Capítulo 21 - Isso não é um convite, amor?
Isso não é um convite, amor?
Marcela
Eu acordei no dia seguinte com a cortina do quarto aberta, as cobertas enroladas em minhas pernas e o braço de Eduardo enroscado em meu pescoço.
O som da sua respiração contra a minha nuca fez com que os meus pelos ficassem eriçados, principalmente depois que eu olhei para o estado da cama — os lençóis estavam de um lado, os travesseiros caíram no chão e, com certeza, a cama não estava tão afastada assim da parede quando chegamos ontem no quarto.
Não vou dizer que eu já havia imaginado aquele momento mais de vinte vezes diferente em minha mente, pois foram no máximo dez, só que agora, tendo tido apenas uma prova de Eduardo Senna, eu sentia meu corpo pulsando por mais.
Só que não dava.
Uma vez.
Uma vez só foi o que combinamos, porque senão tudo ficaria complicado.
Meu celular tocou uma vez e eu bati na tela para desligar o despertador, porém ele continuou tocando e eu notei que não era o barulho do alarme e sim de uma ligação.
Eu me desprendi de Eduardo com a pouca força de vontade que eu tinha e peguei o aparelho, vendo o nome de Marcele na tela, assim eu apenas a mandei para a caixa postal e despenquei meu corpo contra a cama.
Senti o colchão do outro lado se mover e eu espiei por sobre ombros, notando Eduardo se espreguiçando e me olhando com o rosto completamente amarrotado — mesmo assim ele continuava um pecado encarnado com a coberta em cima da sua cintura, mostrando aquele caminho de pelos negros que eu bem havia conhecido na noite anterior.
Eu desviei meus olhos antes que ficasse muito na cara o que eu estava fazendo, contudo senti minhas pernas ainda trêmulas, lembrando das mãos dele no meu corpo com mais intensidade do que uma recordação passageira.
Então eu senti seus lábios no meu quadril, em um beijo lento, para depois ele arrastar seus dentes pela minha pele em uma mordida que arrepiou até mesmo os pelos que eu não tinha. E aí, como se não bastasse tudo aquilo, ele deixou sua língua escorrer pelo meu corpo acima, fazendo o contorno perfeito da minha cintura até que eu me virei, fazendo-o perder o contato comigo.
Acredite em mim, eu usei toda a minha força de vontade para isso.
Eu peguei a coberta e joguei por cima do meu corpo como um escudo — mais para protegê-lo de mim do que eu dele — e eu estreitei meus olhos na sua direção, mas ele apenas sorriu para mim. Aquele seu sorriso de quem se lembrava exatamente onde nossas bocas estavam na noite anterior.
E, como se tivesse escolhido o melhor momento de todos, meu celular começou a tocar de novo e eu olhei o nome de Marcele na tela e ignorei mais uma vez, porém assim que eu a mandei para a caixa postal, ela me mandou uma mensagem nada gentil avisando que iria até o meu quarto para falar comigo.
Desta vez, quando o celular tocou, eu atendi.
— Não precisa ser tão ansiosa, Cele — eu resmunguei, passando as mãos nos meus cabelos para tentar diminuir o estrago, contudo eu apenas consegui me concentrar na mancha que meu rímel fez no lençol da cama.
Por Deus, eu provavelmente parecia um panda.
— Convite irrecusável para ir ao Spa hoje comigo e com a Sam. Topa? — ela ofereceu e eu ouvi a voz estridente de Samatha do outro lado, berrando com alguma das nossas primas por ter pego o último pão de queijo.
— Eu ainda estou na cama — eu comentei com todo o ânimo que eu tinha apenas de pensar em passar uma tarde inteira com a população feminina Noronha...
— Eu. Você. Sam. Spa — ela repetiu e eu finalmente entendi. Só nós três? — a gente precisa de uns cinco minutos a sós. Mamãe já perguntou quatro vezes para a Sam se ela estava planejando filhos pro mês que vem. Confia em mim, precisamos deste tempo.
