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O acampamento de guerra illyriano no interior das montanhas ao norte estava congelante. Aparentemente, a primavera ainda era pouco mais que um sussurro na região. Mor havia atravessado com Ayla até lá, Ellentya levara Demétria e Eros consigo, Rhysand e Cassian asacompanharam ao lado.

Eles tinham dançado. Todos eles, juntos. E Ellentya nunca vira Rhys tão feliz, rindo com Azriel, bebendo com Mor,
discutindo com Cassian. Ela dançara com cada um deles, com Ayla, Feyre e Lucien e, quando a noite virou alvorecer e a música se tornou suave e
melíflua, deixou que Rhys a pegasse nos braços e dançasse com ela outra vez, devagar, até que os outros convidados tivessem partido, até que Mor e Ayla estivesse dormindo em um sofá na sala de jantar, Lucien carregasse Feyre quase dormindo para um dos quartos do casa e até que o disco dourado do sol emoldurasse Velaris.

Eles estavam de olhos vermelhos, mas foram educados à mesa do almoço, horas depois; Mor e Cassian pareciam
incomumente silenciosos, conversando mais com Amren e Azriel, que foram se despedir. Amren continuaria trabalhando no Livro até receberem a segunda metade; O Encantador de Sombras estava partindo para reunir informações e gerenciar os espiões posicionados em outras cortes, tentando penetrar a corte humana; Feyre tinha ficado em Velaris, ja que, obviamente, o acampamento era perigoso demais para uma humana, mas a irmã de Ellentya parecia contente em se encontrar com Ressina para irem ao Arco-íris, Lucien havia as seguido para conhecer melhor o lugar que roubava horas da amada, ja que, só partiria em missão após a próxima reunião com as rainhas.

Demétria e Eros ja estavam prontos quando Ellentya tinha atravessado para o Palácio da Lua, ela cumprimentara os demais, repassado uma última e rápida vez os planos para os próximos dias antes de sumir como os dois, para encontrar o círculo íntimo até estarem ali.

Construído perto do topo de uma montanha florestada, o acampamento de guerra illyriano não passava de rocha nua e lama, interrompidas apenas por tendas grosseiras, fáceis de guardar, centralizadas ao redor de grandes fogueiras. Perto do limite das árvores, uma dezena de prédios permanentes fora erguida a partir da pedra cinzenta
da montanha. Fumaça subia das chaminés contra a fria manhã nublada, ocasionalmente espiralada por asas que passavam acima.

Tantos machos alados disparando a caminho de outros acampamentos, ou em treinamento. De fato, do lado oposto do acampamento, em uma área rochosa que terminava em um mergulho íngreme da montanha, estavam os ringues de luta e treinamento.Estantes de armas eram deixadas a céu aberto; no ringue delimitado por giz, machos de todas as idades treinavam com bastões e espadas e escudos e lanças. Rápidos, letais, brutais. Nenhuma reclamação, nenhum grito de dor. Não havia calor ali, nenhuma alegria. Mesmo as casas do outro lado do acampamento não tinham toques pessoais, como se fossem usadas apenas como abrigo e armazém.

E era ali que Rhys, Azriel e Cassian haviam crescido; onde Cassian fora isolado para sobreviver sozinho. Era tão frio que mesmo enroscada em couro forrado de pele Ellentya tremia, então, discretamente, usou sua magia para esquentar-se.

- Odeio este lugar. Deveria ser queimado até virar cinzas.

Morrigan disse ao lado de Cassian, atrás de Rhysand, como seus soldados pessoais, mesmo que ele não precisasse. Ayla, Demétria e Eros tinham ficado ao redor de Ellentya, que usava o couro illyriano preto e uma diadema entrelaçados ao cabelo entrançado. O silêncio recaiu quando um macho
mais velho, alto, de ombros largos, se aproximou, acompanhado por cinco outros guerreiros illyrianos, todos
com as asas recolhidas, as mãos casualmente ao alcance das armas. Não importava que Rhys pudesse destruir suas mentes sem erguer um dedo. Cada illyriano usava Sifões de cores diferentes no dorso das mãos, e aquelas pedras eram menores que as de Azriel e Cassian. E tinham apenas uma. Não sete cada um, como seus dois amigos usavam para conter seu imenso poder. O macho à frente disse:

- Outra inspeção no acampamento? Seu cão- ele apontou com o queixo para Cassian, o que fez o olhar de Ellentya tornar-se mais afiado- esteve aqui na outra semana. As garotas estão treinando.

