebeldia. Amarantha me mantém aqui
para instigar meu irmão a aceitar a oferta dela em troca de me libertar. Mas ele ainda a recusa– Ellentya piscou, não para a forma inteligente e sádica que Amarantha arranja para ter o Grão-Senhor da Primaveril, mas por ele prefirir que sua irmã passasse pelo inferno ao invés de se entregar. Ellentya falara aquilo, como não podia entender a escolhas de Tamlin– meu irmão me ama, mas não é apenas sobre ele, é sobre a Corte.
— É sobre ele deixar você ser torturada e passar por coisas horríveis, isso não é amor– retrucou– eu faria qualquer coisa pela minha irmã– pelas suas irmãs e Michael, mas ela se limitou a Feyre, não poderia arriscar colocar mais ninguém que amava em risco–
— Tamlin é um Grão-Senhor, ele tem responsabilidades que se colocam a frente de qualquer coisa, você não entende porque é apenas uma humana, se estivesse no lugar dele faria o mesmo.
— Não, não faria. Eu iria ao inferno negociar com o próprio diabo se significasse minha irmã bem e segura, eu me entregaria sem hesitar– era o que ela tinha feito, se entregado a uma morte certeira apenas para que sua irmã mais velha fosse feliz com quem acreditava amar. Ellentya se doaria de corpo e alma, fosse por Feyre, Elain ou Nestha, porque sabia que suas irmãs fizeram e faria o mesmo por ela– não existe títulos ou responsabilidades que se colocasse a frente dela. A prova é eu está aqui, não é?
— É– foi a única resposta de Ayla antes de voltar a ficar calada, refletido consigo as palavras da humana–
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Os sons de uma multidão gritando reverberavam pela passagem. A escolta
armada se Ellentya não se incomodara com armas empunhadas conforme lhe empurrava para a frente. A cacofonia de risos, gritos e urros sobrenaturais piorou quando o salão se abriu para o que Ellentya presumiu ser uma imensa arena. O piso estava escorregadio e enlameado, ela teve dificuldades
em se manter de pé conforme era empurrada. Mas ela manteve o queixo erguido, não se deu ao trabalho de decifirar os rostos cruéis e etéreos, ela não se deixou abala quando a multidão imensa e revoltada lhe encarava.
Ellentya foi empurrada até uma plataforma de madeira erguida acima da multidão. No alto estavam Amarantha e Tamlin, e..... sua irmã. Feyre estava acorrentada e sendo mantida por dois feéricos de peles azuladas. Os olhos dela para a irmã, um pedido de desculpa por mete-la naquela situação, medo pelo que poderia acontecer faziam seus olhos encherem d'água, quais não se permitia derramar. Ellentya sorriu, como sempre fazia para irmã, em uma tentativa de acalmá-la.
Desviando atenção de Feyre, Ellentya encanrou a diante um labirinto de
túneis e trincheiras que percorria o chão. A multidão, enfileirada ao longo das margens, bloqueava sua visão do interior, quando foi atirada de joelhos diante da plataforma de Amarantha. A lama semi-congelada molhou sua calça. Ellentya ficou de pé, não dando o gosto a Amarantha de vê-la estremecer quando apenas olhou para em volta da plataforma, onde havia um grupo de
seis machos feéricos, destacados da multidão principal. Pelos rostos frios e lindos, pelo eco de poder que ainda emanava dos seis, Ellentya sabia que eram os outros Grão-Senhores de Prythian.
Ellentya tentou ignorar as sensações estranhas que p sorriso felino e na auréola de escutar á volta de Rhysand lhe causava.
Amarantha só precisou erguer a mão para a multidão vociferante se calar.
O ambiente ficou tão silencioso que Ellentya quase conseguia ouvir seu coração batendo mais forte.
— Então, Ellentya– disse a rainha feérica.– com combinamos, você e sua irmã cumpririam três provas, cada uma faria uma das tarefas e a última seria feita por ambas, juntas. Resolvi que a primeira seria sua, e aqui está ela– Ellentya não olhou para sua irmã, não olhou para o olho preso em um aro de metal ao redor do dedo de Amarantha– até deixei nossa querida Feyre te assistir.