— Tá bom. Onde e que horas? — eu suspirei, pois, de fato, eu amava aquelas duas e não me faria mal nenhum ter um tempo com elas.
— Em uma hora. Fica na portinha dourada do lado da academia, sabe? — ela me perguntou e eu concordei, desligando o celular apenas para ver Eduardo me fitando com aqueles seus olhos azuis incandescentes.
Ontem, por outro lado, eu tinha certeza de que o seu olhar estava negro, corrompido pelo desejo.
— Vai me deixar uma tarde inteira como oferenda? Agora que o Marcelo vai se livrar de mim para nunca mais ser encontrado — ele considerou e eu ri, deixando meu celular na escrivaninha para olhá-lo.
— O Marcelo é um amor, você só ainda não teve oportunidade de ver esse lado — eu o defendi, pois ele era. Ele era só... intimidador. E estava fazendo questão de dar uma aterrorizada básica no Eduardo por diversão.
— Tenho certeza de que ele pode me quebrar em dois com um abraço.
— Para isso teria que rolar um abraço, né? — meus olhos desceram para sua boca, levemente inchada e rosada, e eu respirei fundo — sobre ontem...
— Melhor sexo da sua vida? Eu sei, acho que metade do cruzeiro também escutou — ele passou a mão na minha cintura e me puxou para mais perto.
Ele ainda tinha cheiro de One Million, maresia e... sexo. E talvez aquele fosse um dos meus novos aromas preferidos, nublando qualquer razão que eu tentasse encontrar para me afastar dele.
— Uma vez. A gente combinou — eu coloquei a mão no seu peito para afastá-lo um pouco, porém eu não retirei minha mão dali quando ele me deu o espaço que eu queria. Na verdade, meus dedos se enrolaram nos pelos escuros do seu peito, esquecendo-se do restante.
— Sim, é verdade — ele concordou comigo quase de imediato.
— Somos amigos e trabalhamos juntos. Melhor não complicar — continuei, engolindo a seco quando seus dedos desenharam uma linha em meu maxilar, encaixando-se na minha nuca enquanto o seu polegar deslizava pelo meu pescoço.
— Claro — Eduardo concordou pela segunda vez, inclinando meu pescoço para o lado e dando uma mordida em meu ombro desnudo.
— Edu, tô falando sério — coloquei minha mão embaixo do seu queixo e fiz com que ele me olhasse.
Ele respirou fundo por um segundo antes de me responder, seu ar sedutor diminuiu, dando espaço para um brilho mais sério em seu olhar.
— Marcela. Estamos namorando — ele me explicou com calma e eu tentei me defender, porém o seu polegar afagou minha garganta e eu me calei — por sete dias, estamos. E, querendo ou não, a gente vai dar as mãos, vamos nos abraçar e você vai me atacar mais uma vez para mais beijos.
— Eu não te ataquei — eu tentei me defender, mas eu tinha atacado sim, mais de uma vez.
— Então é mais fácil, por sete dias, a gente deixar rolar — ele finalizou e tudo o que eu consegui olhar foi para a sua língua passando pelos seus lábios.
Minha boca ficou seca.
— E quando voltarmos para terra firme, voltamos ao normal? Sem mais beijos ou...? — eu comecei a falar, já escrevendo as regras deste acordo em minha mente.
— Sexo incansável todas as noites? Se quiser, infelizmente sim — ele aproximou o seu rosto do meu, seus dedos apertando meus cabelos com mais firmeza quando sua língua tocou a minha.
Ontem era desejo nu e cru. O sexo foi um instinto primitivo de dentro de nós, onde nada mais importava a não ser que o seu corpo estivesse dentro do meu.
Agora, na luz do dia, enquanto eu o beijava de volta, era um pouco diferente.