Cassian cruzou os braços.

- Não as vejo no ringue.

- Elas fazem as tarefas de casa primeiro- explicou o macho, com os ombros para trás e as asas se abrindo levemente.- Então, quando terminam, podem treinar.- um grunhido baixo saiu da boca de Mor, e o macho virou em nossa direção. Ele enrijeceu o corpo. Mor lançou um sorriso malicioso para o homem.-

- Oi, Lorde Devlon- ele examinou Mor de cima a baixo com desprezo e voltou o olhar para Rhys. O grunhido de aviso de Cassian ecoou. Rhys falou, por fim:-

- Um prazer o ver, como sempre, Devlon, mas há três questões a serem tratadas: primeiro, as garotas, como você foi claramente instruído por Cassian, devem treinar antes das
tarefas, não depois. Coloque-as no campo. Agora.- a voz de Rhys era puro comando- Segundo, espero que todos os lordes tenham chegado para nossa reunião ou teremos problemas sérios. Terceiro, ficaremos aqui por enquanto. Esvazie a antiga casa de minha mãe. Não há necessidade de faxineira. Cuidaremos de nós mesmos.

- A casa está ocupada por meus melhores guerreiros.

- Então, desocupe-a- mandou Rhysand, simplesmente- E faça com que a limpem antes de saírem.

A voz do Grão-Senhor da Corte Noturna, que se regozijava com dor e fazia os inimigos tremerem. Devlon farejou na direção de Ellentya, o que fez os Demétria e Eroa atrás dela levarem as mãos as suas armas, exbindo os dentes em um claro aviso. Ela por vez sustentou o olhar desprezível do macho.

- Outra dessas... criaturas que você traz aqui? Achei que era a única do tipo dela.

- Amren mandou lembranças- disse Rhysand. Devlon estremecera, então desviou os olhos para Ayla, que não demonstrou nada além de um desprezo igualmente ao dele. Ellentya sorriu curto, orgulhasa da sua amiga-

- Eu sabia que era condecente com certas coisas, mas permitir que a irmã do assassino de sua família esteja nessa Corte..... seu pai deve está se revirando no túmulo- Ayla não demonstrou ter aido impactada por aquelas palavras carregadas desdém, ela apenas encarou o Lorde com o mesmo desprezo. Ellentya escondeu o sorriso de orgulho, mas o sentimento sumira, dando lugar a raiva pelas próximas palavras do macho alado- Mas claro que se ela for uma ótima vadi...

Ellentya nem mesmo raciocionou quando fecho as mãos em punhos e disparou suas sombras até o macho, envolvendo sua garganta e pernas, forçando-o a ficar de joelhos. Todos que estavam próximos pararam, até mesmo os lordes que esperavam na tenda pela reunião saíram para saber o que estava acontecendo, os olhos arregalados ao encontrem Devlon de joelhos, as mãos tentando inutilmente afastar as sombras da fêmea para conseguir ar novamente.

- Cale a porra da boca- a voz de Ellentya era pura ameaça, mortal- tire o nome da minha emissária e dos demais da sua imundície que chama de boca, antes que eu o corte inteiro e de para seus vermes que chama de guerreiro.

Rhysand arranhou seus escudos, mas Ellentya não cedeu. Os guerreiros que estavam ao lado de Devlon ameaçaram tirar as espadas da banha, mesmo com as mãos levemente trêmulas ao recurem um passo, mas foram recebidos pelo poder de Demétria enterrando o metal enquanto Eros rosnava em aviso. Ellentya deu um passo para frente, lento, um que todos acompanharam atentamente quando não havia piedade em seu rosto.