— Como é generosa, quer que beije seus pés?– as palavras amarguradas saíram antes que Ellentya pudesse falar; ela sabia que se olhasse para Feyre naquele momento, encontraria uma mistura de medo, diversão e repreensão. Quando Amarantha exibiu os dentes, cada instinto, cada pedaço de Ellentya que era intrinsecamente humano gritou para que ela corresse, mas ela apenas se manteve de pé, travando os joelhos para evitar que cedessem–
— Acho que vai gostar desta tarefa– disse Amarantha. Ela gesticulou com a
mão, e o Attor deu um passo adiante para separar a multidão, abrindo caminho até a borda de uma trincheira– Vá em frente.
Ellentya teria recusado se não tivesse visto o sentinela apontar uma faca para garganta de Feyre, arrancando um fileta de sangue dela as engolir em seco. Amarantha havia levado Feyre ali não para assistir o que ela presumir ser a morte de Ellentya, mas também um aviso de que se a mais nova não obedecesse quem seria punida seria sua irmã Feyre. Com os dentes trincados Ellentya obedeceu.
As trincheiras, provavelmente com 6 metros de profundidade, estavam escorregadias com lama; na verdade, pareciam ter sido escavadas na lama. Elas formavam um labirinto por todo o chão da câmara, e o caminho fazia pouco sentido. Estava cheio de poços e buracos, os quais sem dúvida davam para túneis subterrâneos e.... Ellentya não teve tempo se pensar, apenas escutou Feyre gritando quando garras agarram seus ombros e desceram cerca de quatro metros antes de soltá-la e então ela cairna lama. Dor imundou o corpo de Ellentya, mesmo não sendo os 6 metros, ainda havia sido uma altura considerável.
Risadas ecoaram pela câmara. Ela não ligou quando permaneceu de pé. A lama tinha um cheiro terrível, mas Ellentya engoliu a ânsia de vômito e virou-se para plataforma de Amarantha agora flutuando na borda da trincheira. Ela abaixou o olhar para Ellentya, sorrindo aquele sorriso de serpente.
— Rhysand me disse que é caçadora– disse Amarantha– pera, quem é caçadora e nossa querida Feyre, não é?– perguntou olhando para a humana do seu lado, mas Feyre não podia se mover, não sem ser cortada pela lâmina. Amarantha riu, ela tinha planejado aquilo para matar Ellentya, achando que a garota não tinha qualquer habilidade com caça, mas se ela tivesse buscado um pouco mais descobrira a verdade. Todavia, Ellentya estava feliz por suas habilidades e vida estarem longe dos interesses de Amarantha– não importa agora. Caçe isto querida.
Os feéricos comemoraram, e Ellentya viu ouro refletir entre palmas de mãos magricelas e de vários tons. Apostas eram feitas sobre sua vida... sobre o quanto se tempo ela duraria depois que aquilo começasse.
Ellentya ergueu o olhar para Feyre. Os olhos de azuis acinzentados congelaram em pânico, e memorizou as linhas de seu rosto, o tom de seu cabelo, suas poucas sardas, lembrou-se dos bons momentos uma última vez caso não conseguisse. " eu te amo" seus lábios se moveram sem som.
— Soltem o animal– gritou Amarantha. A multidão foi se calando até emitir apenas um murmuro, silencioso o bastante para que Ellentya pudesse ouvir um tipo de grunhido gutural; depois, consegui sentir as vibrações no chão conforme o que quer que fosse corria até ela. Amarantha emitiu um estalo com a língua– Corra querida.
Então, a coisa surgiu.
E Ellentya correu.
(✨️) Olá, como vocês estão? Espero que bem. O quinto capítulo esta entregue, espero que gostem dele e tenham ae divirto com a falta de amor a vida da Elle kkkkkkk.
(✨️) Os votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.
(✨️) Até os próximos capítulos.💫
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