Sua boca não estava mais desesperada pela minha, suas mãos não devoravam meu corpo como se o próprio ar que ele respirava dependesse disso, e o meu corpo não demandava o dele como um prêmio a ser recolhido.
Era lento, como se a sua língua quisesse saborear a minha em uma dança a dois, então eu joguei uma das minhas pernas ao redor de sua cintura e Eduardo se sentou na cama, sorrindo contra a minha boca.
— Eu vou tomar um banho e vou pro spa. Se quando eu voltar ainda isso parecer uma boa ideia, a gente conversa — eu sai do seu colo, piscando para ele apenas para ver o olhar atordoado de Eduardo, piscando fundo como se não conseguisse realmente entender minhas palavras.
Entrei no banheiro e liguei a água gelada para tentar controlar a sensação de que eu estava do lado de uma chama que insistia em queimar mais forte sempre que eu tocava Eduardo.
A porta se abriu e o dito cujo entrou ali, fechando a porta atrás do seu corpo.
— Eu vou tomar banho — eu apontei para água que já estava escorrendo a minha frente.
— Isso não é um convite, amor? — ele sorriu para mim, colocando suas mãos em minha cintura e as subindo pelo meu corpo, deixando seus polegares acariciarem meus seios quando sua boca se afundou contra meu pescoço — sua tatuagem é uma das coisas mais sensuais que eu já vi.
— Tudo isso para transar comigo de novo? — eu perguntei, envolvendo seu pescoço com meus braços para beijá-lo.
Eu poderia beijá-lo o dia inteiro. O ano inteiro. Uma vida inteira.
— Eu realmente preciso tomar banho — eu sussurrei contra os seus lábios e ele apenas me guiou para trás, abrindo a porta do box e nos colocando ali dentro sem nunca deixar meus lábios.
— Tudo bem, Má, é só um banho — ele comentou, selando seus lábios com os meus uma última vez, antes de pegar o sabonete e começar a se lavar.
Eu me apoiei contra a parede de plástico, recuperando meu fôlego um pouco, tentando entender como Eduardo conseguia agir de maneira tão... natural, quando eu estava ali, praticamente exalando tesão por cada poro do meu ser. Não era ele quem estava praticamente implorando para transar comigo no elevador?
Bem, eu nunca tinha transado no elevador. No carro? Sim. Na praia? Algumas vezes. Sacada? Uma vez. Mas no elevador? Nunca. Só que agora eu não conseguia parar de pensar em como seria os pequenos segundos de um elevador em movimento com as minhas pernas ao seu redor e...?
Eu senti as mãos de Eduardo em meus cabelos primeiro, massageando meu couro cabeludo enquanto assoviava Like a Stone.
— O que você está fazendo? — eu perguntei, me desprendendo da parede.
— Você disse que queria tomar banho, então estou te ajudando. Não queremos que você se atrase, não é? — a espuma em meus cabelos estava aumentando e começou a cair no meu rosto — melhor fechar os olhos.
— Edu, para — eu comecei a rir, tentando me afastar dele, porém ele começou a cantar mais alto, espalhando o shampoo pelo meu corpo enquanto eu tentava ainda escapar.
Até que eu comecei tossir por ter engolido espuma ou água e Eduardo ficou os próximos cinco minutos tentando me salvar de um afogamento no banheiro.
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— Eu não acredito que eu nunca experimentei uma massagem dessas na minha vida — Samantha comentou depois que saímos da sala de massagem que durou mais de noventa gloriosos minutos — muito melhor do que aquelas cadeiras de aeroporto.
— Melhor ideia que a Marcele teve em toda a sua vida, com toda certeza — eu comentei, olhando ao nosso redor — sauna ou ofurô?
— Ofurô — Marcele interrompeu, abrindo a porta.
O local talvez estivesse mais acostumado a receber casais, por isso a maior parte dos ambientes e a maior parte das coisas que estávamos fazendo naquela tarde tinha que ter uma adaptação para um trio e não para uma dupla — e todos os momentos eram recheados de velas, rosas e espumante. Seria extremamente romântico se fôssemos um trisal.