- Apesar de está no círculo do Grão-Senhor, não sigo ordens, se eu quiser matar, eu mato- sua voz ainda era ameaça- então cuidado, Lorde Devlon.

O lorde desabou quando as sombras voltaram para a mestre, Devlon tossia fortemente enquanto buscava por ar, os olhos vermelhos de raiva pela clara humilhação que passara, por uma fêmea. Ele abriu a boca para falar, mas s fechou sabiamente ao ter consciência que a Ellentya não parecia está brincando, ao invés, Devlon se ergueu limpado o traje como se nada tivesse acontecido e então dado as costas, caminhando em direção a tenda onde a reunião aconteceria, Ellentya dera um sorriso que deixava claro que suas ameaças não era apenas um blefe.

A reunião com os lordes de acompanhamento tinham sido muito pior e estressante do que Ellentya imaginou, confirmando que Rhysand estava certo, Delvon comparado aos demais lordes eram quase simpático. A fêmea perdeu as contas se quantas vezes desejou matar todos afogados, queimados, degolados e todas as maneiras possíveis que sua mente conseguia imaginar de mortes para os machos, ela também tinha perdido as contas de quantas vezes precisou controlar Eros e Demétria para não voar na garganta de um.

Ao chegar na cabana da mãe de Rhysand ja era noite, o lugar era composta por a sala da frente servia como cozinha, sala de estar e de jantar, com três portas nos fundos: uma para o banheiro, outra para a despensa, e a terceira era a saída dos fundos, pois nenhum verdadeiro illyriano, de acordo com Rhys, jamais construía um lar com apenas uma saída. No andar de cima havia três quartos, onde Demétria, Ayla e Morrigan diviriam um, Eros e Cassian outro e o último seria da Elle e Rhysand.

- Céus, se Amren não tivesse me ensiando o mínimo de controle acho que explodiria. Deveria matar todos aqueles idiotas imundos, então colocar pessoas decentes em seus lugares- rosnou Ellentya irritada, seus punhos fechados enquanto controlava a vontade sanguinária de libertar seu poder sobre todos-

- Acredite, ja pensei nisso muitas vezes, mas muitos não aceitariam e começaria um conflito interno- Cassian disse com um suspiro cansado- Principalmente agora que temos uma guerra iminte.

- Qual será a desculpa quando vencermos? Deve começar agora a pensar, General- falou Eros friamente, ele parecia o mais irritado com toda aquela situação, mesmo que permancesse com uma voz calma e baixa- Uma revolução nunca será pacífica, vocês não podem simplesmente esperarem que ordem sejam o suficiente para controlar esses brutamontes de particar barbaridades com as fêmeas. Violência às vezes se resolve com violência, e não dialogos, se eles querem sangue deem a eles, mostrem que verdadeiramente manda nessas terras.

- Não fale como se eu tivesse em descaso com a situação- rosnou o illyriano-

- Falo o que vi. Asas cortas e dias sem treinos, sabe o potencial exército que teriam caso elas fossem de fato treinadas? Deveria colocar homens de confianças para supervisionar e garantir que treinem, deveria atacar verdadeiramente e não só permancer em ameaças com aqueles lordes. Para alguém que se diz tão poderoso, está muito submisso ao poder de ignorantes idiotas Grão-Senhor.

Eros não esperou uma resposta de Cassian ou Rhysand ou qualquer um outro quando saiu da cabana, batendo a porta com força. Demétria suspirou, sentando-se na cadeira ao lado de Ellentya, murmurando apenas para ela que encarava o lugar vazio d general: " Eros viu a mãe ter as asas arrancadas como punição, ver o que acontece com as fêmeas daqui deve disperta lembranças". Ellentya prendeu o ar, então para os amigos, mas apenas se ergueu lançando um olhar mortal de quem concordava em suma parte com as palavras do macho e então seguiu para fora, atrás dele.

A neve fraca recebeu Ellentya assim que saria da cabana, ignorando o arranhar nos seus escudos, estava mais empenhada em encontrar seu general do que ter uma conversa com o Grão-Senhor. Ela sentiu o olhar dos guerreiros que perambulavam por ali, alguns fazendo vigilância, não deu importância quando seguiu para atrás da cabana, que dava na floresta que rodeava o acampamento. Havia um pequeno caminho qual Ellentya seguiu em passos rápidos, quase corridos quando murmúrios distante.

Não levou dois minutos para chegar onde três illyrianos estavam caídos, mortos, e um quarto se juntando a eles quando a luz parou de queimar sua garganta. Ellentya piscou para assimilar, ela encontrou Eros parado em frente os corpos com uma expressão mortal enquanto luz ainda dançava em seus dedos, atrás dele uma fêmea illyriana estava encolhida no chão, pelo pouco sangue na região das asas soube exatamente o que seu general tinha impedido. Ellentya correra até a fêmea, se abaixado, mas a mesma exibiu os dentes.

- Tudo bem, só quero ajudar- ergueu a mão, então apontou para asas- Se não me deixar ver pode ficar pior?

A illyriana parecia hesitante mas não tentou se afastar novamente quando Ellentya se aproximou da asa direita, analisado, não era um corte profundo que possivelmente a deixaria sem voar com das outras fêmeas, mas sangraria por muito tempo. Ela mordeu o lábio, sabia que seria arriscado usar seus poderes ali, mas não podia deixar a illyriana perder as asas por não impedir o sangramento. Com um pedido de permissão, qual foi demorado para ser aceito, ela levou a mão até o ferimento e deixou sua magia de cura emanar.

Ellentya mal terminou de curar a fêmea quando sentiu mãos a empurrando com força e uma espada sendo apontada para sua garganta, foi rápido quando Eros rosnou colocando-se na frente dela. Ellentya se erguera do chão rapidamente, limpado a terra da roupa e se colocado ao lado do macho. A outra illyriana que a empurrou agora protegia aquela no chão, os dentes amostra enquanto continuava apontado a espada para eles, mas seus olhos foram até os quatros corpos mortos.

- Hel pare, por favor, eles me ajudaram- a garota pediu segurando o braço dela com força, como se fosse capaz de puxá-la para trás-

- Sou...

- O novo brinquedo que o Grão-Senhor exibe por aí- cortou-a-

- Cuidado como fala da minha senhora- Eros avisou baixo, a voz como a própria morte. Ellentya suspirou, colocado a mão no peito do macho quando negou-

- Não sou brinquedo de ninguém. Sou Ellentya e esse é Eros, ele matou os infelizes ali- indiciou com a cabeça- que estavam tentando cortar as asas da sua...

- Irmã! Sou irmã dela. Obrigado meu senhor, e obrigado a senhora também por curar meu ferimento- disse com um sorriso fraco- sou Alara.

- Não tem o que agradecer, mas é perigoso andar sozinha considerando os idiotas que perambulam por aqui.

- Ela não estava sozinha, eu vinha encontrá-la- Hel não havia saido da posição de ataque. Mesmo com a iluminação apenas do luar, Ellentya conseguia distinguir os traços marcado da garota, a cicatrizes que cortava metade do seu rosto na horizontal e os cabelos extremamente curtos, o completo oposto da irmã que resguardava atrás de si-

- Então deveria ter andando mais, se não fosse por mim as asas da sua irmã poderiam ter sido dilaceradas- Elle sentiu a tensão crescer entre a illyriana e o general, então se colocou ainda mais a frente-

- Só queremos ajudar, senhorita Hel.

- Se quer ajuda deveria falar com o seu Grão-Senhor, ele acha que proibir o corte de asas e dizer que as fêmeas devem treinar é o suficiente? Mesmo com abolição muitos brutamontes ainda cortam as asas da fêmea. Nesse acampamento as fêmeas só podem treinar quando terminam os afazeres, coias que nem precisam ser feitas para no fim elas estarem cansadas demais e não treinarem.- a voz era carregada de raiva, Ellentya perguntasse caso Rhys aprecer a fêmea não tentaria voar em sua garganta, mesmo sabendo que não teria chances contra ele- Em outros acampamentos, como do Lorde Jasver, se as fêmeas tentarem treinar se tornaram improprias para o casamento. Ajude dizendo a ele que não faz muita diferença essas malditas leis quando ele não pensa nas outras maneiras que os Lordes podem nos impedir.