Eu poderia realmente aproveitar um momento a dois ali...
Nós três nos encaixamos da melhor maneira que conseguimos no ofurô para duas pessoas e continuamos a brindar pelas coisas que conquistamos naquele ano.
— Ah, da última vez que o Marcelo resolveu discutir comigo, eu apenas o algemei na sacada. Era inverno e eu não dei um cobertor. No dia seguinte ele me deu um buquê de flores lindíssimo — Sam contou e eu comecei a rir, pois assim como ele era um amor mesmo que não parecesse, já ela era uma pessoa... obstinada, mesmo que tivesse o rosto de uma mocinha da novela das sete.
— O Pat é um amor, mas eu já desisti de discutir com ele. Já tentou ganhar uma argumentação contra um advogado? Prefiro felicidade do que razão — ela brindou comigo e eu ri contra a minha taça — e eu sempre tenho um bom Merlot guardado para quando preciso relaxar.
— E a ressaca sempre vem — Sam replicou com maestria a frase padrão de Marcele, depois ela sorriu para mim com aquele seu olhar de "me diga a verdade ou eu vou arrancá-la de você a força" — e você e o príncipe encantado?
Príncipe encantado? Eduardo Capitão Planeta era muitas coisas, mas príncipe encantado não parecia muito ser o jeito dele — principalmente desde a noite passada.
— Namoro recente, ainda não tivemos brigas — eu dei de ombros e mergulhei ainda mais meu corpo na água, deixando-a acima dos meus ombros.
— Com a sua personalidade de algodão doce? Duvido — Marcele franziu o cenho — ele parece muito bonzinho, mas você é o demo, Cela.
— Não exatamente o demo, mas satanáries é uma definição incrível sua — Sam concordou e eu estreitei meus olhos para as duas.
— Vocês são ridículas — eu tentei soar irritada, mas não conseguia. Ao menos, não com elas.
— Ridiculamente corretas — elas retrucaram juntas o que ocasionou uma onda de risadas e gritinhos animados.
— Mas você realmente nunca briga com ele? E o sexo de reconciliação? Sabe? Quando vocês brigam e tudo parece ir de mal a pior, mas ele te beija como se fosse o fim do mundo e aí... — Sam começou a contar aquela memória e eu e Marcele a olhamos com horror.
— Por favor, não continue — Marcele pediu e eu engoli o restante do meu espumante.
Ela era casada com o nosso irmão. Meu senhor, eu não precisava daquela informação.
— Enfim, nada de brigas e reconciliações? Em seis meses? — Sam continuou me olhando e levantou uma sobrancelha.
Bem, claro que não. Nós brigávamos fazia três anos durante projetos, mas nada como uma briga de relacionamento. Brigas de relacionamento eram complicadas e feias e, na maior parte das vezes, não faziam o menor sentido. Eu e Eduardo não éramos complicados — nós estávamos apenas mentindo.
Mas eu não deveria dizer nada sobre isso.
Esse era o tipo de coisa que eu contaria apenas para Romeu, mas ele estava em um final de semana romântico em um lugar sem sinal com o Túlio e não respondia minhas mensagens e... eu precisava falar com alguém.
Foi por isso que eu contei:
— Eu transei com o Eduardo — eu soltei aquela informação do meu peito — e, puta merda, foi incrível.
— Isso é um ótimo fator para um relacionamento de sucesso, sabia? — Marcele espirrou água no meu rosto — mas por que você parece preocupada com isso?
— Porque... — eu parei, olhando para Sam. Eu confiava minha vida em Marcele. Ela me ajudou a comprar o meu primeiro absorvente, minha primeira camisinha e a esconder meu primeiro porre. Ela sempre esteve do meu lado em todos os momentos da minha vida. Só que Sam... eu a amava, porém ela era casada com meu irmão.