- Sinto muito- foi a única coisa que Ellentya conseguiu dizer-

- Suas palavras não fazem diferença. Se não vão nos impedir ou entregar ao Grão-Senhor ou Devlon então estamos indo embora- disse segurando o braço da irmã-

- Espere - Ellentya queria ajudar de alguma maneira, sentiasse mal pela situação que as duas fêmeas e outras mais pelos acampamento passavam. Ela deu um passo, mesmo quando Eros segurou seu braço- Me deixem ajudar, de alguma maneira, por favor. Irei falar com Rhysand sobre toda situação, tentar amenizar o máximo que pudermos, mas agora deixe ajudar vocês duas.

- Não precisamos da sua ajuda, madame- a illyriana fora rude, conseguia tranformar uma simples palavra em ofensa. Hel começara caminhar para dentro da floresta, mas sua irmã afundou o pé no chão, os olhos castanhos claros grandes para ela em um pedido-

- Ela pode nós ajudar a chegar mais longe Hel, o amigo dela me salvou e ela curou meu ferimento, está disposta a conversar com o Grão-Senhor, por favor irmã- a fêmea suspirou encanrado Ellentya e Eros, o macho tinha olhos afiados e desconfiados em sua direção, claramente depois dela ofender Elle, não que Hel parecessem importasse com aquilo quando desviou. Mais minutos passaram antes dela finalmente baixar os ombros, como se aceitasse a proposta da irmã-

- Quer mesmo nos ajudar, senhorita?

- Já disse que sim- falou com determinação, o queixo erguido e a postura ereta-

- Tudo bem então.

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Ellentya não havia voltando para cabana, nem Eros, o que deixou Rhysand encarando o teto pela noite toda com todo tipo de pensamento, nenhum deles agradáveis. Ele tentou se comunicar com ela através de bilhetes e laço, mas Ellentya não dava qualquer retorno. Na manhã seguinte Rhysand ers um poço de mal-humor enquanto tomava café, nem mesmo Cassian tentou suas piadas com o amigo ao ver a caranca.

Após a partida de Morrigan para Cidade Escavada, os presentes saíram para fora do acampamento, ao chegarem no centro do lugar, onde a concentração de ringues de luta estavam, eles encontraram Ellentya e Eros em um deles, lutando fervosamente, como se quisesse descontar a raiva de algo. Socos, chutes, empurrões, cotoveladas, rasteiras entre outros golpes eram executados por eles, nenhum gentil, não quando havia sangue. Rhysand viu Ellentya cambalear com o soco dando por Eros, quando sangue escorreu pelo nariz dela junto a um corte na bochecha, mas ela apenas.... sorria, a fêmea sorria enquanto chamava o general com o dedo.

Mesmo que macho não parecsse lutar com todo seu potencial, ja que, nem mesmo um dos guerreiros mais velhos naquele acampamento provavelmente conseguiria derrotar um general milenar. Eros claramente tinha, no mínimo, dois mil anos de experiência, poucos de fato chegariam ao seus pés.
Ellentya se afastou, colocado as mãos ao lado do corpo enquanto respirava profundamente, como uma aluna esperando o professor instruir os próximos passos, então Eros começou a corrigi-la. Foi quando Rhysand notou que cerca de trinta fêmeas vestida em couro observavam os dois enquanto se aqueciam.... eles, Ellentya e Eros haviam tomado a iniciativa de começar os treinos.

Seu peito se encheu, quase como se não quisesse perder nada cruzou os braços na frente do corpo, mantendo os olhos mais baixo enquanto assistia. Grão-Senhor segurou o grunhido na garganta quando Eros foi ensinar onde as illyrianas deveriam atingir em uma determinada situação e colou as costas de Ellentya em seu peito, então a mão dele deslizar até abaixo da costelas dela, pressioado enquanto falava algo que Rhysand não conseguia enteder com os pensamentos enciumados gritando na sua mente, seus punhos fechou mais quando Ellentya sorriu ao concordar com a cabeça.

Por que ele precisava ficar tão próxima dela? Tocando seu corpo daquela maneira? Rhysand balançou a cabeça, era o lado mais primitivo do laço tentando encontrar um caminho para fora, e ele não cederia. Ellentya saiu do ringue momentos depois, deixados as illyrianas entrarem para treinar com Eros. Seus olhos acinzentados foram para duas garotinhas, que tinham no máximo seis anos, agarradas as pernas de um macho, ela sorriu para elas e então chamou-as em um movimento de cabeça sutil. As illyrianas encararam o macho que parecia ser irmão, ele parecia desconfiado, mas deu um curto sorriso e empurrou as duas na direção de Ellentya.

- As vezes esqueço que, apesar de muito pouco, ainda existe algumas almas decentes nesses acampamento.

Cassian comentou ao lado de Rhysand, os olhos também presos na interação.
Ellentya se abaixou até ficar na altura das duas meninas, que se apresentaram como Zoe e Adrya. A fêmea começou a fazer perguntas enquanto trançava o cabelo das duas gêmeas, que tinham perdido a mãe durante o parto extremante complicado e o pai no fim do reinado de Amarantha, quando ele e uma duzia de homens não se curvaram a ela. As lembranças daquele fatídico dia assombraram Rhys.

Quando Ellentya terminou de fazer as tranças, se erguendo e pegando na mão das duas garotinhas, conduzido até outro pequeno grupo de crianças. Rhysand não conseguia deixar de notar como a fêmea se dava bem com crianças, e o lampejo da imaginem deles com possíveis futuras filhas surgiu na mente dele, fazendo um sorriso pequeno apareceu no rosto do Grão-Senhor, mas ele apagou, guardando a imagem bem no fundo do seu peito, onde brilhou.

Os guerreiros ao redor pareciam desgostoso, irritados, ao verem Eros treinar as fêmeas enquanto Ellentya fazia com crianças entre quatro e oito anos, todas fêmeas.

- Ora ora temos futuros Carynthian aqui- cantarolou com as mãos atrás do corpo, as sombras não estavam visíveis daquela vez- Uma legião e tanto.

Rhysand, Cassian, Demétria e Ayla se aproximaram, fazendo Ellentya os encarar e acenar rapidamente antes de corrigir uma das garotinhas. Seu corpo erigiu e então antes que Devlon pudesse aparecer em seu campo de visão ela se afastou dos pequenos, o Lorde estava acompanhado por uma duzia de machos, aqueles que antes tinham encarado com desprezo a audiência de Ellentya e Eros.

- Que palhaçada é essa no meu acampamento?- gritou enfurecido, fazendo os pequenos correrem de volta para seus pais ou irmãos- Quem te deu autorização para treinar as fêmeas antes dos afazeres? E atrapalhar as crianças?

- Bom dia Devlon, o general Cassian deu a ordem de treina-las antes das terefaz domésticas, então estou as treinado antes- falou colocado as mãos para trás do corpo, claramente controlado a raiva pelo macho ter espantados as pequenas- E as crianças não estavam fazendo nada, então um treinado não atrapalhou em nada- o macho fervilhou, mas não disse mais nada quando mudou o assunto-

- O que vocês fizeram com meus guerreiros?- esbravejou, Eros deixara as fêmeas praticando um exercício enquanto se colocou atrás de Ellentya- Digam!

- Não sei do que está falando Lorde Devlon- o tom de voz dela era um doce falso doce-

- Não faça de idiota sua....- o macho pareceu medir as palavras quando as sombras se tornaram mais presentes e ameaçadoras- Quatro dos meus guerreiros foram mortos e então seus corpos com asas cortas foram pregados na minha tenda, e algo que foram vocês.