— Olha, se o problema for a minha pessoa, eu posso sair? — Sam se ofereceu e eu segurei a sua mão quando ela começou a se levantar.
— Não! Não, é só que... eu gostaria que o que eu fosse falar aqui não saísse daqui, sabe? — eu meneei minha cabeça e ela pareceu ofendidíssima com o que eu havia dito.
— Marcelinha, eu te juro que eu amo o seu irmão, mas eu jamais contaria um segredo seu para ele. Por nada! Eu sou intimidada por homens todos os dias na delegacia e eu não cedo por nenhum deles. Não é o seu irmão que vai arrancar algo de mim — ela me olhou com aqueles seus grandes e lindos olhos verdes, e eu quase me derreti com seu carinho.
— Ok, é só que... eu não namoro o Eduardo — eu disse e as duas quase engasgaram no espumante — ele trabalha comigo lá na CPN e eu disse para mamãe que estava namorando, só que não consegui encontrar um namorado... e aí ele disse que viria comigo. Que ele poderia me ajudar a... enganar todo mundo. Mas... tem essa química louca que acontece entre nós dois que parece que só está aumentando com o tempo. E aí ontem...
As palavras saíram do meu peito de uma vez. Eu não fazia ideia de metade do que eu queria ou iria falar, mas quando vi, o vômito de palavras já estava acontecendo e eu não conseguia me sentir consistente.
Eduardo Senna estava me bagunçando por inteira.
E eu não conseguia esperar pelo próximo momento que ele continuaria a bagunçar o restante.
Por um minuto, as duas ficaram me olhando, porém eu conseguia sentir que uma conversa telepática estava acontecendo ali que eu não fazia parte e elas não faziam questão de me incluir.
— Eu... super acreditei que vocês eram um casal — Sam foi a primeira a falar, pegando a garrafa de espumante e a esvaziando por inteiro em nossas taças — o jeito que vocês se olham, os toques, a maneira como vocês conversam e se entendem.
— E aí tem o jeitinho que vocês sempre se procuram quando não estão por perto — Marcele, a mais romântica entre nós três, apenas suspirou e fez aquela coisa engraçada com as suas sobrancelhas de quando ela quer passar um recado e as palavras ainda não foram processadas pelo seu cérebro — mas se não tinha nada acontecendo e vocês transaram, isso significa que agora tem?
— Eu não sei. Ele sugeriu que a gente deixasse rolar por sete dias — eu considerei e eu não precisei olhar para elas para saber que elas estavam me fuzilando e confusas — seria ótimo não fingir tanto o tempo todo. E de quebra um sexo incrível.
— Sete dias de mentira e depois que sair daqui? Vão voltar a ser amigos? Sem amigos com benefícios? — Sam comprimiu os seus lábios bem cética.
— Isso aí — eu sorri, feliz que aquilo havia saído do meu peito e elas sabiam.
— Ah, claro — Marcele disse com completa ironia, bebendo o restante do seu espumante.
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Oie Wattpaders, nada como um capítulo desses para dar um gás na nossa contagem regressiva para 2020 acabar!
Primeiro de tudo, se eu fosse a Má, jamais teria saído daquela cama, ou do banheiro, ou do quarto, por que, né? Que companhia ela tinha ali!
Brincadeiras a parte, o que vocês acham que vai dar isso? Eles vão deixar rolar por sete longos e maravilhosos dias? Ou será que ela vai jogar água na nossa Eugência?
E o spa das garotas? Marcela contando o segredo que todo mundo nem sabia existir, pq MARDO É SIM UM CASAL E TEMOS MUITAS PROVAS!
Nós amamos esta história do começo ao fim, mas estes capítulos do cruzeiro são tão preciosos que dá vontade de guardá-los para sempre no nosso coração <3 Espero que estejam gostando. Não esqueçam da estrelinha e de dizer o que estão achando!!
Beijinhos,
Libriela <3
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