- Ah, você está falando dos quatro abusadores que seguraram um fêmea a força para tocar nas asas dela sem permissão, com intenção de corta-las? Sendo que é uma prática abolida, considerada crime? Se for sobre isso, de fato fomos nós, mas não chamamos essa laia de guerreiros e sim corvardes.- Ellentya dera um passo na direção de Devlon, para o credito do general não recusou com a ameaça pura nos olhos da garota- Mas me diga Lorde Devlon, o que acha que pode fazer comigo?

- Acha que porque é mais uma vadizinha obediente do Grão-Senhor tem algum poder no meu acampamento?- o sangue de Rhysand ferveu escutando Devlon chamar Ellentya de vadia, ele estava pronto para quebrar o Lorde como havia feito com Kier, mas estagnou quando a fêmea apenas soltou uma risada baixa-

- Seu acampamento fica nas terras do Grão-Senhor, então será seu até que ele queira- sua voz era calma, totalmente oposta a do macho da sua frente que parecia se exaltar ainda mais com aquele fato- E, se não percebeu, sou a vadiazinha favorita do Grão-Senhor, um pedido meu, que certamente será atendido, você ja era.

- Isso é uma ameaça garota? Quem acha que é?- rosnou-

- Um aviso- Rhysand ja havia visto aquela expressão antes, a pura arrogância prepotente, o desprezo escancarado, mas não tinha sido no rosto de Ellentya, e sim de Nestha na primeira vez que foram as terras mortais. Porém, Ellentya parecia muito mais intimidadora- Não se esqueça, lordes podem ser despostos. O que significa que vai perder o único título que trás alguma relevância a você, ja eu- soltou uma risada sem humor- Lorde Devlon, eu serei lembrada com A Salvadora do Povo, A Assassina da Praga, A Renascida entre outros titulos, eu serei lembrada por todos, estarei nos livros da história- ela aumentou o sorriso de vibora- Enquanto você sera esquecido, um ninguém sem importância. Então Lorde Devlon, eu não acho, eu sei quem sou. Agora você sabe quem você é?

- Se não casar com essa garota, eu caso seu merdinha- Cassian sussurou ao lado Rhysand, ambos, assim como os amigos, exibiu um sorriso arrogante ao assistir a cena. Ellentya deu outro passo, e mesmo que Devlon fosse bons centímetros mais alto que ela, naquele momento não parecia, mesmo sem as sombras ao redor dela por causa da claridade Ellentya possuía uma ar de realeza perigosa-

- Mas, isso é uma ameaça. Se qualquer um homem seu voltar a tocar nas asas de qualquer fêmea desse acampamento ou de qualquer um outro, irei caça-los um por um, então estripalos lentamente empalhar em uma estaca para que todos vejam e sabiam, para terem um belo exemplo do que acontecera se fizerem o mesmo- Ellentya empurrara o dedo no peito musculoso do macho, que ainda olhava com desprezo, mas havia uma receio presente de quem sabia que ela não estava blefando, que tinha noção do perigo- E essa ameaça é para você, se impedir as fêmeas de treinar no horário certo irei atrás de você. Não tera homens fiéis, exércitos, Grão-Senhor, Deus ou o que acredita que possa livrar você, nenhum deles me impedirar de torturar você até que implore para ser morto. Tenha um bom dia Lorde Devlon.

Ela falara a última frase com um sorriso doce, olhos tão inocentes que a tornavam ainda mais insana. Ellentya começou a caminhar, passando pelo Lorde como se ele não fosse nada, mas foi Eros que esbarrou com força no ombro do macho propositadamente. Delvon rosnara mas não falou ou fez nada quando observou Ellentya se afastar com um macho cheio de músculos e com mais de dois metros atrás dela, como seu guarda pessoal, e quando Demétria e Ayla se juntou como uma escolta, Delvon notou que a fêmea estava muito além de uma prostituta do Grão-Senhor, que Ellentya era alguém muito mais mesquinho e perigoso do aparentava, do que Rhysand era.


(✨️) Os votos e comentários são peças fundamentais para a história continue sendo atualizada. E eu, como escritora, tenha ânimo para continuar escrevendo, então não se esqueçam deles por favor.

(✨️) Até os próximos capítulos.💫

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